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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Andréa Gama Piana
Graduada em Pedagogia e Educação Artística. Especialista em
Comunicação Visual, Educação Especial, Transtorno do
Espectro Autista e Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
na Educação de Pessoas com TEA. Mestre em Comunicação.
Transtornos do Neurodesenvolvimento
• De acordo com o DSM - 5* os transtornos do Neurodesenvolvimento
podem ser definidos como:
… um grupo de condições com início no período do
desenvolvimento. Os transtornos tipicamente se manifestam cedo
no desenvolvimento, em geral antes de a criança ingressar na
escola, sendo caracterizados por déficit no desenvolvimento que
acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico
ou profissional” (American Psychiatric Association, 2014, p. 31).
* Já está disponível a versão em língua portuguesa do DSM 5 – TR, atualizado
em 18/03/2022 (data de lançamento da versão em língua inglesa).
• Como apresentado em Sanar, as manifestações do transtorno do
desenvolvimento intelectual são caracterizadas por déficits de maior
ou menor grau em capacidades mentais e nas funções executivas do
indivíduo.
• Dificuldades ligadas ao raciocínio, pensamento abstrato, a capacidade
de planejamento e solução de problemas podem ser percebidas em
pacientes com essa condição clínica. De acordo com o DSM V, a
prevalência da Deficiência Intelectual na população é cerca de 1%,
podendo apresentar variações em decorrência da idade. O Transtorno
do Desenvolvimento Intelectual pode trazer prejuízos no
funcionamento adaptativo do paciente, levando a dificuldades de
atingir a independência pessoal e social nos desafios da vida diária.
https://www.sanarsaude.com
Funções
executivas
De acordo com o DSM-5, os transtornos do neurodesenvolvimento
são:
• Transtornos do Desenvolvimento Intelectual;
• Transtornos da Comunicação;
• Transtorno do Espectro Autista;
• Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade;
• Transtornos Específicos da Aprendizagem;
• Transtornos Motores;
• A deficiência intelectual, é caracterizada pelo funcionamento
cognitivo que não corresponde à média esperada para a idade.
• Além dos prejuízos do funcionamento intelectual, a pessoa com DI
também pode apresentar em maior ou menor grau prejuízos em
relação ao comportamento adaptativo e socialização, comunicação e
habilidades da vida diária.
Deficiência intelectual
• Até o início da década de 90, a Deficiência Intelectual era definida de
acordo com o valor do Quociente Intelectual (QI).
• No entanto, esta mensuração da inteligência para definir esta
patologia passou a ser inconsistente e insuficiente. Em 2000 (DSM IV-
TR), a definição passou a considerar as relações entre várias outras
dimensões, que são elas: habilidades intelectuais, comportamento
adaptativo, participação, interações, papéis sociais, saúde e contextos
(CARVALHO e MACIEL, 2003 apud Mirachi, 2014).
• De acordo com Mirachi, 2014*
• “O DSM-IV-TR (2000), Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders, muito embora destaque uma etiologia orgânica, adiciona
critérios funcionais e psicométricos na caracterização da deficiência
intelectual, enfatizando os primeiros, ao definir e especificar áreas de
conduta adaptativa como parte dos critérios diagnósticos. Essa
definição orienta a verificação do funcionamento intelectual
significativamente inferior à média e dos déficits ou
comprometimentos concomitantes ao funcionamento adaptativo em
pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação, cuidados
pessoais, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais,
independência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e
segurança. Além disso, para a caracterização da DI é necessário o
início anterior aos 18 anos”.
Mirachi, Sílvia Alves Salgado. Tdah e deficiência intelectual: possível comorbidade (Artigo). Belo Horizonte: UFMG, 2014.
Disponível em : https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WNQ22/1/monografia_silvia_mirachi.pdf
• http://newpsi.bvs-psi.org.br/uploads/linha%20do%20tempo%20DSM/linha.html
• No DSM-5, o termo retardo mental é substituído por deficiência
intelectual, com início no período do desenvolvimento, com déficits
funcionais tanto intelectuais quanto adaptativos nos domínios
conceitual, social e prático.
O critério de QI não é a característica central do
diagnóstico. O diagnóstico é baseado no nível das
funções adaptativas nos domínios social, conceitual
e habilidades práticas. Há 4 níveis de severidade:
leve, moderada, grave e profunda, baseados nos
três domínios do comportamento adaptativo.
http://residenciapediatrica.com.br
• De acordo com a APAE de Belo Horizonte, a DI caracteriza-se por
importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto
no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades conceituais,
sociais e práticas. Funcionamento intelectual significativamente
inferior à média. Possuem limitações significativas em pelo menos
duas das seguintes áreas de habilidades:
• Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados
pessoais, responsabilidades profissionais, controle do dinheiro,
recreação, controle do próprio comportamento e organização em
tarefas escolares e profissionais.
• Comunicação
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUE PODE APRESENTAR A PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SÃO:
• Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática,
raciocínio, conhecimento, memória
• Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência
das experiências alheias, empatia, habilidades com amizades,
julgamento social e autorregulação)
• A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender,
entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas
vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que
realmente tem.
• https://apaebh.org.br/noticias/deficiencia-intelectual-principais-caracteristicas-sintomas-e-tratamento/
Critérios diagnósticos de acordo com DSM-V
http://newpsi.bvs-psi.org.br/uploads/linha%20do%20tempo%20DSM/linha.html
Níveis de comprometimento (DSM-V)
http://newpsi.bvs-psi.org.br/uploads/linha%20do%20tempo%20DSM/linha.html
Principais causas da deficiência intelectual
• Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual,
destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do
desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e
funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
• De acordo com APAE (https://www.apaelimeira.org.br/), um dos
desafios no diagnóstico da Deficiência Intelectual é estabelecer
claramente a origem ou identificar a causa da deficiência. Em cerca de
40% dos casos, não é possível determinar exatamente qual a causa.
• No entanto, sabe-se que existem fatores de risco que podem levar à
deficiência e estes fatores são multifatoriais, compostos de quatro
categorias:
biomédicos, sociais, comportamentais e educacionais.
Os fatores podem ser descritos de acordo com o momento de
ocorrência, como: pré-natais (durante a gestação), perinatal (no
momento do parto) e pós-natais (após o nascimento).
https://www.apaelimeira.org.br/
• Distúrbios cromossômicos e genéticos;
• Síndromes genéticas;
• Distúrbios metabólicos;
• Doenças maternas;
• Prematuridade;
• Distúrbios Neonatais;
• Lesão ao nascimento;
• Lesão cerebral traumática;
• Distúrbios convulsivos, etc.
Fatores
Biomédicos:
se relacionam aos
processos biológicos.
Os principais são:
Trissomias
• Durante a concepção do bebê podem ocorrer algumas alterações
cromossômicas no DNA da criança. Um tipo dessas anomalias são a
presença de cromossomos a mais, conhecida como trissomias.
Algumas destas condições podem causar atrasos no desenvolvimento
físico e cognitivo.
• Vale lembrar que existem tipos diferentes de trissomias e que cada
uma varia em grau de gravidade e características.
O DNA humano geralmente é composto por 46 cromossomos, distribuídos em 23 pares, sendo metade dos
pares herdados do pai e a outra metade herdada da mãe.
Porém, em alguns casos, ocorre um erro durante a formação do embrião e a divisão celular não acontece da
maneira que deveria e a criança nasce com um cromossomo a mais em um dos pares.
A amniocentese o exame mais preciso e pode ser feito após a 15ª semana de gestação.
Trissomia do cromossomo 13 – Síndrome de Patau
Trissomia do cromossomo 18 – Síndrome de Edwards
Trissomia do cromossomo 21 – Síndrome de Down
• Síndrome de Down: é a mais frequente entre as anomalias genéticas
que causam Deficiência Intelectual (1 a cada 600 bebês nascidos vivos)
e o risco da incidência aumenta com a idade materna, sendo esta
causada pela presença de três cromossomos 21 nas células de uma
pessoa e, diferente das outras trissomias*, não causa malformações
que impedem o crescimento e desenvolvimento saudável da criança. As
características deste síndrome incluem: deficiência intelectual,
hipotonia global (criança com os músculos mais “molinhos”,
principalmente quando bebês), dismorfias como baixa implantação das
orelhas, cabelos lisos, baixa estatura, com tendência à obesidade,
alteração nas pregas das mãos e pés, dentre outras. Algumas crianças
podem apresentar cardiopatia congênita e necessitarem de cirurgia
ainda quando bebês.
Imagem internet
Trissomia
21
* Material extra contendo dois outros tipos de trissomias ao
final dos slides
• Síndrome do X-Frágil: depois da Síndrome de Down, é a causa genética
mais frequente de Deficiência Intelectual. As pessoas com esta
síndrome, apresentam algumas características físico-faciais, como face
alongada, orelhas grandes e em abano, testículos aumentados, mas o
que mais chama atenção é sua característica comportamental (muito
agitado, arredio, com dificuldade de interação e contato com o outro,
lembrando um Autismo). É transmitida pelo cromossomo X e afeta
preferencialmente os meninos.
Imagem internet
• A Paralisia Cerebral (PC): descreve um grupo de desordens do
desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitações
nas atividades. São atribuídas a distúrbios não progressivos que
ocorrem no cérebro em desenvolvimento. As desordens motoras da
PC são geralmente acompanhadas por alterações na sensação,
percepção, cognição, comunicação, comportamento, epilepsia e
problemas musculoesqueléticos secundários. Rosenbaum P, Paneth N, Leviton A, Goldstein M,
Bax M. A report : the definition and classification of cerebral palsy - April 2006,.Dev Med Child Neurol 2007;49:9-14.
Paralisia cerebral é
considerada uma
deficiência física, mas
pode ter déficits
cognitivos associados
Imagem internet
Até os 2
anos de
idade
• Fonte: Professor José Goria – III Jornada de Educação Especial Inclusiva e Psicomotricidade – Rhema Educação
• Monoplegia: paralisia de uma
extremidade
• Hemiplegia: paralisia da
extremidade superior e inferior do
mesmo lado do corpo
• Diplegia: paralisia de ambas as
extremidades inferiores
• Quadriplegia: paralisia das quatro
extremidades. A área afetada é
sempre a da extremidade
contralateral à zona do hemisfério
cerebral que sofreu a lesão.
• Fonte: Professor José Goria – III Jornada de Educação
Especial Inclusiva e Psicomotricidade – Rhema Educação
• Síndrome de Angelman: distúrbio neurológico que causa deficiência
intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso
psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e
esticadas, sono entrecortado e difícil, alterações no comportamento,
entre outras. (redução da pigmentação de pele, olhos e cabelo)
Profa. Luiza Oliveira, https://www.facebook.com/profluizaoliveira
• Síndrome do Cri du chat (miado do gato): o nome da síndrome deve-
se ao choro característicos dos bebês, semelhante ao miado do gato,
e que é decorrente de malformação da laringe. O comprometimento
intelectual pode ser bastante intenso.
Gibi material
de apoio
(pseudoestrabismo)
(junção de dois dedos)
• Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo
congênito, etc.): alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que
normalmente não apresentam sinais nem sintomas sugestivos de
doenças. São detectados pelo Teste do Pezinho, e quando tratados
adequadamente, podem prevenir o aparecimento de deficiência
intelectual. Alguns achados clínicos ou laboratoriais que sugerem esse
tipo de distúrbio metabólico: falha de crescimento adequado,
doenças recorrentes e inexplicáveis, convulsões, ataxia, perda de
habilidade psicomotora, hipotonia, sonolência anormal ou coma,
anormalidade ocular, sexual, de pelos e cabelos, surdez inexplicada,
acidose láctea e/ou metabólica, distúrbios de colesterol, entre outros.
Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
28 de maio de 2021
Fatores Sociais:
se relacionam com a
interação social e
familiar, como
estimulação e resposta
do adulto.
Os principais fatores
sociais são:
• Pobreza/Falta de estímulos;
• Má-nutrição materna;
• Violência doméstica;
• Falta de acesso ao cuidado pré-natal;
• Falta de acesso aos cuidados no
nascimento;
• Falta de estimulação adequada;
• Institucionalização, etc.
Fatores
Comportamentais:
se relacionam a
comportamentos
potencialmente causais,
os principais são:
• Uso de álcool na gestação;
• Uso de drogas pelos pais;
• Imaturidade dos pais;
• Rejeição dos pais ao cuidado da
criança;
• Abandono da criança pelos pais;
• Abuso e negligência da criança;
• Violência doméstica, etc.
Fatores
educacionais:
se relacionam à
disponibilidade de
apoios educacionais que
promovem o
desenvolvimento
intelectual, tais como:
• Deficiência intelectual dos pais;
• Falta de preparação para ser pais;
• Diagnóstico tardio;
• Serviços educacionais inadequados;
• Apoio familiar inadequado;
• Falta de encaminhamento para
estimulação precoce, etc.
• Como apresenta apaebh.org.br, a chance de uma criança
desenvolver Deficiência Intelectual depende de diversos
fatores relacionados à genética, acompanhamento da
gestação, saúde da mãe durante a gravidez, ambiente
familiar saudável na infância e adolescência, entre
outros. Alguns cuidados devem ser tomados, para evitar
ou minimizar as consequências da Deficiência Intelectual
na vida da pessoa, sendo:
Alguns cuidados devem ser tomados, para evitar ou minimizar as
consequências da Deficiência Intelectual na vida da pessoa, sendo:
• Procurar aconselhamento genético, antes de engravidar, quando
houver casos de deficiência intelectual na família, casamentos
entre parentes ou idade materna avançada (maior que 35 anos).
• Fazer um acompanhamento pré-natal adequado para investigar
possíveis infecções ou problemas maternos que podem ser
tratados antes que ocorram danos ao feto.
• Manter uma alimentação saudável durante a gestação e evitar uso
de bebidas alcoólicas, tabaco e outras drogas.
• Realizar o Teste do Pezinho (que é obrigatório no ) assim que o
bebê nascer. Esse teste é a maneira mais efetiva de detectar a
fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, que se não forem
devidamente tratados podem levar à Deficiência Intelectual.
• Seguir recomendações de vacinas.
• Oferecer ao bebê alimentação adequada e ambiente familiar
saudável e estimulador, além de cuidados para tentar evitar
acidentes na infância.
• Procurar um médico caso note algum problema no
desenvolvimento e/ou crescimento da criança.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Primário, secundário e terciário:
Segundo a Psicóloga Marilene de Oliveira, profissional com experiência
no atendimento ao deficiente intelectual na escola de educação especial
Ilece – Londrina/PR, (http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2317-8.pdf), a ação
preventiva dos atrasos ou distúrbios de desenvolvimento pode ser
conduzida em três níveis:
• Prevenção primária: Se refere a um conjunto de abordagens que
reduzem ou eliminam o risco de ocorrência da Deficiência Intelectual.
Tem como objetivo promover a melhoria na condição de vida da
população por agências político/sociais de forma a garantir saúde,
educação, trabalho e moradia. Assim sendo, o objetivo é reduzir a
incidência de novos casos. A prevenção primária implica em alterar as
condições para um subgrupo particular considerado como de risco.
• Os esforços primários são dirigidos para reduzir a ocorrência real da
deficiência intelectual e envolvem as medidas que impedem a
concepção de um indivíduo deficiente. Entre elas, podemos citar:
Aconselhamento genético; Programas de imunização; Melhora no
cuidado de saúde pré-natal, peri-natal e pós-natal;
• Prevenção secundária: Visa o diagnóstico e tratamento precoces.
Nesta, a criança já foi exposta às condições adversas e as intervenções
são feitas para reduzir e/ou eliminar a duração ou a severidade dos
seus efeitos.
• As estratégias secundárias de prevenção visam a limitar a progressão
da deficiência intelectual. Essas medidas fornecem a identificação
precoce da deficiência, seguida pelo tratamento e pela intervenção, a
fim de minimizar o seu desenvolvimento. Tais estratégias podem ser
aplicadas no nível pré-natal ou neonatal.
• Prevenção terciária: a condição de atraso no desenvolvimento já está
instalada e os investimentos são feitos para minimizar as condições,
desenvolvendo ações que resultem em maior independência e
autonomia do indivíduo. A prevenção terciária visa prevenir
complicações da deficiência intelectual e a reabilitação. Envolve o
cuidado e a gerência em longo prazo de uma condição crônica, por
exemplo, reabilitação ou correção da inabilidade por medidas
cirúrgicas ou adotando as estratégias que permitam à pessoa
deficiente conduzir uma vida normal ou próximo do normal. Essas
medidas incluem também programas de educação especial.
Deficiência Intelectual e Doença Mental
• A partir do DSM IV (Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios
Mentais, edição de 1994), a deficiência intelectual passou a ser
caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente inferior
à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento
adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades:
comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades
sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência,
habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início deve
ocorrer antes dos 18 anos.
• Já a doença mental engloba uma série de condições que também afetam o
desempenho da pessoa na sociedade, além de causar alterações de humor,
bom senso e concentração, por exemplo. Isso tudo causa uma alteração na
percepção da realidade. As doenças mentais podem ser divididas em dois
grupos, neuroses e psicoses. As neuroses são características encontradas
em qualquer pessoa, como ansiedade e medo, porém exageradas. As
psicoses são fenômenos psíquicos anormais, como delírios, perseguição e
confusão mental. Alguns exemplos de doenças mentais são depressão, TOC
(transtorno obsessivo-compulsivo), transtorno bipolar e esquizofrenia.
https://ricardoshimosakai.com.br/deficiencia-intelectual-e-doenca-mental/)
Dificuldades que as crianças com D.I
apresentam
• área motora: algumas crianças com deficiência intelectual podem
apresentar alterações na motricidade fina, atingindo graus mais
severos na coordenação e manipulação.
• área cognitiva: podem apresentar:
• a) Dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos;
• b) Aprender de maneira mais lenta;
• c) Apresentar dificuldades para focar atenção;
• d) Dificuldades de memorização;
• área da comunicação: alguns alunos podem apresentar dificuldade de
comunicação;
• área sócio educacional: em alguns casos pode ocorrer disparidade
entre a idade mental e a idade cronológica. No entanto, indica-se que
esses alunos tenham contato com pessoas da mesma idade
cronológica para contribuir com o seu desenvolvimento.
https://www.youtube.com/watch?v=gx9iC1Ol8a0
Diferença de Deficiência intelectual e TEA
• DI é caracterizada por déficit cognitivo
e falta de habilidades necessárias para
a vida cotidiana e na interação social.
• TEA principais características se
relacionam a dificuldades na
comunicação, linguagem, interação
social e comportamentos repetitivos.
Podem ou não apresentar
comorbidades como a deficiência
intelectual.
TDAH na pessoa com deficiência intelectual
• Até o DSM-IV não se considerava a possibilidade diagnóstica de TDAH
em pessoas com deficiência intelectual, pois muitas características da
pessoa com DI se assimilam ao TDAH.
• No DSM-5 o diagnóstico de deficiência intelectual já não é mais
excludente para o TDAH.
Entre os sintomas da Deficiência Intelectual que podem se assimilar com os
apresentadas em pessoas com TDAH temos:
• Desinteresse pelas atividades dadas em sala de aula;
• Dificuldade de memorização e esquecimentos dos conteúdos e habilidades já
trabalhadas;
• Pouca interação com os colegas e com a professora;
• Na atualidade pesquisas já apontam a presença em pessoas com
deficiência intelectual de características de TDAH, sendo estes
apresentados como coocorrências ou transtornos em comorbidade.
• Até o DSM-IV acreditava-se que alguns dos sintomas da própria DI
acabavam por se confundir com o TDAH, o que impossibilitava o
diagnóstico.
O aluno com Deficiência intelectual e TDAH
• Algumas das características presentes no comportamento de alunos
com DI e TDAH são:
• Hiperatividade – Por vezes o aluno pode apresentar uma atividade
motora exagerada, podendo culminar em dificuldades em manter-se
sentado ou até mesmo dentro da própria sala de aula (de acordo com
o nível de compreensão podem ser definidas estratégias para
melhora nesse aspecto).
• Podem demonstrar baixos níveis de concentração e interesse nas
atividades, distraindo-se com facilidade, buscando outros elementos
de interesse no ambiente.
• Também é perceptível a apresentação de um alto nível de
impulsividade, sendo esta em diferentes contextos.
• Muitas vezes crianças com deficiência intelectual e TDAH, podem
desenvolver mecanismos de enfrentamento e compensação das suas
dificuldades.
• Em alguns casos pode ser percebido certa dose de agressividade
como mecanismo de defesa, principalmente em crianças não verbais.
• Muitas vezes o aluno com DI e TDAH acaba por rejeitar uma atividade
ou por vezes realiza-la rapidamente e sem atenção como meio de se
livrar da tarefa ou em busca de uma recompensa imediata pelo
trabalho realizado. Por isso é importante fragmentar as atividades e
utilizar estratégias de acordos, trocas e recompensas.
Fique atento
Dislexia e deficiência intelectual
• No DSM-5, Dislexia é designada como Transtorno Específico da
Aprendizagem, podendo abarcar dificuldades nos domínios de leitura
e expressão escrita, configurando um quadro mais global, mas com
codificações específicas para cada sub- habilidade alterada.
https://periodicos.fclar.unesp.br
Dislexia pode ser definida como um transtorno na aprendizagem,
quanto à velocidade e qualidade da aquisição das habilidades de
leitura, escrita, fala e orientação espacial, podendo a criança
apresentar dificuldades com a linguagem, dificuldades em escrever,
dificuldades com a ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura.
Como a pessoa com deficiência intelectual já possuiu dificuldades
cognitivas que modificam o seu processo de aprendizagem nas
áreas referidas, estas são atribuídas a própria DI, sendo uma (DI)
primária em relação à outra (Dislexia).
9 MITOS SOBRE A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
• Vale lembrar que assim como qualquer pessoa, o indivíduo com DI
terá dificuldades em determinadas áreas e também habilidades que
devem ser valorizadas e desenvolvidas.
https://www.youtube.com/watch?v=-k_JVRda40s&t=6s
CONCEITO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
• Planejamento de ações pedagógicas, voltadas as necessidades e
potenciais do aluno em seus diferentes estágios de
aprendizagem e desempenho.
• Atendimento diferenciado a todos os alunos no tempo certo de
modo especial os alunos que apresentam
dificuldades/deficiência de aprendizagem.
HORA DE
INTERVIR
Necessidades educativas especiais
• Segundo Reis (1999), Qualquer pessoa em um dado momento da sua
vida pode necessitar de um apoio suplementar para ultrapassar
determinadas barreiras que se apresentam em sua aprendizagem.
Como podemos interver nas dificuldades
Dificuldades que as crianças com D.I
apresentam
• área motora: algumas crianças com deficiência intelectual podem
apresentar alterações na motricidade fina, atingindo graus mais
severos na coordenação e manipulação.
• área cognitiva: podem apresentar:
• a) Dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos;
• b) Aprender de maneira mais lenta;
• c) Apresentar dificuldades para focar atenção;
• d) Dificuldades de memorização;
• área da comunicação: alguns alunos podem apresentar dificuldade de
comunicação;
• área sócio educacional: em alguns casos pode ocorrer disparidade
entre a idade mental e a idade cronológica. No entanto, indica-se que
esses alunos tenham contato com pessoas da mesma idade
cronológica para contribuir com o seu desenvolvimento.
O que podemos fazer?
• área motora: algumas crianças com deficiência intelectual podem
apresentar alterações na motricidade fina e global, atingindo graus
mais severos na coordenação e manipulação.
Trabalhando a coordenação motora para a escrita
• Utilizar materiais
sensoriais;
• Jogos;
• Trabalhar movimentos
coordenados;
• Trabalhar atividades
com artes, música e
orientação espacial.
• Esportes.
• a) Dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos;
Quando possível,
mostre exemplos
concretos
• Dado sílabas – partes da história – personagens – matemática – letras
– quantificação numérica – rima – sentimentos – brincadeiras – pular
/dançar/cantar – leitura de palavras do dado com autonomia –
substantivos / adjetivos – regiões do Brasil – frutas – sentidos – jogo
da multiplicação – produção textual imagens e palavras – palavra
puxa palavra (próxima palavra tem que começar com a última sílaba
da última falada)
CPA
Concreto Pictórico Abstrato
Representação
gráfica
Visual/tátil Mental
MÉTODO SINGAPURA
2
8
b) Aprender de maneira mais lenta;
• Não meça o seu tempo
pelo relógio de outra
pessoa, mas aproveite o
máximo possível tempo
para a aprendizagem
dos conceitos e a
alfabetização.
Imagem Internet
Diminua as abstrações
Como nos coloca Rodrigues (2019, p. 42)
Use exemplos concretos, ou seja, diminua
as abstrações sempre que possível. Um
alto nível de abstração exige um alto nível
de poder cognitivo.
• c) Apresentar dificuldades para focar atenção;
Se preciso,
mude a
estratégia ou
inverta a
ordem
• d) Dificuldades de memorização;
• Se a criança foi apresentada a um conteúdo e não compreendeu,
mude a forma de apresentação deste, retome.
• Exercite a memorização da criança em atividades rotineiras (guardar a
mochila, pegar os materiais, etc.). Não ofereça tudo pronto.
Utilize pistas para guiar a compreensão e o
aprendizado
Imagem da internet (adaptação)
• Muitas vezes a criança
com DI tem
dificuldade para
entender as
propostas. Utilize
pistas e imagens para
guiar a compreensão.
DICA
Desenho aluno escola Ilece – Londrina/PR
• área da comunicação: alguns alunos podem apresentar dificuldade de
comunicação;
• Crie momentos de troca em que seja possível diferentes formas de
comunicação, não apenas a verbal.
Exemplifique e comunique por imagens
Acredite no poder das imagens
Tenha consciência e conhecimento sobre o seu uso
Pense de forma diferente
Apresente os
textos e conteúdos
de forma
diferenciada
Interpretando os textos contidos nos elementos do cotidiano
A criança também pode desenhar os itens que estão
faltando na canção
Ampliando os horizontes
• Podemos propor atividades completamente
diferentes e lúdicas, sendo que estas devem ser
adaptadas de acordo com a criança.
• Você conhece o LAPBOOK?
Lapbook
https://www.youtube.com/watch?v=mQtCFFQc15Q
Desperte os sentidos
Trissomias
• A síndrome de Edwards é causada pela trissomia do cromossomo 18
e também provoca atrasos no desenvolvimento do feto,
malformações graves ao nascimento como microcefalia e problemas
cardíacos.
• Essas complicações resultam em uma baixa expectativa de vida da
criança, sendo que menos de 10% conseguem sobreviver até 1 ano de
idade, e causam aborto espontâneo em alguns casos.
• As crianças que nascem com a síndrome de Edwards geralmente
apresentam características como: Cabeça pequena e de forma
estreita, boca e mandíbula pequena, dedos longos e polegar pouco
desenvolvido, pés com sola arredondada, fenda palatina, problemas
nos rins, doenças cardíacas, deficiência mental, problemas de
respiração, devido às alterações estruturais ou ausência de um dos
pulmões, dificuldade de sucção, choro fraco, baixo peso ao nascer,
alterações cerebrais como cisto cerebral, hidrocefalia e anencefalia e
paralisia facial.
Trissomia
18
O sexo feminino é mais afetado que o sexo masculino, na proporção de 4 meninas para cada menino
que nasce com a doença. Sua incidência em gestações que não evoluem até o termo é alta, 95% delas
progridem para abortos, ocorrendo na maioria das vezes, de maneira espontânea.
• Síndrome de Patau: De acordo com blog.labiexames.com.br, a
Síndrome de Patau, também conhecida como trissomia do
cromossomo 13, interfere diretamente no desenvolvimento fetal e
resulta em uma série de malformações no sistema nervoso, defeitos
cardíacos e fendas no lábio e no céu da boca do bebê. Infelizmente, a
maioria dos bebês que nascem com essa condição sobrevivem menos
de 3 dias, mas há casos de sobrevivência até aos 10 anos de idade.
• As características mais comuns em crianças com a síndrome de Patau
são: Microcefalia, abertura anormal no crânio, malformações do
cérebro, defeitos estruturais dos olhos, fissura labial ou fenda no céu
da boca, dedos adicionais, problemas cardíacos, defeito do tubo
neural, onde a medula espinhal, meninges e vasos sanguíneos se
projetam através de uma lacuna nas vértebras e malformações dos
órgãos sexuais.
Trissomia
13
Pesquisas acadêmicas mostram que em São Paulo, 67% dos fetos com essa
trissomia são abortados espontaneamente ou apresentam morte
intrauterina. Dos que nascem vivos, 50% morrem na primeira semana de
vida e somente 9% alcançam o primeiro ano.
Conheça a história de Bento:
https://dlnews.com.br/noticias?i
d=20230/conheca-bento-o-bebe-
que-contraria-estatisticas-e-
resiste-a-doenca-fatal
Terminalidade específica
• Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.39496, Inciso II do
Artigo 59, Resolução CNECEB 0201, Artigo 16 e Parecer do Conselho
Nacional de Educação 1701, é prevista a terminalidade específica para
aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do
ensino fundamental, em virtude de suas deficiências. A terminalidade
específica prevê viabilizar ao aluno com grave deficiência intelectual ou
múltipla, que não apresentar resultados de escolarização previstos no
Inciso I do Artigo 32 da LDBN, terminalidade específica do ensino
fundamental, por meio da certificação de conclusão de escolaridade, com
histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as competências
desenvolvidas pelo educando, bem como o encaminhamento devido para a
educação de jovens e adultos e para a educação profissional. Cabe aos
Estados e Municípios estabelecerem critérios para o gerenciamento deste
dispositivo legal.
• Mais informações Planalto do Governo – Lei no 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 – http://www.planalto.gov.br
Por INSTITUTO PARADIGMA em 25/07/2018. Disponível em: https://diversa.org.br/forum/ate-qual-idade-um-aluno-com-
deficiencia-intelectual-pode-ficar-no-ensino-regular/
É sempre bom lembrar:
• Organize os materiais e diminua os estímulos. Muitos materiais
dispostos sobre a mesa ou uma sala com muito recursos visuais ou
sonoros podem ter um efeito estimulante e facilitar a desatenção.
• Podemos estabelecer um quadro de rotina e previsibilidade e mesmo
alunos não verbais podem interagir e responder de acordo com o uso
de diferentes estratégias.
• Ao colocar o estudante o mais próximo ao professor e mais a frente
na sala de aula diminui-se muito as possibilidades de distração.
• Reforce as atitudes positivas, seja por elogios ou por reforçadores que
podem ser definidos de acordo com cada criança.
• Alguns alunos com deficiência intelectual podem demonstrar um
pouco de cansaço no decorrer do dia. Dessa forma, o
desenvolvimento e a aprendizagem podem ser mais significativas no
início do período letivo. Aproveite esse tempo.
• Após a realização de uma atividade o aluno pode ter um tempo
“livre”, para um descanso entre uma atividade e outra ou um jogo
por exemplo.
• Trabalhe com uma temporalidade diferenciada tanto para mais
quanto para menos. Por vezes o aluno ira necessitar de um tempo
extra para se concentrar e realizar a atividade. Contudo, algumas
atividades muito extensas podem ser dispersivas.
• Fragmente as atividade e apresente por partes, evitando o excesso de
informações e estímulos.
• Muitas vezes o aluno com TDAH pode demonstrar habilidades em
áreas como esporte e arte. Com o aluno DI e TDAH acontece a mesma
coisa. Perceba e de espaço para o desenvolvimento dessas
habilidades.
• Seja um professor em constante formação, procure compreender o
seu aluno e conheça as principais características tanto da deficiência
intelectual quanto do TDAH. Só assim você poderá intervir de forma
significativa com seu educando.
Referências
• FANTACINI; R. A. F. Ensino colaborativo na escola: um caminho possível para a inclusão. Research, Society and Development, v. 7, n. 3, p. 01-15,
https://rsd.unifei.edu.br/index.php/rsd/article/view/244/190.
• DÍEZ, Anabel Moriña. Traçando os mesmos caminhos para o desenvolvimento de uma educação inclusiva. Inclusão: R. Educ. Esp., Brasília, v.5, n.1, p. 16-25, jan/jul. 2010.
• MIRANDA, A. A. B. História, deficiência e educação especial. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 15, p. 1-7, 2004. Disponível em: www.histedbr.fae.unicamp.br. Acesso em:
Agosto de 2019.
• Pletsch, M.; Souza, F.; Orleans, L.. A diferenciação curricular e o desenho universal na aprendizagem como princípios para a inclusão escolar. Revista Educação e Cultura
Contemporânea, América do Norte, 1416 07 2017. Dispponível em: http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/3114/1662 PINTO, P. de S. C. N.;
• VITALIANO, Célia Regina. Formação de professores de educação infantil para inclusão de alunos com necessidades educativas especiais: uma pesquisa colaborativa (artigo).
Campinas: Revista Pro-posições V. 30, 2019.
• VITALIANO, Célia Regina e MARTINELLI, Josemaris Aparecida. Desenvolvimento de trabalho colaborativo entre uma professora de Educação Especial e professores de classe
comum. Florianópolis: Revista do centro de ciência da Educação. V. 36, n. 3 – p. 1031, jul./set. 2018.
• ZAPPAROLI, Kelem. Estratégias lúdicas para o ensino da criança com deficiência. 2 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.
Deficiência intelectual e dificuldade de aprendizagem

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Deficiência intelectual e dificuldade de aprendizagem

  • 1. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Andréa Gama Piana Graduada em Pedagogia e Educação Artística. Especialista em Comunicação Visual, Educação Especial, Transtorno do Espectro Autista e Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na Educação de Pessoas com TEA. Mestre em Comunicação.
  • 2. Transtornos do Neurodesenvolvimento • De acordo com o DSM - 5* os transtornos do Neurodesenvolvimento podem ser definidos como: … um grupo de condições com início no período do desenvolvimento. Os transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral antes de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados por déficit no desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional” (American Psychiatric Association, 2014, p. 31). * Já está disponível a versão em língua portuguesa do DSM 5 – TR, atualizado em 18/03/2022 (data de lançamento da versão em língua inglesa).
  • 3. • Como apresentado em Sanar, as manifestações do transtorno do desenvolvimento intelectual são caracterizadas por déficits de maior ou menor grau em capacidades mentais e nas funções executivas do indivíduo. • Dificuldades ligadas ao raciocínio, pensamento abstrato, a capacidade de planejamento e solução de problemas podem ser percebidas em pacientes com essa condição clínica. De acordo com o DSM V, a prevalência da Deficiência Intelectual na população é cerca de 1%, podendo apresentar variações em decorrência da idade. O Transtorno do Desenvolvimento Intelectual pode trazer prejuízos no funcionamento adaptativo do paciente, levando a dificuldades de atingir a independência pessoal e social nos desafios da vida diária. https://www.sanarsaude.com Funções executivas
  • 4. De acordo com o DSM-5, os transtornos do neurodesenvolvimento são: • Transtornos do Desenvolvimento Intelectual; • Transtornos da Comunicação; • Transtorno do Espectro Autista; • Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade; • Transtornos Específicos da Aprendizagem; • Transtornos Motores;
  • 5. • A deficiência intelectual, é caracterizada pelo funcionamento cognitivo que não corresponde à média esperada para a idade. • Além dos prejuízos do funcionamento intelectual, a pessoa com DI também pode apresentar em maior ou menor grau prejuízos em relação ao comportamento adaptativo e socialização, comunicação e habilidades da vida diária. Deficiência intelectual
  • 6. • Até o início da década de 90, a Deficiência Intelectual era definida de acordo com o valor do Quociente Intelectual (QI). • No entanto, esta mensuração da inteligência para definir esta patologia passou a ser inconsistente e insuficiente. Em 2000 (DSM IV- TR), a definição passou a considerar as relações entre várias outras dimensões, que são elas: habilidades intelectuais, comportamento adaptativo, participação, interações, papéis sociais, saúde e contextos (CARVALHO e MACIEL, 2003 apud Mirachi, 2014).
  • 7. • De acordo com Mirachi, 2014* • “O DSM-IV-TR (2000), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, muito embora destaque uma etiologia orgânica, adiciona critérios funcionais e psicométricos na caracterização da deficiência intelectual, enfatizando os primeiros, ao definir e especificar áreas de conduta adaptativa como parte dos critérios diagnósticos. Essa definição orienta a verificação do funcionamento intelectual significativamente inferior à média e dos déficits ou comprometimentos concomitantes ao funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação, cuidados pessoais, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, independência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. Além disso, para a caracterização da DI é necessário o início anterior aos 18 anos”. Mirachi, Sílvia Alves Salgado. Tdah e deficiência intelectual: possível comorbidade (Artigo). Belo Horizonte: UFMG, 2014. Disponível em : https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WNQ22/1/monografia_silvia_mirachi.pdf
  • 9. • No DSM-5, o termo retardo mental é substituído por deficiência intelectual, com início no período do desenvolvimento, com déficits funcionais tanto intelectuais quanto adaptativos nos domínios conceitual, social e prático. O critério de QI não é a característica central do diagnóstico. O diagnóstico é baseado no nível das funções adaptativas nos domínios social, conceitual e habilidades práticas. Há 4 níveis de severidade: leve, moderada, grave e profunda, baseados nos três domínios do comportamento adaptativo. http://residenciapediatrica.com.br
  • 10. • De acordo com a APAE de Belo Horizonte, a DI caracteriza-se por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas. Funcionamento intelectual significativamente inferior à média. Possuem limitações significativas em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: • Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais, responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio comportamento e organização em tarefas escolares e profissionais. • Comunicação AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUE PODE APRESENTAR A PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SÃO:
  • 11. • Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, memória • Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das experiências alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e autorregulação) • A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem. • https://apaebh.org.br/noticias/deficiencia-intelectual-principais-caracteristicas-sintomas-e-tratamento/
  • 12. Critérios diagnósticos de acordo com DSM-V http://newpsi.bvs-psi.org.br/uploads/linha%20do%20tempo%20DSM/linha.html
  • 13. Níveis de comprometimento (DSM-V) http://newpsi.bvs-psi.org.br/uploads/linha%20do%20tempo%20DSM/linha.html
  • 14. Principais causas da deficiência intelectual • Entre os inúmeros fatores que podem causar a deficiência intelectual, destacam-se alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro. • De acordo com APAE (https://www.apaelimeira.org.br/), um dos desafios no diagnóstico da Deficiência Intelectual é estabelecer claramente a origem ou identificar a causa da deficiência. Em cerca de 40% dos casos, não é possível determinar exatamente qual a causa.
  • 15. • No entanto, sabe-se que existem fatores de risco que podem levar à deficiência e estes fatores são multifatoriais, compostos de quatro categorias: biomédicos, sociais, comportamentais e educacionais. Os fatores podem ser descritos de acordo com o momento de ocorrência, como: pré-natais (durante a gestação), perinatal (no momento do parto) e pós-natais (após o nascimento). https://www.apaelimeira.org.br/
  • 16. • Distúrbios cromossômicos e genéticos; • Síndromes genéticas; • Distúrbios metabólicos; • Doenças maternas; • Prematuridade; • Distúrbios Neonatais; • Lesão ao nascimento; • Lesão cerebral traumática; • Distúrbios convulsivos, etc. Fatores Biomédicos: se relacionam aos processos biológicos. Os principais são:
  • 17. Trissomias • Durante a concepção do bebê podem ocorrer algumas alterações cromossômicas no DNA da criança. Um tipo dessas anomalias são a presença de cromossomos a mais, conhecida como trissomias. Algumas destas condições podem causar atrasos no desenvolvimento físico e cognitivo. • Vale lembrar que existem tipos diferentes de trissomias e que cada uma varia em grau de gravidade e características. O DNA humano geralmente é composto por 46 cromossomos, distribuídos em 23 pares, sendo metade dos pares herdados do pai e a outra metade herdada da mãe. Porém, em alguns casos, ocorre um erro durante a formação do embrião e a divisão celular não acontece da maneira que deveria e a criança nasce com um cromossomo a mais em um dos pares. A amniocentese o exame mais preciso e pode ser feito após a 15ª semana de gestação. Trissomia do cromossomo 13 – Síndrome de Patau Trissomia do cromossomo 18 – Síndrome de Edwards Trissomia do cromossomo 21 – Síndrome de Down
  • 18. • Síndrome de Down: é a mais frequente entre as anomalias genéticas que causam Deficiência Intelectual (1 a cada 600 bebês nascidos vivos) e o risco da incidência aumenta com a idade materna, sendo esta causada pela presença de três cromossomos 21 nas células de uma pessoa e, diferente das outras trissomias*, não causa malformações que impedem o crescimento e desenvolvimento saudável da criança. As características deste síndrome incluem: deficiência intelectual, hipotonia global (criança com os músculos mais “molinhos”, principalmente quando bebês), dismorfias como baixa implantação das orelhas, cabelos lisos, baixa estatura, com tendência à obesidade, alteração nas pregas das mãos e pés, dentre outras. Algumas crianças podem apresentar cardiopatia congênita e necessitarem de cirurgia ainda quando bebês. Imagem internet Trissomia 21 * Material extra contendo dois outros tipos de trissomias ao final dos slides
  • 19. • Síndrome do X-Frágil: depois da Síndrome de Down, é a causa genética mais frequente de Deficiência Intelectual. As pessoas com esta síndrome, apresentam algumas características físico-faciais, como face alongada, orelhas grandes e em abano, testículos aumentados, mas o que mais chama atenção é sua característica comportamental (muito agitado, arredio, com dificuldade de interação e contato com o outro, lembrando um Autismo). É transmitida pelo cromossomo X e afeta preferencialmente os meninos. Imagem internet
  • 20. • A Paralisia Cerebral (PC): descreve um grupo de desordens do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitações nas atividades. São atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro em desenvolvimento. As desordens motoras da PC são geralmente acompanhadas por alterações na sensação, percepção, cognição, comunicação, comportamento, epilepsia e problemas musculoesqueléticos secundários. Rosenbaum P, Paneth N, Leviton A, Goldstein M, Bax M. A report : the definition and classification of cerebral palsy - April 2006,.Dev Med Child Neurol 2007;49:9-14. Paralisia cerebral é considerada uma deficiência física, mas pode ter déficits cognitivos associados Imagem internet
  • 21. Até os 2 anos de idade
  • 22. • Fonte: Professor José Goria – III Jornada de Educação Especial Inclusiva e Psicomotricidade – Rhema Educação
  • 23. • Monoplegia: paralisia de uma extremidade • Hemiplegia: paralisia da extremidade superior e inferior do mesmo lado do corpo • Diplegia: paralisia de ambas as extremidades inferiores • Quadriplegia: paralisia das quatro extremidades. A área afetada é sempre a da extremidade contralateral à zona do hemisfério cerebral que sofreu a lesão. • Fonte: Professor José Goria – III Jornada de Educação Especial Inclusiva e Psicomotricidade – Rhema Educação
  • 24. • Síndrome de Angelman: distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual, comprometimento ou ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, sono entrecortado e difícil, alterações no comportamento, entre outras. (redução da pigmentação de pele, olhos e cabelo) Profa. Luiza Oliveira, https://www.facebook.com/profluizaoliveira
  • 25. • Síndrome do Cri du chat (miado do gato): o nome da síndrome deve- se ao choro característicos dos bebês, semelhante ao miado do gato, e que é decorrente de malformação da laringe. O comprometimento intelectual pode ser bastante intenso. Gibi material de apoio (pseudoestrabismo) (junção de dois dedos)
  • 26. • Erros Inatos de Metabolismo (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito, etc.): alterações metabólicas, em geral enzimáticas, que normalmente não apresentam sinais nem sintomas sugestivos de doenças. São detectados pelo Teste do Pezinho, e quando tratados adequadamente, podem prevenir o aparecimento de deficiência intelectual. Alguns achados clínicos ou laboratoriais que sugerem esse tipo de distúrbio metabólico: falha de crescimento adequado, doenças recorrentes e inexplicáveis, convulsões, ataxia, perda de habilidade psicomotora, hipotonia, sonolência anormal ou coma, anormalidade ocular, sexual, de pelos e cabelos, surdez inexplicada, acidose láctea e/ou metabólica, distúrbios de colesterol, entre outros.
  • 27. Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 28 de maio de 2021
  • 28. Fatores Sociais: se relacionam com a interação social e familiar, como estimulação e resposta do adulto. Os principais fatores sociais são: • Pobreza/Falta de estímulos; • Má-nutrição materna; • Violência doméstica; • Falta de acesso ao cuidado pré-natal; • Falta de acesso aos cuidados no nascimento; • Falta de estimulação adequada; • Institucionalização, etc.
  • 29. Fatores Comportamentais: se relacionam a comportamentos potencialmente causais, os principais são: • Uso de álcool na gestação; • Uso de drogas pelos pais; • Imaturidade dos pais; • Rejeição dos pais ao cuidado da criança; • Abandono da criança pelos pais; • Abuso e negligência da criança; • Violência doméstica, etc.
  • 30. Fatores educacionais: se relacionam à disponibilidade de apoios educacionais que promovem o desenvolvimento intelectual, tais como: • Deficiência intelectual dos pais; • Falta de preparação para ser pais; • Diagnóstico tardio; • Serviços educacionais inadequados; • Apoio familiar inadequado; • Falta de encaminhamento para estimulação precoce, etc.
  • 31. • Como apresenta apaebh.org.br, a chance de uma criança desenvolver Deficiência Intelectual depende de diversos fatores relacionados à genética, acompanhamento da gestação, saúde da mãe durante a gravidez, ambiente familiar saudável na infância e adolescência, entre outros. Alguns cuidados devem ser tomados, para evitar ou minimizar as consequências da Deficiência Intelectual na vida da pessoa, sendo:
  • 32. Alguns cuidados devem ser tomados, para evitar ou minimizar as consequências da Deficiência Intelectual na vida da pessoa, sendo: • Procurar aconselhamento genético, antes de engravidar, quando houver casos de deficiência intelectual na família, casamentos entre parentes ou idade materna avançada (maior que 35 anos). • Fazer um acompanhamento pré-natal adequado para investigar possíveis infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto. • Manter uma alimentação saudável durante a gestação e evitar uso de bebidas alcoólicas, tabaco e outras drogas.
  • 33. • Realizar o Teste do Pezinho (que é obrigatório no ) assim que o bebê nascer. Esse teste é a maneira mais efetiva de detectar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, que se não forem devidamente tratados podem levar à Deficiência Intelectual. • Seguir recomendações de vacinas. • Oferecer ao bebê alimentação adequada e ambiente familiar saudável e estimulador, além de cuidados para tentar evitar acidentes na infância. • Procurar um médico caso note algum problema no desenvolvimento e/ou crescimento da criança.
  • 34. NÍVEIS DE PREVENÇÃO Primário, secundário e terciário: Segundo a Psicóloga Marilene de Oliveira, profissional com experiência no atendimento ao deficiente intelectual na escola de educação especial Ilece – Londrina/PR, (http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2317-8.pdf), a ação preventiva dos atrasos ou distúrbios de desenvolvimento pode ser conduzida em três níveis:
  • 35. • Prevenção primária: Se refere a um conjunto de abordagens que reduzem ou eliminam o risco de ocorrência da Deficiência Intelectual. Tem como objetivo promover a melhoria na condição de vida da população por agências político/sociais de forma a garantir saúde, educação, trabalho e moradia. Assim sendo, o objetivo é reduzir a incidência de novos casos. A prevenção primária implica em alterar as condições para um subgrupo particular considerado como de risco. • Os esforços primários são dirigidos para reduzir a ocorrência real da deficiência intelectual e envolvem as medidas que impedem a concepção de um indivíduo deficiente. Entre elas, podemos citar: Aconselhamento genético; Programas de imunização; Melhora no cuidado de saúde pré-natal, peri-natal e pós-natal;
  • 36. • Prevenção secundária: Visa o diagnóstico e tratamento precoces. Nesta, a criança já foi exposta às condições adversas e as intervenções são feitas para reduzir e/ou eliminar a duração ou a severidade dos seus efeitos. • As estratégias secundárias de prevenção visam a limitar a progressão da deficiência intelectual. Essas medidas fornecem a identificação precoce da deficiência, seguida pelo tratamento e pela intervenção, a fim de minimizar o seu desenvolvimento. Tais estratégias podem ser aplicadas no nível pré-natal ou neonatal.
  • 37. • Prevenção terciária: a condição de atraso no desenvolvimento já está instalada e os investimentos são feitos para minimizar as condições, desenvolvendo ações que resultem em maior independência e autonomia do indivíduo. A prevenção terciária visa prevenir complicações da deficiência intelectual e a reabilitação. Envolve o cuidado e a gerência em longo prazo de uma condição crônica, por exemplo, reabilitação ou correção da inabilidade por medidas cirúrgicas ou adotando as estratégias que permitam à pessoa deficiente conduzir uma vida normal ou próximo do normal. Essas medidas incluem também programas de educação especial.
  • 38. Deficiência Intelectual e Doença Mental • A partir do DSM IV (Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, edição de 1994), a deficiência intelectual passou a ser caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início deve ocorrer antes dos 18 anos. • Já a doença mental engloba uma série de condições que também afetam o desempenho da pessoa na sociedade, além de causar alterações de humor, bom senso e concentração, por exemplo. Isso tudo causa uma alteração na percepção da realidade. As doenças mentais podem ser divididas em dois grupos, neuroses e psicoses. As neuroses são características encontradas em qualquer pessoa, como ansiedade e medo, porém exageradas. As psicoses são fenômenos psíquicos anormais, como delírios, perseguição e confusão mental. Alguns exemplos de doenças mentais são depressão, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), transtorno bipolar e esquizofrenia. https://ricardoshimosakai.com.br/deficiencia-intelectual-e-doenca-mental/)
  • 39. Dificuldades que as crianças com D.I apresentam • área motora: algumas crianças com deficiência intelectual podem apresentar alterações na motricidade fina, atingindo graus mais severos na coordenação e manipulação. • área cognitiva: podem apresentar: • a) Dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos; • b) Aprender de maneira mais lenta; • c) Apresentar dificuldades para focar atenção; • d) Dificuldades de memorização;
  • 40. • área da comunicação: alguns alunos podem apresentar dificuldade de comunicação; • área sócio educacional: em alguns casos pode ocorrer disparidade entre a idade mental e a idade cronológica. No entanto, indica-se que esses alunos tenham contato com pessoas da mesma idade cronológica para contribuir com o seu desenvolvimento.
  • 42. Diferença de Deficiência intelectual e TEA • DI é caracterizada por déficit cognitivo e falta de habilidades necessárias para a vida cotidiana e na interação social. • TEA principais características se relacionam a dificuldades na comunicação, linguagem, interação social e comportamentos repetitivos. Podem ou não apresentar comorbidades como a deficiência intelectual.
  • 43. TDAH na pessoa com deficiência intelectual • Até o DSM-IV não se considerava a possibilidade diagnóstica de TDAH em pessoas com deficiência intelectual, pois muitas características da pessoa com DI se assimilam ao TDAH. • No DSM-5 o diagnóstico de deficiência intelectual já não é mais excludente para o TDAH.
  • 44. Entre os sintomas da Deficiência Intelectual que podem se assimilar com os apresentadas em pessoas com TDAH temos: • Desinteresse pelas atividades dadas em sala de aula; • Dificuldade de memorização e esquecimentos dos conteúdos e habilidades já trabalhadas; • Pouca interação com os colegas e com a professora; • Na atualidade pesquisas já apontam a presença em pessoas com deficiência intelectual de características de TDAH, sendo estes apresentados como coocorrências ou transtornos em comorbidade. • Até o DSM-IV acreditava-se que alguns dos sintomas da própria DI acabavam por se confundir com o TDAH, o que impossibilitava o diagnóstico.
  • 45. O aluno com Deficiência intelectual e TDAH • Algumas das características presentes no comportamento de alunos com DI e TDAH são: • Hiperatividade – Por vezes o aluno pode apresentar uma atividade motora exagerada, podendo culminar em dificuldades em manter-se sentado ou até mesmo dentro da própria sala de aula (de acordo com o nível de compreensão podem ser definidas estratégias para melhora nesse aspecto). • Podem demonstrar baixos níveis de concentração e interesse nas atividades, distraindo-se com facilidade, buscando outros elementos de interesse no ambiente. • Também é perceptível a apresentação de um alto nível de impulsividade, sendo esta em diferentes contextos.
  • 46. • Muitas vezes crianças com deficiência intelectual e TDAH, podem desenvolver mecanismos de enfrentamento e compensação das suas dificuldades. • Em alguns casos pode ser percebido certa dose de agressividade como mecanismo de defesa, principalmente em crianças não verbais.
  • 47. • Muitas vezes o aluno com DI e TDAH acaba por rejeitar uma atividade ou por vezes realiza-la rapidamente e sem atenção como meio de se livrar da tarefa ou em busca de uma recompensa imediata pelo trabalho realizado. Por isso é importante fragmentar as atividades e utilizar estratégias de acordos, trocas e recompensas. Fique atento
  • 48. Dislexia e deficiência intelectual • No DSM-5, Dislexia é designada como Transtorno Específico da Aprendizagem, podendo abarcar dificuldades nos domínios de leitura e expressão escrita, configurando um quadro mais global, mas com codificações específicas para cada sub- habilidade alterada. https://periodicos.fclar.unesp.br
  • 49. Dislexia pode ser definida como um transtorno na aprendizagem, quanto à velocidade e qualidade da aquisição das habilidades de leitura, escrita, fala e orientação espacial, podendo a criança apresentar dificuldades com a linguagem, dificuldades em escrever, dificuldades com a ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura. Como a pessoa com deficiência intelectual já possuiu dificuldades cognitivas que modificam o seu processo de aprendizagem nas áreas referidas, estas são atribuídas a própria DI, sendo uma (DI) primária em relação à outra (Dislexia).
  • 50. 9 MITOS SOBRE A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54. • Vale lembrar que assim como qualquer pessoa, o indivíduo com DI terá dificuldades em determinadas áreas e também habilidades que devem ser valorizadas e desenvolvidas. https://www.youtube.com/watch?v=-k_JVRda40s&t=6s
  • 55. CONCEITO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA • Planejamento de ações pedagógicas, voltadas as necessidades e potenciais do aluno em seus diferentes estágios de aprendizagem e desempenho. • Atendimento diferenciado a todos os alunos no tempo certo de modo especial os alunos que apresentam dificuldades/deficiência de aprendizagem. HORA DE INTERVIR
  • 56. Necessidades educativas especiais • Segundo Reis (1999), Qualquer pessoa em um dado momento da sua vida pode necessitar de um apoio suplementar para ultrapassar determinadas barreiras que se apresentam em sua aprendizagem.
  • 57. Como podemos interver nas dificuldades
  • 58. Dificuldades que as crianças com D.I apresentam • área motora: algumas crianças com deficiência intelectual podem apresentar alterações na motricidade fina, atingindo graus mais severos na coordenação e manipulação. • área cognitiva: podem apresentar: • a) Dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos; • b) Aprender de maneira mais lenta; • c) Apresentar dificuldades para focar atenção; • d) Dificuldades de memorização;
  • 59. • área da comunicação: alguns alunos podem apresentar dificuldade de comunicação; • área sócio educacional: em alguns casos pode ocorrer disparidade entre a idade mental e a idade cronológica. No entanto, indica-se que esses alunos tenham contato com pessoas da mesma idade cronológica para contribuir com o seu desenvolvimento. O que podemos fazer?
  • 60. • área motora: algumas crianças com deficiência intelectual podem apresentar alterações na motricidade fina e global, atingindo graus mais severos na coordenação e manipulação.
  • 61. Trabalhando a coordenação motora para a escrita • Utilizar materiais sensoriais; • Jogos; • Trabalhar movimentos coordenados; • Trabalhar atividades com artes, música e orientação espacial. • Esportes.
  • 62.
  • 63. • a) Dificuldades na aprendizagem de conceitos abstratos; Quando possível, mostre exemplos concretos
  • 64. • Dado sílabas – partes da história – personagens – matemática – letras – quantificação numérica – rima – sentimentos – brincadeiras – pular /dançar/cantar – leitura de palavras do dado com autonomia – substantivos / adjetivos – regiões do Brasil – frutas – sentidos – jogo da multiplicação – produção textual imagens e palavras – palavra puxa palavra (próxima palavra tem que começar com a última sílaba da última falada)
  • 65.
  • 67.
  • 68. b) Aprender de maneira mais lenta; • Não meça o seu tempo pelo relógio de outra pessoa, mas aproveite o máximo possível tempo para a aprendizagem dos conceitos e a alfabetização. Imagem Internet
  • 69. Diminua as abstrações Como nos coloca Rodrigues (2019, p. 42) Use exemplos concretos, ou seja, diminua as abstrações sempre que possível. Um alto nível de abstração exige um alto nível de poder cognitivo. • c) Apresentar dificuldades para focar atenção;
  • 70. Se preciso, mude a estratégia ou inverta a ordem
  • 71. • d) Dificuldades de memorização; • Se a criança foi apresentada a um conteúdo e não compreendeu, mude a forma de apresentação deste, retome. • Exercite a memorização da criança em atividades rotineiras (guardar a mochila, pegar os materiais, etc.). Não ofereça tudo pronto.
  • 72. Utilize pistas para guiar a compreensão e o aprendizado Imagem da internet (adaptação) • Muitas vezes a criança com DI tem dificuldade para entender as propostas. Utilize pistas e imagens para guiar a compreensão.
  • 73. DICA
  • 74. Desenho aluno escola Ilece – Londrina/PR
  • 75. • área da comunicação: alguns alunos podem apresentar dificuldade de comunicação; • Crie momentos de troca em que seja possível diferentes formas de comunicação, não apenas a verbal.
  • 76. Exemplifique e comunique por imagens Acredite no poder das imagens Tenha consciência e conhecimento sobre o seu uso
  • 77. Pense de forma diferente
  • 78. Apresente os textos e conteúdos de forma diferenciada
  • 79. Interpretando os textos contidos nos elementos do cotidiano
  • 80. A criança também pode desenhar os itens que estão faltando na canção
  • 81. Ampliando os horizontes • Podemos propor atividades completamente diferentes e lúdicas, sendo que estas devem ser adaptadas de acordo com a criança. • Você conhece o LAPBOOK? Lapbook https://www.youtube.com/watch?v=mQtCFFQc15Q
  • 83.
  • 85. • A síndrome de Edwards é causada pela trissomia do cromossomo 18 e também provoca atrasos no desenvolvimento do feto, malformações graves ao nascimento como microcefalia e problemas cardíacos. • Essas complicações resultam em uma baixa expectativa de vida da criança, sendo que menos de 10% conseguem sobreviver até 1 ano de idade, e causam aborto espontâneo em alguns casos. • As crianças que nascem com a síndrome de Edwards geralmente apresentam características como: Cabeça pequena e de forma estreita, boca e mandíbula pequena, dedos longos e polegar pouco desenvolvido, pés com sola arredondada, fenda palatina, problemas nos rins, doenças cardíacas, deficiência mental, problemas de respiração, devido às alterações estruturais ou ausência de um dos pulmões, dificuldade de sucção, choro fraco, baixo peso ao nascer, alterações cerebrais como cisto cerebral, hidrocefalia e anencefalia e paralisia facial. Trissomia 18 O sexo feminino é mais afetado que o sexo masculino, na proporção de 4 meninas para cada menino que nasce com a doença. Sua incidência em gestações que não evoluem até o termo é alta, 95% delas progridem para abortos, ocorrendo na maioria das vezes, de maneira espontânea.
  • 86. • Síndrome de Patau: De acordo com blog.labiexames.com.br, a Síndrome de Patau, também conhecida como trissomia do cromossomo 13, interfere diretamente no desenvolvimento fetal e resulta em uma série de malformações no sistema nervoso, defeitos cardíacos e fendas no lábio e no céu da boca do bebê. Infelizmente, a maioria dos bebês que nascem com essa condição sobrevivem menos de 3 dias, mas há casos de sobrevivência até aos 10 anos de idade. • As características mais comuns em crianças com a síndrome de Patau são: Microcefalia, abertura anormal no crânio, malformações do cérebro, defeitos estruturais dos olhos, fissura labial ou fenda no céu da boca, dedos adicionais, problemas cardíacos, defeito do tubo neural, onde a medula espinhal, meninges e vasos sanguíneos se projetam através de uma lacuna nas vértebras e malformações dos órgãos sexuais. Trissomia 13 Pesquisas acadêmicas mostram que em São Paulo, 67% dos fetos com essa trissomia são abortados espontaneamente ou apresentam morte intrauterina. Dos que nascem vivos, 50% morrem na primeira semana de vida e somente 9% alcançam o primeiro ano. Conheça a história de Bento: https://dlnews.com.br/noticias?i d=20230/conheca-bento-o-bebe- que-contraria-estatisticas-e- resiste-a-doenca-fatal
  • 87. Terminalidade específica • Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.39496, Inciso II do Artigo 59, Resolução CNECEB 0201, Artigo 16 e Parecer do Conselho Nacional de Educação 1701, é prevista a terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências. A terminalidade específica prevê viabilizar ao aluno com grave deficiência intelectual ou múltipla, que não apresentar resultados de escolarização previstos no Inciso I do Artigo 32 da LDBN, terminalidade específica do ensino fundamental, por meio da certificação de conclusão de escolaridade, com histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as competências desenvolvidas pelo educando, bem como o encaminhamento devido para a educação de jovens e adultos e para a educação profissional. Cabe aos Estados e Municípios estabelecerem critérios para o gerenciamento deste dispositivo legal. • Mais informações Planalto do Governo – Lei no 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 – http://www.planalto.gov.br Por INSTITUTO PARADIGMA em 25/07/2018. Disponível em: https://diversa.org.br/forum/ate-qual-idade-um-aluno-com- deficiencia-intelectual-pode-ficar-no-ensino-regular/
  • 88. É sempre bom lembrar: • Organize os materiais e diminua os estímulos. Muitos materiais dispostos sobre a mesa ou uma sala com muito recursos visuais ou sonoros podem ter um efeito estimulante e facilitar a desatenção. • Podemos estabelecer um quadro de rotina e previsibilidade e mesmo alunos não verbais podem interagir e responder de acordo com o uso de diferentes estratégias. • Ao colocar o estudante o mais próximo ao professor e mais a frente na sala de aula diminui-se muito as possibilidades de distração. • Reforce as atitudes positivas, seja por elogios ou por reforçadores que podem ser definidos de acordo com cada criança.
  • 89. • Alguns alunos com deficiência intelectual podem demonstrar um pouco de cansaço no decorrer do dia. Dessa forma, o desenvolvimento e a aprendizagem podem ser mais significativas no início do período letivo. Aproveite esse tempo. • Após a realização de uma atividade o aluno pode ter um tempo “livre”, para um descanso entre uma atividade e outra ou um jogo por exemplo. • Trabalhe com uma temporalidade diferenciada tanto para mais quanto para menos. Por vezes o aluno ira necessitar de um tempo extra para se concentrar e realizar a atividade. Contudo, algumas atividades muito extensas podem ser dispersivas.
  • 90. • Fragmente as atividade e apresente por partes, evitando o excesso de informações e estímulos. • Muitas vezes o aluno com TDAH pode demonstrar habilidades em áreas como esporte e arte. Com o aluno DI e TDAH acontece a mesma coisa. Perceba e de espaço para o desenvolvimento dessas habilidades. • Seja um professor em constante formação, procure compreender o seu aluno e conheça as principais características tanto da deficiência intelectual quanto do TDAH. Só assim você poderá intervir de forma significativa com seu educando.
  • 91. Referências • FANTACINI; R. A. F. Ensino colaborativo na escola: um caminho possível para a inclusão. Research, Society and Development, v. 7, n. 3, p. 01-15, https://rsd.unifei.edu.br/index.php/rsd/article/view/244/190. • DÍEZ, Anabel Moriña. Traçando os mesmos caminhos para o desenvolvimento de uma educação inclusiva. Inclusão: R. Educ. Esp., Brasília, v.5, n.1, p. 16-25, jan/jul. 2010. • MIRANDA, A. A. B. História, deficiência e educação especial. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 15, p. 1-7, 2004. Disponível em: www.histedbr.fae.unicamp.br. Acesso em: Agosto de 2019. • Pletsch, M.; Souza, F.; Orleans, L.. A diferenciação curricular e o desenho universal na aprendizagem como princípios para a inclusão escolar. Revista Educação e Cultura Contemporânea, América do Norte, 1416 07 2017. Dispponível em: http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/3114/1662 PINTO, P. de S. C. N.; • VITALIANO, Célia Regina. Formação de professores de educação infantil para inclusão de alunos com necessidades educativas especiais: uma pesquisa colaborativa (artigo). Campinas: Revista Pro-posições V. 30, 2019. • VITALIANO, Célia Regina e MARTINELLI, Josemaris Aparecida. Desenvolvimento de trabalho colaborativo entre uma professora de Educação Especial e professores de classe comum. Florianópolis: Revista do centro de ciência da Educação. V. 36, n. 3 – p. 1031, jul./set. 2018. • ZAPPAROLI, Kelem. Estratégias lúdicas para o ensino da criança com deficiência. 2 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.