1. O documento discute o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), abordando sua definição, sintomas, etiologia, diagnóstico e tratamento.
2. Apresenta as evidências de que o TDAH é um transtorno neurológico válido e não é resultado da falta de limites dos pais ou um problema exclusivo de alguns países.
3. Discutem-se as alterações cerebrais associadas ao TDAH, principalmente nas regiões pré-frontais, e como isso afeta as funções
6. Modificação na denominação ao longo dos anos
Lesão cerebral mínima
Disfunção cerebral mínima
Distúrbio do controle regulatório
Disfunção executiva
Hiperatividade
Déficit de atenção
TDAH
7. O que é?
Transtorno neurobiológico de forte
influência genética definido por
sintomas de:
Desatenção
Impulsividade
Hiperatividade
8. Inapropriados pela idade
Excessivos e causam prejuízo
Não ocorrem em um único contexto
Não são mais bem entendidos por
outro diagnóstico
9. Indivíduos que apresentam este conjunto de
sintomas têm maior comprometimento nas
esferas acadêmica, social, familiar e profissional
10. Validade diagnóstica
O TDAH é um transtorno extremamente bem
pesquisado e com validade superior à da
maioria dos transtornos mentais e superior
inclusive a de muitas condições médicas
AMA Council for Scientific Affairs,1998
Associação médica americana - Comitê para assuntos científicos
Evidências na literatura científica
demonstram a sua validade como um
transtorno genuíno .
18. 1 – Problema comum que não existia até algum
tempo.
2 – Uma condição de saúde decorrente do padrão
da vida moderna.
3 – Comum somente em alguns países.
4 – Um problema que resulta da falta de limites dos
pais.
5 – Não é uma doença, pois todos têm dificuldade
em prestar atenção.
TDAH – Mitos e verdades
19. Shakespeare – Idade média
“mal da atenção” em Rei Henrique VIII
Hipócrates – 493 A.C
“Respostas rápidas às experiências
sensoriais, mas também menor
tenacidade porque se move
rapidamente para a próxima impressão”.
20. Heinrich Hoffmann
Struwwelpeter
(1845 - English
edition 1848)
Heirinch Hoffmann, 1845 - Psiquiatra alemão
João Felpudo
Livro com 10 histórias
sobre o comportamento
infantil inadequado.
21. Um menino que não se cuida e por isso é
rejeitado pelos seus colegas.
1ª história
Pedro, o descabelado ou desalinhado
24. Textos médicos
Alexander Crichton em 1798
“Mental Restlessness”
Século XX inúmeros artigos médicos com
mudança na ênfase dada ao TDAH no correr
dos anos.
G.F. Still e Alfred Tredgold em 1902
observações clínicas válidas até hoje.
25. Estudo de 43 crianças com
dificuldade séria para manter a atenção,
controle moral do comportamento,
exageradamente ativas,
podendo ou não ser agressivas, desafiadoras e
impetuosas.
1979 - reconhecimento dos sintomas
equivalentes em adultos
26. 1 – Problema comum que não existia até
algum tempo.
2 – Uma condição de saúde decorrente
do padrão da vida moderna.
Mito
27. Estimativa global da prevalência
de TDAH a nível mundial
Não há variação significativa na distribuição
geográfica mundial ou no Brasil
5%
Prevalência
Polanczyk et al., 2007
28. Isso indica que o TDAH não é secundário a fatores
culturais, ao modo como os pais educam os filhos
ou resultado de conflitos psicológicos.
Polanczyk et al., 2007
3 – Comum somente em alguns países.
MITO
29. 4 – Um problema que resulta da falta de limites
dos pais.
5 – Não é uma doença, pois todos têm
dificuldade em prestar atenção
MITO
30. Etiologia
Transtorno poligênico
(vários genes de pequeno efeito)
Fatores
ambientais
Vulnerabilidade
genética
Menor nº genes
Baixa sintomatologia
Maior nº genes
Alta sintomatologia
Transtorno dimensional
31. Etiologia - Fatores de risco
Adversidades psicossociais
Baixo peso ao nascer
Prematuridade
Uso de drogas, álcool e tabaco na gestação
Barkley et al, 2008
32. Etiologia - Fatores de risco
TDAH nos pais
Seu filho tem dificuldade
em prestar atenção, sr
Clayton.
Barkley et al, 2008
39. DORSOLATERAL
Organização dinâmica motora Planificação
Memória prospectiva (codificação, retenção e
recuperação)
Atualizações de representações mnêmicas
Flexibilidade mental Sequenciamento
Memória de Trabalho
Mediação das Interferências
Automonitorização
43. Funções executivas e cerebelo
Automatização do movimento motor substrato
inicial para as novas aprendizagens - via frontal
Essencialmente motora somática, exercendo
influência sobre a execução do movimento
voluntário já iniciado, e também no planejamento
do ato motor;
44. FUNÇÕES EXECUTIVAS
Variedade de habilidades
Comportamentos não habituais em novas
situações
Regulação de outras funções como atenção,
percepção, memória, emoções dentre outras
Adiamento de recompensas
Processos de controle.
45. Sustenta atenção (seletiva, alternada,
manutenção)
Memória de trabalho ou operacional
Inibe respostas impulsivas
Planejamento de estratégias de comportamento
Modulação do comportamento
Resolução de problemas
55. Crianças com alterações do processamento auditivo
normalmente podem ouvir as informações, mas têm
dificuldades para atender, localizar, armazenar ou
recuperar as informações para torná-las úteis para
fins sociais e acadêmicos.
Katz & Wilde, 1994.
Escutar na presença
de ruído de fundo
Localizar
os sons
Seguir
instruções
Processamento auditivo
58. CID 10
F 90 Transtornos hipercinéticos
F 90.0 – Distúrbios da atividade e da atenção
F 90.1 – Transtorno hipercinético de conduta
F 90.8 – Outros transtornos hipercinéticos
F90.9 - Transtorno hipercinético, não especificado
59. DSM IV / 5 – O QUE MUDOU?
TDAH e TEA
Idade para início dos sintomas – 12 a
Ponto de corte no adulto – 5 sintomas
Apresentação no lugar de subtipo
Classificação em leve – moderado – grave
Remissão parcial