1) O documento descreve os fundamentos e diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica no Brasil.
2) A atenção básica deve ser organizada com base nos territórios e populações, sendo a porta de entrada preferencial no sistema de saúde.
3) A política define as responsabilidades das gestões federal, estadual e municipal na implementação da atenção básica.
1. Política Nacional de Atenção Básica
Rodrigo Lima
Médico de Família e Comunidade
(AMB/SBMFC)
Especialista em Saúde da Família (IMIP)
Diretor Científico da APEMFC (2011/2013)
Superintendente de Atenção Primária – SES/PE
2. Fundamentos e diretrizes da Atenção
Básica
Território e população definida
(responsabilidade, vínculo, longitudinalidade, acolhi
mento)
Porta de entrada preferencial
Resolutividade e coordenação do cuidado
Ações programáticas e demanda espontânea
Atuação em equipe interdisciplinar
Participação do usuário, autonomia
3. Prevenção
Profissional de saúde
Doença, agravo, problema de saúde...
ausente (dicotomia) presente
(contínuo)
ausente Primária Secundária
Usuário
presente Quaternária Terciária
Primária: mudança de estilo de vida, vacinação
Secundária: identificação de fatores de risco, rastreamentos
Terciária: diagnóstico, tratamento, cura, reabilitação
Quaternária: primum nonnocere
4. Responsabilidades da gestão
Seguir os fundamentos e diretrizes
Financiamento (e monitoramento da aplicação de recursos)
Planejamento
Infraestrutura
Qualificação da força de trabalho
Sistemas de informação
Monitoramento e avaliação
Controle social
5. Responsabilidades da gestão federal
Definir as diretrizes da política de forma pactuada
(CIT)
Induzir a formação de profissionais para a APS (com
MEC)
Apoiar os estados e municípios
(organização, qualificação, educação permanente)
Monitorar a utilização dos recursos
6. Responsabilidades das gestões estaduais
Definir estratégias complementares, respeitando a
política nacional (com as CIB)
Acompanhar sistemas de informação
Apoiar os municípios
(organização, qualificação, educação permanente)
7. Papel das gestões municipais
Definir estratégias complementares, respeitando a política nacional (com
as CIB)
Alimentar sistemas de informação e cadastro de profissionais e unidades
de saúde
Inserir a Saúde da Família como estratégia prioritária de organização da
APS
Organizar, executar e gerenciar os serviços e ações
Selecionar, contratar e remunerar os profissionais (e assegurar o
cumprimento de carga horária)
Garantir recursos materiais, insumos e equipamentos
Organizar o fluxo de usuários
8. Requisitos para as UAB
Normas sanitárias / manual de infraestrutura do DAB
Cadastro no SCNES
Consultório médico e de enfermagem, consultório
odontológico, consultório com sanitário, sala de acolhimento,
sala de gerência, sala de atividades coletivas, recepção,
arquivo/registro, sala de procedimentos, sala de vacinas, sala
de inalação coletiva, sala de coleta, sala de curativos, (sala de
armazenamento e de dispensação de medicamentos)...
Identificação por padrão SUS e Atenção Básica
Máximo 4000 usuários, média 3000
9. Composição das EAB
Equipe mínima:
Médico generalista / de Família e Comunidade /
especialista em Saúde da Família
Enfermeiro generalista / especialista em Saúde da
Família
Auxiliar ou técnico em enfermagem
Agentes Comunitários de Saúde (máximo 12, um
para 750 pessoas no máximo)
10. Carga horária dos profissionais
40h semanais, com alternativas permitidas para os
médicos:
02 médicos 30h (equivalendo a 01 médico 40h)
03 médicos 30h (equivalendo a 02 médicos 40h)
04 médicos 30h (equivalendo a 03 médicos 40h)
02 médicos 20h (equivalendo a 01 médico 40h), com
85% do repasse financeiro
01 médico 20h (equivalendo a 01 médico 40h),
máximo de 2500 pessoas, com 60% do repasse
financeiro (Equipes Transitórias)
11. Carga horária dos profissionais
É permitida a divisão da carga horária:
Mínimo de 32h semanais na UAB
Máximo de 8h semanais em serviço de
urgência/emergência no mesmo município, ou em
atividades de especialização do profissional
12. Atuação das EAB
Nas UAB
Nas residências
Em outros espaços (que comportem a ação
planejada)
13. Atribuições do médico
Consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em
grupo
Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de
atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo
acompanhamento do plano terapêutico
Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a
necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a
responsabilização pelo acompanhamento do usuário
Contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente
de todos os membros da equipe
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USB.