O documento discute a transição do modelo de atenção à saúde no Brasil de um modelo focado em condições agudas para um modelo focado em condições crônicas. Isso inclui a criação de redes de atenção à saúde com a atenção primária no centro, representada pela Estratégia Saúde da Família, que fornece cuidados integráveis e contínuos à população. O documento também descreve os princípios, composição e processo de trabalho da Estratégia Saúde da Família.
4. * Até 1970 dados só d e capit ais
Fonte Barbosa Silva et alii(2003)
TENDÊNCIAS DA MORTALIDADE
POR GRUPOS DE CAUSAS
BRASIL – 1930/2000
5. A CRISE DO MODELO DE ATENÇÃO
À SAÚDE NO SUS
UMA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE DUPLA
CARGA DA DOENÇA COM PREDOMINÂNCIA
RELATIVA DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS
UM MODELO DE ATENÇÃO VOLTADO PARA
AS CONDIÇÕES AGUDAS
6. A LÓGICA DA ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES AGUDAS
ATENÇÃO
HOSPITALAR
ATENÇÃO
AMBULATORIAL
ESPECIALIZADA
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
A
B
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
SEVERIDADE DA
DOENÇA
TEMPO
PA
AMBULATORIA
L
7. AS DIFERENÇAS ENTRE AS
CONDIÇÕES AGUDAS E AS
CONDIÇÕES CRÔNICAS DE
SAÚDE
CONDIÇÕES AGUDAS
• DURAÇÃO LIMITADA
• MANIFESTAÇÃO
ABRUPTA
• AUTOLIMITADAS
• DIAGNÓSTICO E
PROGNÓSTICO
USUALMENTE
PRECISOS
• INTERVENÇÃO
USUALMENTE EFETIVA
• RESULTADO: A CURA
CONDIÇÕES CRÔNICAS
DURAÇÃO LONGA
MANIFESTAÇÃO GRADUAL
NÃO AUTOLIMITADAS
DIAGNÓSTICO E
PROGNÓSTICO
USUALMENTE INCERTOS
INTERVENÇÃO
USUALMENTE COM
ALGUMA INCERTEZA
RESULTADO: O CUIDADO
8. A MUDANÇA DO MODELO DE
ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
• DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS:
OS SISTEMAS
FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
• PARA O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS:
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
9. O CONCEITO DE REDE DE
ATENÇÃO À SAÚDE
É A ORGANIZAÇÃO HORIZONTAL DE
SERVIÇOS DE SAÚDE, COM O CENTRO DE
COMUNICAÇÃO
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, QUE
PERMITE PRESTAR UMA ASSISTÊNCIA
CONTÍNUA A DETERMINADA POPULAÇÃO
- NO TEMPO CERTO, NO LUGAR
CERTO, COM O CUSTO CERTO E COM A
QUALIDADE CERTA - E QUE SE
RESPONSABILIZA PELOS RESULTADOS
SANITÁRIOS E ECONÔMICOS RELATIVOS A
ESSA POPULAÇÃO
10. AS FORMAS ALTERNATIVAS DE
ORGANIZAÇÃO DO SUS
Alta
Compl.
Média
Complexidade
Atenção Básica
ORGANIZAÇÃ
O
HIERÁRQUICA
REDE
HORIZONTAL
APS
11. ATENÇÃO BÁSICA
conjunto de ações de saúde no âmbito
individual e coletivo que abrangem a
promoção e proteção da saúde, prevenção
de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde.
considera o sujeito em sua singularidade,
complexidade, integralidade, e inserção
sociocultural e busca a promoção de sua
saúde, a prevenção e tratamento de doenças
e a redução de danos ou de sofrimentos que
possam comprometer suas possibilidades de
viver de modo saudável.
12. FUNDAMENTOS
Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços
de saúde
porta de entrada preferencial do sistema de saúde
Efetivar a integralidade em seus vários aspectos
Desenvolver relações de vínculo e
responsabilização entre as equipes e a população
garantindo a continuidade das ações de saúde e a
longitudinalidade do cuidado
valorizar os profissionais de saúde (formação e
capacitação);
avaliação e acompanhamento sistemático dos
resultados alcançados (planejamento e
programação);
estimular a participação popular e o controle social.
13. CARACTERÍSTICAS
é uma forma de organização dos serviços de saúde,
tendo como perspectiva as necessidades em saúde
da população;
tem capacidade para responder a 85% das
necessidades em saúde;
dedica-se aos problemas mais freqüentes (simples
ou complexos);
Primeiro contato (porta de entrada ao sistema de
saúde).
14. PRINCÍPIOS
ORDENADORES
Primeiro Contato
Longitudinalidade do cuidado (ou vínculo e
responsabilização)
Integralidade (ou abrangência)
Coordenação do cuidado (ou organização
das respostas ao conjunto de necessidades)
15. Atenção Básica -> engloba Atenção Primária;
SUS x Atenção Básica:
Hierarquização (1ária, 2ária e 3ária);
Pacto pela Saúde:
Vida: saúde do idoso e Atenção Básica (qualidade de
vida com alto grau de resolutividade = PSF (ESF) +
PACS;
Gestão;
17. Para operacionalização da política no Brasil
utiliza-se de uma estratégia nacional
prioritária, que é a Saúde da Família de
acordo com os preceitos do Sistema Único
de Saúde.
SAÚDE DA FAMÍLIA
Estratégia prioritária de mudança de
modelo de atenção
18. POLÍTICA NACIONAL DA
ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006
Estabelece a revisão de diretrizes e normas
para a organização da Atenção Básica para o
Programa Saúde da Família (PSF) e o
Programa Agentes Comunitários de Saúde
(PACS).
20. PRINCÍPIOS
• Integralidade
• Intersetorialidade
• Territorialização e Adscrição de
Clientela
• Equipe multiprofissional com
planejamento integrado
• Responsabilização e Vínculo da Equipe
com a população adscrita
•
21. Territorialização e Adscrição
de Clientela
Território específico - área geográfica de
abrangência da Unidade / Equipe de Saúde
Adscrição de clientela: cada equipe se
responsabiliza por cerca de 1.000 famílias dentro
da sua área geografica (de 2.400 a 4.500
habitantes)
Campos de atuação:
• Promoção da Saúde
• Prevenção de doenças , agravos e complicações
• Tratamento
22. COMPOSIÇÃO
Mínimo de:
1 Médico generalista
1 Enfermeira
1 Auxiliar de Enfermagem
4 a 6 Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
Jornada de trabalho ↔ 8hs/dia = 40 hs semanais
EQUIPE DE SAÚDE BUCAL (ESB)
1 Cirurgião-Dentista
1 Auxiliar de Consultório Dentário
Equipe Multidisciplinar
23. Responsabilidades mínimas:
Diagnóstico do território e população adscrita à
equipe e Unidade Básica
Diagnóstico da situação de saúde das famílias –
aspectos socioeconômicos, demográficos,
culturais e epidemiológicos
Elaboração do plano de Saúde integral-
atividades da equipe, redirecionamento do
modelo assistencial com participação da
comunidade
Assistência integral a doenças prevalentes:
ações programáticas e atendimento a demanda
espontânea
24. Responsabilidades mínimas:
Vigilância em Saúde
Promoção da saúde e prevenção de agravos
-foco na família e comunidade
Promover ações intersetoriais com organizações
comunitárias formais e informais e ações
educativas para grupos prioritários e população
em geral
Incentivo a participação social através dos
Conselhos de Saúde
25. Agentes Comunitários de Saúde-
ACS
Pessoa da comunidade, selecionado e treinado;
Profissão regulamentada em lei;
Trabalha com a equipe de profissionais
Elo entre a comunidade e os serviços de saúde;
Identifica áreas e situações de risco individual e
coletivo
Orienta a promoção e a proteção da saúde;
Notifica aos serviços de saúde as doenças que
necessitam de vigilância;
Mobiliza a comunidade para a conquista de
ambientes e condições favoráveis à saúde
28. PROCESSO DE TRABALHO
Planejamento local das atividades – deve ser
dinâmico e acompanhar as mudanças ocorridas na
comunidade
Cadastramento das famílias – informações
demográficas, sócio-econômicas, sócio-culturais, do
meio ambiente e sanitárias
Diagnóstico das condições de vida e de saúde –
identificação dos problemas de saúde mais
prevalentes e detecção de situações de risco
29. PROCESSO DE TRABALHO
Identificação de Microáreas de risco – áreas que
possuem fatores de risco e/ou barreiras geográficas
ou culturais e indicadores de saúde ruins
Elaboração de plano de ação
Mapeamento da área de atuação – representação
(no papel) da área de atuação da ESF
30. PROCESSO DE TRABALHO
Organização da demanda – através da identificação
de problemas, abordagem coletiva, monitoramento
das doenças crônicas, assistência domiciliar
Trabalho em equipe
Atenção domiciliar – a visita domiciliar é realizada
pelo ACS que garante o vínculo família-ESF
31. PROCESSO DE TRABALHO
Trabalho com grupos – através dos ciclos vitais,
grupos mais vulneráveis (crianças, gestantes,
idosos...)
Educação permanente – preferencialmente em
serviço, de forma supervisionada, contínua e eficaz
32. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA
ATENÇÃO BÁSICA (SIAB)
Os instrumentos de coleta de dados são:
Ficha A: cadastramento das famílias
Ficha B-GES: acompanhamento de gestantes
Ficha B-HA: acompanhamento de hipertensos
Ficha B-DIA: acompanhamento de diabéticos
Ficha B-TB: acompanhamento de pacientes com
tuberculose
Ficha B-HAN: acompanhamento de pacientes com
hanseníase
Ficha C: acompanhamento de crianças (Cartão da
Criança)
Ficha D: registro de atividades, procedimentos e
notificações