4. • Desde 1500 até 1530, não houve colonização
no Brasil. No momento Portugal estava
interessado no comércio com o Oriente. Para
que houvesse colonização teria que ter
povoamento e uma produção econômica, o
que não houve.
5. • O único interesse que Portugal tinha no Brasil
era o pau-brasil, pois dele se tirava um
corante, que serviu para tingir as manufaturas
de tecido européias O direito de extração da
madeira pertencia ao Estado português, que
enviava alguns burgueses dando-lhes
permissão para a exploração, mas uma parte
pertencia a coroa portuguesa.
6. • O pau-brasil era cortado pelos índios, que
ganhavam em troca alguns objetos, é o chamado
escambo, que quer dizer troca. Foram montadas
Feitorias, que eram os locais onde se
depositavam a madeira. Portugal enviou algumas
expedições, com a finalidade de proteger o
território dos piratas que estavam invadindo o
Brasil para “roubarem” pau-brasil e alguns
animais da floresta. Esses piratas vinham da
França, Inglaterra e Holanda.
7.
8.
9. • Outra finalidade das expedições foi para
conhecer melhor geograficamente o litoral, e
procurar por ouro e outros metais preciosos,
sendo esse o maior interesse nas terras.
Foram chamadas de expedições guarda-costas
e exploradoras.
10. • O Brasil começou a ser colonizado a partir de
1530. Mas por que esse interesse em colonizar?
• Havia o fato de que o comércio com as Índias não
ia bem. Outros países estavam chegando lá e
com isso fazendo concorrência.
Consequentemente os preços dos produtos
caíam e os lucros também.
• Outro motivo é que estava sendo necessário
garantir a segurança da colônia Brasil, já que
estava sendo invadida por outros estrangeiros,
Portugal temia perder suas terras.
11. • A primeira expedição colonizadora chegou ao
Brasil em 1531, comandada por Martim
Afonso de Souza. Em São Paulo, em 1534, ele
fundou a primeira vila, São Vicente, e outras
também são fundadas, a de Santo André e
Santo Amaro. Sua expedição percorreu o
litoral brasileiro em busca de ouro mas não
encontrou.
12.
13.
14. • O sentido da colonização deve ser entendido
da seguinte forma:
A colônia fica sob o controle da metrópole. É
ela, a colônia, quem vai fornecer produtos
tropicais e metais preciosos para Portugal, e
vai consumir os produtos manufaturados
produzidos na metrópole.
15. • Para que houvesse organização e para que se
cumprisse as regras impostas pela metrópole,
era necessária a divisão da terra para melhor
administrar, uma produção de grande
aceitação no mercado, e uma mão de obra.
17. • As Capitanias Hereditárias foram um sistema
de administração territorial criado pelo rei de
Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema
consistia em dividir o território brasileiro em
grandes faixas e entregar a administração
para particulares (principalmente nobres com
relações com a Coroa Portuguesa).
18. • Este sistema foi criado pelo rei de Portugal
com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando
assim invasões estrangeiras. Ganharam o
nome de Capitanias Hereditárias, pois eram
transmitidas de pai para filho (de forma
hereditária).
19. • Para poder ser um capitão donatário era
necessário seguir alguns critérios:
• Pertencer a religião católica
• Ter fidelidade à coroa, a nacionalidade e a
riqueza.
20. • Estas pessoas que recebiam a concessão de
uma capitania eram conhecidas como
donatários. Tinham como missão colonizar,
proteger e administrar o território. Por outro
lado, tinham o direito de explorar os recursos
naturais (madeira, animais, minérios).
21.
22. • O sistema não funcionou muito bem. Apenas as
capitanias de São Vicente e Pernambuco deram
certo. Podemos citar como motivos do fracasso:
a grande extensão territorial para administrar (e
suas obrigações), falta de recursos econômicos e
os constantes ataques indígenas.
• O sistema de Capitanias Hereditárias funcionou
até o ano de 1759, quando foi extinto pelo
Marquês de Pombal.
24. • Como foi dito as capitanias passavam por
dificuldades. Para resolver esse problema, em
1548, a coroa portuguesa resolveu enviar um
governador geral para a colônia. Ele iria apoiar
e coordenar as capitanias. As capitanias não
desapareceram imediatamente.
25. • Pouco a pouco, foram retomando ao domínio
da Coroa portuguesa, por confisco ou por
meio do pagamento de indenizações aos
donatários. Com isso, perderam seu caráter
privado, passando à esfera pública.
Entretanto, mantiveram a função de unidade
administrativa até o início do século XIX,
quando transformaram-se em províncias.
26. • O governador geral iria exercer atividades
administrativas e militares. Junto com ele
vieram 3 auxiliares:
• O Provedor-Mor, encarregado de cuidar das
finanças;
• O Ouvidor-Mor, encarregado da justiça,
• E o Capitão-Mor, encarregado da defesa
militar.
27. • Com a vinda do governador houve a
centralização da administração, então foi
resolvido fundar a primeira capital, que foi a
cidade de Salvador. O cargo de govemador-geral
subsistiu até o século XVIII, quando foi
substituído pelo de vice-rei. Os três primeiros
governadores-gerais foram:
29. • Tomé de Sousa (1549-1553): durante seu
governo foi fundada a cidade de São Salvador,
que se tomou sede do governo-geral e capital
da colônia. A Bahia passou a ser a Capitania
Real do Brasil. Foram estabelecidos o primeiro
bispado e o primeiro colégio da colônia.
31. • Duarte da Costa (1553-1558): enfrentou
grande instabilidade política, causada, entre
outros fatores, pela invasão francesa do Rio
de Janeiro (1555); entrou em atrito com o
bispo do Brasil, Pero Fernandes Sardinha, que
criticava o comportamento e a violência de
seu filho, dom Álvaro da Costa.
32. • Um dos marcos de seu governo foi a fundação
do Colégio de São Paulo, em 25 de janeiro de
1554. O colégio, fundado pelos jesuítas
Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, deu
origem à cidade de São Paulo.
34. • Mem de Sá (1558-1572): fundou a cidade de
São Sebastião do Rio de Janeiro em 1565;
juntamente com seu sobrinho, Estácio de Sá,
expulsou os franceses do Rio de Janeiro. É
considerado o melhor govemador-geral do
século XVI.
35. • Com o tempo, os governadores foram
substituídos por vice-reis, que exerciam as
mesmas funções. Em algumas capitanias havia
uma certa autonomia, onde a administração
era exercida pelas Câmaras Municipais, dos
homens bons, que eram os proprietários.
36. • Cabia aos membros da Câmara elaborar as leis
e fiscalizar o seu cumprimento, assim como
nomear juízes, arrecadar impostos e cuidar do
patrimônio público (estradas, ruas, pontes
etc.), do abastecimento e da regulamentação
das profissões e do comércio.
37. O poder local: as câmaras
municipais
• partir de cerca de 1550, a administração das
cidades e vilas ficou nas mãos das câmaras
municipais. Esses órgãos administrativos eram
formados por três ou quatro vereadores, dois
juízes ordinários, um procurador, um escrivão
e um tesoureiro, eleitos pelos chamados
"homens bons”. Além disso, contavam com
alguns funcionários nomeados, conhecidos
como "oficiais da Câmara”.
41. • O Tratado de Tordesilhas foi um acordo
firmado em 4 de junho de 1494 entre Portugal
e Espanha. Ganhou este nome, pois foi
assinado na cidade espanhola de Tordesilhas.
O acordo tinha como objetivo resolver os
conflitos territoriais relacionados às terras
descobertas no final do século XV.
42. • De acordo com o Tratado de Tordesilhas, uma
linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde
serviria de referência para a divisão das terras
entre Portugal e Espanha. As terras a oeste
desta linha ficaram para a Espanha, enquanto
as terras a leste eram de Portugal.
46. • A partir da metade do século XVI, Portugal
começou a implantar no Brasil um sistema
produtor açucareiro, que durou até o final do
século XVII, com o apogeu entre 1570 e 1650.
47. • A agricultura canavieira determinou a
colonização portuguesa no Brasil e, ao mesmo
tempo, a criação das pri-meiras formas
político-administrativas aplicadas pelo Estado
português na colônia, como as Capitanias
Hereditárias e o Governo Geral, além de ser a
grande responsável pela introdução da
escravidão africana.
48.
49.
50.
51. • Nas principais regiões produtoras de açúcar,
litoral da Bahia e de Pernambuco, foram
rapidamente instaladas dezenas de unidades
produtoras, os engenhos.
53. • No mundo açucareiro existiam diversos tipos
de fazendas ou propriedades. A grande
propriedade senhorial, ou engenho,
constituía-se de quatro edificações que
caracterizavam a época: a casa grande, a
capela, a senzala e o engenho, propriamente
dito.
54.
55.
56.
57. • No Brasil, a escravidão teve início porque os
brancos tentaram obrigar os índios a trabalhar
nos engenhos de açúcar, na primeira metade
do século dezesseis. Os portugueses traziam
os negros africanos de suas colônias na África
para utilizá-los como mão-de-obra escrava
nos engenhos de açúcar do Nordeste.
58. • Além disso, nem a igreja nem a coroa se
opuseram a essa escravização. A escravidão
dos negros era justificada pela sua
preexistência na África. O negro era
considerado não civilizado e racionalmente
inferior. A lei protegia de certo modo os
índios, mas o escravo negro não tinha direito
algum, e era juridicamente considerado como
coisa, e não como pessoa.
59.
60.
61. O papel da Igreja na
administração colonial:
• A Igreja católica foi a grande parceira da Coroa
portuguesa na tarefa de administrar a colônia.
Para a Igreja, os principais objetivos da
conquista e da colonização das novas terras
eram difundir a fé cristã em sua versão
católica apostólica romana, bem como
promover a catequese dos índios e
administrar a vida espiritual dos colonos.
63. • Além de cristianizar os indígenas, buscava
evitar o desregramento dos costumes entre os
colonos, combater sua tendência à poligamia
com as índias e educar os filhos desses
colonos dentro dos preceitos religiosos da
Igreja católica.
65. • ara isso, os primeiros religiosos a chegar
trataram de construir igrejas, capelas e
escolas, criar paróquias e dioceses. Aos poucos
ia surgindo uma estrutura material e
administrativa de enorme interesse para o
governo português e para a Igreja, que
estavam preocupados em manter um rígido
controle sobre as atividades e a vida religiosa
da colônia.
75. • Com o objetivo de explorar o país ainda
desconhecido atrás de pedras preciosas ou
outras riquezas, e também de conseguir mais
mão de obra escrava, os brasileiros (que
possuíam sangue europeu ou misturado com
sangue indígena), realizaram expedições para
o interior em viagens que poderiam durar
anos.
76.
77. • Existiram dois tipos de expedições:
as entradas e as bandeiras. A primeira era
apoiada pelo governo de Portugal, com a
finalidade de expandir o território e
antecedeu as bandeiras que tratavam-se de
iniciativas particulares visando a obtenção de
lucro próprio.
78.
79. • As bandeiras tiveram início no século XVII e
são predominantemente expedições
paulistas. Isso se deve a fatores econômicos,
sociais e geográficos do estado, pelo fácil
acesso ao interior através do rio Tietê e pelo
grande aumento da população vinda de São
Vicente depois dos canaviais entrarem em
decadência.
80. • Foram eles os grandes responsáveis pela
expansão territorial do país, conquistando
terras fora do limite do Tratado de
Tordesilhas, pelo povoamento de estados
como Minas Gerais e do Rio Grande do Sul,
pela descoberta de ouro no Mato Grosso,
Goiás e em Minas Gerais e pela destruição
do Quilombo dos Palmares.
89. • A descoberta de ouro no Brasil provocou uma
verdadeira “corrida do ouro”, durante todo
século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros
de todas as partes, e até mesmo portugueses,
passaram a migrar para as regiões auríferas,
buscando o enriquecimento rápido.
90. • Doce ilusão, pois a exploração de minas de
ouro dependia de altos investimentos em
mão-de-obra (escravos africanos),
equipamentos e compra de terrenos.
Somente os grandes proprietários rurais e
grandes comerciantes conseguiram investir
neste lucrativo mercado.
91.
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93. • A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de
taxas e impostos. Quem encontrava ouro na
colônia deveria pagar o quinto. Este imposto
era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do
governo português), que derretia o ouro,
transformava-o em barras (com o selo da
coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto)
para ser enviado para Portugal.
94. • Este era o procedimento legal e exigido pela
coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam
mesmo correndo riscos de prisão ou outras
punições mais sérias como, por exemplo, o
degredo: expulsão da colônia.
103. • No Brasil Colonial, principalmente nos séculos
XVII e XVIII, os tropeiros tinham uma grande
importância econômica. Estes condutores de
mulas eram também comerciantes.
Os tropeiros faziam o comércio de animais
(mulas e cavalos) entre as regiões sul e
sudeste. Comercializavam também alimentos,
principalmente o charque (carne seca) do sul
para o sudeste.
104.
105. • Como a região da minas estava, no século
XVIII, muito voltada para a extração de ouro, a
produção destes alimentos era muito baixa.
Para suprir estas necessidades, os tropeiros
vendiam estes alimentos na região.
106.
107. • Os tropeiros também foram muito
importantes na abertura de estradas e
fundação de vilas e cidades. Muitos
entrepostos e feiras comerciais criados por
tropeiros deram origem a pequenas vilas e,
futuramente, às cidades.