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TILHA 3 COLONIZAÇÃO NA
AMÉRICA PORTUGUESA
Estrutura política,
administrativa e econômica.
“Descobrimento Português”
Chegada de Pedro Alvares
Cabral: 22 de abril de 1500
BRASIL COLONIAL: 1500 A 1822
A colonização da América pelos portugueses
Período HIstórico: Século XV (1500)
Contexto: Expansão Marítima e Mercantilismo (séc. XV
a XVIII) - capitalismo comercial - Práticas econômicas
que vigoraram em países da Europa (Trocas comerciais
entre esses países, conquista e exploração de colônias,
metalismo, pau-brasil, açúcar e especiarias (noz
moscada, cravo, canela, pimenta, etc.)
Características gerais do mercantilismo
colonial
Economia organizada em função da metrópole: a
colônia devia atender e complementar a produção da
metrópole;
A metrópole tinha exclusividade comercial com a
colônia: comprava produtos com preço menor e
vendia os seus a um valor mais alto;
Portugal
Na busca por um novo caminho para as índias,
interessados no comércio de especiarias, os portugueses
chegaram ao Brasil. Inicialmente não encontraram aqui
metais (ouro), as primeiras expedições encontraram
grande quantidade de pau-brasil no litoral que exploraram
(produto de menor valor e menos vantajoso que os
produtos africanos e asiáticos)
PERÍODO PRÉ-COLONIAL: 1500 A 1530
As primeiras expedições (primeiros
30 anos) tiveram como objetivo
apenas o reconhecimento da terra
a preservação de sua posse e evitar
o contrabando de pau-brasil.
Só depois se efetivaria o processo
efetivo de colonização.
PAU-BRASIL (devido a cor de
brasa no interior de seu tronco)
Os índios chamavam de arabutã
(madeira ou pau vermelho)
Exploração do pau-brasil
Monopólio da coroa portuguesa - só
poderia ser retirada com autorização
do governo português e mediante ao
pagamento do tributo correspondente
(o que não foi respeitado por Ingleses,
espanhóis e franceses.
A primeira concessão: Em 1501 ao
comerciante Fernão de Noronha. (Ilha
de São João, hoje Fernando de
Noronha.)
Pessoas que tinha como ocupação o comércio de pau-brasil eram
chamadas brasileiros;
Termo que passou a designar depois os colonos nascidos no Brasil.
Mão de obra: Indígena
Meio: Escambo
As toras cortadas com os machados fornecidos pelos portugueses
eram carregados pelo índios para as feitorias e depois para os navio.
Em poucas décadas o pau-brasil começou a escassear.
Não geraram núcleos de povoamento significantes.
Aldeamentos / Feitorias
Extração de pau Brasil / escambo
TRATADO DE TORDESILHAS
A Colonização
e o Tratado de Tordesilhas
Esse Tratado estabelecia que as
terras da América eram de Portugal
de Espanha. Contudo, franceses,
ingleses e holandeses não
respeitavam esse tratado e
disputavam a posse de territórios
americanos com portugueses e
espanhóis.
Para evitar invasores, combater o contrabando,
principalmente francês e para obtenção de novos
lucros comerciais e para compensar o declínio do
comércio entre Portugal e o Oriente, a Coroa
portuguesa decidiu efetivamente colonizar o
Brasil.
Expedição Martim Afonso de Souza (1530)
Objetivos:
Iniciar a ocupação da terra e sua exploração econômica por colonos portugueses;
Combater corsários estrangeiros;
Procurar metais preciosos;
Fazer o melhor reconhecimento geográfico do litoral;
Distribuiu terras (sesmarias) aos colonos;
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Em 22 de janeiro 1532, Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil: São Vicente, e
alguns povoados, como Santo André da Borda do Campo de Piratininga
Vila de São Vicente, (Estado de São Paulo)
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Colonização: Cultivo da cana-de-açúcar
Implantação da empresa açucareira
(em trechos do litoral), promovendo
o povoamento da colônia.
Montando assim uma organização
produtiva dentro das diretrizes do
sistema colonial. A produção de
açúcar para o mercado europeu.
Primeiro engenho: região de São
Vicente.
Vila de São Vicente
PARQUE CULTURAL VILA DE SÃO VICENTE (SP)
http://www.resjeroteirosbaixadasantista.prceu.usp.br/sitio/parque-cultural-vila-sao-vicente
SÃO VICENTE (HOJE - LOCALIZAÇÃO MAPA)
Escravização dos indígenas
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PRECISAVAM DE MÃO DE OBRA PARA PRODUÇÃO AÇUCAREIRA;
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AÇUCAREIRA MAS SE ESTENDE AOS ATUAIS ESTADOS DE SÃO PAULO,
MARANHÃO, PARÁ, E OUTROS, PARA O CULTIVO DE MILHO, FEIJÃO, ARROZ,
MANDIOCA E DROGAS DO SERTÃO (GUARANÁ, CRAVO, CASTANHA, BAUNILHA,
PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS) E TAMBÉM COMO TRANSPORTE DE
MERCADORIAS EM SEUS OMBROS ENTRE SANTOS E SÃO PAULO.
GUERRAS JUSTAS
SUBTERFÚGIO PARA QUE COLONOS PUDESSEM ESCRAVIZAR ÍNDIOS;
QUANDO PODIAM ACONTECER:
QUANDO OS NATIVOS NÃO SE CONVERTIAM À FÉ CRISTÃ OU IMPEDIAM A
DIVULGAÇÃO DESSA RELIGIÃO, OU QUANDO QUEBRAVAM ACORDOS OU AGIAM
COM HOSTILIDADE EM RELAÇÃO AOS PORTUGUESES.
ESSAS NORMAS CONTUDO ERAM BURLADAS PELOS COLONOS SOB A ALEGAÇÃO
DE QUE ERAM ATACADOS OU AMEAÇADOS PELOS INDÍGENAS.
SUCESSIVAS GUERRAS MARCARAM A CONQUISTA DAS REGIÕES LITORÂNEAS
PELOS EUROPEUS NO SÉCULO XVI, CONTRA: CAETÉS, TUPINAMBÁS, CARIJÓS,
TUPINIQUINS, GUARANIS, TABAJARAS E POTIGUARAS.
Monopólio comercial português
Início do século XVI: A Coroa concedia terras a portugueses que
tivessem recursos para a instalação de engenhos;
Contudo, com o crescimento da economia açucareira entre 1560 e
1570, em 1571 o governo de portugal, decretou que o comércio
colonial com o Brasil deveria ser feito exclusivamente com navios
portugueses nas transações do açúcar (exclusivo metropolitano).
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL
Na falta de recursos para investir na
colonização do BrasiL o governo
protuguês transfere a tarefa para
particulares.
Em 1534 o rei D. João III ordenou a
divisão do território da Coroa em 15
grandes porções de terra - Capitanias
ou donatárias e as entregou a pessoas
(capitães ou donatários) que se
habilitaram a esse empreendimento.
Mapa do Brasil Colônia
Donatário: autoridade máxima da capitania, nomeado
pelo rei. No caso da morte do donatário, a administração
passava a seus descendentes.
O vínculo jurídico entre o rei de Portugal e os donatários era
estabelecido em dois documentos básicos:
Carta de Doação - Conferia ao donatário a posse hereditária da
capitania. A eles era transferido, o direito de administrar e
explorá-la economicamente.
Carta Foral - Estabelecia os direitos e os deveres dos
donatários, relativos à exploração da terra.
As capitanias eram muito extensas, muitos distantes umas das
outras, os meios de transporte eram precários na época, o que
dificultava a comunicação entre as capitanias. Nem todas as
capitanias tinham o solo propício ao cultivo de cana-de-açúcar.
Apesar das dificuldades as
capitanias lançaram as bases
da colonização da américa
portuguesa, estimulando a
formação dos primeiros
núcleos de povoamento,
como São Vicente (1532),
Porto Seguro (1535), Ilhéus
(1536), Olinda (1537) e
Santos (1545).
Mulheres na Administração
Brites de Carvalho - Assumiu o controle de uma sesmaria (Rio Real) ao norte
da Bahia;
A esposa de Duarte Coelho Brites Mendes, assumiu a capitania de
Pernambuco após a morte do marido: durante o seu governo Pernambuco era
a mais desenvolvida capitania do Brasil (mais de mil colonos, e mais de mil
escravos, produção de 200 mil arrobas de açúcar anuais.
Ana Pimentel participou da administração da Capitania de São Vicente.
Esposa do donatário Martim Afonso de Souza, este retornou a Portugal e Ana
Pimentel tornou-se a responsável pelo governo da capitania. Ela organizou o
cultivo de laranja, arroz, trigo, além de introduzir a criação de gado.
Governo Geral (1548)
Busca da centralização administrativa
Governador geral (funcionário português): destinado a
intervir diretamente no processo de colonização e ajudar
aos donatários.
Coexistência com o sistema de capitanias.
Então a colônia passou a ser administrada efetivamente
pelos representantes da Coroa portuguesa.
Salvador séc. XVI
O governo português escolheu a
Capitania da Bahia como sede do
governo-geral. A escolha foi
motivada por interesses
administrativos por sua localização,
que facilitava a comunicação com
demais capitanias. Primeira capital
Salvador. As obras de construção
tiveram início em 1 de maio de
1549. (Tomé de Souza - primeiro
governador geral 29/03/1549)
Ouvidor-mor -
Encarregado
dos negócios da
Justiça;
provedor-mor -
encarregado
dos assuntos da
Fazenda;
capitão-mor -
encarregado da
defesa do
litoral.
Os três primeiros governadores-gerais do Brasil foram:
Primeiro governo-geral
Tomé de Sousa (1549-1553)
Fundação de Salvador (1549) - Primeira capital e cidade do Brasil;
Primeiro bispado brasileiro (1551);
Implantação da pecuária;
Incentivo ao cultivo da cana-de-açúcar;
Organização de expedições para explorar o território em busca de
metais preciosos.
Os jesuítas
buscavam
transmitir os
valores
europeus e
do
cristianismo.
Segundo governo-geral
Duarte Costa (1553-1558)
Destaques:
Jesuítas, dentre estes José de Anchieta;
Colégio de São Paulo (e vila que daria origem a cidade de São Paulo no
planalto de Piratininga);
Franceses com ajuda dos índios tupinambás, invadiram a baía de
Guanabara (Rio de Janeiro) fundando um povoamento de nome França
Antártica (1555-1567);
Pátio do colégio
Marco da fundação da cidade de São Paulo
25 de janeiro de 1554
Terceiro governo-geral
Mem de Sá (1558-1572)
Franceses expulsos do Rio de Janeiro (chefe
militar Estácio de Sá);
Luta contra a resistência indígena à
colonização portuguesa (destruição de
centenas de aldeias no litoral brasileiro no
século XVI).
Alternâncias na administração
(centralização e descentralização)
Centralizar para controlar e fiscalizar melhor a colônia (governo-geral) e
descentralização quando a metrópole pretendia ocupar regiões despovoadas,
impulsionar o desenvolvimento local e adaptar o governo às necessidades dos
colonos (capitanias hereditárias).
No final do governo de Mem de Sá, o rei de Portugal dividiu a administração da
colônia entre governos do Norte e do Sul.
Governo do Norte, com sede na cidade de Salvador e governo do Sul, com sede
na cidade do Rio de Janeiro. Contudo, em 1578, o rei de Portugal restabeleceu
novamente um único centro administrativo no Brasil com sede em Salvador.
Padroado
Um acordo entre o papa e o rei que estabelecia uma
série de deveres e direitos da Coroa portuguesa em
relação a Igreja.
SOCIEDADE AÇUCAREIRA
Brasil contemporâneo
1% de proprietários
Essa concentração de terras como vimos se
inicia no Brasil colonial quando o governo
português favoreceu poucas pessoas.
45% das
terras cultiváveis
O cultivo de cana de açúcar se inicia ainda no período
das sesmarias e capitanias hereditárias inicialmente
cultivadas pelos índios que passaram a ser
escravizados como vimos. (Inicialmente cultivo para
exportação da matéria-prima)
No Brasil a cana de açúcar é cultivada há mais de 400
anos, logo podemos afirmar que nossa história à
história está intimamente ligada a sua agricultura.
Somos o maior produtor mundial de açúcar.
Açúcar
A implantação de um negócio lucrativo
As primeiras mudas de cana de açúcar vieram na primeira Expedição de Martim Afonso de
Souza em 1533 - Início do processo ocupação da colônia / exploração econômica.
Implantação da empresa açucareira (em
trechos do litoral), promovendo o
povoamento da colônia.
Montando assim uma organização produtiva
dentro das diretrizes do sistema colonial. A
produção de açúcar para o mercado europeu.
Primeiro engenho: região de São Vicente.
A exploração intensa do pau-brasil continuou até o
séc. XVII.
MULTIPLICAÇÃO
DOS ENGENHOS
PELA COSTA
BRASILEIRA:
CONCENTRAÇÃO
NORDESTE:
PERNAMBUCO
E BAHIA
MOTIVAÇÕES PARA PARA A PRODUÇÃO
AÇUCAREIRA PELA COROA PORTUGUESA:
➢ Condições naturais favoráveis ao
desenvolvimento da lavoura (clima quente e
úmido e o solo massapê do litoral do
Nordeste;
➢ domínio da tecnologia agrícola pelo
portugueses (Arquipélago dos Açores na ilha
da Madeira);
➢ Produto de alto valor comercial na Europa
nesta época (“ouro” branco);
PRODUÇÃO, REFINO E COMERCIALIZAÇÃO
Portugueses: Produção
Holandeses: distribuição
comercial na Europa
(transporte, refino e
venda) - financiadores e
intermediadores. Link: https://www.youtube.com/watch?v=mTVs2DhjFxk
Engenho: núcleo econômico e social
Economia: rural agrícola e pecuária;
Engenho: estabelecimentos onde se produzia açúcar
Proprietário: senhores (riqueza, poder, prestígio e
nobreza) - sua autoridade ultrapassava os limites de
suas terras, estendendo-se às vilas e povoados
vizinhos.
Comerciantes,
pescadores, ferreiros,
carpinteiros, feitores,
mestres de açúcar,
purgadores, agregados,
padres, funcionários do
rei (governadores,
juízes, militares) e
profissionais liberais
(médicos, advogados,
engenheiros).
Trabalhadores livres do engenho
Casa-grande e senzala
Casa-grande: Moradia do senhor
de engenho e sua família e
também o centro administrativo
do engenho
Senzala: onde viviam os escravos e
seus descendentes, alojados de
maneira precária
Engenho
Mercado interno na colônia
pecuária e produções agrícolas variadas
Pecuaristas: criação de gado para o comércio local (alimentação,
couro, força motriz e meio de transporte);
A pecuária era umas das atividades comerciais mais importantes
da época, destaque para as regiões de: Piauí, Maranhão, Bahia, Rio
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Pequenos proprietários rurais: produção para o mercado interno
de gêneros alimentícios (mandioca, milho, feijão e arroz).
Portanto, a Economia do Brasil
colonial não se reduziu à plantation,
aos escravos, ao açúcar, ao tabaco,
ao ouro e aos diamantes.
plantation: (latifúndio, monocultura,
escravidão e produção para
exportação)
Aquarela de Debret: Carro de boi
transportando carne, 1822
Mão de obra
A escravização de milhões de africanos
Principalmente a partir do início do século XVI,
houve o predomínio da escravidão africana em
relação à indígena em áreas agroexportadoras.
Base das principais atividades desenvolvidas
em todo o período colonial, açúcar, mineração
e outros cultivos agrícolas (arroz, tabaco e
algodão), na criação de animais, no transporte,
no comércio e no serviço doméstico.
Motivos ou causas:
➢ Barreira cultural indígena;
➢ Epidemias;
➢ Domínio de certas técnicas pelos africanos;
➢ Oposição à escravidão indígena: igreja católica
➢ Lucros do próprio tráfico negreiro (transatlântico, entre
África, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro), e os lucros que
iam para a metrópole, negociantes e a Coroa (impostos);
➢ A escravidão dos africanos foi incentivada, enquanto a dos
indígenas doi desestimulada e até mesmo proibída).
COTIDIANO DOS ESCRAVOS NOS ENGENHOS
Teoria da escravaria mencionada por Antonil: três P: pau, pano e pão.
Castigos: Eram mal-alimentados, mal-abrigados, mal-vestidos, sofriam açoites e
torturas, às vezes até a morte.
Vestuário: Homens, usavam ceroulas até os joelhos e uma faixa na testa, às vezes
andavam nus, Mulheres usavam trajes mais completos (saia, anágua, blusa e
corpete), em geral dava-se aos escravos “pano da terra”
Alimentação: pão e cachaça; arroz, toucinho e café; carne seca e legumes e
eventualmente carne fresca; legumes cozidos, farinha de mandioca e frutas.
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Aula 01 a 06 - TILHA 3 COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA Estrutura política, administrativa e econômica..pdf

  • 1. TILHA 3 COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA Estrutura política, administrativa e econômica.
  • 2. “Descobrimento Português” Chegada de Pedro Alvares Cabral: 22 de abril de 1500
  • 3. BRASIL COLONIAL: 1500 A 1822 A colonização da América pelos portugueses Período HIstórico: Século XV (1500) Contexto: Expansão Marítima e Mercantilismo (séc. XV a XVIII) - capitalismo comercial - Práticas econômicas que vigoraram em países da Europa (Trocas comerciais entre esses países, conquista e exploração de colônias, metalismo, pau-brasil, açúcar e especiarias (noz moscada, cravo, canela, pimenta, etc.)
  • 4. Características gerais do mercantilismo colonial Economia organizada em função da metrópole: a colônia devia atender e complementar a produção da metrópole; A metrópole tinha exclusividade comercial com a colônia: comprava produtos com preço menor e vendia os seus a um valor mais alto;
  • 5. Portugal Na busca por um novo caminho para as índias, interessados no comércio de especiarias, os portugueses chegaram ao Brasil. Inicialmente não encontraram aqui metais (ouro), as primeiras expedições encontraram grande quantidade de pau-brasil no litoral que exploraram (produto de menor valor e menos vantajoso que os produtos africanos e asiáticos)
  • 6. PERÍODO PRÉ-COLONIAL: 1500 A 1530 As primeiras expedições (primeiros 30 anos) tiveram como objetivo apenas o reconhecimento da terra a preservação de sua posse e evitar o contrabando de pau-brasil. Só depois se efetivaria o processo efetivo de colonização.
  • 7.
  • 8. PAU-BRASIL (devido a cor de brasa no interior de seu tronco) Os índios chamavam de arabutã (madeira ou pau vermelho)
  • 9. Exploração do pau-brasil Monopólio da coroa portuguesa - só poderia ser retirada com autorização do governo português e mediante ao pagamento do tributo correspondente (o que não foi respeitado por Ingleses, espanhóis e franceses. A primeira concessão: Em 1501 ao comerciante Fernão de Noronha. (Ilha de São João, hoje Fernando de Noronha.)
  • 10. Pessoas que tinha como ocupação o comércio de pau-brasil eram chamadas brasileiros; Termo que passou a designar depois os colonos nascidos no Brasil. Mão de obra: Indígena Meio: Escambo As toras cortadas com os machados fornecidos pelos portugueses eram carregados pelo índios para as feitorias e depois para os navio. Em poucas décadas o pau-brasil começou a escassear. Não geraram núcleos de povoamento significantes.
  • 11. Aldeamentos / Feitorias Extração de pau Brasil / escambo
  • 13. A Colonização e o Tratado de Tordesilhas Esse Tratado estabelecia que as terras da América eram de Portugal de Espanha. Contudo, franceses, ingleses e holandeses não respeitavam esse tratado e disputavam a posse de territórios americanos com portugueses e espanhóis.
  • 14. Para evitar invasores, combater o contrabando, principalmente francês e para obtenção de novos lucros comerciais e para compensar o declínio do comércio entre Portugal e o Oriente, a Coroa portuguesa decidiu efetivamente colonizar o Brasil.
  • 15. Expedição Martim Afonso de Souza (1530) Objetivos: Iniciar a ocupação da terra e sua exploração econômica por colonos portugueses; Combater corsários estrangeiros; Procurar metais preciosos; Fazer o melhor reconhecimento geográfico do litoral; Distribuiu terras (sesmarias) aos colonos; Começou o cultivo de cana-de-açúcar Em 22 de janeiro 1532, Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil: São Vicente, e alguns povoados, como Santo André da Borda do Campo de Piratininga
  • 16. Vila de São Vicente, (Estado de São Paulo) Santo André da Borda do Campo de Piratininga
  • 17. Colonização: Cultivo da cana-de-açúcar Implantação da empresa açucareira (em trechos do litoral), promovendo o povoamento da colônia. Montando assim uma organização produtiva dentro das diretrizes do sistema colonial. A produção de açúcar para o mercado europeu. Primeiro engenho: região de São Vicente.
  • 18. Vila de São Vicente
  • 19. PARQUE CULTURAL VILA DE SÃO VICENTE (SP) http://www.resjeroteirosbaixadasantista.prceu.usp.br/sitio/parque-cultural-vila-sao-vicente
  • 20. SÃO VICENTE (HOJE - LOCALIZAÇÃO MAPA)
  • 21. Escravização dos indígenas OS NATIVOS RESISTIRAM AO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO E FORAM ESCRAVIZADOS; SUA ESCRAVIZAÇÃO COMEÇA EM 1530, QUANDO OS PORTUGUESES PRECISAVAM DE MÃO DE OBRA PARA PRODUÇÃO AÇUCAREIRA; A ESCRAVIDÃO INDÍGENA NO SÉCULO XVII CONTINUA LIGADA À EXPANSÃO AÇUCAREIRA MAS SE ESTENDE AOS ATUAIS ESTADOS DE SÃO PAULO, MARANHÃO, PARÁ, E OUTROS, PARA O CULTIVO DE MILHO, FEIJÃO, ARROZ, MANDIOCA E DROGAS DO SERTÃO (GUARANÁ, CRAVO, CASTANHA, BAUNILHA, PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS) E TAMBÉM COMO TRANSPORTE DE MERCADORIAS EM SEUS OMBROS ENTRE SANTOS E SÃO PAULO.
  • 22. GUERRAS JUSTAS SUBTERFÚGIO PARA QUE COLONOS PUDESSEM ESCRAVIZAR ÍNDIOS; QUANDO PODIAM ACONTECER: QUANDO OS NATIVOS NÃO SE CONVERTIAM À FÉ CRISTÃ OU IMPEDIAM A DIVULGAÇÃO DESSA RELIGIÃO, OU QUANDO QUEBRAVAM ACORDOS OU AGIAM COM HOSTILIDADE EM RELAÇÃO AOS PORTUGUESES. ESSAS NORMAS CONTUDO ERAM BURLADAS PELOS COLONOS SOB A ALEGAÇÃO DE QUE ERAM ATACADOS OU AMEAÇADOS PELOS INDÍGENAS. SUCESSIVAS GUERRAS MARCARAM A CONQUISTA DAS REGIÕES LITORÂNEAS PELOS EUROPEUS NO SÉCULO XVI, CONTRA: CAETÉS, TUPINAMBÁS, CARIJÓS, TUPINIQUINS, GUARANIS, TABAJARAS E POTIGUARAS.
  • 23. Monopólio comercial português Início do século XVI: A Coroa concedia terras a portugueses que tivessem recursos para a instalação de engenhos; Contudo, com o crescimento da economia açucareira entre 1560 e 1570, em 1571 o governo de portugal, decretou que o comércio colonial com o Brasil deveria ser feito exclusivamente com navios portugueses nas transações do açúcar (exclusivo metropolitano).
  • 24.
  • 25. CAPITANIAS HEREDITÁRIAS ADMINISTRAÇÃO COLONIAL Na falta de recursos para investir na colonização do BrasiL o governo protuguês transfere a tarefa para particulares. Em 1534 o rei D. João III ordenou a divisão do território da Coroa em 15 grandes porções de terra - Capitanias ou donatárias e as entregou a pessoas (capitães ou donatários) que se habilitaram a esse empreendimento.
  • 26. Mapa do Brasil Colônia
  • 27. Donatário: autoridade máxima da capitania, nomeado pelo rei. No caso da morte do donatário, a administração passava a seus descendentes. O vínculo jurídico entre o rei de Portugal e os donatários era estabelecido em dois documentos básicos: Carta de Doação - Conferia ao donatário a posse hereditária da capitania. A eles era transferido, o direito de administrar e explorá-la economicamente. Carta Foral - Estabelecia os direitos e os deveres dos donatários, relativos à exploração da terra.
  • 28.
  • 29. As capitanias eram muito extensas, muitos distantes umas das outras, os meios de transporte eram precários na época, o que dificultava a comunicação entre as capitanias. Nem todas as capitanias tinham o solo propício ao cultivo de cana-de-açúcar.
  • 30. Apesar das dificuldades as capitanias lançaram as bases da colonização da américa portuguesa, estimulando a formação dos primeiros núcleos de povoamento, como São Vicente (1532), Porto Seguro (1535), Ilhéus (1536), Olinda (1537) e Santos (1545).
  • 31. Mulheres na Administração Brites de Carvalho - Assumiu o controle de uma sesmaria (Rio Real) ao norte da Bahia; A esposa de Duarte Coelho Brites Mendes, assumiu a capitania de Pernambuco após a morte do marido: durante o seu governo Pernambuco era a mais desenvolvida capitania do Brasil (mais de mil colonos, e mais de mil escravos, produção de 200 mil arrobas de açúcar anuais. Ana Pimentel participou da administração da Capitania de São Vicente. Esposa do donatário Martim Afonso de Souza, este retornou a Portugal e Ana Pimentel tornou-se a responsável pelo governo da capitania. Ela organizou o cultivo de laranja, arroz, trigo, além de introduzir a criação de gado.
  • 32.
  • 33.
  • 34. Governo Geral (1548) Busca da centralização administrativa Governador geral (funcionário português): destinado a intervir diretamente no processo de colonização e ajudar aos donatários. Coexistência com o sistema de capitanias. Então a colônia passou a ser administrada efetivamente pelos representantes da Coroa portuguesa.
  • 35. Salvador séc. XVI O governo português escolheu a Capitania da Bahia como sede do governo-geral. A escolha foi motivada por interesses administrativos por sua localização, que facilitava a comunicação com demais capitanias. Primeira capital Salvador. As obras de construção tiveram início em 1 de maio de 1549. (Tomé de Souza - primeiro governador geral 29/03/1549)
  • 36. Ouvidor-mor - Encarregado dos negócios da Justiça; provedor-mor - encarregado dos assuntos da Fazenda; capitão-mor - encarregado da defesa do litoral.
  • 37.
  • 38. Os três primeiros governadores-gerais do Brasil foram:
  • 39. Primeiro governo-geral Tomé de Sousa (1549-1553) Fundação de Salvador (1549) - Primeira capital e cidade do Brasil; Primeiro bispado brasileiro (1551); Implantação da pecuária; Incentivo ao cultivo da cana-de-açúcar; Organização de expedições para explorar o território em busca de metais preciosos.
  • 41. Segundo governo-geral Duarte Costa (1553-1558) Destaques: Jesuítas, dentre estes José de Anchieta; Colégio de São Paulo (e vila que daria origem a cidade de São Paulo no planalto de Piratininga); Franceses com ajuda dos índios tupinambás, invadiram a baía de Guanabara (Rio de Janeiro) fundando um povoamento de nome França Antártica (1555-1567);
  • 42. Pátio do colégio Marco da fundação da cidade de São Paulo 25 de janeiro de 1554
  • 43. Terceiro governo-geral Mem de Sá (1558-1572) Franceses expulsos do Rio de Janeiro (chefe militar Estácio de Sá); Luta contra a resistência indígena à colonização portuguesa (destruição de centenas de aldeias no litoral brasileiro no século XVI).
  • 44. Alternâncias na administração (centralização e descentralização) Centralizar para controlar e fiscalizar melhor a colônia (governo-geral) e descentralização quando a metrópole pretendia ocupar regiões despovoadas, impulsionar o desenvolvimento local e adaptar o governo às necessidades dos colonos (capitanias hereditárias). No final do governo de Mem de Sá, o rei de Portugal dividiu a administração da colônia entre governos do Norte e do Sul. Governo do Norte, com sede na cidade de Salvador e governo do Sul, com sede na cidade do Rio de Janeiro. Contudo, em 1578, o rei de Portugal restabeleceu novamente um único centro administrativo no Brasil com sede em Salvador.
  • 45. Padroado Um acordo entre o papa e o rei que estabelecia uma série de deveres e direitos da Coroa portuguesa em relação a Igreja.
  • 47. Brasil contemporâneo 1% de proprietários Essa concentração de terras como vimos se inicia no Brasil colonial quando o governo português favoreceu poucas pessoas. 45% das terras cultiváveis
  • 48. O cultivo de cana de açúcar se inicia ainda no período das sesmarias e capitanias hereditárias inicialmente cultivadas pelos índios que passaram a ser escravizados como vimos. (Inicialmente cultivo para exportação da matéria-prima) No Brasil a cana de açúcar é cultivada há mais de 400 anos, logo podemos afirmar que nossa história à história está intimamente ligada a sua agricultura. Somos o maior produtor mundial de açúcar.
  • 49. Açúcar A implantação de um negócio lucrativo As primeiras mudas de cana de açúcar vieram na primeira Expedição de Martim Afonso de Souza em 1533 - Início do processo ocupação da colônia / exploração econômica. Implantação da empresa açucareira (em trechos do litoral), promovendo o povoamento da colônia. Montando assim uma organização produtiva dentro das diretrizes do sistema colonial. A produção de açúcar para o mercado europeu. Primeiro engenho: região de São Vicente.
  • 50. A exploração intensa do pau-brasil continuou até o séc. XVII. MULTIPLICAÇÃO DOS ENGENHOS PELA COSTA BRASILEIRA: CONCENTRAÇÃO NORDESTE: PERNAMBUCO E BAHIA
  • 51. MOTIVAÇÕES PARA PARA A PRODUÇÃO AÇUCAREIRA PELA COROA PORTUGUESA: ➢ Condições naturais favoráveis ao desenvolvimento da lavoura (clima quente e úmido e o solo massapê do litoral do Nordeste; ➢ domínio da tecnologia agrícola pelo portugueses (Arquipélago dos Açores na ilha da Madeira); ➢ Produto de alto valor comercial na Europa nesta época (“ouro” branco);
  • 52. PRODUÇÃO, REFINO E COMERCIALIZAÇÃO Portugueses: Produção Holandeses: distribuição comercial na Europa (transporte, refino e venda) - financiadores e intermediadores. Link: https://www.youtube.com/watch?v=mTVs2DhjFxk
  • 53.
  • 54. Engenho: núcleo econômico e social Economia: rural agrícola e pecuária; Engenho: estabelecimentos onde se produzia açúcar Proprietário: senhores (riqueza, poder, prestígio e nobreza) - sua autoridade ultrapassava os limites de suas terras, estendendo-se às vilas e povoados vizinhos.
  • 55.
  • 56. Comerciantes, pescadores, ferreiros, carpinteiros, feitores, mestres de açúcar, purgadores, agregados, padres, funcionários do rei (governadores, juízes, militares) e profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros).
  • 58. Casa-grande e senzala Casa-grande: Moradia do senhor de engenho e sua família e também o centro administrativo do engenho Senzala: onde viviam os escravos e seus descendentes, alojados de maneira precária
  • 60. Mercado interno na colônia pecuária e produções agrícolas variadas Pecuaristas: criação de gado para o comércio local (alimentação, couro, força motriz e meio de transporte); A pecuária era umas das atividades comerciais mais importantes da época, destaque para as regiões de: Piauí, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Pequenos proprietários rurais: produção para o mercado interno de gêneros alimentícios (mandioca, milho, feijão e arroz).
  • 61. Portanto, a Economia do Brasil colonial não se reduziu à plantation, aos escravos, ao açúcar, ao tabaco, ao ouro e aos diamantes. plantation: (latifúndio, monocultura, escravidão e produção para exportação) Aquarela de Debret: Carro de boi transportando carne, 1822
  • 62. Mão de obra A escravização de milhões de africanos Principalmente a partir do início do século XVI, houve o predomínio da escravidão africana em relação à indígena em áreas agroexportadoras. Base das principais atividades desenvolvidas em todo o período colonial, açúcar, mineração e outros cultivos agrícolas (arroz, tabaco e algodão), na criação de animais, no transporte, no comércio e no serviço doméstico.
  • 63. Motivos ou causas: ➢ Barreira cultural indígena; ➢ Epidemias; ➢ Domínio de certas técnicas pelos africanos; ➢ Oposição à escravidão indígena: igreja católica ➢ Lucros do próprio tráfico negreiro (transatlântico, entre África, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro), e os lucros que iam para a metrópole, negociantes e a Coroa (impostos); ➢ A escravidão dos africanos foi incentivada, enquanto a dos indígenas doi desestimulada e até mesmo proibída).
  • 64. COTIDIANO DOS ESCRAVOS NOS ENGENHOS Teoria da escravaria mencionada por Antonil: três P: pau, pano e pão. Castigos: Eram mal-alimentados, mal-abrigados, mal-vestidos, sofriam açoites e torturas, às vezes até a morte. Vestuário: Homens, usavam ceroulas até os joelhos e uma faixa na testa, às vezes andavam nus, Mulheres usavam trajes mais completos (saia, anágua, blusa e corpete), em geral dava-se aos escravos “pano da terra” Alimentação: pão e cachaça; arroz, toucinho e café; carne seca e legumes e eventualmente carne fresca; legumes cozidos, farinha de mandioca e frutas.