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A República Velha: 1889 - 1930
República das Oligarquias: 1894 -
1930
• O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado
pelo governo de presidentes civis, ligados ao
setor agrário. Estes políticos saiam dos
seguintes partidos: Partido Republicano
Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro
(PRM). Estes dois partidos controlavam as
eleições, mantendo-se no poder de maneira
alternada.
• Contavam com o apoio da elite agrária do
país.
Dominando o poder, estes presidentes
implementaram políticas que beneficiaram o
setor agrário do país, principalmente, os
fazendeiros de café do oeste paulista.
Prudente de Morais:
A Política do Café-com-Leite:
•
A maioria dos presidentes desta época eram
políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes
dois estados eram os mais ricos da nação e,
por isso, dominavam o cenário político da
república.
• Saídos das elites mineiras e paulistas, os
presidentes acabavam favorecendo sempre o
setor agrícola, principalmente do café
(paulista) e do leite (mineiro). A política do
café-com-leite sofreu duras críticas de
empresários ligados à indústria, que estava
em expansão neste período.
• Se por um lado a política do café-com-leite
privilegiou e favoreceu o crescimento da
agricultura e da pecuária na região Sudeste,
por outro, acabou provocando um abandono
das outras regiões do país.
• As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste
ganharam pouca atenção destes políticos e
tiveram seus problemas sociais agravados.
Política dos Governadores:
• Montada no governo do presidente paulista Campos Salles,
esta política visava manter no poder as oligarquias.
Resumindo: era uma troca de favores políticos entre
governadores e presidente. O presidente apoiava os
candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto
estes políticos apoivam a candidatura presidencial e também
durante a época do governo.
O coronelismo:
• A figura do "coronel" era muito comum
durante os anos iniciais da República,
principalmente nas regiões do interior do
Brasil. O coronel era um grande fazendeiro
que utilizava seu poder econômico para
garantir a eleição dos candidatos que apoiava.
• Naquela época existia o voto de cabresto,
onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava
até mesmo de violência para que os eleitores
de seu "curral eleitoral" votassem nos
candidatos apoiados por ele. Como o voto era
aberto, os eleitores eram pressionados e
fiscalizados por capangas do coronel, para que
votasse nos candidatos indicados.
• O coronel também utilizava outros "recursos"
para conseguir seus objetivos políticos, tais
como: compra de votos, votos fantasmas,
troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
Coronel e seus jagunços:
O Convênio de Taubaté:
• Em 1906, cafeicultores de SP, MG e RJ, se
reuniram na cidade de Taubaté e decidiriam
que os governos estaduais pegariam dinheiro
emprestado para comprar o excesso de café
dos produtores e estocar. Isso garantia que os
cafeicultores não teriam prejuízo e o governo
aumentava os impostos para pagar os juros
dos empréstimos.
Estoque de Café:
Afonso Pena:
• Esperava-se a alta do preço do café e então os
estoques eram liberados. Esta política
mantinha o preço do café, principal produto
de exportação, sempre em alta e garantia os
lucros dos fazendeiros de café.
Os presidentes da República Velha:
• 1889 - 1891 - Marechal Manuel Deodoro da
Fonseca (Marechal Deodoro da Fonseca)
• 1891 - 1894 - Marechal Floriano Vieira Peixoto
(Marechal Floriano Peixoto)
• 1894 - 1898 - Prudente José de Morais Barros
(Prudente de Morais)
• 1898 - 1902 - Manuel Ferraz de Campos Sales
(Campos Sales)
• 1902 - 1906 - Francisco de Paula Rodrigues
Alves (Rodrigues Alves)
• 1906 - 1909 - Afonso Augusto Moreira Pena
(Afonso Pena)
• 1909 - 1910 - Nilo Peçanha (Nilo Peçanha)
• 1910 - 1914 - Marechal Hermes Rodrigues da
Fonseca (Marechal Hermes da Fonseca)
• 1914 - 1918 - Wenceslau Brás Pereira Gomes
(Wenceslau Brás)
• 1918 - 1919 - Delfim Moreira da Costa Ribeiro
(Delfim Moreira)
• 1919 - 1922 - Epitácio da Silva Pessoa (Epitácio
Pessoa)
• 1922 - 1926 - Authur da Silva Bernardes
(Arthur Bernardes)
• 1926 - 1930 - Washington Luís Pereira de
Sousa (Washington Luís)
A Guerra de Canudos (1896 – 1897)
• A situação do Nordeste brasileiro, no final do
século XIX, era muito ruim. Fome, seca,
miséria, violência e abandono político
afetavam os nordestinos, principalmente a
população mais carente.
• O clima seco castigava severamente a região,
danificando o plantio de alimentos, secando
os diques e matando os animais que não
resistiam à falta de água.
• Nesse cenário de desolação, surgiu um
homem que pregava uma vida diferente. Seu
nome era: Antonio Vicente Mendes Maciel;
mas ele ficou conhecido como:Antônio
Conselheiro.
Antonio Conselheiro:
• Liderados por Antônio Conselheiro, o grupo
de miseráveis fundou em uma fazenda
abandonada às margens do rio Vaza Barris,
um arraial (vila), no ano de 1893.
• Este arraial (Vila) era chamado pelos
habitantes e pelo Conselheiro de Arraial de
Belo Monte. A população das cidades
próximas ao Arraial chamavam de Vila de
Canudos, por causa do antigo nome da
fazenda abandonada, onde eles se instalaram
Canudos:
• Os grandes fazendeiros nordestinos
(coronéis)viam Canudos como uma ameaça,
porque muitos trabalhadores deixaram o
campo para seguir o Conselheiro, que
prometia uma vida melhor neste mundo.
• Antônio Conselheiro era contra a República;
se recusava a pagar impostos; acusava a Igreja
Católica de colaborar para a exploração dos
pobres. Por estas razões eles eram vistos
como uma ameaça à ordem estabelecida
pela República. Logo, os habitantes de
Canudos foram atacados com toda força
pelas tropas do governo da Bahia.
Soldados:
• As duas primeiras expedições enviadas pelo
governo baiano contra o arraial entre 1896 e
1897 fracassaram. De março a outubro de
1897, outras duas expedições enviadas pelo
governo federal e organizadas pelo Exército, a
última com 6 mil homens e artilharia pesada,
consegue finalmente tomar e destruir
Canudos.
Os prisioneiros:
• Junto com Conselheiro morrem
aproximadamente 20 mil pessoas. Só
sobrevivem cerca de 400 prisioneiros, entre
velhos, mulheres e crianças.
• Ao primeiro sinal de novas ideias, a República
Brasileira ataca com extrema violência.
Ruínas de Canudos:
Euclides da Cunha e seu livro:
• A situação do Rio de Janeiro, no início do
século XX, era precária; as ruas eram estreitas
e sujas, o saneamento precário e havia várias
doenças, que viravam epidemias: febre
amarela, peste bubônica varíola e
tuberculose. Nenhum navio estrangeiro
queria parar no Rio de Janeiro.
• Ao assumir a presidência da República,
Rodrigues Alves decidiu combater as doenças
e reformar a cidade, que era a capital do País.
A Reforma do Rio de Janeiro:
• Para assumir as reformas, o presidente
nomeou o engenheiro Francisco Pereira
Passos como prefeito.
• O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas
mudanças, com a derrubada de casarões e
cortiços e a expulsão de seus moradores.
• A população apelidou o movimento de o
“bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de
largas e modernas avenidas com prédios de
cinco ou seis andares.
• Enquanto as casas era demolidas e 20 mil
pessoas expulsas do centro da cidade,
começou o programa de saneamento de
Oswaldo Cruz.
• Para combater a peste, ele criou brigadas
sanitárias que cruzavam a cidade espalhando
raticidas, mandando remover o lixo e
pegando recompensa a quem matasse os
ratos e levasse a ele. Em seguida o alvo foram
os mosquitos transmissores da febre amarela.
Varíola:
• Com a aprovação da Lei da Vacina obrigatória
em 31 de outubro de 1904, as brigadas
sanitárias, ou mata-mosquitos, começaram
então a entrar nas casas e vacinar as pessoas à
força;
Brigadas de Mata mosquitos:
• e as pessoas não tinham sido informadas de
como seria a vacinação e por isso, não
entendiam porque estavam sendo vacinados à
força e nem confiavam que a vacina iria
funcionar.
A Revolta da Vacina:
• A população, humilhada pelo poder público
autoritário e violento, não acreditava na
eficácia da vacina. Os pais de família
rejeitavam a exposição das partes do corpo a
agentes sanitários do governo.
• Grande parte da população reagiu contra a lei
por achar que era uma violação ao direito
individual, chegando-se mesmo a afirmar que
seria um desrespeito submeter mulheres à
inoculação, porque imaginavam que ela era
feita nas partes “íntimas” do corpo.
• No dia 10 de novembro, começaram os
confrontos entre populares e forças policiais;
no dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia
Vermelha se revoltaram contra o governo,
que respondeu mandando bombardear os
morros do bairro da Saúde, onde estava a
maioria dos revoltosos.
• Em 16 de novembro, Rodrigues Alves revogou
a Lei da Vacina Obrigatória, e no dia seguinte,
com o apoio do Exército e da Marinha, a
polícia ocupou o bairro da Saúde, acabando
com a revolta. O saldo negativo da revolta foi
de 23 mortos e 67 feridos, tendo sido presas
945 pessoas, das quais quase a metade
acabou sendo deportada para o Acre.
• Derrotados os militares e contida a insurreição
popular, Rodrigues Alves retomou o controle
da cidade e a vacinação foi reiniciada. Em
pouco tempo a varíola desapareceu do Rio de
Janeiro.
A REVOLTA DA CHIBATA:
• A Revolta da Chibata começou no dia 22 de
novembro de 1910.
• Nessa época, os marinheiros brasileiros ainda
eram punidos com castigos físicos. As faltas
graves eram punidas com 25 chibatadas
(chicotadas). Esta situação gerou uma intensa
revolta entre os marinheiros.
• A revolta começou quando o marinheiro
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250
chibatadas, por ter ferido um colega da
Marinha, dentro do encouraçado Minas
Gerais. O navio de guerra estava indo para o
Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na
presença dos outros marinheiros, causou a
revolta.
Encouraçado Minas Gerais:
• O motim se agravou e os revoltosos chegaram
a matar o comandante do navio e mais três
oficiais. Já na Baia da Guanabara, os
revoltosos conseguiram o apoio dos
marinheiros do encouraçado São Paulo. O
clima ficou tenso e perigoso.
Encouraçado São Paulo:
• O líder da revolta, João Cândido Felisberto
(conhecido como o Almirante Negro),
escreveu a carta reivindicando o fim dos
castigos físicos, melhorias na alimentação e
anistia para todos que participaram da
revolta. Caso não fossem cumpridas as
reivindicações, os revoltosos ameaçavam
bombardear a cidade do Rio de Janeiro.
• Diante da grave situação, o presidente
Hermes da Fonseca resolveu aceitar as
exigências dos revoltosos.
• Porém, após os marinheiros terem entregues
as armas e embarcações, o presidente
solicitou a expulsão de alguns revoltosos da
Marinha.
• A insatisfação retornou e, no começo de
dezembro, os marinheiros fizeram outra
revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda
revolta foi fortemente reprimida pelo
governo, sendo que vários marinheiros foram
presos em celas subterrâneas da Fortaleza da
Ilha das Cobras.
• Neste local, onde as condições de vida eram
desumanas, alguns prisioneiros faleceram.
Outros revoltosos presos foram enviados para
a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos
forçados na produção de borracha.
• O líder da revolta João Cândido foi expulso da
Marinha e internado como louco no Hospital
de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido
das acusações junto com outros marinheiros
que participaram da revolta.
• Podemos considerar a Revolta da Chibata
como mais uma manifestação de insatisfação
ocorrida no início da República. Embora
pretendessem implantar um sistema político-
econômico moderno no país, os republicanos
trataram os problemas sociais como “casos de
polícia”.
A Guerra do Contestado :
1912 - 1916
• A Guerra do Contestado foi um conflito
armado que ocorreu na região Sul do Brasil,
entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O
conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses
que enfrentaram forças militares dos poderes
federal e estadual.
• Foi chamado de Guerra do Contestado, pois
os conflitos ocorrem numa área de disputa
territorial entre os estados do Paraná e Santa
Catarina.
• O governo brasileiro decidiu construir uma
ferrovia ligando São Paulo ao Rio Grande do
Sul. A empresa contratada para a obra era
norte-americana: Brazil Railway. A Brazil
Railway obteve do governo, como forma de
pagamento pelos serviços prestados, o
equivalente a 15 quilômetros de terra, nas
duas margens da ferrovia.
• Essa terra tinha que ser obrigatoriamente
povoada por estrangeiros. O que a Brazil
Railway mais queria era explorar a riqueza da
floresta que tinha erva-mate, pinheiros e
imbuias. As empresas usaram os imigrantes
para construir a ferrovia e para explorar a
madeira
• Os moradores da região foram retirados à
força; eles eram apenas “posseiros”, ou seja,
ocupavam ilegalmente um pedaço de terra,
trabalhavam, plantavam, mas não tinham a
escritura.
• Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o
estopim para o conflito, que se destacou por
sua característica social e política. A Guerra do
Contestado colocou os sertanejos contra o
governo, as multinacionais e as oligarquias
(grandes fazendeiros).
• Os sertanejos encontraram o apoio que
precisavam nos monges – religiosos que
peregrinavam pelo sertão pregando a palavra
de Deus –, figuras muito respeitadas por esse
povo
• Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil
eram terreno fértil para o aparecimento de
lideranças religiosas de caráter messiânico. Na
área do Contestado não foi diferente, pois,
diante da crise e insatisfação popular, ganhou
força a figura do beato José Maria.
• Ele pregava a criação de um mundo novo,
regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam
em paz, com prosperidade justiça e terras
para trabalhar. José Maria conseguiu reunir
milhares de seguidores, principalmente de
camponeses sem terras.
• O governo passou a acusar o beato de ser um
inimigo da República, que tinha como objetivo
desestruturar o governo e a ordem da região.
Com isso, policiais e soldados do exército
foram enviados para o local, com o objetivo
de desarticular o movimento.
• O clima ficou mais tenso quando a estrada de
ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que
atuaram em sua construção tinham sido
trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram
desempregados com o fim da obra. Eles
permaneceram na região sem qualquer apoio
por parte da empresa norte-americana ou do
governo.
• Os soldados e policiais começaram a perseguir
o beato e seus seguidores. Armados de
espingardas de caça, facões e enxadas, os
camponeses resistiram e enfrentaram as
forças oficiais que estavam bem armadas.
• A Guerra do Contestado acabou com a
rendição dos revoltosos e muitas mortes, pois
eles resistiram bravamente antes de se dar
por vencidos.
• Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil
rebeldes, na maioria camponeses, morreram.
Alguns historiadores chegam a afirmar que o
número de mortes chegou à 20 mil. As baixas
do lado das tropas oficiais foram bem
menores.
Ciclo da Borracha:
• O ciclo da borracha foi o período que vai de
1879 a 1912, onde a exportação de borracha
in natura proporcionou à região norte uma
proeminência econômica e social inédita
dentro do país. Outro breve e menos
conhecido ciclo da borracha ocorreria durante
a Segunda Guerra Mundial, mas pelo curto
período de 1942 a 1945.
• A utilização da borracha foi desenvolvida por
causa das diversas descobertas científicas do
século XIX. No começo, o látex era utilizado na
fabricação de borrachas de apagar, seringas e
galochas (botas de chuva).
• Com o aumento da importância da borracha
no cenário internacional, os ingleses
apanharam sementes de seringueira no Brasil
e fizeram plantações na Malásia. Com o passar
do tempo, a produção da Malásia superou a
brasileira.
Questão do Acre :
• Embora com suas fronteiras definidas desde o
período colonial graças a tratados assinados
entre Portugal e Espanha nos séculos XVIII e
XIX, restaram ainda algumas disputas
fronteiriças a serem solucionadas nos
primeiros anos da República.
• Uma delas ocorreu em torno do Acre, região
de seringais legalmente pertencente à Bolívia,
mas habitada por brasileiros desde o final do
século XIX. A questão se agravou quando,
recusando-se a reconhecer a autoridade
boliviana, Luís Galvez Rodrigues de Arias
proclamou a República do Acre em 1899,
exigindo sua anexação ao Brasil.
• As forças armadas dos dois países expulsaram
Arias, mas em 1902, quando os bolivianos
arrendaram a área para o Bolivian Syndicate
of New York, uma nova rebelião estourou.
Comandados por Plácido de Castro, os
brasileiros decretaram o Estado Independente
do Acre.
• Em julho de 1903 Rui Barbosa foi chamado
para tratar da questão. Mas, discordando das
propostas do Barão do Rio Branco, disposto a
pagar pelo território que Rui julgava brasileiro
por direito, exonerou-se do cargo.
Rui Barbosa:
Barão do Rio Branco:
• No final, o país acabou comprando a região
dos bolivianos e dos peruanos,
estabelecendo-se suas fronteiras por meio
do Tratado de Petrópolis, assinado entre os
três países em 1903.
• O Barão Rio Branco comprometeu-se a
indenizar o Bolivian Syndicate e se
comprometeu a construir a ferrovia Madeira-
Mamoré, no trecho das cachoeiras do rio
Madeira, para permitir o escoamento e a
exportação da borracha pelos portos de
Manaus e Belém. No ano seguinte, o Acre foi
incorporado ao Brasil.
Turma de Linha:
• O ciclo da borracha trouxe progresso à região
amazônica, especialmente a Belém e Manaus.
A borracha chegou a ocupar o segundo posto
de nossas exportações, perdendo apenas para
o café.
• Entre 1879 e 1912, o Brasil exportou mais de
30 mil toneladas de borracha. O preço do
produto aumentou depois, tanto quanto a
procura nos mercados europeu e norte-
americano. As riquezas da borracha trazem
benefícios também às cidades do norte
brasileiro, proporcionando a construção de
estradas, pontes, casas e escolas.
• Em 1896, Manaus é a segunda cidade
brasileira a possuir uma rede pública de
iluminação elétrica. No mesmo
ano, começam a circular pelas suas ruas os
primeiros bondes elétricos. O ciclo da
borracha fez ainda com que muitos
trabalhadores, principalmente nordestinos,
migrassem para a região, pouco povoada na
época.
O TENENTISMO:
• O tenentismo foi um movimento social de
caráter político-militar que ocorreu no Brasil
nas décadas de 1920 e 1930, período
conhecido como República das Oligarquias.
Contou, principalmente, com a participação
de jovens tenentes do exército.
• Este movimento contestava a ação política e
social dos governos representantes das
oligarquias cafeeiras. Embora tivessem uma
posição conservadora e autoritária, os
tenentes defendiam reformas políticas e
sociais. Queriam a moralidade política no país
e combatiam a corrupção.
O movimento tenentista defendia as
seguintes mudanças:
• Fim do voto de cabresto (sistema de votação
baseado em violência e fraudes que só
beneficiava os coronéis);
• Reforma no sistema educacional público do
país;
• Mudança no sistema de voto aberto para
voto secreto;
• Além disso, eram a favor da liberdade dos
meios de comunicação, exigiam que o poder
Executivo tivesse suas atribuições restringidas,
maior autonomia às autoridades judiciais e a
moralização dos representantes que
compunham as cadeiras do Poder Legislativo
• As primeiras manifestações militares que
ganharam corpo durante a República
Oligárquica aconteceram nas eleições de
1922. Aproveitando a briga entre algumas
oligarquias estaduais, os tenentes apoiaram a
candidatura de Nilo Peçanha em oposição ao
mineiro Arthur Bernardes, politicamente
comprometido com os grandes cafeicultores .
• Com a vitória eleitoral das oligarquias, a
primeira manifestação tenentista veio à tona
com uma série de levantes militares que
ficaram marcados pelo episódio dos “18 do
Forte de Copacabana”, ocorrido no Rio de
Janeiro, em julho de 1922.
• Nos dois anos seguintes, duas novas revoltas
militares, uma no Rio Grande do Sul (1923) e
outra em São Paulo (1924), mostrou que a
presença dos tenentistas no cenário político
se reafirmava.
• Em 1925, com a união da Coluna Paulista
(uma guerra de movimento que, segundo
alguns historiadores, pode ser considerada
uma guerra de guerrilha) e da Coluna
Riograndense originou-se a Coluna Miguel
Costa - Luís Carlos Prestes.
Luís Carlos Prestes:
Miguel Costa:
• Durante três anos, os tenentes percorreram a
pé e a cavalo cerca de 25.000 km. O número
de integrantes da coluna variou em função
das regiões por onde passou, da adesão da
população oprimida pelas oligarquias e da
repressão contra eles empreendida pelo
governo e pelos coronéis.
• Apesar de todas as dificuldades que
impossibilitaram que Prestes e seus
comandados atingissem seu objetivo: tirar o
presidente Artur Bernardes do governo; a
Coluna Prestes marcou época pelo seu
aguerrido combate em busca de reformas
políticas e sociais e, principalmente, por nunca
ter sido derrotada.
• Em 1927, a invencível Coluna dissolveu-se na
Bolívia. Incapazes de assumir o governo, os
homens de Prestes receberam do
comandante, eternizado pelo apelido de
Cavaleiro da Esperança, a autorização para
tomarem seu próprio destino.
• Alguns ficaram na Bolívia, outros
clandestinamente no Brasil onde foram presas
fáceis da repressão governamental, mas
alguns dos que voltaram se engajaram anos
depois na Revolução de 1930.
O Cangaço
• Desde os tempos do Império, a falta de
interesse do Estado pelo Sertão obteve efeitos
sangrentos na região. Quem dominava a
região eram os coronéis. Os coronéis eram
homens acima da lei. Além de contarem com
a polícia do seu lado, os coronéis ainda tinham
a sua própria tropa: os jagunços.
• Os jagunços eram homens armados que
faziam a proteção das terras, castigavam e
executavam os inimigos de seus chefes. Foi a
violência desses jagunços que deu origem à
jornada de diversos cangaceiros motivados
pelo desejo de vingança.
• Mas o fato é que os bandos de cangaceiros
logo se transformaram em quadrilhas que
aterrorizaram o sertão, pilhando,
assassinando e estuprando.
• Os cangaceiros conheciam a caatinga e o
território nordestino muito bem, e por isso,
era tão difícil serem capturados pelas
autoridades. Estavam sempre preparados
para enfrentar todo o tipo de situação.
• Conheciam as plantas medicinais, as fontes de
água, locais com alimento, rotas de fuga e
lugares de difícil acesso.
• O primeiro bando de cangaceiros que se tem
conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo
Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta
de 1870. E o último foi de "Corisco" (Cristino
Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em
25 de maio de 1940.
Zé Sereno e Bando:
Bando de Lampião:
• O cangaceiro mais famoso foi Virgulino
Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o
"Senhor do Sertão" e também "O Rei do
Cangaço". Atuou durante as décadas de 1920
e 1930 em praticamente todos os estados do
Nordeste brasileiro.
Bando de Lampião e o fotógrafo:
Virgulino Ferreira da Silva, o lampião:
• As primeiras mulheres juntaram-se ao
cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi Maria
Bonita, companheira de Lampião.
• Estima-se que o bando de Lampião chegou a
matar mais de mil pessoas.
Bando de Lampião:
Maria Bonita Lampião:
Lampião e Maria Bonita:
Corisco e seu Bando:
• Para combater os cangaceiros, o governo
reagia com as "volantes", grupos de policiais
disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes
eram mais brutais que os próprios
cangaceiros.
Volante:
Volante da Bahia:
Raso da Catarina:
• Em 1938, Lampião e Maria Bonita foram
mortos por uma volante. Um dos
sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar
do chefe, mas foi morto pela polícia em 1940,
num ataque que encerra o cangaço.
Grota do Angico:
Corisco: O Diabo Loiro:
Corisco e Dadá:
• Quando Vargas assumiu o poder em 1930,
deu ordem para acabar com os cangaceiros.
Após a morte de Corisco, o último bando de
cangaceiros do nordeste foi derrotado.

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A república velha 2017

  • 1. A República Velha: 1889 - 1930 República das Oligarquias: 1894 - 1930
  • 2. • O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada.
  • 3.
  • 4. • Contavam com o apoio da elite agrária do país. Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
  • 6. A Política do Café-com-Leite: • A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república.
  • 7.
  • 8. • Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
  • 9.
  • 10.
  • 11. • Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país.
  • 12. • As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
  • 13.
  • 14. Política dos Governadores: • Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Resumindo: era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos apoivam a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
  • 15.
  • 16. O coronelismo: • A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. • Naquela época existia o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados.
  • 21.
  • 22. • O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Coronel e seus jagunços:
  • 27. O Convênio de Taubaté:
  • 28.
  • 29. • Em 1906, cafeicultores de SP, MG e RJ, se reuniram na cidade de Taubaté e decidiriam que os governos estaduais pegariam dinheiro emprestado para comprar o excesso de café dos produtores e estocar. Isso garantia que os cafeicultores não teriam prejuízo e o governo aumentava os impostos para pagar os juros dos empréstimos.
  • 30.
  • 33. • Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
  • 34.
  • 35. Os presidentes da República Velha: • 1889 - 1891 - Marechal Manuel Deodoro da Fonseca (Marechal Deodoro da Fonseca) • 1891 - 1894 - Marechal Floriano Vieira Peixoto (Marechal Floriano Peixoto) • 1894 - 1898 - Prudente José de Morais Barros (Prudente de Morais)
  • 36. • 1898 - 1902 - Manuel Ferraz de Campos Sales (Campos Sales) • 1902 - 1906 - Francisco de Paula Rodrigues Alves (Rodrigues Alves) • 1906 - 1909 - Afonso Augusto Moreira Pena (Afonso Pena) • 1909 - 1910 - Nilo Peçanha (Nilo Peçanha)
  • 37. • 1910 - 1914 - Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca (Marechal Hermes da Fonseca) • 1914 - 1918 - Wenceslau Brás Pereira Gomes (Wenceslau Brás) • 1918 - 1919 - Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Delfim Moreira)
  • 38. • 1919 - 1922 - Epitácio da Silva Pessoa (Epitácio Pessoa) • 1922 - 1926 - Authur da Silva Bernardes (Arthur Bernardes) • 1926 - 1930 - Washington Luís Pereira de Sousa (Washington Luís)
  • 39. A Guerra de Canudos (1896 – 1897)
  • 40. • A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito ruim. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente.
  • 41. • O clima seco castigava severamente a região, danificando o plantio de alimentos, secando os diques e matando os animais que não resistiam à falta de água.
  • 42.
  • 43. • Nesse cenário de desolação, surgiu um homem que pregava uma vida diferente. Seu nome era: Antonio Vicente Mendes Maciel; mas ele ficou conhecido como:Antônio Conselheiro.
  • 45. • Liderados por Antônio Conselheiro, o grupo de miseráveis fundou em uma fazenda abandonada às margens do rio Vaza Barris, um arraial (vila), no ano de 1893.
  • 46.
  • 47.
  • 48. • Este arraial (Vila) era chamado pelos habitantes e pelo Conselheiro de Arraial de Belo Monte. A população das cidades próximas ao Arraial chamavam de Vila de Canudos, por causa do antigo nome da fazenda abandonada, onde eles se instalaram
  • 49.
  • 51.
  • 52.
  • 53. • Os grandes fazendeiros nordestinos (coronéis)viam Canudos como uma ameaça, porque muitos trabalhadores deixaram o campo para seguir o Conselheiro, que prometia uma vida melhor neste mundo.
  • 54. • Antônio Conselheiro era contra a República; se recusava a pagar impostos; acusava a Igreja Católica de colaborar para a exploração dos pobres. Por estas razões eles eram vistos como uma ameaça à ordem estabelecida pela República. Logo, os habitantes de Canudos foram atacados com toda força pelas tropas do governo da Bahia.
  • 56.
  • 57.
  • 58. • As duas primeiras expedições enviadas pelo governo baiano contra o arraial entre 1896 e 1897 fracassaram. De março a outubro de 1897, outras duas expedições enviadas pelo governo federal e organizadas pelo Exército, a última com 6 mil homens e artilharia pesada, consegue finalmente tomar e destruir Canudos.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 65. • Junto com Conselheiro morrem aproximadamente 20 mil pessoas. Só sobrevivem cerca de 400 prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças. • Ao primeiro sinal de novas ideias, a República Brasileira ataca com extrema violência.
  • 67. Euclides da Cunha e seu livro:
  • 68.
  • 69. • A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária; as ruas eram estreitas e sujas, o saneamento precário e havia várias doenças, que viravam epidemias: febre amarela, peste bubônica varíola e tuberculose. Nenhum navio estrangeiro queria parar no Rio de Janeiro.
  • 70. • Ao assumir a presidência da República, Rodrigues Alves decidiu combater as doenças e reformar a cidade, que era a capital do País.
  • 71. A Reforma do Rio de Janeiro:
  • 72. • Para assumir as reformas, o presidente nomeou o engenheiro Francisco Pereira Passos como prefeito.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77.
  • 78. • O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e a expulsão de seus moradores. • A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares.
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83. • Enquanto as casas era demolidas e 20 mil pessoas expulsas do centro da cidade, começou o programa de saneamento de Oswaldo Cruz.
  • 84.
  • 85. • Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e pegando recompensa a quem matasse os ratos e levasse a ele. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela.
  • 86.
  • 88. • Com a aprovação da Lei da Vacina obrigatória em 31 de outubro de 1904, as brigadas sanitárias, ou mata-mosquitos, começaram então a entrar nas casas e vacinar as pessoas à força;
  • 89. Brigadas de Mata mosquitos:
  • 90. • e as pessoas não tinham sido informadas de como seria a vacinação e por isso, não entendiam porque estavam sendo vacinados à força e nem confiavam que a vacina iria funcionar.
  • 91. A Revolta da Vacina:
  • 92. • A população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.
  • 93. • Grande parte da população reagiu contra a lei por achar que era uma violação ao direito individual, chegando-se mesmo a afirmar que seria um desrespeito submeter mulheres à inoculação, porque imaginavam que ela era feita nas partes “íntimas” do corpo.
  • 94. • No dia 10 de novembro, começaram os confrontos entre populares e forças policiais; no dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha se revoltaram contra o governo, que respondeu mandando bombardear os morros do bairro da Saúde, onde estava a maioria dos revoltosos.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98.
  • 99. • Em 16 de novembro, Rodrigues Alves revogou a Lei da Vacina Obrigatória, e no dia seguinte, com o apoio do Exército e da Marinha, a polícia ocupou o bairro da Saúde, acabando com a revolta. O saldo negativo da revolta foi de 23 mortos e 67 feridos, tendo sido presas 945 pessoas, das quais quase a metade acabou sendo deportada para o Acre.
  • 100.
  • 101. • Derrotados os militares e contida a insurreição popular, Rodrigues Alves retomou o controle da cidade e a vacinação foi reiniciada. Em pouco tempo a varíola desapareceu do Rio de Janeiro.
  • 102.
  • 103.
  • 104.
  • 105. A REVOLTA DA CHIBATA:
  • 106. • A Revolta da Chibata começou no dia 22 de novembro de 1910. • Nessa época, os marinheiros brasileiros ainda eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.
  • 107.
  • 108. • A revolta começou quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, causou a revolta.
  • 110. • O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.
  • 112. • O líder da revolta, João Cândido Felisberto (conhecido como o Almirante Negro), escreveu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro.
  • 113.
  • 114. • Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar as exigências dos revoltosos.
  • 115.
  • 116. • Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos da Marinha.
  • 117. • A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras.
  • 118.
  • 119. • Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha.
  • 120. • O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.
  • 121.
  • 122. • Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político- econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”.
  • 123. A Guerra do Contestado : 1912 - 1916 • A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual.
  • 124.
  • 125. • Foi chamado de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
  • 126.
  • 127. • O governo brasileiro decidiu construir uma ferrovia ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul. A empresa contratada para a obra era norte-americana: Brazil Railway. A Brazil Railway obteve do governo, como forma de pagamento pelos serviços prestados, o equivalente a 15 quilômetros de terra, nas duas margens da ferrovia.
  • 128.
  • 129. • Essa terra tinha que ser obrigatoriamente povoada por estrangeiros. O que a Brazil Railway mais queria era explorar a riqueza da floresta que tinha erva-mate, pinheiros e imbuias. As empresas usaram os imigrantes para construir a ferrovia e para explorar a madeira
  • 130.
  • 131.
  • 132. • Os moradores da região foram retirados à força; eles eram apenas “posseiros”, ou seja, ocupavam ilegalmente um pedaço de terra, trabalhavam, plantavam, mas não tinham a escritura.
  • 133.
  • 134.
  • 135.
  • 136. • Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica social e política. A Guerra do Contestado colocou os sertanejos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias (grandes fazendeiros).
  • 137. • Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus –, figuras muito respeitadas por esse povo
  • 138. • Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria.
  • 139.
  • 140. • Ele pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
  • 141.
  • 142. • O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
  • 143.
  • 144. • O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
  • 145.
  • 146.
  • 147. • Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas.
  • 148.
  • 149.
  • 150.
  • 151.
  • 152.
  • 153.
  • 154.
  • 155.
  • 156. • A Guerra do Contestado acabou com a rendição dos revoltosos e muitas mortes, pois eles resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.
  • 157.
  • 158. • Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. Alguns historiadores chegam a afirmar que o número de mortes chegou à 20 mil. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
  • 160. • O ciclo da borracha foi o período que vai de 1879 a 1912, onde a exportação de borracha in natura proporcionou à região norte uma proeminência econômica e social inédita dentro do país. Outro breve e menos conhecido ciclo da borracha ocorreria durante a Segunda Guerra Mundial, mas pelo curto período de 1942 a 1945.
  • 161. • A utilização da borracha foi desenvolvida por causa das diversas descobertas científicas do século XIX. No começo, o látex era utilizado na fabricação de borrachas de apagar, seringas e galochas (botas de chuva).
  • 162.
  • 163.
  • 164.
  • 165. • Com o aumento da importância da borracha no cenário internacional, os ingleses apanharam sementes de seringueira no Brasil e fizeram plantações na Malásia. Com o passar do tempo, a produção da Malásia superou a brasileira.
  • 166. Questão do Acre : • Embora com suas fronteiras definidas desde o período colonial graças a tratados assinados entre Portugal e Espanha nos séculos XVIII e XIX, restaram ainda algumas disputas fronteiriças a serem solucionadas nos primeiros anos da República.
  • 167.
  • 168. • Uma delas ocorreu em torno do Acre, região de seringais legalmente pertencente à Bolívia, mas habitada por brasileiros desde o final do século XIX. A questão se agravou quando, recusando-se a reconhecer a autoridade boliviana, Luís Galvez Rodrigues de Arias proclamou a República do Acre em 1899, exigindo sua anexação ao Brasil.
  • 169. • As forças armadas dos dois países expulsaram Arias, mas em 1902, quando os bolivianos arrendaram a área para o Bolivian Syndicate of New York, uma nova rebelião estourou. Comandados por Plácido de Castro, os brasileiros decretaram o Estado Independente do Acre.
  • 170.
  • 171. • Em julho de 1903 Rui Barbosa foi chamado para tratar da questão. Mas, discordando das propostas do Barão do Rio Branco, disposto a pagar pelo território que Rui julgava brasileiro por direito, exonerou-se do cargo.
  • 173. Barão do Rio Branco:
  • 174. • No final, o país acabou comprando a região dos bolivianos e dos peruanos, estabelecendo-se suas fronteiras por meio do Tratado de Petrópolis, assinado entre os três países em 1903.
  • 175.
  • 176. • O Barão Rio Branco comprometeu-se a indenizar o Bolivian Syndicate e se comprometeu a construir a ferrovia Madeira- Mamoré, no trecho das cachoeiras do rio Madeira, para permitir o escoamento e a exportação da borracha pelos portos de Manaus e Belém. No ano seguinte, o Acre foi incorporado ao Brasil.
  • 177.
  • 178.
  • 179.
  • 180.
  • 181.
  • 182.
  • 183.
  • 184.
  • 185.
  • 186.
  • 187.
  • 188.
  • 189.
  • 191.
  • 192. • O ciclo da borracha trouxe progresso à região amazônica, especialmente a Belém e Manaus. A borracha chegou a ocupar o segundo posto de nossas exportações, perdendo apenas para o café.
  • 193. • Entre 1879 e 1912, o Brasil exportou mais de 30 mil toneladas de borracha. O preço do produto aumentou depois, tanto quanto a procura nos mercados europeu e norte- americano. As riquezas da borracha trazem benefícios também às cidades do norte brasileiro, proporcionando a construção de estradas, pontes, casas e escolas.
  • 194. • Em 1896, Manaus é a segunda cidade brasileira a possuir uma rede pública de iluminação elétrica. No mesmo ano, começam a circular pelas suas ruas os primeiros bondes elétricos. O ciclo da borracha fez ainda com que muitos trabalhadores, principalmente nordestinos, migrassem para a região, pouco povoada na época.
  • 195.
  • 196.
  • 197.
  • 198.
  • 199.
  • 200.
  • 201.
  • 203. • O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército.
  • 204. • Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras. Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.
  • 205. O movimento tenentista defendia as seguintes mudanças: • Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis); • Reforma no sistema educacional público do país; • Mudança no sistema de voto aberto para voto secreto;
  • 206. • Além disso, eram a favor da liberdade dos meios de comunicação, exigiam que o poder Executivo tivesse suas atribuições restringidas, maior autonomia às autoridades judiciais e a moralização dos representantes que compunham as cadeiras do Poder Legislativo
  • 207. • As primeiras manifestações militares que ganharam corpo durante a República Oligárquica aconteceram nas eleições de 1922. Aproveitando a briga entre algumas oligarquias estaduais, os tenentes apoiaram a candidatura de Nilo Peçanha em oposição ao mineiro Arthur Bernardes, politicamente comprometido com os grandes cafeicultores .
  • 208. • Com a vitória eleitoral das oligarquias, a primeira manifestação tenentista veio à tona com uma série de levantes militares que ficaram marcados pelo episódio dos “18 do Forte de Copacabana”, ocorrido no Rio de Janeiro, em julho de 1922.
  • 209.
  • 210.
  • 211.
  • 212. • Nos dois anos seguintes, duas novas revoltas militares, uma no Rio Grande do Sul (1923) e outra em São Paulo (1924), mostrou que a presença dos tenentistas no cenário político se reafirmava.
  • 213.
  • 214.
  • 215.
  • 216. • Em 1925, com a união da Coluna Paulista (uma guerra de movimento que, segundo alguns historiadores, pode ser considerada uma guerra de guerrilha) e da Coluna Riograndense originou-se a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos Prestes.
  • 219.
  • 220. • Durante três anos, os tenentes percorreram a pé e a cavalo cerca de 25.000 km. O número de integrantes da coluna variou em função das regiões por onde passou, da adesão da população oprimida pelas oligarquias e da repressão contra eles empreendida pelo governo e pelos coronéis.
  • 221.
  • 222. • Apesar de todas as dificuldades que impossibilitaram que Prestes e seus comandados atingissem seu objetivo: tirar o presidente Artur Bernardes do governo; a Coluna Prestes marcou época pelo seu aguerrido combate em busca de reformas políticas e sociais e, principalmente, por nunca ter sido derrotada.
  • 223. • Em 1927, a invencível Coluna dissolveu-se na Bolívia. Incapazes de assumir o governo, os homens de Prestes receberam do comandante, eternizado pelo apelido de Cavaleiro da Esperança, a autorização para tomarem seu próprio destino.
  • 224.
  • 225.
  • 226. • Alguns ficaram na Bolívia, outros clandestinamente no Brasil onde foram presas fáceis da repressão governamental, mas alguns dos que voltaram se engajaram anos depois na Revolução de 1930.
  • 228. • Desde os tempos do Império, a falta de interesse do Estado pelo Sertão obteve efeitos sangrentos na região. Quem dominava a região eram os coronéis. Os coronéis eram homens acima da lei. Além de contarem com a polícia do seu lado, os coronéis ainda tinham a sua própria tropa: os jagunços.
  • 229. • Os jagunços eram homens armados que faziam a proteção das terras, castigavam e executavam os inimigos de seus chefes. Foi a violência desses jagunços que deu origem à jornada de diversos cangaceiros motivados pelo desejo de vingança.
  • 230. • Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram em quadrilhas que aterrorizaram o sertão, pilhando, assassinando e estuprando.
  • 231.
  • 232.
  • 233. • Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação.
  • 234.
  • 235. • Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
  • 236.
  • 237.
  • 238.
  • 239. • O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870. E o último foi de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
  • 240.
  • 241. Zé Sereno e Bando:
  • 243. • O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o "Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 1920 e 1930 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro.
  • 244. Bando de Lampião e o fotógrafo:
  • 245. Virgulino Ferreira da Silva, o lampião:
  • 246.
  • 247. • As primeiras mulheres juntaram-se ao cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi Maria Bonita, companheira de Lampião. • Estima-se que o bando de Lampião chegou a matar mais de mil pessoas.
  • 250. Lampião e Maria Bonita:
  • 251. Corisco e seu Bando:
  • 252. • Para combater os cangaceiros, o governo reagia com as "volantes", grupos de policiais disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes eram mais brutais que os próprios cangaceiros.
  • 255.
  • 257.
  • 258. • Em 1938, Lampião e Maria Bonita foram mortos por uma volante. Um dos sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar do chefe, mas foi morto pela polícia em 1940, num ataque que encerra o cangaço.
  • 259.
  • 261.
  • 262.
  • 263.
  • 264.
  • 265. Corisco: O Diabo Loiro:
  • 267. • Quando Vargas assumiu o poder em 1930, deu ordem para acabar com os cangaceiros. Após a morte de Corisco, o último bando de cangaceiros do nordeste foi derrotado.