4. • A França vivia uma situação muito complicada
antes da Revolução. A burguesia, responsável
pelo desenvolvimento financeiro e comercial
do país, tinha grandes dificuldades para ter
seus interesses particulares atendidos. A
nobreza e o clero eram sustentados pela
cobrança de pesados impostos que
comprometiam o Terceiro Estado.
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8. • Durante o reinado de Luís XV, a França perdeu
para a Inglaterra na Guerra dos Sete Anos
(1756 - 1763), perdendo vários territórios na
América do Norte. Esses territórios foram
dominados pela Inglaterra.
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11. • Para se vingar da derrota na Guerra dos Sete
Anos, Luís XVI, ajudou os colonos ingleses na
guerra de independência dos EUA (1776 -
1781) e gastou muito dinheiro,
enfraquecendo ainda mais a economia
francesa.
17. • Para piorar a situação, a maioria da população da
França vivia no campo, sob antigas tradições e
exigências medievais. A dominação dos nobres
proprietários de terra (protegidos pela
monarquia) contra os camponeses piorou muito
quando houve uma crise de abastecimento na
França um pouco antes da revolução. A partir de
1787, as más colheitas provocaram aumento no
preço dos alimentos.
20. • A maioria da população: os camponeses ,os
trabalhadores da cidade, a burguesia estavam
muito insatisfeitos como Governo. O
problema é que o 3º Estado não era atendido
pelo governo.
21. • Somente o 1º Estado (clero) e o 2º Estado
(nobreza) tinham influência suficiente para ter
seus interesses atendidos pelo rei. A grave
crise econômica na França, na década de
1780, criou uma necessidade urgente de fazer
uma reforma política.
22. • Muitos ministros tentaram aumentar a
cobrança de impostos para assim tirar a
França da crise, mas, o rei a nobreza e o clero
impediam a realização dessas mudanças.
24. • Somente em 1789, durante o mandato do
ministro Necker, que o rei permitiu a
convocação dos Estados Gerais, em maio. Os
Estados Gerais eram uma Assembleia
Nacional, representando os três Estados, que
não se reuniam desde 1614.
26. • Até 1614, cada Estado tinha trezentos
deputados, e as decisões eram tomadas com
base em um voto por Estado. Por isso, nas
votações, as opiniões dos deputados do
Terceiro Estado eram vencidas pelas dos
deputados do Primeiro e do Segundo Estados
que, unidos, tinham o dobro dos votos.
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28. • A burguesia fez duas grandes exigências na
reunião dos Estados: 1ª: que o terceiro Estado
tivesse um número de deputados igual ao dos
dois outros Estados; 2ª: que o voto, na
Assembleia, fosse individual. A primeira
exigência foi atendida, mas a segunda não.
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32. • Na abertura da Assembleia, em maio de 1789,
o rei anunciou, que o objetivo daquele
encontro político era resolver só os problemas
financeiros da França e determinou que a
votação continuaria sendo por Estado.
33. • O Terceiro Estado, com apoio de membros do
baixo clero e da nobreza de toga (nobreza que
comprou o seu título), declarou-se Assembleia
Nacional Constituinte. O rei reagiu, mandando
fechar o Congresso Nacional e prender os
deputados.
36. • Preocupado, o rei mandou as tropas para
reprimir as manifestações, mas a população
organizou milícias armadas, financiadas pela
burguesia, para enfrentar as tropas reais. No
dia 14 de julho de 1789, a população de Paris
tomou a Bastilha (prisão política, símbolo do
autoritarismo do rei).
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40. • Durante a invasão da Bastilha a população
lutou com os guardas, que foram as primeiras
vítimas da Revolução Francesa. Quando os
revoltosos conseguiram tomar a prisão, o
chefe da guarda teve a cabeça decepada. Essa
foi a primeira de várias decapitações que
viriam no futuro.
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42. • Depois da Tomada da Bastilha pelo povo de
Paris, os camponeses passaram a invadir as
terras e os castelos da nobreza feudal e matar
seus antigos senhores e família. Esse episódio
ficou conhecido como: O grande medo.
47. • No dia 26 de agosto de 1789, a Assembleia
Nacional proclamou a Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão. Os principais pontos
defendidos por esse documento eram: a
dignidade da pessoa humana; a liberdade e a
igualdade perante a lei; o direito à
propriedade privada; a resistência à opressão
política; e a liberdade de pensamento.
48.
49. • A Queda da Bastilha, em 14 de julho de
1789, marcou o início da Revolução Francesa.
• Uma nova constituição foi escrita, bem como
a Declaração dos Direitos dos Homens,
pregando o fim das desigualdades de classes.
50. • Surgiu aí também a bandeira tricolor,
representando os três poderes:
Legislativo (azul),Executivo (branco) e
o Povo (vermelho). As cores também
representam os ideias iluministas de
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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52. • Mas, 3 meses depois da tomada da Bastilha, a
situação econômica não tinha melhorado
ainda, os preços dos alimentos continuavam
altos, o rei nada fazia pelo seu povo.
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55. • A população revoltada marchou para o palácio
de Versalhes. Eles eram liderados por um
grupo de mulheres fortes, que trabalhavam
como peixeiras, as "poissardes", que estavam
armadas com seus facões e instrumentos de
trabalho.
62. • Os revolucionários invadiram o palácio com
brutalidade e deceparam as cabeças dos
guardas. O rei e a rainha conseguiram sair em
segurança, mas foram detidos e transferidos
para Paris, onde ficaram instalados no Palácio
das Tulherias.
67. Fase da Monarquia Constitucional (1789-
1792)
• O Grande Medo, a Declaração dos Direitos dos
Homens, a perda dos direitos feudais,
formação de uma monarquia constitucional, a
primeira Constituição, assustaram os reis
absolutistas dos países vizinhos, que sentiram
medo de que a Revolução Francesa
influenciasse suas populações.
68. • Por isso, a Áustria e a Prússia declararam
guerra contra a França, em 1791.
72. • Luís XVI sabia que não conseguiria restaurar
sozinho o seu poder. Ele precisaria da ajuda de
um exército estrangeiro aliado, e sabia que
poderia contar com a Áustria, terra natal de sua
esposa.
73.
74. • Em 21 de Junho de 1791, temendo por suas
vidas e em uma tentativa de buscar ajuda, o rei,
a rainha e seus dois filhos fugiram de Paris em
direção à Áustria, disfarçados de criados.
• Porém, quando já tinham viajado 160 km, e
estavam quase chegando na fronteira, na
cidade de Varennes, foram reconhecidos por
um guarda em uma barreira policial. Eles foram
presos e levados de volta a Paris.
79. • Após a tentativa de fuga a imagem do rei
perante seus súditos, que já era ruim, ficou
ainda pior. O poder passou então
definitivamente para a Assembleia, com a
liderança de Robespierre.
80. • Robespierre exigia que se adotassem os ideais
iluministas e que acabasse o tráfico de
escravos nas colônias francesas. Ele desejava
uma república, mas que ela pudesse existir, o
rei não poderia continuar vivo.
81. • Com as vitórias dos exércitos franceses sobre
as tropas austríacas e prussianas, que se
afastaram para a fronteira, Paris deixou de
ser ameaçada de invasão estrangeira. Em
setembro de 1791, foi criada a Convenção
Nacional e dissolvida a Assembleia Legislativa.
O líder da Convenção era Robespierre.
85. • A Convenção Republicana queria fazer uma
nova Constituição, garantindo uma maior
participação popular na administração do
Estado, além de impedir o retorno da
monarquia absolutista.
86. • Nesse período surgiram divergências políticas
entre os revolucionários, que se dividiram em:
girondinos, jacobinos e a planície. Com a
República, foi inaugurado um novo calendário.
1792 foi considerado o ano I.
87.
88.
89. • A radicalização das propostas das classes mais
baixas na hierarquia social causou o
julgamento e a execução do rei Luís XVI e sua
esposa na guilhotina. Os girondinos que
foram contra as execuções, também
perderam suas cabeças na guilhotina. Foi o
início do período do Terror.
95. • A nova Constituição entrou em vigor,
garantindo o voto a todos os homens maiores
de 21 anos. Foi sufocada a contrarrevolução
interna e leis sociais foram promulgadas,
entre elas, o fim da escravidão nas colônias e
o preço máximo dos alimentos.
96. • Na Convenção os jacobinos, sob a liderança de
Robespierre, adoraram uma série de medidas:
fim da escravidão nas colônias francesas;
abolição de todos os privilégios; divisão das
grandes propriedades; tabelamento de preços
de produtos essenciais; ajuda aos indigentes e
educação básica obrigatória e gratuita.
97. • A Rainha Maria Antonieta, foi julgada,
condenada à morte e executada na guilhotina.
102. • As medidas radicais despertaram nos
girondinos uma forte reação violenta.
Organizados, a alta burguesia da França
começou a perseguir, prender e assassinar
vários jacobinos.
103. • Os jacobinos reagiram com mais violência,
pois chegaram a conclusão que para defender
a revolução seria necessário eliminar todos os
opositores na França. Em 1793, cerca de 40
mil pessoas (monarquistas, girondinos e ricos
burgueses) foram executadas pelos jacobinos.
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107. • Entre os aliados de Robespierre estava Jean
Paul Marat, que em 1789, fundou o jornal L'Ami
du Peuple(O Amigo do Povo), em que se
revelava defensor das causas populares.
Condenado várias vezes, era visto como o
porta-voz do partido jacobino, a ala mais radical
da revolução.
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109. • Quando os sans-cullote (massas populares),
orientados pelos jacobinos, proclamaram a
República, Marat foi eleito um de seus
dirigentes. Seus adversários políticos, os
girondinos, o acusavam de querer estabelecer
uma ditadura com Robespierre e Danton.
114. • Charlotte Corday, militante girondina, entrou
na casa de Marat e o assassinou na banheira,
a punhaladas. Marat passava várias horas por
dia na banheira, num banho medicinal
porque tinha uma doença de pele.
117. • O que inicialmente era uma perseguição
disfarçada aos girondinos tornou-se uma
perseguição geral a todos os “inimigos” da
Revolução, inclusive alguns elementos
jacobinos ou que sempre haviam apoiado a
mesma, como Danton.
122. • Após a instituição da Convenção, o governo,
precisando do apoio das massas populares (os
sans-culottes) promulgou diversas leis de
assistência e garantia dos direitos humanos
estabelecidos pela revolução (liberdade,
igualdade, fraternidade).
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126. • O Terror terminou com o golpe do 9 de
Termidor (27/28 de julho de 1794), que
desalojou Robespierre do cargo de presidente
do Comitê de Salvação Pública e no dia
seguinte, Robespierre e Saint-Just e mais de
uma centena de jacobinos foram executados
na guilhotina.
131. • Após o fim do período do terror, a revolução
francesa assumiu definitivamente um caráter
burguês, com o poder nas mãos do diretório
(alta burguesia).
134. • A queda dos jacobinos representou a subida
ao poder da alta burguesia. O Diretório era
composto por cinco membros, e existiam
ainda duas assembleias: a dos Anciãos e a dos
Quinhentos.
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136. • Essa fase representou o fortalecimento da
burguesia e a volta de alguns privilégios, como
o voto censitário e o fim das leis sociais do
período da Convenção.
137. • Houve ainda tentativas de insurreições, como
a de Graco Babeuf, líder da Conspiração dos
Iguais, que pretendia destituir o Diretório e
aprofundar as reformas sociais da Revolução
Francesa.