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     DISTÚRBIOS DA PLEURA, DA
     PAREDE TORÁCICA, DO
     DIAFRAGMA E OUTROS
     DISTÚRBIOS TORÁCICOS


    R1 Henrique da Rosa Sobrinho
PAREDE TORÁCICA
                       Tecidos Moles
   Ausência congênita do músculo peitoral          Hipertransparência
   Síndrome de Poland : doença autossômica recessiva que se
    caracteriza pela ausência unilateral da cabeça esternocostal do
    músculo peitoral maior, sindactilia ipsilateral e anomalias das
    costelas.
   Lesões de pele como nevos, verrugas, neurofibromas e
    mamilos acessórios, podem produzir uma opacidade nodular,
    em radiografias frontais, que simulam nódulo pulmonar solitário.
   Abscessos da parede torácica: massas subcutâneas,
    localizadas, dolorosas e flutuantes (Staphylococcus e
    Mycobacterium tuberculosis). R-X: opacidade mal definida.
    TC: coleção líquida localizada com parede captante de
    contraste.
Parede Torácica
            Tecidos Moles
- Neoplasias:
-   Fibrossarcoma e lipossarcoma são as
    neoplasias malignas mais comuns. Evidenciam-se
    por sintomas de dor localizada na parede torácica
    e massa visível e palpável.
-   Lipoma: pode ser intra ou extra-torácico
-   Tumor desmóide: raro tumor fibroblástico que
    ocorre em músculos estriados é histologicamente
    benigno mas tem tendência à invasão local.
O TÓRAX ÓSSEO
   Anomalias Congênitas
-   Fusão óssea
-   Costelas Bífidas
-   Osteogenesis imperfecta e
    neurofibromatose - costelas finas,
    onduladas “em fita”
-   Costela Cervical – origina-se do 7º corpo
    vertebral cervical.
Costela Cervical
O TÓRAX ÓSSEO
   Indentações das
    Costelas
-   As inferiores são mais
    comuns que as
    superiores, causadas
    pela dilatação de uma
    ou mais estruturas que
    se localizam nos sulcos
    subcostais (nervo,
    artéria ou veia
    intercostal)
-   Coarctação da aorta –
    sangue contorna a
    obstrução aórtica
O TÓRAX ÓSSEO
 Lesões não-neoplásicas
- Displasia fibrosa: lesão expansiva na
  face posterior da costela com densidade
  transparente ou tipo vidro fosco.
- Granuloma Eosinofílico: pode causar
  lesões líticas.
Granuloma Eosinofílico
O TÓRAX ÓSSEO
  Neoplasias
- Benignas: Osteocondromas,
   encondromas, osteoblastomas
- Malignas: condrossarcoma, mieloma
   múltiplo, carcinoma metastático (lesões
   líticas), tumor de Askin
O TÓRAX ÓSSEO
   Infecções: TB, actinomicose e nocardiose
    podem atravessar o espaço pleural e
    produzir infecção da parede torácica
   Cartilagens Costais – ossificação das
    cartilagens costais é um achado normal
    em adultos.
   Escápula: Lesões congênitas (
    deformidade de Sprengel), pós-trumáticas
    e neoplásicas
   Clavícula: disostose cleidocraniana
    (aplasia parcial ou total da clavícula),
    Sarcoma de Ewing
O TÓRAX ÓSSEO
 Coluna Vertebral Torácica: Anomalias
  congênitas (hemivértebras, espinha bífida,
  escoliose), osteófitos, osteomielite vertebral.
 Esterno
- Pectus escavatum (tórax em funil): esterno
  deprimido e as costelas fazem saliência
  anteriormente ao esterno. Associado
  comumente a distúrbios congênitos.
- Pectus carinatum: abaulamento para fora do
  esterno, podendo ser congênito ou adquirido
  (asma)
Osteomielite Vertebral
Pectus Escavatum
Pectus Carinatum
DIAFRAGMA
Elevação Unilateral do Diafragma
DIAFRAGMA
 Elevação Diafragmática Bilateral
- Pode ser causada por um distúrbio
  neuromuscular ou patologia intratorácica ou
  intra-abdominal.
- A ruptura bilateral do nervo frênico ou uma
  patologia intrínseca do músculo diafragmático
  produz a paralisia e a elevação bilateral do
  diafragma.
- A restrição pulmonar causada por fibrose
  intersticial, fibrose pleural bilateral ou
  patologia da parede torácica (mais
  comumente por obesidade) pode produzir
  elevação diafragmática bilateral.
Elevação Diafragmática
Bilateral
DIAFRAGMA
 Depressão Diafragmática
- Associado a hiperinsulflção unilateral de
  um dos pulmões, geralmente como
  mecanismo compensatório, quando o
  pulmão contralateral é pequeno.
- A depressão diafragmática bilateral é
  um achado permanente (enfisema) ou
  transitório (asma).
Depressão Diafragmática
DIAFRAGMA
   Hérnias Diafragmáticas
-   Hérnia hiatal esofágica: são vistas projetando-se
    atrás do coração nas radiografias frontais na região
    supradiafragmática imediata do mediastino posterior. A
    TC mostra alargamento do hiato esofágico e mostra o
    conteúdo do saco herniário (estômago, tecido adiposo
    ou líquido ascítico).
-   Hérnia de Bochdalek: grandes hérnias através do
    forame de Bochdalek evidenciam-se no período
    neonatal, por hipoplasia do pulmão ipsilateral e
    dificuldade respiratória. Aparece como uma massa
    póstero-lateral acima do diafragma esquerdo.
Hérnia Hiatal
Hérnia do Forame de Bochdalek
DIAFRAGMA
   Hérnias Diafragmáticas
-   Hérnia de Morgani: Defeito na parte paraesternal
    do diafragma. Herniação do tecido adiposo
    omental, do fígado ou do cólon transverso através
    da parte paracardíaca do hemidiafragma direito.
-   Hérnia Traumática: O lado esquerdo é o mais
    afetado (90% dos casos), pois o fígado protege o
    hemidiafragma direito.
DOENÇAS PULMONARES
CONGÊNITAS
  Malformação Adenomatóide Cística (MAC)
- Constituído de um ou vários cistos de
   grande tamanho que são revestidos por
   epitélio respiratório, com glândulas
   mucosas esparsas, músculo liso e tecido
   elástico em suas paredes.
- Ao exame radiográfico aparecem como
   massas arredondadas cheias de ar, que
   exercem um efeito de massa tumoral sobre
   o pulmão e o mediastino adjacente.
Malformação Adenomatóide
Cística (MAC)
DOENÇAS PULMONARES
CONGÊNITAS
   Hiperinsulflação lobar neonatal (enfisema
    lobar congênito)
-   Decorrente de vários distúrbios que
    produzam obstrução brônquica em válvula
    de retenção (cistos broncogênicos
    mediastinais, artéria pulmonar esquerda
    anômala, deficiência congênita de
    cartilagem anômala, estenose brônquica)
-   Observa-se hipertransparência da lobo
    afetado, com compressão do pulmão
    adjacente, depressão diafragmática do
    mediastino contralateral.
Hiperinsulflação lobar neonatal
(enfisema lobar congênito)
DOENÇAS PULMONARES
CONGÊNITAS
   Seqüestro Broncopulmonar
-   Anormalidade congênita decorrente do
    desenvolvimento independente de parte da árvore
    traquebrônquica, que é isolada do pulmão normal
    e mantém seu suprimento arterial sistêmico fetal.
-   Intralobular: contido pela pleura visceral do
    pulmão normal, apresentam pneumonia
    recorrente.
-   Extralobar: envolvido pelo seu próprio envoltório
    pleural visceral e pode ser encontrado adjacente
    ao pulmão normal, em meio ao diafragma ou
    abaixo dele.
Seqüestro Pulmonar
Intralobar
DOENÇAS PULMONARES
CONGÊNITAS
 Pulmão Hipoplásico
- Decorre de deficiência arterial pulmonar
  congênita ou da compressão intra-
  uterina do pulmão em desenvolvimento
  por causas diversas.
- Eleveção do diafragma e desvio do
  mediastino ipsilateral, com herniação do
  pulmão contralateral hiperinsulflado
  anteriormente em direção ao lado
  afetado.
Pulmão hipoplásico
DOENÇAS PULMONARES
TRAUMÁTICAS
   Contusão Pulmonar
-   Ocorre típicamene adjacente ao ponto de impacto.
    Sangue e líquido de edema enchem os alvéolos
    do pulmão        nas primeiras 12h após o
    traumatismo, produzindo áreas esparsas de
    opacificação dos espaços aéreos.
-   A evolução radiográfica típica é a estabilização
    das opacidades e a melhora dentro de 2 a 7 dias.
Contusão Pulmonar/ Cistos
Pulmonares Traumáticos
Eventração do Diafragma – Ausência congênita ou desenvolvimento
insuficiente da musculatura diafragmática
Elevação do diafragma por
hamgioma hepático
Lipoma da Parede Torácica
Hérnia Diafragmática
Traumática
Hérnia de Morgani
Osteocondroma
Condrossarcoma
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Tumor de Askin (tumor neuroectodérmico
primitivo) da parede torácica
Abscesso da parede torácica
Padrões Normais de
Ossificação
Figure 19a. Desmoid tumor in a 53-year-old woman with a parasternal mass. (a) CT scan
          demonstrates a homogeneous soft-tissue mass of the parasternum without adjacent bone
                                              destruction




                   Jeung M et al. Radiographics 1999;19:617-637



©1999 by Radiological Society of North America
Deformidade de Sprengel (escápula hipoplásica e
elevada)
Síndrome de Poland
Distúrbios da Parede Torácica e do Diafragma
Distúrbios da Parede Torácica e do Diafragma
Distúrbios da Parede Torácica e do Diafragma
Distúrbios da Parede Torácica e do Diafragma

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  • 1. Hospital Universitário de Santa Maria Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem DISTÚRBIOS DA PLEURA, DA PAREDE TORÁCICA, DO DIAFRAGMA E OUTROS DISTÚRBIOS TORÁCICOS R1 Henrique da Rosa Sobrinho
  • 2. PAREDE TORÁCICA Tecidos Moles  Ausência congênita do músculo peitoral Hipertransparência  Síndrome de Poland : doença autossômica recessiva que se caracteriza pela ausência unilateral da cabeça esternocostal do músculo peitoral maior, sindactilia ipsilateral e anomalias das costelas.  Lesões de pele como nevos, verrugas, neurofibromas e mamilos acessórios, podem produzir uma opacidade nodular, em radiografias frontais, que simulam nódulo pulmonar solitário.  Abscessos da parede torácica: massas subcutâneas, localizadas, dolorosas e flutuantes (Staphylococcus e Mycobacterium tuberculosis). R-X: opacidade mal definida. TC: coleção líquida localizada com parede captante de contraste.
  • 3. Parede Torácica Tecidos Moles - Neoplasias: - Fibrossarcoma e lipossarcoma são as neoplasias malignas mais comuns. Evidenciam-se por sintomas de dor localizada na parede torácica e massa visível e palpável. - Lipoma: pode ser intra ou extra-torácico - Tumor desmóide: raro tumor fibroblástico que ocorre em músculos estriados é histologicamente benigno mas tem tendência à invasão local.
  • 4. O TÓRAX ÓSSEO  Anomalias Congênitas - Fusão óssea - Costelas Bífidas - Osteogenesis imperfecta e neurofibromatose - costelas finas, onduladas “em fita” - Costela Cervical – origina-se do 7º corpo vertebral cervical.
  • 6. O TÓRAX ÓSSEO  Indentações das Costelas - As inferiores são mais comuns que as superiores, causadas pela dilatação de uma ou mais estruturas que se localizam nos sulcos subcostais (nervo, artéria ou veia intercostal) - Coarctação da aorta – sangue contorna a obstrução aórtica
  • 7. O TÓRAX ÓSSEO  Lesões não-neoplásicas - Displasia fibrosa: lesão expansiva na face posterior da costela com densidade transparente ou tipo vidro fosco. - Granuloma Eosinofílico: pode causar lesões líticas.
  • 9. O TÓRAX ÓSSEO  Neoplasias - Benignas: Osteocondromas, encondromas, osteoblastomas - Malignas: condrossarcoma, mieloma múltiplo, carcinoma metastático (lesões líticas), tumor de Askin
  • 10. O TÓRAX ÓSSEO  Infecções: TB, actinomicose e nocardiose podem atravessar o espaço pleural e produzir infecção da parede torácica  Cartilagens Costais – ossificação das cartilagens costais é um achado normal em adultos.  Escápula: Lesões congênitas ( deformidade de Sprengel), pós-trumáticas e neoplásicas  Clavícula: disostose cleidocraniana (aplasia parcial ou total da clavícula), Sarcoma de Ewing
  • 11. O TÓRAX ÓSSEO  Coluna Vertebral Torácica: Anomalias congênitas (hemivértebras, espinha bífida, escoliose), osteófitos, osteomielite vertebral.  Esterno - Pectus escavatum (tórax em funil): esterno deprimido e as costelas fazem saliência anteriormente ao esterno. Associado comumente a distúrbios congênitos. - Pectus carinatum: abaulamento para fora do esterno, podendo ser congênito ou adquirido (asma)
  • 16. DIAFRAGMA  Elevação Diafragmática Bilateral - Pode ser causada por um distúrbio neuromuscular ou patologia intratorácica ou intra-abdominal. - A ruptura bilateral do nervo frênico ou uma patologia intrínseca do músculo diafragmático produz a paralisia e a elevação bilateral do diafragma. - A restrição pulmonar causada por fibrose intersticial, fibrose pleural bilateral ou patologia da parede torácica (mais comumente por obesidade) pode produzir elevação diafragmática bilateral.
  • 18. DIAFRAGMA  Depressão Diafragmática - Associado a hiperinsulflção unilateral de um dos pulmões, geralmente como mecanismo compensatório, quando o pulmão contralateral é pequeno. - A depressão diafragmática bilateral é um achado permanente (enfisema) ou transitório (asma).
  • 20. DIAFRAGMA  Hérnias Diafragmáticas - Hérnia hiatal esofágica: são vistas projetando-se atrás do coração nas radiografias frontais na região supradiafragmática imediata do mediastino posterior. A TC mostra alargamento do hiato esofágico e mostra o conteúdo do saco herniário (estômago, tecido adiposo ou líquido ascítico). - Hérnia de Bochdalek: grandes hérnias através do forame de Bochdalek evidenciam-se no período neonatal, por hipoplasia do pulmão ipsilateral e dificuldade respiratória. Aparece como uma massa póstero-lateral acima do diafragma esquerdo.
  • 22. Hérnia do Forame de Bochdalek
  • 23. DIAFRAGMA  Hérnias Diafragmáticas - Hérnia de Morgani: Defeito na parte paraesternal do diafragma. Herniação do tecido adiposo omental, do fígado ou do cólon transverso através da parte paracardíaca do hemidiafragma direito. - Hérnia Traumática: O lado esquerdo é o mais afetado (90% dos casos), pois o fígado protege o hemidiafragma direito.
  • 24. DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS  Malformação Adenomatóide Cística (MAC) - Constituído de um ou vários cistos de grande tamanho que são revestidos por epitélio respiratório, com glândulas mucosas esparsas, músculo liso e tecido elástico em suas paredes. - Ao exame radiográfico aparecem como massas arredondadas cheias de ar, que exercem um efeito de massa tumoral sobre o pulmão e o mediastino adjacente.
  • 26. DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS  Hiperinsulflação lobar neonatal (enfisema lobar congênito) - Decorrente de vários distúrbios que produzam obstrução brônquica em válvula de retenção (cistos broncogênicos mediastinais, artéria pulmonar esquerda anômala, deficiência congênita de cartilagem anômala, estenose brônquica) - Observa-se hipertransparência da lobo afetado, com compressão do pulmão adjacente, depressão diafragmática do mediastino contralateral.
  • 28. DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS  Seqüestro Broncopulmonar - Anormalidade congênita decorrente do desenvolvimento independente de parte da árvore traquebrônquica, que é isolada do pulmão normal e mantém seu suprimento arterial sistêmico fetal. - Intralobular: contido pela pleura visceral do pulmão normal, apresentam pneumonia recorrente. - Extralobar: envolvido pelo seu próprio envoltório pleural visceral e pode ser encontrado adjacente ao pulmão normal, em meio ao diafragma ou abaixo dele.
  • 30. DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS  Pulmão Hipoplásico - Decorre de deficiência arterial pulmonar congênita ou da compressão intra- uterina do pulmão em desenvolvimento por causas diversas. - Eleveção do diafragma e desvio do mediastino ipsilateral, com herniação do pulmão contralateral hiperinsulflado anteriormente em direção ao lado afetado.
  • 32. DOENÇAS PULMONARES TRAUMÁTICAS  Contusão Pulmonar - Ocorre típicamene adjacente ao ponto de impacto. Sangue e líquido de edema enchem os alvéolos do pulmão nas primeiras 12h após o traumatismo, produzindo áreas esparsas de opacificação dos espaços aéreos. - A evolução radiográfica típica é a estabilização das opacidades e a melhora dentro de 2 a 7 dias.
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  • 38. Eventração do Diafragma – Ausência congênita ou desenvolvimento insuficiente da musculatura diafragmática
  • 39. Elevação do diafragma por hamgioma hepático
  • 40. Lipoma da Parede Torácica
  • 45. Tumor de Askin (tumor neuroectodérmico primitivo) da parede torácica
  • 46. Abscesso da parede torácica
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  • 50. Figure 19a. Desmoid tumor in a 53-year-old woman with a parasternal mass. (a) CT scan demonstrates a homogeneous soft-tissue mass of the parasternum without adjacent bone destruction Jeung M et al. Radiographics 1999;19:617-637 ©1999 by Radiological Society of North America
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  • 59. Deformidade de Sprengel (escápula hipoplásica e elevada)

Notas do Editor

  1. Figure 19a.  Desmoid tumor in a 53-year-old woman with a parasternal mass. (a) CT scan demonstrates a homogeneous soft-tissue mass of the parasternum without adjacent bone destruction. (b) Photograph of a cut specimen shows a firm, whitish mass with an irregularly whorled surface. Scale is in centimeters. (c) Axial short-inversion-time inversion recovery MR image obtained 2 years after surgery reveals the recurrence of two high-signal-intensity masses in the anterior chest wall and axillary region (arrows).