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A posição das clavículas deve ser
observada, as mesmas devem estar
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paciente pode estar em posição rodada alterando a visualização das estruturas
do pulmão. A traqueia deve estar centralizada, os arcos costais devem estar
nítidos. As escapulas devem ser observadas lateralizada a imagem do pulmão
caso não estejam o paciente pode estar mal posicionado ou em A-P.
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A respiração correta é
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hiperinsuflado.
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Bolha Gástrica aumenta
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Cartilagens mais reduzidas
Índice Cardiotorácico
O índice cardiotorácico é um sinal
radiológico para avaliação aproximada
do aumento da silhueta cardíaca. É a
razão entre o diâmetro cardíaco
máximo transversal e o diâmetro da
caixa torácica em inspiração profunda.
Usualmente corresponde a 0.5 no
adulto, um pouco mais na criança.
Paciente Cardiomegálico
Aspectos radiológicos das principais patologias – Adulto
Pneumonia
Infecção do trato respiratório inferior causado por vírus, bactéria ou fungos.
Principal característica grande componente de secreção no alvéolo por
excesso de trabalho das células ciliadas e mucosa.
Pneumonia
Na radiografia a pneumonia se
apresenta com o apagamento da
silhueta cardíaca ou borramento da
mesma. Pode ocorrer ingurgitamento
hilar – aumento do fluxo sanguíneo no
pulmão. A pneumonia pode vir a gerar
um derrame pleural, devido ao fluxo
aumentado.
Tuberculose Comum
Alta tendência à lesão apical
Formação de cavitação – caverna de BK
Falta de Vascularização
Tuberculose Miliar
A imagem é granulada nos três terços do
pulmão, não tem apagamento da silhueta
cardíaca. A Tuberculose miliar ou
tuberculose cutânea aguda disseminada é
uma classificação médica internacional
para um agravamento da tuberculose por
sua ampla difusão dentro do corpo humano
gerando pequenas lesões na pele (de 1 a
5mm). Essa infecção bacteriana crônica e
contagiosa geralmente causada por
Mycobacterium tuberculosis que se
espalhou para outros órgãos do corpo, através do sangue ou do sistema
linfático. TB miliar pode infectar qualquer número de órgãos, frequentemente
afetando os pulmões, as meninges, o fígado e o baço. É uma complicação
grave de cerca de 1 a 3% dos casos de tuberculose.
Derrame Pleural
Derrame pleural é a acumulação
excessiva de fluido na cavidade pleural,
a qual é naturalmente lubrificada. Uma
quantidade excessiva deste fluido pode
descompensar a ventilação por limitar a
expansão dos pulmões durante a
inalação.
Gera atelectasia, presença de liquido
no seio costofrênico, sinal do menisco
(Pulmão arredondado), deslocamento
para o lado contralateral.
Sinal do Menisco
Derrame Pericárdico
Hemopneumotoráx
Limite hidroaéreo ocorre uma
retificação não formando sinal de
menisco.
Seio costofrênico apagado.
Pneumotórax
Não apaga seio costofrênico, apaga a trama vascular. Pneumotórax irá sempre
estar na área não dependente, ao contrário do derrame pleural que estará na
área dependente, ou seja, oposta a gravidade. Pode apresentar bolhas
enfisematosas, caso não haja bolhas é um pneumotórax clássico.
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contralateral.
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diafragmática
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Pode ser inflamatório a pressão de
oclusão da artéria pulmonar menor
que 18mmHg. Já não inflamatória,
causada por cardiopatia, infiltrados
difusos sinal de vidro fosco.
Atelectasia
Colabamento da parede alveolar, podendo ela ser laminar ou segmentar,
sublaminar ou subsegmentar, lobar ou unilateral total. A atelectasia ocasiona
shunt pulmonar. Um shunt pulmonar é uma condição fisiológica que resulta
quando os alvéolos do pulmão são perfundidos normalmente com sangue, mas
a ventilação (o fornecimento de ar) falha em suprir a região perfundida.
Na imagem radiográfica geralmente apresenta traqueia desviada para o
mesmo lado da lesão diferente do derrame pleural.
A Atelectasia pode ocorrer de quatro formas:
Atelectasia Segmentar Atelectasia Subsegmentar
A diferença entre a atelectasia segmentar ou laminar para subsegmentar ou
sublaminar é que a laminar percorre toda a extensão pulmonar, já a sublaminar
termina sem tocar a parte externa do pulmão como podemos observar nas
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aumentados
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Fibrose
É uma condição decorrente de uma série
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interior. Estas características são resultados
de doenças que atacam os pulmões, mais
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intersticiais, ou ILDS. Estas complicações
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fibrose pulmonar intersticial, porém nem
todas resultam realmente em fibrose.
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dos pulmões são, por exemplo, alterações do sistema imune, substâncias
tóxicas e medicamentos, infecções, radioterapias, exposição a gases, fumaças
ou vapores, radiação industrial, poeiras orgânicas e poeiras minerais.
Bronquiectasia
Podemos definir este tipo de patologia, como uma “dilatação anormal,
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na infância depois de episódios repetitivos de bronquite ou bronquiolite
obliterante, durante infecções respiratórias de origem vírico ou bacteriano. É
uma patologia que produz uma alta mobilidade, interferindo com a qualidade de
vida dos portadores.
As maiorias dos pacientes apresentam sintomas respiratórios (tosse crônica e
secreção purulenta) de longa duração (meses ou anos), os quais se iniciaram
na infância ou juventude.
Outros sintomas como febre, estertores úmidos, dispnéia, hemoptise (até nos
50% dos casos), dor torácica, hipocratismo digital, etc., podem fazer parte do
quadro geral do paciente.
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dos pneumologistas, por tal motivo é indispensável à realização de Rx e/ou TC
de seios da fase e provas funcionais respiratórias, para o diagnóstico das
mesmas.

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Radiografia Torácica: Guia para Estudo

  • 1. Apostila para estudo de Bioimagem Radiografia Torácica Italo Emmanoel Silva e Silva – 6º Semestre de Fisioterapia - UESB
  • 2. Tópicos:  Radiografia de Tórax  Posições Radiográficas  Pneumonia Radiográfica  Derrame Pleural Radiografia de Tórax  Pneumotórax  Sinais e Sintomas Respiratórios  Sistematização na definição do diagnóstico
  • 3. Radiografia de Tórax Incidência em Póstero-Anterior 1º Costela 2º Costela Traqueia Clavícula Espaço intercostal Arvore Brônquica Mediastino Silhueta Cardíaca Diafragma Seio Costofrênico
  • 4. Radiografia de Tórax Pulmão Esquerdo Lobo Superior Lobo Inferior Pulmão Direito Lobo Superior Lobo Medio Lobo Inferior
  • 5. Sistematização para a visualização da radiografia de tórax: Partes moles, ossos, coração, mediastino, hilo, parênquima pulmonar, pleura, diafragma e seios costofrênicos. Tipo de incidência Antero-Posterior: Posição da Escapula Aumento da Silhueta Cardíaca Utilizada em pacientes acamados Escápulas se apresentam no campo de visão do pulmão, a coluna por estar mais próxima do filme se apresenta em mais detalhes que a porção anterior do tórax. Póstero-Anterior Posição das Clavículas Silhueta Cardíaca Normal Posição das escápulas Melhor incidência, não ocorre a deformação da silhueta cardíaca. A imagem formada é mais fidedigna. A posição das clavículas deve ser observada, as mesmas devem estar equidistantes caso isso não ocorra o paciente pode estar em posição rodada alterando a visualização das estruturas do pulmão. A traqueia deve estar centralizada, os arcos costais devem estar
  • 6. nítidos. As escapulas devem ser observadas lateralizada a imagem do pulmão caso não estejam o paciente pode estar mal posicionado ou em A-P. Espaços Intercostais A respiração correta é aquela em que na radiografia o paciente apresenta até 10 espaços intercostais. Menos que 9 espaços o paciente está hipo, acima de 11 hiperinsuflado. O primeiro espaço observado na radiografia é o 2 espaço intercostal. Paciente Hiperinsuflado Espaços intercostais aumentados, costelas horizontalizadas, aumento do número de espaços intercostais visíveis, hemicupulas diafragmáticas achatadas, coração verticalizado. (Enfisema)
  • 7. Radiografia Criança Neonato Área cardíaca aumentada Costelas horizontalizadas Predomínio de cartilagens costais Bolha Gástrica aumenta Pediátrica Menor aumento cardíaco Costelas menos horizontalizadas Cartilagens mais reduzidas
  • 8. Índice Cardiotorácico O índice cardiotorácico é um sinal radiológico para avaliação aproximada do aumento da silhueta cardíaca. É a razão entre o diâmetro cardíaco máximo transversal e o diâmetro da caixa torácica em inspiração profunda. Usualmente corresponde a 0.5 no adulto, um pouco mais na criança. Paciente Cardiomegálico
  • 9. Aspectos radiológicos das principais patologias – Adulto Pneumonia Infecção do trato respiratório inferior causado por vírus, bactéria ou fungos. Principal característica grande componente de secreção no alvéolo por excesso de trabalho das células ciliadas e mucosa. Pneumonia Na radiografia a pneumonia se apresenta com o apagamento da silhueta cardíaca ou borramento da mesma. Pode ocorrer ingurgitamento hilar – aumento do fluxo sanguíneo no pulmão. A pneumonia pode vir a gerar um derrame pleural, devido ao fluxo aumentado.
  • 10. Tuberculose Comum Alta tendência à lesão apical Formação de cavitação – caverna de BK Falta de Vascularização Tuberculose Miliar A imagem é granulada nos três terços do pulmão, não tem apagamento da silhueta cardíaca. A Tuberculose miliar ou tuberculose cutânea aguda disseminada é uma classificação médica internacional para um agravamento da tuberculose por sua ampla difusão dentro do corpo humano gerando pequenas lesões na pele (de 1 a 5mm). Essa infecção bacteriana crônica e contagiosa geralmente causada por Mycobacterium tuberculosis que se espalhou para outros órgãos do corpo, através do sangue ou do sistema linfático. TB miliar pode infectar qualquer número de órgãos, frequentemente afetando os pulmões, as meninges, o fígado e o baço. É uma complicação grave de cerca de 1 a 3% dos casos de tuberculose.
  • 11. Derrame Pleural Derrame pleural é a acumulação excessiva de fluido na cavidade pleural, a qual é naturalmente lubrificada. Uma quantidade excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões durante a inalação. Gera atelectasia, presença de liquido no seio costofrênico, sinal do menisco (Pulmão arredondado), deslocamento para o lado contralateral. Sinal do Menisco
  • 12. Derrame Pericárdico Hemopneumotoráx Limite hidroaéreo ocorre uma retificação não formando sinal de menisco. Seio costofrênico apagado.
  • 13. Pneumotórax Não apaga seio costofrênico, apaga a trama vascular. Pneumotórax irá sempre estar na área não dependente, ao contrário do derrame pleural que estará na área dependente, ou seja, oposta a gravidade. Pode apresentar bolhas enfisematosas, caso não haja bolhas é um pneumotórax clássico. Ausência de trama vascular Compressão e afastamento do mediastino para o lado contralateral. Achatamento da cúpula diafragmática Edema Agudo de Pulmão Sinal de vidro fosco Pode ser inflamatório a pressão de oclusão da artéria pulmonar menor que 18mmHg. Já não inflamatória, causada por cardiopatia, infiltrados difusos sinal de vidro fosco.
  • 14. Atelectasia Colabamento da parede alveolar, podendo ela ser laminar ou segmentar, sublaminar ou subsegmentar, lobar ou unilateral total. A atelectasia ocasiona shunt pulmonar. Um shunt pulmonar é uma condição fisiológica que resulta quando os alvéolos do pulmão são perfundidos normalmente com sangue, mas a ventilação (o fornecimento de ar) falha em suprir a região perfundida. Na imagem radiográfica geralmente apresenta traqueia desviada para o mesmo lado da lesão diferente do derrame pleural. A Atelectasia pode ocorrer de quatro formas: Atelectasia Segmentar Atelectasia Subsegmentar A diferença entre a atelectasia segmentar ou laminar para subsegmentar ou sublaminar é que a laminar percorre toda a extensão pulmonar, já a sublaminar termina sem tocar a parte externa do pulmão como podemos observar nas imagens.
  • 15. Atelectasia Lobar Observa-se radio opacidade no terço superior do pulmão direito. Elevação da hemicúpula diafragmática Atelectasia Unilateral Total Desvio traqueal Desvio do mediastino
  • 16. Enfisema Pulmonar Principais características são: Cúpulas retificadas Enfisema ou Asma em Crise Mediastino Reduzido Espaços intercostais aumentados Seio costofrênico alongado
  • 18. Fibrose É uma condição decorrente de uma série de fatores na qual os pulmões apresentam cicatrizes profundas e espessamento interior. Estas características são resultados de doenças que atacam os pulmões, mais conhecidas como doenças pulmonares intersticiais, ou ILDS. Estas complicações são também muitas vezes chamadas de fibrose pulmonar intersticial, porém nem todas resultam realmente em fibrose. Alguns dos fatores que podem levar à cicatrização e ao espessamento interior dos pulmões são, por exemplo, alterações do sistema imune, substâncias tóxicas e medicamentos, infecções, radioterapias, exposição a gases, fumaças ou vapores, radiação industrial, poeiras orgânicas e poeiras minerais.
  • 19. Bronquiectasia Podemos definir este tipo de patologia, como uma “dilatação anormal, irreversível e permanente dos brônquios e bronquíolos”. Origina-se geralmente na infância depois de episódios repetitivos de bronquite ou bronquiolite obliterante, durante infecções respiratórias de origem vírico ou bacteriano. É uma patologia que produz uma alta mobilidade, interferindo com a qualidade de vida dos portadores. As maiorias dos pacientes apresentam sintomas respiratórios (tosse crônica e secreção purulenta) de longa duração (meses ou anos), os quais se iniciaram na infância ou juventude. Outros sintomas como febre, estertores úmidos, dispnéia, hemoptise (até nos 50% dos casos), dor torácica, hipocratismo digital, etc., podem fazer parte do quadro geral do paciente. Uma associação freqüente com sinusite e asma tem sido notada pela maioria dos pneumologistas, por tal motivo é indispensável à realização de Rx e/ou TC de seios da fase e provas funcionais respiratórias, para o diagnóstico das mesmas.