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Claiton Prinzo
FUNDAMENTOS DA ÉTICA
Porto Alegre, 2016.
 Aspectos conceituais;
 Ética;
 Colóquio com os participantes.
“Quando viveras virtuosamente?
Perguntou Platão a um ancião que
dava aulas sobre a virtude.”
Acerte o Alvo!
“É possível errar de várias maneiras [...], ao passo que só
é possível acertar de uma maneira (também por esta
razão é fácil errar e difícil acertar – fácil errar o alvo, e
difícil acertar nele); também é por isso que o excesso e a
falta são características da deficiência moral, e o meio-
termo é uma característica da excelência moral.”
Aristóteles, Ética a Nicómaco, pág. 42 (g.n.)
AS INDAGAÇÕES
A resposta certa, não importa
nada: o essencial é que as
perguntas estejam certas.
Mario Quintana
Pode-se separar o discurso de
Sócrates da vida e da morte
de Sócrates?
Pierre Hadot
Passagem do Banquete:
"_ Aqui, Sócrates! Reclina-te ao meu lado, a fim
de que ao teu contato desfrute eu da sábia
idéia que te ocorreu em frente de casa. (...)
Sócrates então senta-se e diz: Seria bom
Agatão, se de tal natureza fosse a sabedoria
que do mais cheio escorresse ao mais
vazio..." (PLATÃO: 1972, p.16).
A razão se fortalece por meio do
autoconhecimento. A questão
relevante é: Qual o caminho a ser
percorrido para conhecer melhor a
si mesmo? Flavio Gikovate
EtimologiaEtimologia
FiloFilo = amor= amor
SofiaSofia = sabedoria= sabedoria
EtimologiaEtimologia
FiloFilo = paixão irresistível= paixão irresistível
SofiaSofia = razão de tudo= razão de tudo
O primeiro sábio a utilizar o termo Filosofia foi Pitágoras (séc. VI a.C.):
“é bom observar que a própria etimologia mostra que a filosofia
não é puro logos, pura razão: ela é a procura amorosa da
verdade” [Aranha & Martins, p.72]
• A filosofia cre.
Mitologia
Prometeu e Epimeteu
Porque somos éticos?
Anel de Giges e Caverna de Platão
Como devemos viver?
Que vida eu quero viver?
Reflexão
“Onde está a vida que nós perdemos “vivendo”?
Onde está a sabedoria que nós perdemos no
conhecimento?
Onde está o conhecimento que nós perdemos na
informação?”
(T.S. Eliot)
Esclarecimentos sobre ética
Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto
é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao que é
permitido e ao que é proibido;
Do ponto de vista filosófico, a ética interpreta, discute
e problematiza valores morais e a fundamentação do
agir moral.
“Sociedade da informação”
Com o advento do cinema, da televisão, da internet e de
uma expansão da mídia escrita (revistas, jornais) nunca
fomos tão informados de tudo o que se passa no
mundo;
Com tamanha profusão de informações disponíveis, temos
mais oportunidades de conhecimento, mas para tal é
preciso dar sentido a elas, que por sua vez depende de uma
atitude e curiosidade capazes de desvendar as relações e os
seus mistérios;
A maioria se contenta com a informação: querem “o quê”,
não o “por quê”. A informação paraece ser o valor, mas não
o conhecimento.
Valorização do conhecimento
1. Ver no conhecimento uma riqueza natural que possui valor em si
mesmo: neste caso, o conhecimento é um valor fim, isto é, não se
o valoriza par ao que ele possa servir, É o caso das pessoas que se
apaixonam por determinadas áreas do conhecimento, que têm
curiosidade e alegria em estudá-las, que veem nelas produções
culturais que enaltecem o gênio humano;
2. Ver no conhecimento um elemento de progresso da humanidade:
neste caso, trata-se de conceber o conhecimento como meio para se
alcançar um vida social mais rica, mais confortável, mais justa. Um
bom exemplo é o caso da medicina: vê-la como meio de cuidar da
saúde, aumentar a longevidade, portanto, contribuir para a felicidade
dos seres humanos;
Valorização do conhecimento
3. Ver o conhecimento como meio para ter sucesso na vida e ascender
socialmente: neste caso, como no anterior, o conhecimento é valor
meio. Mas, enquanto no caso anterior a referência é o progresso social,
neste caso, a referência é o progresso pessoal: dar-se bem na vida,
conseguir ter emprego, dinheiro, tranquilidade para viver a vida que se
quer;
4. Ver no conhecimento um saber necessário à autonomia intelectual:
neste caso, ele permanece sendo um valor meio, não para a ascensão
social, mas para proteger-se da alienação, das manipulações ideológicas.
Das mentiras ou mitos que circulam. Um bom exemplo é a política:
possuir conhecimento para poder avaliar o real valor das várias
mensagens que circula, identificar as manipulações dos chamados
“marqueteiros”, a precisão dos balanços governamentais, etc.
Conhecimento
Ter conhecimento
“é dar sentido às variadas informações que
retiramos do meio ou que nos são transmitidas
socialmente. É dar sentido ao mundo” Yves de
La Taille, 2013, p. 9).
Sabedoria
“é uma condição que resulta de uma profunda compreensão do
mundo e da condição humana. Nós não nascemos sábios, não
nascemos com esta compreensão; temos de adquiri-la através
da vida, e isso se faz mediante conhecimento (daí a necessidade
da leitura) mas também graças ao “insight”, o “conhece-te a ti
mesmo”, de Sócrates, mediante o qual aprendemos a não nos
deixarmos iludir por nossa arrogância, a reconhecer nossas
limitações e defeitos, a pensar e a agir de forma serena e
desapaixonada. Agir, sim; sabedoria não é só pensar bem, não é
só ter conhecimento e entender as coisas. Sabedoria é agir bem,
resolvendo os problemas de forma eficaz, mas de forma ética,
decente” (Astúcia, inteligência, sabedoria (Moacir Scliar, ZH, 01/08/2010).
Sabedoria
Sabedoria: não é um saber qualquer, mas um saber
referente ao essencial às causas e fins últimos do ser;
é uma consideração e apreciação das coisas terrenas
à luz da eternidade, um saber que dá provas de
fecundidade, pelo fato de assinar todas as coisas o
lugar que lhes corresponde na ordenação hierárquica
do universo (compete ao sábio pôr em ordem). A
forma científica não é essencial à sabedoria, mas sim
a conformidade do operar com o saber.
Michel Montaigne (1533 - 1592)
- É melhor uma cabeça bem feita do que uma cabeça cheia.
- Do medo é que eu tenho mais medo.
- Quem ensinar os homens morrer vai também ensinar a viver.
- O verdadeiro espelho dos nossos discursos é nossa vida.
- A mais sutil loucura é feita da mais sutil sabedoria.
- Cada homem tem em si a condição inteira da humanidade.
- As mais belas almas são as que têm mais variedade e flexibilidade.
- Quem tem medo do sofrimento já está sofrendo.
- A palavra é metade quem fala e metade quem ouve.
- A covardia é a mãe da crueldade.
- O lucro de um é o prejuízo de outro.
- Não estamos nunca junto de nós, mas sempre para além de nós mesmos.
- Não morremos porque estamos doentes, morremos porque estamos vivos.
- Quem não tem boa memória não deve mentir.
QUERO? POSSO? DEVO?
Quando você têm paz de espírito ou felicidade?
Quando aquilo que você quer é o que você deve e o
que você pode!
“Há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas que
eu devo , mas não posso. Há coisas que eu posso,
mas não quero”.
QUERO? POSSO? DEVO?
Nessas questões, vivem os chamados dilemas éticos; todas e todos,
sem exceção, temos dilemas éticos, sempre, o tempo todo: devo,
posso, quero?
Tem a ver com fidelidade na sua relação de casamento, tem a ver
com a sua postura como motorista no trânsito; quando você pensa
duas vezes se atravessa um sinal vermelho ou não, se você ocupa
uma vaga quando vê à distância que alguém está dando sinal de que
ele vai querer entrar; quando você vai corrigir provas de um aluno ou
de um orientando seu; quando você vai cochilar depois do almoço,
imaginando que tem uma pia de louça que talvez seja lavada por
outra pessoa, e como você sabe que ela lava mesmo, e que se você
não fizer o outro faz, você tem a grande questão ética que é: devo,
posso, quero?
ÉTICA
 LEMBRAR:
Não são conceitos DEFINITIVOS.
Seus significados podem depender da filosofia e
pensamento de seu autor.
Origem ética e da moral
Desde Sócrates na Grécia antiga a Ética tem se
firmado como o estudo filosófico da moral, numa
investigação crítica dos costumes (latim, mores) e do
caráter (grego, Ethos) de seres humanos vivendo em
sociedade e do seu modo de se conduzir em relações
e instituições sociais (Ethos como morada humana);
“Como devemos viver?” e “Que vida eu quero
viver?”
“Perspectiva ética é a perspectiva de uma
vida boa, para e com o Outrem, em
instituições justas” (Paul Ricoeur)
Cont.,
Ela nasce da reflexão dos costumes e se origina no
espírito grego até chegar à tematização daquilo que
chegamos bem viver e bem agir. Do entendimento
do que é bem viver decorrem normas com vigência
incondicional e que integram o homem na totalidade
social. De modo amplo, na tradição filosófica
ocidental, a ética é a busca a compreensão racional
dos princípios que orientam o agir humano”
(Hermann, Pluralidade e ética em educação, 2001,
p. 15).
“Conhece-te a ti mesmo”
Método da maiêutica: interrogar o interlocutor até
que este chegasse por si mesmo a verdade, sendo o
filósofo “parteiro das idéias”;
Questionava se as leis eram justas;
Considerado o “fundador da moral”, pois sua ética
ultrapassava os costumes e baseava-se na convicção
pessoal, adquirida através do processo de consulta ao
seu “demônio interior” na tentativa de compreender
a justiça das leis;
Valoriva a interiorização da reflexão, da
subjetividade e da personalidade.
Saber
O saber fundamental é o saber a respeito do homem
(“conhece-te a ti mesmo”) que se caracteriza por três
elementos: é um conhecimento universalmente
válido; é conhecimento moral e um conhecimento
prático (conhecer para saber agir retamente);
A ética socrática é racionalista. Nela consta: uma concepção
do bem (como felicidade da alma) e do bom (como o útil para
a felicidade); a tese da virtude (araté: capacidade radical e
última do homem) e a tese de que a virtude pode ser
transmitida e ensinada;
Para ele, bondade, conhecimento e felicidade se entelaçam
estreitamente. O homem age corretamente quando conhece o
bem e, conhecendo-o, não pode deixá-lo de praticar; por outro
lado, aspirando ao bem, sente-se dono de si mesmo e, por
consequência, é feliz.
Ética
Ética não é ciência mecânica, não é técnica que se
aprende, põe-se a funcionar e funciona. Nem é
ciência, como a lógica, voltada para a inteligência:
aprende-se, põe-se em prática, é eficiente.
A Ética dirige-se à vontade, ao âmago do ser humano,
à cons-ciência. Mais do que ciência, Ética é
sabedoria. Supõe o saber, mas é o que fica quando se
esquece tudo o que se aprendeu. Permanece o
caráter, o hábito, que se for bom, é virtude.
Ética implica Responder
Quem é o Ser humano? O que é ser Homem? O que é
ser mulher?
Quero? Devo? Posso?
Ato humano: escolhas, liberdade, autonomia
Algumas ideias Sobre Ser Humano
Bíblia: “Então Deus disse: façamos o homem a nossa
imagem e semelhança”.
 Agostinho: Fizestes-nos para Vós, Senhor. Inquieto está
nosso coração enquanto não repousar em Vós” (354 – 430).
 Pascal: “Caniço pensante. Mesmo se o universo aniquilasse
o homem, este ainda seria mais nobre do que aquilo que o
mata, porque sabe que morre; o universo não o sabe. O
pensamento é, portanto, a nossa suprema dignidade” (1623-
1662).
 Hobbes: ” Homo homini lupus. O homem é um lobo para o
homem” (1588-1679).
 La Mettrie: “O homem é uma máquina” (1709-1751)
Algumas Idéias Sobre Ser Humano
Rousseau: “Tudo é bom, quando sai das mãos do Criador,
tudo degenera sob as mãos do homem”(1712-1778).
Goethe:” Mantém-te puro na tranqüilidade e deixa
trovejar ao teu redor; quanto mais sentes ser um homem,
tanto mais semelhante és aos deuses”(1749-1832)
 Fitche: “O sentido da espécie humano não consiste apenas
em ser racional, mas em tornar-se racional”(1762-1814)
 Kierkegaard: “O homem é uma ‘relação’ que se relaciona
consigo mesma”(1813-1855)
 Marx:”O homem não passa de um ‘conjunto de relações
sociais’”(1818-1855)
Cont.
 Nietzsche: “O homem é o ‘animal doente o animal não fixado’.
Percorrestes os caminhos, do verme ao homem e muita coisa em vós
ainda é verme. Outrora éreis macacos e mesmo agora o homem é mais
macaco do que qualquer macaco...O homem é um cabo, preso entre o
animal e o super-homem, - um cabo sobre um abismo” (1844-1900)
 Scheiler: “Biologicamente o homem é um erro da vida;
metafisicamente, é alguém que é capaz de dizer ‘não’, um asceta da
vida”
 Heidegger: “O homem é ‘o ente’, em cujo ser se trata dele mesmo”
 Sartre: ”A existência precede a essência”. O traço fundamental do ser
humano é ser para-si, liberdade, criador de valores. Mas, no fundo,
tudo é absurdo e o homem é uma “paixão inútil”. (1905-1980)
Ser humano
“O homem é, evidentemente, constituido não de uma
simples, mas de uma múltipla, não de uma certa,
mas de uma ambígua natureza” (ALMEIDA,
Rogério);
“Somos seres passionais. Movidos por paixões.
Somos um mar turbulento de sentimentos: amor,
paixão, ódio, cólera, raiva, generosidade, cuidado,
desprezo”. Por isto precisamos “educar nossas
vontades, paixões, temperamentos, nosso caráter.
Está é a função da Ética: educar nossa morada
interior, a morada humana” (CHAUÌ)
Ética para Clóvis Barros
Então, “ética deve ser entendida como um conjunto
de valores e crenças que julgamos mais adequados
para guiar-nos em direção à vida boa, ou à melhor
maneira de viver. Neste sentido, as palavras
“amoral” e “antiético” não fazem sentido na
humanidade, pois amoral é o animal, que não pensa
para viver. E não é possível ser antiético, buscar a
pior maneira de viver, pois somos, como diria
Spinoza, instâncias de conservação das próprias
potências, por definição, não agimos contra a nossa
natureza. Portanto, não podemos ser antiéticos”
(Clóvis Barros).
Ética não é
- “Ética não é cosmética. Ética é sinceridade” (cortella);
- Não é algo que nos dê conforto, mas algo que nos
coloca dilemas;
- Não é questão disciplinar, de “falta de respeito”, queija
de comportamento;
- Não visa responder a queija moral em relação à
conduta,
MAS, refere-se ao Outro, à capacidade de vida
coletiva. Visão de alteridade: ver o Outro como Outro e
não como estranho.
Ética é
“ O conjunto de princípios e valores de nossa
conduta na vida junta” (Cortella, 2012: 106);
A “ética pressupõe a capacidade de decidir, julgar,
avaliar com autonomia” (Cortella, 2012: 106);
“Há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas
que eu devo , mas não posso. Há coisas que eu posso,
mas não quero”.
Quando você têm paz de espírito ou felicidade?
Quando aquilo que você quer é o que você deve e o
que você pode.
Abordagens teóricas sobre moral
Émile Durkheim (1902-1974) - “Ser moral é obedecer aos
mandamentos de um “ser coletivo” superior (a sociedade)
que insipra o sentimento do sagrado por ser temido e
desejável” (p.13)
Freud (1929-1971) – “… a ação moral explica-se por um
jogo de forças afetivas , cuja gênese é, ela mesma, fruto de
pulsões e sentimentos experimentados pela criança em
relação as figuras matrnas e paternas” (p.14).
Teorias distintas entre si mas que concebem o ser como
heterônomo: obediência aos mandamentos da
sociedade/determinação do incosciente e colocam no
centro o debate a dimensão afetiva (sentimentos e
pulsões).
Cont.
Piaget (1932) – eixos teóricos: o “sujeito epistêmico”, a
gênese, a construção e a interação.
- O “sujeito epistêmico” é aquele que encontra-se em todos
nós quando elaboramos conhecimentos sobre o mundo e
sobre nósmesmos.
- Estágios morais: heteronomia e autonomia (processo);
- Construção, constante auto-organização;
- Contexto: interação social
A sede da moral autônoma está na razão (Kant). A Razão
ocupa lugar central na concepção moral de Piaget.
Cont.
Lawrence Kohlberg (1981)
O caminho do desenvolvimento moral vai da heteronomia
para a autonomia, um caminho bastante longo e que a maioria
das pessoas pára no meio dele.
Seis estágios de desenvolvimento: orientação para a punição e
obediência; orientação instrumental-relativista; a
concordância interpessoal ou orientação para o “bom menino
– boa menina”; orientação para a manuenção da sociedade;
orientação para o contrato social e orientação para o princípio
ético universal.
Moralidade segunda Durkheim, Freud, Piaget e Kohlberg
Conjunto de deveres;
Sentimento de Obrigatoriedade (o sagrado para Durkheim,
a expressão do superego para Freud, a voz da razão para
Piaget e Kohlberg);
Para todos a moral implica princípios e regras que devem
ser obrigatoriamente observados;
A moral diz respeito a deveres.
“Como deve-se agir?”
“Que devo fazer?”
Campo da Moral: “Como devo agir”?
Fenômeno social: que todas comunidades humanas serem
regidas por um conjunto de regras de conduta, por proibições
de vários tipos cuja transgressão acarreta sanções socialmente
organizadas;
Sentimento de obrigatoriedade;
Teorias deontológicas (deveres); teorias teleológicas
(doutrinas religiosas); Como agir; Exigências socias;
Campo moral: “Como devo agir”?
Regras, Leis, Normas, Códigos de Ética (que deveriam ser
Códigos Morais), Regimentos, regulamentos, contratos
(inclusive casamento), Estatutos, … estão no campo da moral
pois impõe a prática humana por obrigatoriedade;
Práticas culturais específicas, práticas religiosas, ritos,
doutrinas específicas, cerimônias,…são manifestações morais;
Apesar do sentimento de obrigatoriedade ser um traço comum
a maioria das pessoas, estamos sujeitos a “eclipses”,
vivenciamos conflitos e, nem sempre, conseguimos seguir
todas as regras de conduta estipuladas pela nossa sociedade.
Moral
Costumes, plural, em latim é mores. De mores vem
Moralis – Moral; costume
AGIR, prática humana;
A moral está dentro da ética;
A moral é objeto da ética;
É regra = Mapa
Temporal/transitória
Cultural/particular
Aspectos de conduta particular
Heteronômica
Campo da Ética: “Que vida quero viver?”
“Que vida eu quero viver?
“Para que viver?”
“Como viver?”
“Que ser?”
“o gozo da felicidade depende de “estados internos”,
ela é uma experiência subjetiva. Avaliações pessoais
devem dizer se estou ou não vivendo uma “vida boa”;
A felicidade é dada pela consciência da direção que
damos às nossas vidas.
Ética
Do Grego: ethos e éthos = costume/morada/caráter
SER
O plano ético engloba o plano moral;
Ética são PRINCÍPIOS = bússula
Permanente
Universal
Teoria / Reflexão filosófica
AUTONOMIA
É sabedoria. Supõe o saber, mas é o que fica quando
se esquece tudo o que se aprendeu. Permanece o
caráter, o hábito, que se for bom, é virtude.
Autonomia
"Etimologicamente autonomia é a condição de uma pessoa
ou de uma coletividade cultural, que determina ela mesma a
lei à qual se submete".(LALANDE, 1999, p. 115).
Segundo Lalande (idem), heteronomia é "Condição de
uma pessoa ou de uma coletividade que recebe do exterior a
lei à qual se submete". Situações como ignorância, escassez
de recursos materiais, má índole moral, etc, impõe
determinações que limitam ou anulam a autonomia, sendo
caracterizadas, portanto, como heteronomia;
Autonomia, para Kant, designa a independência da vontade
em relação a todo objeto de desejo (liberdade negativa) e sua
capacidade de determinar-se em conformidade com sua
própria lei, que é a da razão (liberdade positiva)
Segundo Kamii (1988, p.68), a partir da teoria de Piaget
podemos dividir a autonomia em dois aspectos, o
moral e o intelectual. Para a autonomia moral, é
importante que as crianças tornem-se capazes de tomar
decisões por conta própria, que sejam capazes de
considerar os aspectos relevantes para decidir o melhor
caminho a seguir. Isso implica aprender a levar em conta os
pontos de vista das outras pessoas, já que para este autor, a
autonomia moral se alcança a partir da inter-relação com as
demais pessoas. Autonomia intelectual é a capacidade de
seguir a própria opinião, enquanto a heteronomia é seguir a
opinião de outra pessoa.
Caráter
“ É o valor ético que atribuímos aos nossos próprios desejos e
às nossas relações com os outros. [...] é um termo mais
abrangente que seu rebento mais moderno “ personalidade”,
pois este se refere a desejos e sentimentos que podem
apostemar por dentro, sem que ninguém veja” (Sennett).
“O termo caráter concentra-se sobretudo no aspecto a longo
prazo de nossa experiência emocional. É expresso pela
lealdade e compromisso mútuo, pela busca de metas a longo
prazo, ou pela prática de adiar a satisfação em troca de um fim
futuro. [...] Caráter são os traços pessoais que damos valor em
nós mesmos, e pelos quais buscamos que os outros nos
valorizem” (Sennett, p. 10).
Retomando
A vida como resultado de nossas escolhas – “À primeira
vista, a única coisa com que todos nós concordamos é que
não concordamos com todos. Mas observe que também
essas opiniões diferentes coincidem em outro ponto, ou
seja, nossa vida é, pelo menos em parte, resultado daquilo
que queremos” (SAVATER, 1993, p.23).
Retomando
Não há Bom ou Mau na Natureza - “Em seu meio natural,
cada animal parece saber perfeitamente o que é bom e o
que é mau para ele, sem discussões ou dúvidas. Não há
animais maus nem bons na natureza, embora talvez a
mosca considere má a aranha que tece sua teia e a
devora. Mas para a aranha isso é inevitável...” (SAVATER,
1993, p.23),chegamos assim à palavra fundamental de
toda essa confusão: liberdade. Os animais) sem falar nos
minerais ou nas plantas) não tem outro remédio senão ser
como e fazer o que estão naturalmente programados para
fazer. (SAVATER, 1993, p.26).
Retomando
A Ética é a arte de saber viver – Resumindo: ao contrário
dos outros seres, animados ou inanimados, nós homens
podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de
vida. Podemos optar pelo que nos parece bom, ou seja,
conveniente para nós, oposição ao que não acontece com
os castores, as abelhas e as térmitas. De modo que parece
prudente atentarmos bem para o que fazemos, procurando
adquirir um certo saber-viver que nos permita acertar. Esse
saber-viver, ou arte de viver, se você preferir, é o que se
chama de ética” (SAVATER, 1993, p.31).

Retomando
A ética serve unicamente para tentarmos melhorar a nós
mesmos, não para repreendermos eloqüentemente nosso
vizinho; e a única coisa que a ética sabe com certeza é que
o vizinho, você, eu e os outros somos todos feitos
artesanalmente, um a um, com amorosa diferença. Assim,
a quem nos ruge ao ouvido: ‘todos os... (políticos, negros,
capitalistas, australianos, bombeiros, o que se queira) são
imorais e não têm um pingo de ética!’, podemos responder
amavelmente: ‘Meta-se com a sua vida que é melhor, seu
estúpido’, ou coisa parecida” (SAVATER, 1993, p.156).
Minha esperança
Sócrates - Se depois disto, Teeteto, voltares a conceber, e
conceberes mesmo, ficarás cheio de melhores frutos, graças
à presente investigação. Mas se continuares vazio, serás
menos incômodo aos de tua companhia, porque mais dócil e
compreensivo, visto não imaginares saber o que não sabes.
Isso, apenas, é que minha arte é capaz de fazer, nada mais.
XLIV - TEETETO
Referência Bibliográfica
 SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: as conseqüências pessoais do trabalho
no novo capitalismo. Tradução Marcos Saantarrita. – 13 edição, Rio de Janeiro :
Record, 2008;
 LA TAILLE, Yves de. Moral Ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre :
Atmed, 2006;
 LA TAILLE, Yves de. Indisciplina, disciplina: ética, moral e ação do professor. 5ª
ed. – Porto Alegre: Mediação, 2013;
 CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra? : questões propositivas sobre
gestão, liderança e ética. 18 edição, Petrópolis, RJ : Vozes, 2012.
 ALMEIDA, Rogério M. de. Eros e Tânatos: a vida, a morte, o desejo. S. Paulo :
Loyola, 2007.
 CORTELLA, Mario Sergio & TAILLE, Yves de La. Nos labirintos da Moral. 5 ed.,
Campinas, SP : Papirus, 2009.
 COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes.
 SAVATER, Fernando. Ética para meu Filho; trad. Mônica Stahel. SP: Martins
Fontes, 1993.
Professor: Claiton Prinzo Borges
Contato: claiton.prinzo@gmail.com
Facebook: Claiton Prinzo
Fone: 51 85041157
Centro Universitário Metodista IPA

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Ética

  • 1.
  • 2. Claiton Prinzo FUNDAMENTOS DA ÉTICA Porto Alegre, 2016.
  • 3.  Aspectos conceituais;  Ética;  Colóquio com os participantes.
  • 4. “Quando viveras virtuosamente? Perguntou Platão a um ancião que dava aulas sobre a virtude.”
  • 5. Acerte o Alvo! “É possível errar de várias maneiras [...], ao passo que só é possível acertar de uma maneira (também por esta razão é fácil errar e difícil acertar – fácil errar o alvo, e difícil acertar nele); também é por isso que o excesso e a falta são características da deficiência moral, e o meio- termo é uma característica da excelência moral.” Aristóteles, Ética a Nicómaco, pág. 42 (g.n.)
  • 6. AS INDAGAÇÕES A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas. Mario Quintana
  • 7. Pode-se separar o discurso de Sócrates da vida e da morte de Sócrates? Pierre Hadot
  • 8. Passagem do Banquete: "_ Aqui, Sócrates! Reclina-te ao meu lado, a fim de que ao teu contato desfrute eu da sábia idéia que te ocorreu em frente de casa. (...) Sócrates então senta-se e diz: Seria bom Agatão, se de tal natureza fosse a sabedoria que do mais cheio escorresse ao mais vazio..." (PLATÃO: 1972, p.16).
  • 9. A razão se fortalece por meio do autoconhecimento. A questão relevante é: Qual o caminho a ser percorrido para conhecer melhor a si mesmo? Flavio Gikovate
  • 10.
  • 11. EtimologiaEtimologia FiloFilo = amor= amor SofiaSofia = sabedoria= sabedoria
  • 12. EtimologiaEtimologia FiloFilo = paixão irresistível= paixão irresistível SofiaSofia = razão de tudo= razão de tudo O primeiro sábio a utilizar o termo Filosofia foi Pitágoras (séc. VI a.C.): “é bom observar que a própria etimologia mostra que a filosofia não é puro logos, pura razão: ela é a procura amorosa da verdade” [Aranha & Martins, p.72] • A filosofia cre.
  • 15. Porque somos éticos? Anel de Giges e Caverna de Platão
  • 16. Como devemos viver? Que vida eu quero viver?
  • 17. Reflexão “Onde está a vida que nós perdemos “vivendo”? Onde está a sabedoria que nós perdemos no conhecimento? Onde está o conhecimento que nós perdemos na informação?” (T.S. Eliot)
  • 18. Esclarecimentos sobre ética Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao que é permitido e ao que é proibido; Do ponto de vista filosófico, a ética interpreta, discute e problematiza valores morais e a fundamentação do agir moral.
  • 19. “Sociedade da informação” Com o advento do cinema, da televisão, da internet e de uma expansão da mídia escrita (revistas, jornais) nunca fomos tão informados de tudo o que se passa no mundo; Com tamanha profusão de informações disponíveis, temos mais oportunidades de conhecimento, mas para tal é preciso dar sentido a elas, que por sua vez depende de uma atitude e curiosidade capazes de desvendar as relações e os seus mistérios; A maioria se contenta com a informação: querem “o quê”, não o “por quê”. A informação paraece ser o valor, mas não o conhecimento.
  • 20. Valorização do conhecimento 1. Ver no conhecimento uma riqueza natural que possui valor em si mesmo: neste caso, o conhecimento é um valor fim, isto é, não se o valoriza par ao que ele possa servir, É o caso das pessoas que se apaixonam por determinadas áreas do conhecimento, que têm curiosidade e alegria em estudá-las, que veem nelas produções culturais que enaltecem o gênio humano; 2. Ver no conhecimento um elemento de progresso da humanidade: neste caso, trata-se de conceber o conhecimento como meio para se alcançar um vida social mais rica, mais confortável, mais justa. Um bom exemplo é o caso da medicina: vê-la como meio de cuidar da saúde, aumentar a longevidade, portanto, contribuir para a felicidade dos seres humanos;
  • 21. Valorização do conhecimento 3. Ver o conhecimento como meio para ter sucesso na vida e ascender socialmente: neste caso, como no anterior, o conhecimento é valor meio. Mas, enquanto no caso anterior a referência é o progresso social, neste caso, a referência é o progresso pessoal: dar-se bem na vida, conseguir ter emprego, dinheiro, tranquilidade para viver a vida que se quer; 4. Ver no conhecimento um saber necessário à autonomia intelectual: neste caso, ele permanece sendo um valor meio, não para a ascensão social, mas para proteger-se da alienação, das manipulações ideológicas. Das mentiras ou mitos que circulam. Um bom exemplo é a política: possuir conhecimento para poder avaliar o real valor das várias mensagens que circula, identificar as manipulações dos chamados “marqueteiros”, a precisão dos balanços governamentais, etc.
  • 22. Conhecimento Ter conhecimento “é dar sentido às variadas informações que retiramos do meio ou que nos são transmitidas socialmente. É dar sentido ao mundo” Yves de La Taille, 2013, p. 9).
  • 23. Sabedoria “é uma condição que resulta de uma profunda compreensão do mundo e da condição humana. Nós não nascemos sábios, não nascemos com esta compreensão; temos de adquiri-la através da vida, e isso se faz mediante conhecimento (daí a necessidade da leitura) mas também graças ao “insight”, o “conhece-te a ti mesmo”, de Sócrates, mediante o qual aprendemos a não nos deixarmos iludir por nossa arrogância, a reconhecer nossas limitações e defeitos, a pensar e a agir de forma serena e desapaixonada. Agir, sim; sabedoria não é só pensar bem, não é só ter conhecimento e entender as coisas. Sabedoria é agir bem, resolvendo os problemas de forma eficaz, mas de forma ética, decente” (Astúcia, inteligência, sabedoria (Moacir Scliar, ZH, 01/08/2010).
  • 24. Sabedoria Sabedoria: não é um saber qualquer, mas um saber referente ao essencial às causas e fins últimos do ser; é uma consideração e apreciação das coisas terrenas à luz da eternidade, um saber que dá provas de fecundidade, pelo fato de assinar todas as coisas o lugar que lhes corresponde na ordenação hierárquica do universo (compete ao sábio pôr em ordem). A forma científica não é essencial à sabedoria, mas sim a conformidade do operar com o saber.
  • 25. Michel Montaigne (1533 - 1592) - É melhor uma cabeça bem feita do que uma cabeça cheia. - Do medo é que eu tenho mais medo. - Quem ensinar os homens morrer vai também ensinar a viver. - O verdadeiro espelho dos nossos discursos é nossa vida. - A mais sutil loucura é feita da mais sutil sabedoria. - Cada homem tem em si a condição inteira da humanidade. - As mais belas almas são as que têm mais variedade e flexibilidade. - Quem tem medo do sofrimento já está sofrendo. - A palavra é metade quem fala e metade quem ouve. - A covardia é a mãe da crueldade. - O lucro de um é o prejuízo de outro. - Não estamos nunca junto de nós, mas sempre para além de nós mesmos. - Não morremos porque estamos doentes, morremos porque estamos vivos. - Quem não tem boa memória não deve mentir.
  • 26. QUERO? POSSO? DEVO? Quando você têm paz de espírito ou felicidade? Quando aquilo que você quer é o que você deve e o que você pode! “Há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas que eu devo , mas não posso. Há coisas que eu posso, mas não quero”.
  • 27. QUERO? POSSO? DEVO? Nessas questões, vivem os chamados dilemas éticos; todas e todos, sem exceção, temos dilemas éticos, sempre, o tempo todo: devo, posso, quero? Tem a ver com fidelidade na sua relação de casamento, tem a ver com a sua postura como motorista no trânsito; quando você pensa duas vezes se atravessa um sinal vermelho ou não, se você ocupa uma vaga quando vê à distância que alguém está dando sinal de que ele vai querer entrar; quando você vai corrigir provas de um aluno ou de um orientando seu; quando você vai cochilar depois do almoço, imaginando que tem uma pia de louça que talvez seja lavada por outra pessoa, e como você sabe que ela lava mesmo, e que se você não fizer o outro faz, você tem a grande questão ética que é: devo, posso, quero?
  • 28. ÉTICA  LEMBRAR: Não são conceitos DEFINITIVOS. Seus significados podem depender da filosofia e pensamento de seu autor.
  • 29. Origem ética e da moral Desde Sócrates na Grécia antiga a Ética tem se firmado como o estudo filosófico da moral, numa investigação crítica dos costumes (latim, mores) e do caráter (grego, Ethos) de seres humanos vivendo em sociedade e do seu modo de se conduzir em relações e instituições sociais (Ethos como morada humana); “Como devemos viver?” e “Que vida eu quero viver?” “Perspectiva ética é a perspectiva de uma vida boa, para e com o Outrem, em instituições justas” (Paul Ricoeur)
  • 30. Cont., Ela nasce da reflexão dos costumes e se origina no espírito grego até chegar à tematização daquilo que chegamos bem viver e bem agir. Do entendimento do que é bem viver decorrem normas com vigência incondicional e que integram o homem na totalidade social. De modo amplo, na tradição filosófica ocidental, a ética é a busca a compreensão racional dos princípios que orientam o agir humano” (Hermann, Pluralidade e ética em educação, 2001, p. 15).
  • 31. “Conhece-te a ti mesmo” Método da maiêutica: interrogar o interlocutor até que este chegasse por si mesmo a verdade, sendo o filósofo “parteiro das idéias”; Questionava se as leis eram justas; Considerado o “fundador da moral”, pois sua ética ultrapassava os costumes e baseava-se na convicção pessoal, adquirida através do processo de consulta ao seu “demônio interior” na tentativa de compreender a justiça das leis; Valoriva a interiorização da reflexão, da subjetividade e da personalidade.
  • 32. Saber O saber fundamental é o saber a respeito do homem (“conhece-te a ti mesmo”) que se caracteriza por três elementos: é um conhecimento universalmente válido; é conhecimento moral e um conhecimento prático (conhecer para saber agir retamente); A ética socrática é racionalista. Nela consta: uma concepção do bem (como felicidade da alma) e do bom (como o útil para a felicidade); a tese da virtude (araté: capacidade radical e última do homem) e a tese de que a virtude pode ser transmitida e ensinada; Para ele, bondade, conhecimento e felicidade se entelaçam estreitamente. O homem age corretamente quando conhece o bem e, conhecendo-o, não pode deixá-lo de praticar; por outro lado, aspirando ao bem, sente-se dono de si mesmo e, por consequência, é feliz.
  • 33. Ética Ética não é ciência mecânica, não é técnica que se aprende, põe-se a funcionar e funciona. Nem é ciência, como a lógica, voltada para a inteligência: aprende-se, põe-se em prática, é eficiente. A Ética dirige-se à vontade, ao âmago do ser humano, à cons-ciência. Mais do que ciência, Ética é sabedoria. Supõe o saber, mas é o que fica quando se esquece tudo o que se aprendeu. Permanece o caráter, o hábito, que se for bom, é virtude.
  • 34. Ética implica Responder Quem é o Ser humano? O que é ser Homem? O que é ser mulher? Quero? Devo? Posso? Ato humano: escolhas, liberdade, autonomia
  • 35. Algumas ideias Sobre Ser Humano Bíblia: “Então Deus disse: façamos o homem a nossa imagem e semelhança”.  Agostinho: Fizestes-nos para Vós, Senhor. Inquieto está nosso coração enquanto não repousar em Vós” (354 – 430).  Pascal: “Caniço pensante. Mesmo se o universo aniquilasse o homem, este ainda seria mais nobre do que aquilo que o mata, porque sabe que morre; o universo não o sabe. O pensamento é, portanto, a nossa suprema dignidade” (1623- 1662).  Hobbes: ” Homo homini lupus. O homem é um lobo para o homem” (1588-1679).  La Mettrie: “O homem é uma máquina” (1709-1751)
  • 36. Algumas Idéias Sobre Ser Humano Rousseau: “Tudo é bom, quando sai das mãos do Criador, tudo degenera sob as mãos do homem”(1712-1778). Goethe:” Mantém-te puro na tranqüilidade e deixa trovejar ao teu redor; quanto mais sentes ser um homem, tanto mais semelhante és aos deuses”(1749-1832)  Fitche: “O sentido da espécie humano não consiste apenas em ser racional, mas em tornar-se racional”(1762-1814)  Kierkegaard: “O homem é uma ‘relação’ que se relaciona consigo mesma”(1813-1855)  Marx:”O homem não passa de um ‘conjunto de relações sociais’”(1818-1855)
  • 37. Cont.  Nietzsche: “O homem é o ‘animal doente o animal não fixado’. Percorrestes os caminhos, do verme ao homem e muita coisa em vós ainda é verme. Outrora éreis macacos e mesmo agora o homem é mais macaco do que qualquer macaco...O homem é um cabo, preso entre o animal e o super-homem, - um cabo sobre um abismo” (1844-1900)  Scheiler: “Biologicamente o homem é um erro da vida; metafisicamente, é alguém que é capaz de dizer ‘não’, um asceta da vida”  Heidegger: “O homem é ‘o ente’, em cujo ser se trata dele mesmo”  Sartre: ”A existência precede a essência”. O traço fundamental do ser humano é ser para-si, liberdade, criador de valores. Mas, no fundo, tudo é absurdo e o homem é uma “paixão inútil”. (1905-1980)
  • 38. Ser humano “O homem é, evidentemente, constituido não de uma simples, mas de uma múltipla, não de uma certa, mas de uma ambígua natureza” (ALMEIDA, Rogério); “Somos seres passionais. Movidos por paixões. Somos um mar turbulento de sentimentos: amor, paixão, ódio, cólera, raiva, generosidade, cuidado, desprezo”. Por isto precisamos “educar nossas vontades, paixões, temperamentos, nosso caráter. Está é a função da Ética: educar nossa morada interior, a morada humana” (CHAUÌ)
  • 39. Ética para Clóvis Barros Então, “ética deve ser entendida como um conjunto de valores e crenças que julgamos mais adequados para guiar-nos em direção à vida boa, ou à melhor maneira de viver. Neste sentido, as palavras “amoral” e “antiético” não fazem sentido na humanidade, pois amoral é o animal, que não pensa para viver. E não é possível ser antiético, buscar a pior maneira de viver, pois somos, como diria Spinoza, instâncias de conservação das próprias potências, por definição, não agimos contra a nossa natureza. Portanto, não podemos ser antiéticos” (Clóvis Barros).
  • 40. Ética não é - “Ética não é cosmética. Ética é sinceridade” (cortella); - Não é algo que nos dê conforto, mas algo que nos coloca dilemas; - Não é questão disciplinar, de “falta de respeito”, queija de comportamento; - Não visa responder a queija moral em relação à conduta, MAS, refere-se ao Outro, à capacidade de vida coletiva. Visão de alteridade: ver o Outro como Outro e não como estranho.
  • 41. Ética é “ O conjunto de princípios e valores de nossa conduta na vida junta” (Cortella, 2012: 106); A “ética pressupõe a capacidade de decidir, julgar, avaliar com autonomia” (Cortella, 2012: 106); “Há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas que eu devo , mas não posso. Há coisas que eu posso, mas não quero”. Quando você têm paz de espírito ou felicidade? Quando aquilo que você quer é o que você deve e o que você pode.
  • 42. Abordagens teóricas sobre moral Émile Durkheim (1902-1974) - “Ser moral é obedecer aos mandamentos de um “ser coletivo” superior (a sociedade) que insipra o sentimento do sagrado por ser temido e desejável” (p.13) Freud (1929-1971) – “… a ação moral explica-se por um jogo de forças afetivas , cuja gênese é, ela mesma, fruto de pulsões e sentimentos experimentados pela criança em relação as figuras matrnas e paternas” (p.14). Teorias distintas entre si mas que concebem o ser como heterônomo: obediência aos mandamentos da sociedade/determinação do incosciente e colocam no centro o debate a dimensão afetiva (sentimentos e pulsões).
  • 43. Cont. Piaget (1932) – eixos teóricos: o “sujeito epistêmico”, a gênese, a construção e a interação. - O “sujeito epistêmico” é aquele que encontra-se em todos nós quando elaboramos conhecimentos sobre o mundo e sobre nósmesmos. - Estágios morais: heteronomia e autonomia (processo); - Construção, constante auto-organização; - Contexto: interação social A sede da moral autônoma está na razão (Kant). A Razão ocupa lugar central na concepção moral de Piaget.
  • 44. Cont. Lawrence Kohlberg (1981) O caminho do desenvolvimento moral vai da heteronomia para a autonomia, um caminho bastante longo e que a maioria das pessoas pára no meio dele. Seis estágios de desenvolvimento: orientação para a punição e obediência; orientação instrumental-relativista; a concordância interpessoal ou orientação para o “bom menino – boa menina”; orientação para a manuenção da sociedade; orientação para o contrato social e orientação para o princípio ético universal.
  • 45.
  • 46. Moralidade segunda Durkheim, Freud, Piaget e Kohlberg Conjunto de deveres; Sentimento de Obrigatoriedade (o sagrado para Durkheim, a expressão do superego para Freud, a voz da razão para Piaget e Kohlberg); Para todos a moral implica princípios e regras que devem ser obrigatoriamente observados; A moral diz respeito a deveres. “Como deve-se agir?” “Que devo fazer?”
  • 47. Campo da Moral: “Como devo agir”? Fenômeno social: que todas comunidades humanas serem regidas por um conjunto de regras de conduta, por proibições de vários tipos cuja transgressão acarreta sanções socialmente organizadas; Sentimento de obrigatoriedade; Teorias deontológicas (deveres); teorias teleológicas (doutrinas religiosas); Como agir; Exigências socias;
  • 48. Campo moral: “Como devo agir”? Regras, Leis, Normas, Códigos de Ética (que deveriam ser Códigos Morais), Regimentos, regulamentos, contratos (inclusive casamento), Estatutos, … estão no campo da moral pois impõe a prática humana por obrigatoriedade; Práticas culturais específicas, práticas religiosas, ritos, doutrinas específicas, cerimônias,…são manifestações morais; Apesar do sentimento de obrigatoriedade ser um traço comum a maioria das pessoas, estamos sujeitos a “eclipses”, vivenciamos conflitos e, nem sempre, conseguimos seguir todas as regras de conduta estipuladas pela nossa sociedade.
  • 49. Moral Costumes, plural, em latim é mores. De mores vem Moralis – Moral; costume AGIR, prática humana; A moral está dentro da ética; A moral é objeto da ética; É regra = Mapa Temporal/transitória Cultural/particular Aspectos de conduta particular Heteronômica
  • 50. Campo da Ética: “Que vida quero viver?” “Que vida eu quero viver? “Para que viver?” “Como viver?” “Que ser?” “o gozo da felicidade depende de “estados internos”, ela é uma experiência subjetiva. Avaliações pessoais devem dizer se estou ou não vivendo uma “vida boa”; A felicidade é dada pela consciência da direção que damos às nossas vidas.
  • 51. Ética Do Grego: ethos e éthos = costume/morada/caráter SER O plano ético engloba o plano moral; Ética são PRINCÍPIOS = bússula Permanente Universal Teoria / Reflexão filosófica AUTONOMIA É sabedoria. Supõe o saber, mas é o que fica quando se esquece tudo o que se aprendeu. Permanece o caráter, o hábito, que se for bom, é virtude.
  • 52. Autonomia "Etimologicamente autonomia é a condição de uma pessoa ou de uma coletividade cultural, que determina ela mesma a lei à qual se submete".(LALANDE, 1999, p. 115). Segundo Lalande (idem), heteronomia é "Condição de uma pessoa ou de uma coletividade que recebe do exterior a lei à qual se submete". Situações como ignorância, escassez de recursos materiais, má índole moral, etc, impõe determinações que limitam ou anulam a autonomia, sendo caracterizadas, portanto, como heteronomia; Autonomia, para Kant, designa a independência da vontade em relação a todo objeto de desejo (liberdade negativa) e sua capacidade de determinar-se em conformidade com sua própria lei, que é a da razão (liberdade positiva)
  • 53. Segundo Kamii (1988, p.68), a partir da teoria de Piaget podemos dividir a autonomia em dois aspectos, o moral e o intelectual. Para a autonomia moral, é importante que as crianças tornem-se capazes de tomar decisões por conta própria, que sejam capazes de considerar os aspectos relevantes para decidir o melhor caminho a seguir. Isso implica aprender a levar em conta os pontos de vista das outras pessoas, já que para este autor, a autonomia moral se alcança a partir da inter-relação com as demais pessoas. Autonomia intelectual é a capacidade de seguir a própria opinião, enquanto a heteronomia é seguir a opinião de outra pessoa.
  • 54. Caráter “ É o valor ético que atribuímos aos nossos próprios desejos e às nossas relações com os outros. [...] é um termo mais abrangente que seu rebento mais moderno “ personalidade”, pois este se refere a desejos e sentimentos que podem apostemar por dentro, sem que ninguém veja” (Sennett). “O termo caráter concentra-se sobretudo no aspecto a longo prazo de nossa experiência emocional. É expresso pela lealdade e compromisso mútuo, pela busca de metas a longo prazo, ou pela prática de adiar a satisfação em troca de um fim futuro. [...] Caráter são os traços pessoais que damos valor em nós mesmos, e pelos quais buscamos que os outros nos valorizem” (Sennett, p. 10).
  • 55. Retomando A vida como resultado de nossas escolhas – “À primeira vista, a única coisa com que todos nós concordamos é que não concordamos com todos. Mas observe que também essas opiniões diferentes coincidem em outro ponto, ou seja, nossa vida é, pelo menos em parte, resultado daquilo que queremos” (SAVATER, 1993, p.23).
  • 56. Retomando Não há Bom ou Mau na Natureza - “Em seu meio natural, cada animal parece saber perfeitamente o que é bom e o que é mau para ele, sem discussões ou dúvidas. Não há animais maus nem bons na natureza, embora talvez a mosca considere má a aranha que tece sua teia e a devora. Mas para a aranha isso é inevitável...” (SAVATER, 1993, p.23),chegamos assim à palavra fundamental de toda essa confusão: liberdade. Os animais) sem falar nos minerais ou nas plantas) não tem outro remédio senão ser como e fazer o que estão naturalmente programados para fazer. (SAVATER, 1993, p.26).
  • 57. Retomando A Ética é a arte de saber viver – Resumindo: ao contrário dos outros seres, animados ou inanimados, nós homens podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de vida. Podemos optar pelo que nos parece bom, ou seja, conveniente para nós, oposição ao que não acontece com os castores, as abelhas e as térmitas. De modo que parece prudente atentarmos bem para o que fazemos, procurando adquirir um certo saber-viver que nos permita acertar. Esse saber-viver, ou arte de viver, se você preferir, é o que se chama de ética” (SAVATER, 1993, p.31). 
  • 58. Retomando A ética serve unicamente para tentarmos melhorar a nós mesmos, não para repreendermos eloqüentemente nosso vizinho; e a única coisa que a ética sabe com certeza é que o vizinho, você, eu e os outros somos todos feitos artesanalmente, um a um, com amorosa diferença. Assim, a quem nos ruge ao ouvido: ‘todos os... (políticos, negros, capitalistas, australianos, bombeiros, o que se queira) são imorais e não têm um pingo de ética!’, podemos responder amavelmente: ‘Meta-se com a sua vida que é melhor, seu estúpido’, ou coisa parecida” (SAVATER, 1993, p.156).
  • 59. Minha esperança Sócrates - Se depois disto, Teeteto, voltares a conceber, e conceberes mesmo, ficarás cheio de melhores frutos, graças à presente investigação. Mas se continuares vazio, serás menos incômodo aos de tua companhia, porque mais dócil e compreensivo, visto não imaginares saber o que não sabes. Isso, apenas, é que minha arte é capaz de fazer, nada mais. XLIV - TEETETO
  • 60. Referência Bibliográfica  SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: as conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Tradução Marcos Saantarrita. – 13 edição, Rio de Janeiro : Record, 2008;  LA TAILLE, Yves de. Moral Ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre : Atmed, 2006;  LA TAILLE, Yves de. Indisciplina, disciplina: ética, moral e ação do professor. 5ª ed. – Porto Alegre: Mediação, 2013;  CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra? : questões propositivas sobre gestão, liderança e ética. 18 edição, Petrópolis, RJ : Vozes, 2012.  ALMEIDA, Rogério M. de. Eros e Tânatos: a vida, a morte, o desejo. S. Paulo : Loyola, 2007.  CORTELLA, Mario Sergio & TAILLE, Yves de La. Nos labirintos da Moral. 5 ed., Campinas, SP : Papirus, 2009.  COMTE-SPONVILLE, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes.  SAVATER, Fernando. Ética para meu Filho; trad. Mônica Stahel. SP: Martins Fontes, 1993.
  • 61. Professor: Claiton Prinzo Borges Contato: claiton.prinzo@gmail.com Facebook: Claiton Prinzo Fone: 51 85041157 Centro Universitário Metodista IPA

Notas do Editor

  1. Vídeo Corredor.