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“É importante deixarmos claro, então, que a delimitação das
fronteiras entre as várias escolas ditas ‘estruturalistas’, e mesmo
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Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NETO, J. Ensaios de filosofia da linguística. São Paulo: Parábola, 2004.

  • 1. Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NETO, J. Ensaios de filosofia da linguística. São Paulo: Parábola, 2004. Teorias Linguísticas - Prof. Rove Chishman Slides by Raquel Salcedo Gomes 18 abr. 2011 Seminário
  • 2. “Perguntava-se outrora: ‘Que é o existencialismo?’Agora: que é o estruturalismo?” (p. 95, apud Deleuze, 1973) Conceituar estruturalismo tarefa inglória “método” “atitude” explicação científica em termos de estruturas LINGUAGEM outras ciências “Seja porque seu objeto é a própria linguagem, seja porque o tratamento ‘estrutural’ é inevitável, a linguística não poderia ser senão estruturalista.” (p. 98)
  • 3. 1. O ESTRUTURALISMO EM LINGUÍSTICA “...conjunto de teorias da linguagem humana que compartilham, em maior ou menor grau, alguns pressupostos.” (p. 98) Manuais e dicionários de linguística Apresentação das ideias de “estruturalistas” de renome Saussure Bloomfield Sapir Hjelmslev Conjunto de “estruturalismos”, rótulo, sem explicações ESTRUTURALISMO EUROPEU ESTRUTURALISMO AMERICANO
  • 4. 1.1 O estruturalismo europeu Princípio da estrutura Princípio da autonomia “As várias teorias estruturalistas europeias distinguem-se em vários aspectos; numa coisa, porém, todas estão de acordo: só é possível fazer ciência da linguagem postulando estruturas sistemáticas subjacentes aos enunciados linguísticos e atendo-se ao estudo delas.” (p. 98) Os elementos da língua se caracterizam a partir da organização global em que se integram - sistemicidade Sistema autônomo: definido exclusivamente por suas relações internas - autocontido Ruptura com a linguística do passado
  • 5. 1.2 O estruturalismo americano Handbook of American Indian Languages - Franz Boas, 1911 Línguas indígenas L. Bloomfield Níveis estruturais: ✏ Fonológico ✏ Morfológico Unidades de forma Classificação de material de fala obtido pelo registro de um corpus Procedimentos de descoberta Paradigma positivista de cientificidade MecanicismoDescritivismo
  • 6. 1.2 O estruturalismo americano Princípio do indivíduo Princípio da substância Princípio da distribuição Mera taxionomia de fatos linguísticos Quanto maior o corpus (amostra de fala), mais seguro o conhecimento obtido Os fenômenos devem ser considerados enquanto materialidade, identificados pelas propriedades que apresentam à nossa experiência imediata O estudo das relações distribucionais que compõem a língua é suficiente para estabelecer as regularidades que expõem a estrutura
  • 7. 1.3 Estruturalismo europeu X estruturalismo americano Partir da falaPartir da língua Dados observáveis Objetividade Sistema, estrutura Formalidade
  • 8. 2. UM ESTRUTURALISMO UNIFICADO? O estruturalismo fragmentado O estruturalismo unificado NÃO SIM
  • 9. 2.1 O estruturalismo fragmentado Lyons (1973) Escola estruturalista pós-Bloomfield, EUA, anos 1940 e 1950 Estruturalismo saussuriano - o mais legítimo Ducrot (1970) Língua: sistema autônomo imanente O distribucionalismo dos americanos contraria esse princípio, portanto não é estruturalista
  • 10. 2.2 O estruturalismo unificado Linguistas soviéticos Apresjan Shaumyan Atitude “integracionista” Linguística estrutural estática → estruturalismo Linguística estrutural dinâmica → gerativismo “É importante deixarmos claro, então, que a delimitação das fronteiras entre as várias escolas ditas ‘estruturalistas’, e mesmo entre o estruturalismo e o gerativismo, pode sofrer interferência de fatores históricos e ideológicos em geral.” (p. 115) AS FRONTEIRAS NÃO SÃO NEUTRAS, MAS CONSTRUÍDAS
  • 11. OBRIGADA Hjelmslev Sapir Saussure Jakobson BoasBloomfield