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Como as mudanças da língua no tempo 
podem ser percebidas? 
o Contato com pessoas de outras faixas 
etárias? Como?
oContato entre pessoas de o faixas etárias diferentes
Como as mudanças da língua no tempo 
podem ser percebidas? 
o Contato com textos escritos? Como?
o Contato com textos escritos em épocas diferentes.
Como as mudanças da língua no tempo 
podem ser percebidas? 
o Contato com textos falados? Como? 
 Em qual dessas formas é possível verificar as mudanças de 
uma língua num período mais distante do atual? 
 Qual língua é mais conservadora: a falada ou a escrita?
Através da forma como a escrita registra as 
grafias e os sons das palavras é possível perceber 
como várias palavras tiveram suas pronúncias 
o ouro = oro 
o beijo = bejo 
o cadeira = cadera 
o queijo = qejo 
o queixo = qexo 
o madeira = madera 
o caixa = caxa 
o pulseira =pulsera 
 Não é mais ditongo 
alteradas 
o paz = paiz 
o luz = luiz 
o nós = nois 
o vez = veiz 
o fez = feiz 
o voz = voiz 
 Agora é ditongo
Discrepâncias entre grafia e pronúncia nas 
línguas 
INGLÊS 
oKnow 
oPsychology 
oBomb 
São mudas 
FRANCÊS 
oHaie (sebe, cerca-viva) 
oEst (é, está) 
Grafias diferentes 
São homófonas [E] 
Três ou quatro letras 
para representar um som 
PORTUGUÊS BRASILEIRO 
oCaçar = procurar 
oCassar = anular 
Grafias diferentes 
São homófonas 
/s/ no PB é um caso 
extremo: som, nosso, 
centro, preço, exceto, 
sintaxe, voz, crescer, 
cresça. 
A língua escrita não tem por objetivo representar de forma diferente o que soa diferente, 
nem de forma igual o que soa igual, pois se assim fosse não teria os homófonos.
É possível se perguntar 
oMudança linguística é o mesmo 
que Mudança ortográfica?
É possível se perguntar 
oO que muda nas línguas? 
oPor que as línguas mudam? 
oComo as línguas mudam?
O que muda nas línguas? 
o Fonética e Fonologia 
• atormentaado (PA) > atormentado (PBA) (ocorre em silaba tônica e 
reflete a duração das vogais tônicas) 
• perigoo (PA) > perigo (PBA) (não ocorre em sílaba tônica e reflete uma 
pronúncia existente na época) 
• per (mostra o porquê de termos pelo = per+o) 
• rezão (PA) > razão (PBA) (pode tanto indicar alteração de pronúncia 
quanto maneiras de grafar a vogal átona) 
• pera (PA) > para (PBA) (pode tanto indicar alteração de pronúncia 
quanto maneiras de grafar a vogal átona)
O que muda nas línguas? 
o Morfologia 
• filharom e perderom (PA) > tomaram e perderam (PBA) (formas 
do perfeito) 
• filharam e perderam (PBA) (mais-que-perfeito) 
o Lexical 
• acaeçer (PA) > acontecer (PBA) 
• britamento (PA) > naufrágio (PBA) 
• filhar (PA) > tomar (PBA)
O que muda nas línguas? 
o Sintaxe 
• Sujeito posposto ao verbo, mesmo com verbo transitivo 
“Ainda que sabia o Gouernador Matthias de Albuquerque, 
quam bem prouido estaua” 
o Semântica 
• homem (sentido de quantificador existencial – alguém -, ou 
genérico – as pessoas em geral -. No PBA se perdeu, porém no 
alemão ainda se vê – “man spricht Deutsch” = fala-se alemão) 
)
Mudanças em operação no Português Brasileiro Atual 
o Sistema pronominal 
 tu, nós, vós > você, a gente, vocês 
vós: praticamente eliminada do PB e do PE 
tu: perdida em muitas regiões do Brasil 
nós: forte concorrência com a gente 
te e teu: muito preservada 
o Particípio passado 
 Formação com o acréscimo do –o 
“já tinha chego” em vez de “já tinha chegado”, talvez por 
influência do particípio irregular “pego” de “pegar”.
Por que as línguas mudam? 
o A língua para o Estruturalismo (Saussure) 
 É possível analisar a língua sob aspectos momentâneos e sob 
aspectos que duram no tempo. (Sincronia = estático e Diacronia = 
dinâmico) 
 Era possível descrever uma língua sem que fosse necessário 
considerar elementos em variação ou mudança, nem o papel que a 
sociedade teria nesses dois fenômenos. Língua é homogênea. 
 Para Jakobson, Saussure estava equivocado, pois é possível 
combinar sincrônico, diacrônico, estático e dinâmico: 
• Fatos sincrônicos e dinâmicos = fatos de num determinado 
momento apresentam indicação de estarem mudando. Ex: nós > a 
gente. 
• Fatos diacrônicos e estáticos. Ex: sempre houve três conjugações 
verbais no português.
Por que as línguas mudam? 
o A língua para o Gerativismo (Chomsky) 
 Para Chomsky os falantes de uma língua são criativos no uso 
que fazem dela, por isso não precisam se restringir a uma 
simples imitação do que já ouviram. 
 A concepção de Chomsky tem se centrado no conhecimento 
linguístico armazenado na mente do falante, i.e., interno ao 
falante. 
 Seu interesse é pelo conhecimento individual a respeito da 
língua, na relação língua e mente, por isso abstrai 
considerações sociais. 
 Língua é homogênea.
Por que as línguas mudam? 
o A língua para a Sociolinguística Variacionista (Labov) 
 Para Labov, toda língua apresenta variação, que é um 
desencadeador de mudança. 
 A mudança é gradual, ou seja, primeiro passa por um período de 
transição em que há variação, para em seguida ocorrer a mudança. 
 Mudança e Variação estão estreitamente ligadas, é muito difícil 
estudar uma sem estudar a outra. 
 Labov diferentemente de Saussure, afirma que é preciso considerar 
fatores sociais, ou seja, a heterogeneidade das classes sociais e das 
populações de regiões diferentes, ao estudar a língua. Só com essas 
considerações, é possível explicar porque alguns falantes utilizam o 
/r/ retroflexo (ponta da língua voltada para trás), o chamado 
caipira. 
 A língua é heterogênea.
Por que as línguas mudam? 
o Para o estruturalista Coseriu (1979): 
 A língua muda porque nunca está pronta. Ela é sempre algo 
por refazer. A cada geração, ou mesmo em cada situação de 
fala, cada falante recria a língua. Dessa forma está sujeita a 
alterações. 
 Como a língua está sempre sendo recriada, ela comporta o 
surgimento de inovações. O problema é que nem toda 
inovação vinga, ou é adotada pelos falantes de uma 
comunidades linguística. 
 As línguas não são sistemas perfeitos, elas são heterogêneas.
Heterogeneidade de origem externa e origem interna 
Origem interna no PBA 
Perda dos pronomes átonos ou clíticos de 3ª pessoa 
• Eu o vi > Eu vi ele 
Substituição de um clítico por outro 
• Nós nos encontramos > Nós se encontramos 
 Os únicos clíticos que parecem estar sendo usados no PBA 
são os que apresentam a forma CV (consoante seguida de 
vogal): me, te, e se. O que leva ao uso do se.
Heterogeneidade de origem externa e origem interna 
Origem externa no PBA 
Pronomes pessoais 
• tu (único pronome pessoal de 2ª pessoa do singular, herdado do 
latim) 
• Vossa Mercê, Vossa Majestade, Vossa Reverência (formas de 2ª 
pessoa que conviviam ao lado de tu, eram utilizadas como formas 
de tratamento, para expressar uma hierarquia) 
 Essas últimas formas são formadas por um possessivo de 2ª pessoa e 
um substantivo feminino. Eram SN de 3ª pessoa como qualquer 
outro SN singular. 
Vossa casa é muito bonita / Vossa Mercê é muito importante 
*Vossa Mercê és muito importante / *Vossa Mercê sois importante
VOSSA MERCÊ deixa de indicar hierarquia, passando a indicar 
respeito 
oO uso comum de Vossa Mercê levou à sua redução: 
•Vosmecê 
•Vossuncê 
•Suncê 
•Você ~ Ocê ~ Cê = semanticamente de 2ª pessoa (tu), e 
sintaticamente de 3ª pessoa (vocês)
Como as línguas mudam? 
o Para a Teoria Sociolinguística, as línguas mudam de forma 
gradual. 
o Há dois fatores que favorecem ou dificultam a mudança: 
1. Fatores linguísticos: se relacionam à forma como a língua 
está organizada, como funciona o seu sistema, quais são seus 
elementos e suas regras. 
2. Fatores extralinguísticos: relacionam-se à forma como a 
língua está inserida na sociedade.
Como se origina uma mudança linguística? 
o 1º. Através da ação de um ou mais elementos externos ligados à língua e 
à sociedade em que a língua se insere. (uma língua em contato com 
outra) 
• Latim, implantado nas diversas regiões do Império Romano = 
modificação de características a depender da língua. 
• PE, no Brasil, em contato com variadas línguas = PB 
• O fator mais afetado pelo contato entre línguas é o léxico: 
Inglês: pendrive Francês: abajur Africano: acarajé 
Indígena: Itapuã Árabe: alface 
o 2º. Através da ação de fatores fatores internos à uma língua e à 
comunidade em que é falada. 
• Latim: com a perda dos sons finais, passa a ter uma ordem fixa.
A Linguística Histórica descreve a situação de contato 
em forma de camadas linguísticas ou estratos 
•Línguas A e B convivem durante um certo tempo 
•LA é o ponto de referência: 
 LB, língua nativa de um povo dominado, desaparece pois este povo 
adotou a LA, língua do dominador. (LB é substrato da LA). É o caso dos 
índios Tupi? 
LA, língua nativa de um povo dominador desaparece, em virtude de este 
povo ter adotado a língua do povo dominado. (LB será superstrato da LA). 
Teve isso no Brasil, com os alemães, japonese, italianos? 
LA e LB convivem em pé de igualdade uma com a outra (situação de 
bilinguísmo). LB tem influência sobre LA. (LB é um adstrato da LA). Há 
isso nas regiões de fronteiras?
Como a mudança linguística se processa? 
oVogais 
•Latim = 10 PB = 7 
oVerbo causativo fazer seguido de locução conjuntiva com que 
•“O temporal fez com que o jogo fosse cancelado”. 
Extensão para outros verbos 
•“para evitar com que elas se soltem” 
•“impedir com que as leis do Alcorão não sejam violadas” 
•“provocar com que outras pessoas toquem seus genitais” 
•“fatores e incertezas que poderiam causar com que os resultados 
atuais sejam diferentes”
Como a mudança linguística se propaga na sociedade 
em que é falada? 
oAs inovações linguísticas são recebidas, geralmente, com reprovação. 
oA mudança não é constante em seu curso, ela normalmente tem uma 
velocidade de difusão lenta no início, ganha velocidade na metade e 
volta a ficar mais lento no final, ganhando o formato de uma curva 
em S . 
•Ex: 
vocalização do /l/ em final de sílaba - “boçau”, ocorrida no PB no 
séc. XX. 
Para a Teoria Sociolinguística Variacionista, fatores como sexo, 
idade, classe social e o prestígio social podem estar relacionados à 
mudanças.
Como a Sociolinguística detecta a existência de uma 
mudança linguística? 
o1º. Observa falantes de diferentes faixas etárias, para estudar como eles 
utilizam determinadas variáveis (plural, concordância de sujeito e verbo, 
pronúncias de sequências de sons, significado atribuído a determinadas 
construções). Se essa verificação se der em um prazo pequeno, que pode 
ser desconsiderado, diz-se que verificou a mudança através de um tempo 
aparente. 
o2º. Observa amostras de falas de dois falantes com faixas etárias bem 
diferentes, para detectar a difusão de alguma inovação linguística, 
verificando a porcentagem de pessoas que a utilizam em cada momento, 
e a frequência com que cada indivíduo a utiliza. Esse tipo de verificação 
da mudança é chamado de mudança em tempo real.
Resultados de estudos de mudança em tempo aparente e 
tempo real 
oMudança em tempo aparente 
•Verificou-se que os mais velhos tendem a preencher a posição do 
sujeito e os mais jovens deixar a posição vazia. O sujeito na fala dos 
mais jovens é nulo. 
oMudança em tempo real 
•A análise do preenchimento do sujeito em tempo real, mostrou que os 
mais jovens não preenchem o sujeito em suas falas. 
•Os resultados do tempo real servem, geralmente, para confirmar os 
resultados obtidos na análise em tempo aparente.
Outros tratamentos teóricos da mudança linguística 
oGramaticalização: não explica fenômenos diacrônicos e exclui os 
fenômenos fonológicos. Foca no processo pelo qual elementos 
linguísticos podem passar por uma mudança gradual. 
•O substantivo mente passou a significar um sufixo formador de 
advérbio de modo. (apressadamente, vagamente, etc) 
•Verbos ir, vir e ter passaram de verbos plenos a verbos auxiliares dos 
tempos perfeitos. (tem chovido, eu já tinha saído) 
•Verbo ir como auxiliar de futuro. (vou viajar, vou fazer, vou dizer, 
etc)
Outros tratamentos teóricos da mudança linguística 
oParamétrica: se desenvolve dentro da teoria gerativa. 
•Chomsky explicava as características universais das línguas com base na 
noções de Princípios e Parâmetros. 
•Princípios são características universais invariáveis que todas as línguas 
têm. Essa concepção afirma que não há universais violáveis. 
Ex: Todos os sintagmas de uma língua têm o complemento na mesma 
posição com relação ao núcleo. No PB, todo complemento segue seu 
núcleo. 
SN: a leitura do texto. 
SP: com calma. 
SV: ouvir música. 
SAdj.: contente com o resultado.
Os complementos de um núcleo podem assumir dois valores: 
oAntes do núcleo: japonês 
oDepois do núcleo: português 
Essas variação é o que se chama de Parâmetro. 
Parâmetros é a parte da teoria Gerativa que estuda a mudança 
linguística. 
Para o gerativista Lightfoot, a mudança linguística se dá no período 
de aquisição da língua. 
•Como as crianças, na fase de aquisição da linguagem, não tem acesso 
direto à gramática dos seus pais ou de outro adultos dos quais ela 
adquire o domínio de sua língua materna, pode ocorrer de a gramática 
das crianças apresentar certas diferenças com relação à gramática dos 
pais.
Outros tratamentos teóricos da mudança linguística 
oOtimalidade: se desenvolve dentro da Teoria da Otimalidade, 
iniciada por Prince e Smolensky (1993), com foco na Fonologia. 
A Teoria da Otimalidade considera que em toda língua há restrições 
dos universais linguísticos. 
Marcação de plural dos substantivos e adjetivos em português 
•Acréscimo do –s no final da palavra, ou –es quando a palavra termina 
com /r/ e /s/, esse último caso leva ao aumento de sílabas. (vida/vidas e 
mar/mares) 
•O plural de palavras proparoxítonas terminadas em vogal, não 
aumenta o número de sílabas (ótimo/ótimos, lâmpada/lâmpadas)
Plural de proparoxítonas terminadas em consoantes 
levam à duas violações: 
1ª. Violação da restrição que faz com que a sílaba tônica seja a mesma 
no singular e no plural. (ônibus ficaria com plural inexistente *onibuses, 
com bu como a sílaba tônica, ou *ônibuses, com também plural 
inexistente, sendo ô a sílaba tônica) 
2ª. Violação da restrição que faz com que a sílaba tônica tenha de estar 
localizada na chamada janela de três sílabas.
Alteração na formação do plural na história do 
português 
oNo PA: 
•Paroxítonas terminadas em sibilantes, apresentavam plural regular. 
Simples = símpleses 
Ourives = ouríveses 
Alferes = alféreses
Referências 
CHAGAS, P. A mudança linguística. FIORIN, J. L. Introdução à 
Linguística: I objetos teóricos. 4 ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 141- 
163.

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Mudança linguística

  • 2. Como as mudanças da língua no tempo podem ser percebidas? o Contato com pessoas de outras faixas etárias? Como?
  • 3. oContato entre pessoas de o faixas etárias diferentes
  • 4. Como as mudanças da língua no tempo podem ser percebidas? o Contato com textos escritos? Como?
  • 5. o Contato com textos escritos em épocas diferentes.
  • 6. Como as mudanças da língua no tempo podem ser percebidas? o Contato com textos falados? Como?  Em qual dessas formas é possível verificar as mudanças de uma língua num período mais distante do atual?  Qual língua é mais conservadora: a falada ou a escrita?
  • 7. Através da forma como a escrita registra as grafias e os sons das palavras é possível perceber como várias palavras tiveram suas pronúncias o ouro = oro o beijo = bejo o cadeira = cadera o queijo = qejo o queixo = qexo o madeira = madera o caixa = caxa o pulseira =pulsera  Não é mais ditongo alteradas o paz = paiz o luz = luiz o nós = nois o vez = veiz o fez = feiz o voz = voiz  Agora é ditongo
  • 8. Discrepâncias entre grafia e pronúncia nas línguas INGLÊS oKnow oPsychology oBomb São mudas FRANCÊS oHaie (sebe, cerca-viva) oEst (é, está) Grafias diferentes São homófonas [E] Três ou quatro letras para representar um som PORTUGUÊS BRASILEIRO oCaçar = procurar oCassar = anular Grafias diferentes São homófonas /s/ no PB é um caso extremo: som, nosso, centro, preço, exceto, sintaxe, voz, crescer, cresça. A língua escrita não tem por objetivo representar de forma diferente o que soa diferente, nem de forma igual o que soa igual, pois se assim fosse não teria os homófonos.
  • 9. É possível se perguntar oMudança linguística é o mesmo que Mudança ortográfica?
  • 10. É possível se perguntar oO que muda nas línguas? oPor que as línguas mudam? oComo as línguas mudam?
  • 11. O que muda nas línguas? o Fonética e Fonologia • atormentaado (PA) > atormentado (PBA) (ocorre em silaba tônica e reflete a duração das vogais tônicas) • perigoo (PA) > perigo (PBA) (não ocorre em sílaba tônica e reflete uma pronúncia existente na época) • per (mostra o porquê de termos pelo = per+o) • rezão (PA) > razão (PBA) (pode tanto indicar alteração de pronúncia quanto maneiras de grafar a vogal átona) • pera (PA) > para (PBA) (pode tanto indicar alteração de pronúncia quanto maneiras de grafar a vogal átona)
  • 12. O que muda nas línguas? o Morfologia • filharom e perderom (PA) > tomaram e perderam (PBA) (formas do perfeito) • filharam e perderam (PBA) (mais-que-perfeito) o Lexical • acaeçer (PA) > acontecer (PBA) • britamento (PA) > naufrágio (PBA) • filhar (PA) > tomar (PBA)
  • 13. O que muda nas línguas? o Sintaxe • Sujeito posposto ao verbo, mesmo com verbo transitivo “Ainda que sabia o Gouernador Matthias de Albuquerque, quam bem prouido estaua” o Semântica • homem (sentido de quantificador existencial – alguém -, ou genérico – as pessoas em geral -. No PBA se perdeu, porém no alemão ainda se vê – “man spricht Deutsch” = fala-se alemão) )
  • 14. Mudanças em operação no Português Brasileiro Atual o Sistema pronominal  tu, nós, vós > você, a gente, vocês vós: praticamente eliminada do PB e do PE tu: perdida em muitas regiões do Brasil nós: forte concorrência com a gente te e teu: muito preservada o Particípio passado  Formação com o acréscimo do –o “já tinha chego” em vez de “já tinha chegado”, talvez por influência do particípio irregular “pego” de “pegar”.
  • 15. Por que as línguas mudam? o A língua para o Estruturalismo (Saussure)  É possível analisar a língua sob aspectos momentâneos e sob aspectos que duram no tempo. (Sincronia = estático e Diacronia = dinâmico)  Era possível descrever uma língua sem que fosse necessário considerar elementos em variação ou mudança, nem o papel que a sociedade teria nesses dois fenômenos. Língua é homogênea.  Para Jakobson, Saussure estava equivocado, pois é possível combinar sincrônico, diacrônico, estático e dinâmico: • Fatos sincrônicos e dinâmicos = fatos de num determinado momento apresentam indicação de estarem mudando. Ex: nós > a gente. • Fatos diacrônicos e estáticos. Ex: sempre houve três conjugações verbais no português.
  • 16. Por que as línguas mudam? o A língua para o Gerativismo (Chomsky)  Para Chomsky os falantes de uma língua são criativos no uso que fazem dela, por isso não precisam se restringir a uma simples imitação do que já ouviram.  A concepção de Chomsky tem se centrado no conhecimento linguístico armazenado na mente do falante, i.e., interno ao falante.  Seu interesse é pelo conhecimento individual a respeito da língua, na relação língua e mente, por isso abstrai considerações sociais.  Língua é homogênea.
  • 17. Por que as línguas mudam? o A língua para a Sociolinguística Variacionista (Labov)  Para Labov, toda língua apresenta variação, que é um desencadeador de mudança.  A mudança é gradual, ou seja, primeiro passa por um período de transição em que há variação, para em seguida ocorrer a mudança.  Mudança e Variação estão estreitamente ligadas, é muito difícil estudar uma sem estudar a outra.  Labov diferentemente de Saussure, afirma que é preciso considerar fatores sociais, ou seja, a heterogeneidade das classes sociais e das populações de regiões diferentes, ao estudar a língua. Só com essas considerações, é possível explicar porque alguns falantes utilizam o /r/ retroflexo (ponta da língua voltada para trás), o chamado caipira.  A língua é heterogênea.
  • 18. Por que as línguas mudam? o Para o estruturalista Coseriu (1979):  A língua muda porque nunca está pronta. Ela é sempre algo por refazer. A cada geração, ou mesmo em cada situação de fala, cada falante recria a língua. Dessa forma está sujeita a alterações.  Como a língua está sempre sendo recriada, ela comporta o surgimento de inovações. O problema é que nem toda inovação vinga, ou é adotada pelos falantes de uma comunidades linguística.  As línguas não são sistemas perfeitos, elas são heterogêneas.
  • 19. Heterogeneidade de origem externa e origem interna Origem interna no PBA Perda dos pronomes átonos ou clíticos de 3ª pessoa • Eu o vi > Eu vi ele Substituição de um clítico por outro • Nós nos encontramos > Nós se encontramos  Os únicos clíticos que parecem estar sendo usados no PBA são os que apresentam a forma CV (consoante seguida de vogal): me, te, e se. O que leva ao uso do se.
  • 20. Heterogeneidade de origem externa e origem interna Origem externa no PBA Pronomes pessoais • tu (único pronome pessoal de 2ª pessoa do singular, herdado do latim) • Vossa Mercê, Vossa Majestade, Vossa Reverência (formas de 2ª pessoa que conviviam ao lado de tu, eram utilizadas como formas de tratamento, para expressar uma hierarquia)  Essas últimas formas são formadas por um possessivo de 2ª pessoa e um substantivo feminino. Eram SN de 3ª pessoa como qualquer outro SN singular. Vossa casa é muito bonita / Vossa Mercê é muito importante *Vossa Mercê és muito importante / *Vossa Mercê sois importante
  • 21. VOSSA MERCÊ deixa de indicar hierarquia, passando a indicar respeito oO uso comum de Vossa Mercê levou à sua redução: •Vosmecê •Vossuncê •Suncê •Você ~ Ocê ~ Cê = semanticamente de 2ª pessoa (tu), e sintaticamente de 3ª pessoa (vocês)
  • 22. Como as línguas mudam? o Para a Teoria Sociolinguística, as línguas mudam de forma gradual. o Há dois fatores que favorecem ou dificultam a mudança: 1. Fatores linguísticos: se relacionam à forma como a língua está organizada, como funciona o seu sistema, quais são seus elementos e suas regras. 2. Fatores extralinguísticos: relacionam-se à forma como a língua está inserida na sociedade.
  • 23. Como se origina uma mudança linguística? o 1º. Através da ação de um ou mais elementos externos ligados à língua e à sociedade em que a língua se insere. (uma língua em contato com outra) • Latim, implantado nas diversas regiões do Império Romano = modificação de características a depender da língua. • PE, no Brasil, em contato com variadas línguas = PB • O fator mais afetado pelo contato entre línguas é o léxico: Inglês: pendrive Francês: abajur Africano: acarajé Indígena: Itapuã Árabe: alface o 2º. Através da ação de fatores fatores internos à uma língua e à comunidade em que é falada. • Latim: com a perda dos sons finais, passa a ter uma ordem fixa.
  • 24. A Linguística Histórica descreve a situação de contato em forma de camadas linguísticas ou estratos •Línguas A e B convivem durante um certo tempo •LA é o ponto de referência:  LB, língua nativa de um povo dominado, desaparece pois este povo adotou a LA, língua do dominador. (LB é substrato da LA). É o caso dos índios Tupi? LA, língua nativa de um povo dominador desaparece, em virtude de este povo ter adotado a língua do povo dominado. (LB será superstrato da LA). Teve isso no Brasil, com os alemães, japonese, italianos? LA e LB convivem em pé de igualdade uma com a outra (situação de bilinguísmo). LB tem influência sobre LA. (LB é um adstrato da LA). Há isso nas regiões de fronteiras?
  • 25. Como a mudança linguística se processa? oVogais •Latim = 10 PB = 7 oVerbo causativo fazer seguido de locução conjuntiva com que •“O temporal fez com que o jogo fosse cancelado”. Extensão para outros verbos •“para evitar com que elas se soltem” •“impedir com que as leis do Alcorão não sejam violadas” •“provocar com que outras pessoas toquem seus genitais” •“fatores e incertezas que poderiam causar com que os resultados atuais sejam diferentes”
  • 26. Como a mudança linguística se propaga na sociedade em que é falada? oAs inovações linguísticas são recebidas, geralmente, com reprovação. oA mudança não é constante em seu curso, ela normalmente tem uma velocidade de difusão lenta no início, ganha velocidade na metade e volta a ficar mais lento no final, ganhando o formato de uma curva em S . •Ex: vocalização do /l/ em final de sílaba - “boçau”, ocorrida no PB no séc. XX. Para a Teoria Sociolinguística Variacionista, fatores como sexo, idade, classe social e o prestígio social podem estar relacionados à mudanças.
  • 27. Como a Sociolinguística detecta a existência de uma mudança linguística? o1º. Observa falantes de diferentes faixas etárias, para estudar como eles utilizam determinadas variáveis (plural, concordância de sujeito e verbo, pronúncias de sequências de sons, significado atribuído a determinadas construções). Se essa verificação se der em um prazo pequeno, que pode ser desconsiderado, diz-se que verificou a mudança através de um tempo aparente. o2º. Observa amostras de falas de dois falantes com faixas etárias bem diferentes, para detectar a difusão de alguma inovação linguística, verificando a porcentagem de pessoas que a utilizam em cada momento, e a frequência com que cada indivíduo a utiliza. Esse tipo de verificação da mudança é chamado de mudança em tempo real.
  • 28. Resultados de estudos de mudança em tempo aparente e tempo real oMudança em tempo aparente •Verificou-se que os mais velhos tendem a preencher a posição do sujeito e os mais jovens deixar a posição vazia. O sujeito na fala dos mais jovens é nulo. oMudança em tempo real •A análise do preenchimento do sujeito em tempo real, mostrou que os mais jovens não preenchem o sujeito em suas falas. •Os resultados do tempo real servem, geralmente, para confirmar os resultados obtidos na análise em tempo aparente.
  • 29. Outros tratamentos teóricos da mudança linguística oGramaticalização: não explica fenômenos diacrônicos e exclui os fenômenos fonológicos. Foca no processo pelo qual elementos linguísticos podem passar por uma mudança gradual. •O substantivo mente passou a significar um sufixo formador de advérbio de modo. (apressadamente, vagamente, etc) •Verbos ir, vir e ter passaram de verbos plenos a verbos auxiliares dos tempos perfeitos. (tem chovido, eu já tinha saído) •Verbo ir como auxiliar de futuro. (vou viajar, vou fazer, vou dizer, etc)
  • 30. Outros tratamentos teóricos da mudança linguística oParamétrica: se desenvolve dentro da teoria gerativa. •Chomsky explicava as características universais das línguas com base na noções de Princípios e Parâmetros. •Princípios são características universais invariáveis que todas as línguas têm. Essa concepção afirma que não há universais violáveis. Ex: Todos os sintagmas de uma língua têm o complemento na mesma posição com relação ao núcleo. No PB, todo complemento segue seu núcleo. SN: a leitura do texto. SP: com calma. SV: ouvir música. SAdj.: contente com o resultado.
  • 31. Os complementos de um núcleo podem assumir dois valores: oAntes do núcleo: japonês oDepois do núcleo: português Essas variação é o que se chama de Parâmetro. Parâmetros é a parte da teoria Gerativa que estuda a mudança linguística. Para o gerativista Lightfoot, a mudança linguística se dá no período de aquisição da língua. •Como as crianças, na fase de aquisição da linguagem, não tem acesso direto à gramática dos seus pais ou de outro adultos dos quais ela adquire o domínio de sua língua materna, pode ocorrer de a gramática das crianças apresentar certas diferenças com relação à gramática dos pais.
  • 32. Outros tratamentos teóricos da mudança linguística oOtimalidade: se desenvolve dentro da Teoria da Otimalidade, iniciada por Prince e Smolensky (1993), com foco na Fonologia. A Teoria da Otimalidade considera que em toda língua há restrições dos universais linguísticos. Marcação de plural dos substantivos e adjetivos em português •Acréscimo do –s no final da palavra, ou –es quando a palavra termina com /r/ e /s/, esse último caso leva ao aumento de sílabas. (vida/vidas e mar/mares) •O plural de palavras proparoxítonas terminadas em vogal, não aumenta o número de sílabas (ótimo/ótimos, lâmpada/lâmpadas)
  • 33. Plural de proparoxítonas terminadas em consoantes levam à duas violações: 1ª. Violação da restrição que faz com que a sílaba tônica seja a mesma no singular e no plural. (ônibus ficaria com plural inexistente *onibuses, com bu como a sílaba tônica, ou *ônibuses, com também plural inexistente, sendo ô a sílaba tônica) 2ª. Violação da restrição que faz com que a sílaba tônica tenha de estar localizada na chamada janela de três sílabas.
  • 34. Alteração na formação do plural na história do português oNo PA: •Paroxítonas terminadas em sibilantes, apresentavam plural regular. Simples = símpleses Ourives = ouríveses Alferes = alféreses
  • 35. Referências CHAGAS, P. A mudança linguística. FIORIN, J. L. Introdução à Linguística: I objetos teóricos. 4 ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 141- 163.

Notas do Editor

  1. Exemplos retirados do texto do português arcaico, dos séculos XIII e XVII, presentes no texto em discussão.
  2. Exemplos retirados do texto do português arcaico, dos séculos XIII e XVII, presentes no texto em discussão.
  3. Exemplos retirados do texto do português arcaico, dos séculos XIII e XVII, presentes no texto em discussão.
  4. Fator que talvez influencia no uso do SE em vez de NOS como reflexivo de nós. É um fator prosódico. Os clíticos são prosodicamente fracos e sujeitos a fortes restrições prosódicas, como que tipo de sílaba eles são, se pesada (com ditongos ou consoante no final da sílaba) ou leve (sem nenhum dos dois)
  5. Há então uma heterogeneidade linguística caracterizada pelo fato de o locutor se dirigir a alguém poder escolher a 2ª ou 3ª pessoas. Essa ecolha não é livre, é ditada pela escolha do tu ou Vossa Mercê, por exemplo.
  6. Em algumas regiões o VOCÊ já substituiu o TU, e em outras as duas variantes convivem.
  7. Substrato = língua nativa desaparecida de um povo dominado, que adotou a língua do dominador. Superstrato = língua nativa de um povo dominador desaparecida, em virtude de este povo ter adotado a língua do povo dominado. Adstrato = qualquer língua que conviveu ou convive em pé de igualdade com outra, situação de bilinguísmo.
  8. Na passagem do latim para as línguas românicas foi perdida a oposição entre vogais breves e longas.
  9. Curiosidade: O sujeito nulo é uma forma antiga, por isso não é possível afirmar que estar havendo uma mudança em progresso, já que os sujeito nulo foi mais encontrado na fala dos mais jovens.
  10. O sistema de marcação de plural aceito pela GT apresenta heterogeneidade. Quando coloca o –es aumenta o número de sílabas.
  11. O sistema de marcação de plural aceito pela GT apresenta heterogeneidade. Quando coloca o –es aumenta o número de sílabas.
  12. O sistema de marcação de plural aceito pela GT apresenta heterogeneidade. Quando coloca o –es aumenta o número de sílabas.
  13. O sistema de marcação de plural aceito pela GT apresenta heterogeneidade. Quando coloca o –es aumenta o número de sílabas.