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JOGO DE PALAVRAS
            Pré-moderno
            •“Moderno” é sinônimo de “atual” desde 495, quando
             surgiu a palavra modernus
            •A filosofia clássica não procurava criar sistemas, mas
             aproximar-se da verdade acerca do mundo e do
             homem




            Moderno
            •A Idade Moderna considerava-se a superação da
             antecedente
            •Baseou-se em sistemas que negam a experiência dos
             sentidos ou o processo de pensamento, que têm um
             único ou poucos pontos de contato com a realidade e
             que reivindicam ser a única explicação global




            Pós-moderno
            •Negação de uma época que se considerava perene
            •Começa com a invenção da geometria não-
             Euclidiana, os movimentos artísticos dos anos 20 e o
             romance Finnegans Wake (1939) de James Joyce
            •Somente após a 2ª Guerra, suas evidências tornaram-
             se inequívocas
ENTRE A CRENÇA E A CIÊNCIA

                Modernismo ou
                  sola ratio

                 Fideísmo ou
                   sola fide

             Pós-modernismo ou
              nec ratio nec fides

                Catolicismo ou
                 fides et ratio
ÂMBITOS DE ATUAÇÃO

          Mundo da academia

            Mundo da mídia

            Mundo da cultura

            Mundo do ethos

           Mundo da mística
DIAGNÓSTICO PESSIMISTA

Racionalismo destruidor

              Metanarrativas frustradas
 Grandes
 Guerras



Holocausto
              eliminação da dor

                                  Desencanto
                 pela ciência e
                  tecnologia

               fim da religião
Guerra Fria      mediante o
               progresso e a
                 educação           “morte         “morte       “morte
                                   de Deus”     do homem”     da razão”
   crise
                fim da guerra
                  através da      (Nietzsche)    (Foucault)    (Storck)
 energética     prosperidade
dos anos 70
DECLÍNIO RACIONALIZADO




Desumanização literária           Pós-modernismo filosófico Desconstrução
• O pós-modernismo ataca o       • A filosofia tentou justificar o   • As metanarrativas
  homem como o modernismo          movimento literário ex post         pretenderam construir
  atacou a Deus para exaltar o     facto                               edifícios intelectuais, vistos
  homem                          • Não é um sistema doutrinal          como tentativas de
• Alain Robbe-Grillet queria que   estruturado, mas uma                prescrever, circunscrever e
  a literatura descrevesse o       atmosfera, uma tonalidade           controlar a realidade, mais do
  homem como um objeto, no       • Não busca a verdade, mas            que de descrevê-la
  máximo “um inseto entre          nega que seja alcançável e        • O extremismo
  insetos”, técnica aplicada em    inclusive nega a natureza           desconstrutivista é uma
  suas obras                                                           “antidefinição” teórica do
                                                                       pensamento
ESTOPIM: FRANÇOIS LYOTARD (1924-1998)
•   Pertencia à geração de
    pensadores como Michel
    Foucault, Jacques
    Derrida, Charles
    Deleuze, Georges
    Dumézil, Roland Barthes e
    Jean Baudrillard
•   Foi membro ativo do grupo
    Socialisme ou
    Barbarie, mas acabou
    criticando tanto o
    capitalismo quanto a
    burocracia soviética
•   Ironizou os discursos de
    poder e os projetos da
    modernidade
A OBRA: “LA CONDITION POSMODERNE” (1979)
•     Síntese razoável das
      tendências culturais
•     Diagnóstico certeiro das
      mudanças intelectuais
      então em voga na Europa
•     Consagrou o nome
      pós-modernismo para a o
      movimento geral

         Não se confunda com
       “Condição pós-moderna”
    (The Condition of Postmodernity,
          1989), do geógrafo
           marxista britânico
             David Harvey
CONTEÚDO: MODELOS EXPLICATIVOS FALHOS
               Ao marxismo, ao estruturalismo e a outros ismos,
seguiram-se novas questões intelectuais que o próprio índice do livro já apontava:


                                         legitimação do saber

                                         prioridade da linguagem
                                         nas ciências sociais

                                         cultura acima da
                                         economia

                                         explicações holísticas
“PÓS-MODERNISMO”
•   Qualquer revisão crítica do
    legado do racionalismo
    ilustrado, comumente
    etiquetado como
    modernidade
•   Posição a favor do não,
    mais do que nova proposta
    aos velhos problemas
•   Mal-estar das minorias,
    insatisfação com a
    uniformização e o
    ordenamento
PENETRAÇÃO DA IDEIA
•   Desde Paris, multinacional
    da novidade
    intelectual, infiltrou-se em
    todos os âmbitos:
    arquitetura, cinema, literat
    ura, jornalismo
•   Gerou debates e polêmicas
•   Tornou-se tema de
    cientistas sociais que não
    sabem em quê consistia
    exatamente
O PÓS-MODERNISMO NA RUA
•   Pós-modernidade é o
    pós-modernismo dando a
    cara
•   Contrariando a profecia
    derridana, as ideias
    escaparam dos textos
    acadêmicos para o
    dia-a-dia das pessoas
IMPERATIVOS PÓS-MODERNOS




A presença de    A exposição da    Arte-lixo vendida   O espetáculo   A aparência vale
personagens      intimidade como   a preço de          e o ícone      mais que a
desimportantes   moeda corrente    ouro, o banal       substituem     realidade e o
nos meios de     no reino do       tornado sacral      monumentos e   resultado, mais
comunicação      intranscendente                       silhares       que o processo
VALORES E DESVALORES
•   Valores do pós-guerra:
    transparência, informação,
    abertura; liberdade de
    expressão e de escolha;
    solidariedade; consenso
•   Mas isso também gerou
    a difusão midiática do
    secularismo,
    do hedonismo,
    da infidelidade,
    do transitório e do
    episódico
NOVOS BÁRBAROS
•   Bebe-se a cultura do
    know-how tecnológico,
    avanços científicos,
    trivialidades efêmeras e
    aforismos politicamente
    corretos
•   Falta sentido da vida
    (know-how da alma)
•   Perdeu-se a arte de ler,
    pensar, conversar: só
    existem os “hollow men”
    de T.S. Eliot
DESEJOS MUDOS
•   Famílias
    desestruturadas, orfandad
    e doméstica, vizinhança
    sem rosto, emigrantes
    sem-teto, compras
    substituindo as festas
•   Fome de
    reconhecimento, amizade,
    intimidade, comunhão
•   A miríade de escolhas
    oculta sentimento de
    rejeição
DE PAZES COM A ILUSÃO
•   As pessoas não encontram
    a verdade nem a sabem
    procurar
•   Existe satisfação com a
    realidade fictícia
    desenhada pelo abuso da
    linguagem e pelas falsas
    convicções
•   A ausência de experiência
    espiritual impede de
    perceber tais anseios
DA DECADÊNCIA À ALTERNATIVA




  filha da
    crise                                         três viradas
                                               (turns) geraram
              discurso                           movimentos
               radical   Derrida   Foucault           mais
                                                 duradouros e
   mera                                          práticos nas
especulação                                    ciências sociais




Decadência               “Novos sofistas”     Alternativas
VIRADA LINGUÍSTICA FILOSÓFICA
•   Mais antiga, foi a causa
    indireta das demais
•   “Não há realidade fora do
    texto” (Jacques Derrida)
•   A linguística e a
    antropologia tornaram-se
    as estrelas do novo
    panorama epistemológico
•   É preciso conhecer os
    mecanismos de criação e
    uso da palavra para não
    cair na sua rede invisível
VIRADA NARRATIVA
•   Os historiadores se deram
    conta de que seu linguajar
    tornara-se hermético, sem
    interesse
    público, abstrato, mais
    feito de processos do que
    de história, de esquemas a
    priori do que de
    interpretação de dados
•   Daí a volta para o
    sujeito, para as
    coisas, para a cultura
VIRADA HISTORICISTA LITERÁRIA
•   Busca de uma nova
    concepção de mundo
•   Os valores identitários,
    as tradições adventícias,
    a consciência das
    vicissitudes
    históricas, assumem um
    importante papel acima da
    economia e do monstro
    ordenador da modernidade
UMA REAÇÃO À FALTA DE CRIATIVIDADE

       Cultura de massa do entre-Guerras
       •Derrubada das fronteiras de classe
       •Lógica depauperização de todo movimento elitista aplicado de
        forma sistêmica
       •O igualitarismo transformou os espectadores em protagonistas


       Show do desagrado
       •Sofrimento alheio
       •Affairs de esportistas desimportantes
       •Estupidez das beldades



       Novas perspectivas
       •Responsabilidade a que não se pode mais renunciar
       •A identidade só é resgatada quando se toma consciência de um
        mundo à deriva
       •Desafio de conduzir a contento os processos de integração social
COORDENADAS: IDENTIDADE E CONSCIÊNCIA




                                                                Reposicionamento
     Resgate                       Restabelecimento
                                                                 do indivíduo na
   da memória                        de relações
                                                                  coletividade




                 Recomposição das               Remoção de máscaras
                notícias fragmentárias              e holofotes
Michel Foucault                  Jacques Derrida               Richard Rorty
      (1926-1984)                      (1930-2004)                  (1931-2007)




•Relativismo                      •Desconstrutivismo         •Organizou a obra conjunta
•Resgatou elementos da            •Descobriu os mecanismos    A Virada Linguística,
 psicologia                        culturais de criação de    criando a moda dos volumes
•Loucura, corporalidade e poder    significados               recompilatórios
 reconstruídos conforme os        •Colheu contribuições de   •Consagrou a expressão e
 valores sociais                   Saussure, Heidegger e      colocou a linguística no centro
                                   Wittgenstein               do debate contemporâneo
Meta-história (1973):
               Bem acolhido entre os filósofos e críticos
               literários, menos entre os historiadores
               que se consideravam cientistas
               Apresentou o texto histórico como
               artefato literário e não como produto de
               ciência experimental


               Natalie Z. Davis (1928-)
               •Reintroduziu a história das mulheres e
                resgatou a linguagem narrativa como
                alternativa à linguagem marxista,
                quantitativista e estruturalista




               Carlo Ginzburg (1939-)
               •Introduziu a micro-história, centrada no
                quotidiano de personagens anônimos




Hayden White   Simon Schama (1945-)
               •Mitologia e memória coletiva
(1928-)
Tempo e narrativa, 3 vol. (1983-85):
              Especulação sobre o relato tanto
              como forma de transmissão quanto
              como configurador da existência
              Perquiriu as raízes da identidade e
              como a linguagem configura a
              memória


              Hans-Georg Gadamer
              (1900-2002)
              • Mais brilhante discípulo de
                Heidegger, aplicou seu
                transcendentalismo e sua
                ontologia às criações linguísticas




Paul Ricœur
(1913-2005)
O processo civilizador (1936):
                Obra só recebida nos anos 80,
                influenciada por Weber, Marx e o
                pintor britânico Lucien Freud
                Demonstra o nascimento de uma
                nova ideia de indivíduo e de
                autoconsciência com seus
                mecanismos de autocontrole




Norbert Elias
(1897-1990)
TEMPO DE CRISE
•   Crescente brecha entre
    ricos e pobres
•   Mas, para muitos
    ocidentais, a vida pode ser
    bastante boa
•   O que se quiser consumir,
    pode-se conseguir
•   Cultura publicitária
    orientada deliberadamente
    aos consumidores mais
    jovens
TUDO É POSSÍVEL, NADA É CERTO
•   A verdade já não se recebe
    nem precisa ser provada,
    pois “não existe nada
    objetivo”
•   Quase todas os gostos
    pessoais podem ser
    atendidos e satisfeitos
•   Aspiração generalizada pelo
    agora, mais e melhor
•   A inflação do individualismo
    ameaça a coesão social: a
    família e a comunidade
TEMPORADA PARA FUTUROLOGIA
•   Cultura dominada pela
    escolha, preferência
    pessoal e imediatez
•   A religião torna-se a la
    carte, mas o futuro
    apresenta-se enigmático
•   A Igreja institucional tende
    a parecer antiquada para
    as novas gerações
•   O esoterismo aparenta
    oferecer respostas
A VELHA FARMACOPEIA




         Necessitado
            para
           ajudar
                       Comunidade
                          para
                        pertencer
           Deus
            para
         responder
1ª POSTURA: ABRAÇAR O NIILISMO




                     Nietzsche       Campos mais afetados
     •herói intelectual do nazismo   •ciências sociais
    •ícone dos tempos modernos       •comunicação
•autor mais lido nas universidades   •artes
                                     •humanidades



                                      O ceticismo e a descrença que o
                                      iluminismo liberal direcionou contra a
                                      religião tradicional devem voltar-se
                                      contra os próprios fundamentos do
                                      liberalismo
2ª POSTURA: CLÁSSICOS VS. ANACRÔNICOS


                                                                                                                                         • Abandono




                                                                                                   Lado negro da experiência Ocidental
                                                                                                                                           da
                                                                                                                                           tradição
                                                                                  Nietzsche:
                                                                                  o homem sem
                                                                Hobbes & Locke:   Deus, capaz de                                         • Crise
                                                                o homem
                                                                politicamente
                                                                                  tudo
                                                                                                                                           moral
                                                                individualizado
                                         Maquiavel & Bacon:
Donald Kagan                             o homem
                                         insolente, dominador                                                                            • Abuso da
                                         da natureza
                                                                                                                                           liberdade
                        Pico della
                        Mirandola:
                        o homem livre
                        para se moldar                                                                                                   • Lei do
                                                                                                                                           mais forte
       Protágoras: o
       homem como
       regra de todas
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                                                                                                                                           exemplo
                                                                                                                                           para o
                                                                                                                                           mundo
3ª POSTURA: A ÉTICA DA AUTENTICIDADE
Charles Taylor                     Virada subjetiva




                                                                               Originalidade:
                                                      Johann Herder            liberdade




                                                   Jean-Jacques          Autodeterminação:
                                                   Rousseau              responsablidade




                                                             Vontade prévia à sociedade:
                                    John Locke               democracia participativa


                                  Pensar por si:
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O surgimento do pós-modernismo entre a razão e a fé

  • 1.
  • 2. JOGO DE PALAVRAS Pré-moderno •“Moderno” é sinônimo de “atual” desde 495, quando surgiu a palavra modernus •A filosofia clássica não procurava criar sistemas, mas aproximar-se da verdade acerca do mundo e do homem Moderno •A Idade Moderna considerava-se a superação da antecedente •Baseou-se em sistemas que negam a experiência dos sentidos ou o processo de pensamento, que têm um único ou poucos pontos de contato com a realidade e que reivindicam ser a única explicação global Pós-moderno •Negação de uma época que se considerava perene •Começa com a invenção da geometria não- Euclidiana, os movimentos artísticos dos anos 20 e o romance Finnegans Wake (1939) de James Joyce •Somente após a 2ª Guerra, suas evidências tornaram- se inequívocas
  • 3.
  • 4. ENTRE A CRENÇA E A CIÊNCIA Modernismo ou sola ratio Fideísmo ou sola fide Pós-modernismo ou nec ratio nec fides Catolicismo ou fides et ratio
  • 5. ÂMBITOS DE ATUAÇÃO Mundo da academia Mundo da mídia Mundo da cultura Mundo do ethos Mundo da mística
  • 6.
  • 7. DIAGNÓSTICO PESSIMISTA Racionalismo destruidor Metanarrativas frustradas Grandes Guerras Holocausto eliminação da dor Desencanto pela ciência e tecnologia fim da religião Guerra Fria mediante o progresso e a educação “morte “morte “morte de Deus” do homem” da razão” crise fim da guerra através da (Nietzsche) (Foucault) (Storck) energética prosperidade dos anos 70
  • 8. DECLÍNIO RACIONALIZADO Desumanização literária Pós-modernismo filosófico Desconstrução • O pós-modernismo ataca o • A filosofia tentou justificar o • As metanarrativas homem como o modernismo movimento literário ex post pretenderam construir atacou a Deus para exaltar o facto edifícios intelectuais, vistos homem • Não é um sistema doutrinal como tentativas de • Alain Robbe-Grillet queria que estruturado, mas uma prescrever, circunscrever e a literatura descrevesse o atmosfera, uma tonalidade controlar a realidade, mais do homem como um objeto, no • Não busca a verdade, mas que de descrevê-la máximo “um inseto entre nega que seja alcançável e • O extremismo insetos”, técnica aplicada em inclusive nega a natureza desconstrutivista é uma suas obras “antidefinição” teórica do pensamento
  • 9.
  • 10. ESTOPIM: FRANÇOIS LYOTARD (1924-1998) • Pertencia à geração de pensadores como Michel Foucault, Jacques Derrida, Charles Deleuze, Georges Dumézil, Roland Barthes e Jean Baudrillard • Foi membro ativo do grupo Socialisme ou Barbarie, mas acabou criticando tanto o capitalismo quanto a burocracia soviética • Ironizou os discursos de poder e os projetos da modernidade
  • 11. A OBRA: “LA CONDITION POSMODERNE” (1979) • Síntese razoável das tendências culturais • Diagnóstico certeiro das mudanças intelectuais então em voga na Europa • Consagrou o nome pós-modernismo para a o movimento geral Não se confunda com “Condição pós-moderna” (The Condition of Postmodernity, 1989), do geógrafo marxista britânico David Harvey
  • 12. CONTEÚDO: MODELOS EXPLICATIVOS FALHOS Ao marxismo, ao estruturalismo e a outros ismos, seguiram-se novas questões intelectuais que o próprio índice do livro já apontava: legitimação do saber prioridade da linguagem nas ciências sociais cultura acima da economia explicações holísticas
  • 13.
  • 14. “PÓS-MODERNISMO” • Qualquer revisão crítica do legado do racionalismo ilustrado, comumente etiquetado como modernidade • Posição a favor do não, mais do que nova proposta aos velhos problemas • Mal-estar das minorias, insatisfação com a uniformização e o ordenamento
  • 15. PENETRAÇÃO DA IDEIA • Desde Paris, multinacional da novidade intelectual, infiltrou-se em todos os âmbitos: arquitetura, cinema, literat ura, jornalismo • Gerou debates e polêmicas • Tornou-se tema de cientistas sociais que não sabem em quê consistia exatamente
  • 16. O PÓS-MODERNISMO NA RUA • Pós-modernidade é o pós-modernismo dando a cara • Contrariando a profecia derridana, as ideias escaparam dos textos acadêmicos para o dia-a-dia das pessoas
  • 17.
  • 18. IMPERATIVOS PÓS-MODERNOS A presença de A exposição da Arte-lixo vendida O espetáculo A aparência vale personagens intimidade como a preço de e o ícone mais que a desimportantes moeda corrente ouro, o banal substituem realidade e o nos meios de no reino do tornado sacral monumentos e resultado, mais comunicação intranscendente silhares que o processo
  • 19. VALORES E DESVALORES • Valores do pós-guerra: transparência, informação, abertura; liberdade de expressão e de escolha; solidariedade; consenso • Mas isso também gerou a difusão midiática do secularismo, do hedonismo, da infidelidade, do transitório e do episódico
  • 20. NOVOS BÁRBAROS • Bebe-se a cultura do know-how tecnológico, avanços científicos, trivialidades efêmeras e aforismos politicamente corretos • Falta sentido da vida (know-how da alma) • Perdeu-se a arte de ler, pensar, conversar: só existem os “hollow men” de T.S. Eliot
  • 21. DESEJOS MUDOS • Famílias desestruturadas, orfandad e doméstica, vizinhança sem rosto, emigrantes sem-teto, compras substituindo as festas • Fome de reconhecimento, amizade, intimidade, comunhão • A miríade de escolhas oculta sentimento de rejeição
  • 22. DE PAZES COM A ILUSÃO • As pessoas não encontram a verdade nem a sabem procurar • Existe satisfação com a realidade fictícia desenhada pelo abuso da linguagem e pelas falsas convicções • A ausência de experiência espiritual impede de perceber tais anseios
  • 23.
  • 24. DA DECADÊNCIA À ALTERNATIVA filha da crise três viradas (turns) geraram discurso movimentos radical Derrida Foucault mais duradouros e mera práticos nas especulação ciências sociais Decadência “Novos sofistas” Alternativas
  • 25. VIRADA LINGUÍSTICA FILOSÓFICA • Mais antiga, foi a causa indireta das demais • “Não há realidade fora do texto” (Jacques Derrida) • A linguística e a antropologia tornaram-se as estrelas do novo panorama epistemológico • É preciso conhecer os mecanismos de criação e uso da palavra para não cair na sua rede invisível
  • 26. VIRADA NARRATIVA • Os historiadores se deram conta de que seu linguajar tornara-se hermético, sem interesse público, abstrato, mais feito de processos do que de história, de esquemas a priori do que de interpretação de dados • Daí a volta para o sujeito, para as coisas, para a cultura
  • 27. VIRADA HISTORICISTA LITERÁRIA • Busca de uma nova concepção de mundo • Os valores identitários, as tradições adventícias, a consciência das vicissitudes históricas, assumem um importante papel acima da economia e do monstro ordenador da modernidade
  • 28.
  • 29. UMA REAÇÃO À FALTA DE CRIATIVIDADE Cultura de massa do entre-Guerras •Derrubada das fronteiras de classe •Lógica depauperização de todo movimento elitista aplicado de forma sistêmica •O igualitarismo transformou os espectadores em protagonistas Show do desagrado •Sofrimento alheio •Affairs de esportistas desimportantes •Estupidez das beldades Novas perspectivas •Responsabilidade a que não se pode mais renunciar •A identidade só é resgatada quando se toma consciência de um mundo à deriva •Desafio de conduzir a contento os processos de integração social
  • 30. COORDENADAS: IDENTIDADE E CONSCIÊNCIA Reposicionamento Resgate Restabelecimento do indivíduo na da memória de relações coletividade Recomposição das Remoção de máscaras notícias fragmentárias e holofotes
  • 31.
  • 32. Michel Foucault Jacques Derrida Richard Rorty (1926-1984) (1930-2004) (1931-2007) •Relativismo •Desconstrutivismo •Organizou a obra conjunta •Resgatou elementos da •Descobriu os mecanismos A Virada Linguística, psicologia culturais de criação de criando a moda dos volumes •Loucura, corporalidade e poder significados recompilatórios reconstruídos conforme os •Colheu contribuições de •Consagrou a expressão e valores sociais Saussure, Heidegger e colocou a linguística no centro Wittgenstein do debate contemporâneo
  • 33. Meta-história (1973): Bem acolhido entre os filósofos e críticos literários, menos entre os historiadores que se consideravam cientistas Apresentou o texto histórico como artefato literário e não como produto de ciência experimental Natalie Z. Davis (1928-) •Reintroduziu a história das mulheres e resgatou a linguagem narrativa como alternativa à linguagem marxista, quantitativista e estruturalista Carlo Ginzburg (1939-) •Introduziu a micro-história, centrada no quotidiano de personagens anônimos Hayden White Simon Schama (1945-) •Mitologia e memória coletiva (1928-)
  • 34. Tempo e narrativa, 3 vol. (1983-85): Especulação sobre o relato tanto como forma de transmissão quanto como configurador da existência Perquiriu as raízes da identidade e como a linguagem configura a memória Hans-Georg Gadamer (1900-2002) • Mais brilhante discípulo de Heidegger, aplicou seu transcendentalismo e sua ontologia às criações linguísticas Paul Ricœur (1913-2005)
  • 35. O processo civilizador (1936): Obra só recebida nos anos 80, influenciada por Weber, Marx e o pintor britânico Lucien Freud Demonstra o nascimento de uma nova ideia de indivíduo e de autoconsciência com seus mecanismos de autocontrole Norbert Elias (1897-1990)
  • 36.
  • 37. TEMPO DE CRISE • Crescente brecha entre ricos e pobres • Mas, para muitos ocidentais, a vida pode ser bastante boa • O que se quiser consumir, pode-se conseguir • Cultura publicitária orientada deliberadamente aos consumidores mais jovens
  • 38. TUDO É POSSÍVEL, NADA É CERTO • A verdade já não se recebe nem precisa ser provada, pois “não existe nada objetivo” • Quase todas os gostos pessoais podem ser atendidos e satisfeitos • Aspiração generalizada pelo agora, mais e melhor • A inflação do individualismo ameaça a coesão social: a família e a comunidade
  • 39. TEMPORADA PARA FUTUROLOGIA • Cultura dominada pela escolha, preferência pessoal e imediatez • A religião torna-se a la carte, mas o futuro apresenta-se enigmático • A Igreja institucional tende a parecer antiquada para as novas gerações • O esoterismo aparenta oferecer respostas
  • 40. A VELHA FARMACOPEIA Necessitado para ajudar Comunidade para pertencer Deus para responder
  • 41.
  • 42. 1ª POSTURA: ABRAÇAR O NIILISMO Nietzsche Campos mais afetados •herói intelectual do nazismo •ciências sociais •ícone dos tempos modernos •comunicação •autor mais lido nas universidades •artes •humanidades O ceticismo e a descrença que o iluminismo liberal direcionou contra a religião tradicional devem voltar-se contra os próprios fundamentos do liberalismo
  • 43. 2ª POSTURA: CLÁSSICOS VS. ANACRÔNICOS • Abandono Lado negro da experiência Ocidental da tradição Nietzsche: o homem sem Hobbes & Locke: Deus, capaz de • Crise o homem politicamente tudo moral individualizado Maquiavel & Bacon: Donald Kagan o homem insolente, dominador • Abuso da da natureza liberdade Pico della Mirandola: o homem livre para se moldar • Lei do mais forte Protágoras: o homem como regra de todas as coisas • Mau exemplo para o mundo
  • 44. 3ª POSTURA: A ÉTICA DA AUTENTICIDADE Charles Taylor Virada subjetiva Originalidade: Johann Herder liberdade Jean-Jacques Autodeterminação: Rousseau responsablidade Vontade prévia à sociedade: John Locke democracia participativa Pensar por si: René Descartes independência