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OBJETOS EM DISPUTA,
CURADORIA, RESTITUIÇÃO
E RETORNO CULTURAL
QUESTÕES JURÍDICAS DECORRENTES
DAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS DAS OBRAS DO PORTO
MARAVILHA
João Carlos Nara Júnior
RESTITUIÇÃO E REPATRIAÇÃO
REFERÊNCIAS TEÓRICAS
O QUE ABRANGE O DISCURSO
SOBRE DEVOLUÇÃO
Obras de arte
modernas
Artefatos
arqueológicos
Remanescentes
humanos
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Jeanette Greenfield (1989)
Refere-se também,
em um sentido
mais amplo,
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restabelecimento
e até renovação
e reunificação.
A CULPA DAS NAÇÕES
Elazar Barkan (2000)
Impacto da
negociação acerca
de remanescentes
humanos na
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UM CONTRIBUTO DA
MUSEOLOGIA
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OBJETOS DISPUTADOS CONSTITUEM UMA NOVA
CATEGORIA DENTRO DA CULTURA MATERIAL?
William John Thomas Mitchell (2006)
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Mais do que um retorno físico
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CAMPOS DE ESTUDO
Quais são as dinâmicas sociais, políticas e estéticas
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Como o processo de transformação museológica desafia
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Como entender o retorno de artefatos clássicos na atual cultura
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NOSSA HISTÓRIA
O CASO DO PORTO MARAVILHA
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Pelo território
pertencente à
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entre os séculos
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arqueológicas feitas
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da diáspora africana,
dentre as quais
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sobre os cemitérios
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O CAMINHO DA
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• Circuito Histórico e Arqueológico de
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• Grupo de Trabalho Curatorial do
Projeto Urbanístico, Arquitetônico e
Museológico do Circuito
Decreto 34.803/2011 para
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• Homologação pela Unesco da
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1° de março de 2016
A TRAJETÓRIA DESSES
OBJETOS HETEROGÊNEOS
RESSIGNIFICAÇÃO E APROPRIAÇÃO
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PATRIMONIALIZAÇÃO
Simone
Pondé
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MENSAGENS FINAIS
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Antropólogos e outros
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detalhada desses direitos
seja cultural e
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Princípios do Regime de
propriedade comum:
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• Registro das decisões
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Giorgio Agamben, O Mistério do Mal, 2015, p. 10-11
Os poderes e as instituições não são hoje
deslegitimados porque caíram na ilegalidade;
é mais verdadeiro o contrário, ou seja,
que a ilegalidade é difundida e generalizada porque
os poderes perderam toda a consciência
de sua legitimidade. Por isso é vão acreditar
que se pode enfrentar a crise das sociedades
por meio da ação (certamente necessária)
do poder judiciário — uma crise que investe
a legitimidade não pode ser resolvida
somente no plano do direito.
A hipertrofia do direito, que tem a pretensão de
legiferar sobre tudo, revela, isso sim,
através de um excesso de legalidade formal,
a perda de toda legitimidade substancial.
A tentativa moderna de fazer coincidir legalidade
e legitimidade, procurando assegurar, através
do direito positivo, a legitimidade de um poder,
é — como resulta do irrevogável processo de
decadência em que ingressaram as instituições
democráticas — totalmente insuficiente.
As instituições de uma sociedade
só continuarão vivas se ambos os princípios
(que em nossa tradição também receberam
o nome de direito natural e direito positivo,
de poder espiritual e poder temporal
ou, em Roma, de auctoritas e potestas)
se mantiverem presentes e nelas agirem,
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OBRIGADO!
João Carlos Nara Júnior
santarita@narajr.net
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Objetos em disputa no Porto Maravilha

  • 1. OBJETOS EM DISPUTA, CURADORIA, RESTITUIÇÃO E RETORNO CULTURAL QUESTÕES JURÍDICAS DECORRENTES DAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS DAS OBRAS DO PORTO MARAVILHA João Carlos Nara Júnior
  • 3. O QUE ABRANGE O DISCURSO SOBRE DEVOLUÇÃO Obras de arte modernas Artefatos arqueológicos Remanescentes humanos Objetos etnográficos
  • 4. RETORNO CULTURAL Jeanette Greenfield (1989) Refere-se também, em um sentido mais amplo, a restauro, restabelecimento e até renovação e reunificação.
  • 5. A CULPA DAS NAÇÕES Elazar Barkan (2000) Impacto da negociação acerca de remanescentes humanos na percepção da propriedade
  • 7. OBJETOS DISPUTADOS CONSTITUEM UMA NOVA CATEGORIA DENTRO DA CULTURA MATERIAL? William John Thomas Mitchell (2006) Ídolos Ícones Fetiches Totens Objetos fundantes … Objetos disputados?
  • 8. O QUE OS OBJETOS QUEREM? Mais do que um retorno físico O museu como canal de relacionamento Oferta de maior dinamismo Oportunidade para uma expressão artística mais crítica
  • 9. CAMPOS DE ESTUDO Quais são as dinâmicas sociais, políticas e estéticas que tornam um objeto contencioso? Como as negociações pela propriedade induzem a mudanças de valor e de significado simbólico dos objetos, assim como da sua capacidade de impactar nas relações pós-bélicas? Como o processo de transformação museológica desafia paradigmas de conhecimento imperialistas ou colonizadores? Como entender o retorno de artefatos clássicos na atual cultura de compensação? É possível traçar um paralelo entre a espoliação nazista e a apropriação colonialista?
  • 10. RECONTAR NOSSA HISTÓRIA O CASO DO PORTO MARAVILHA
  • 11. O Rio de Janeiro é a primeira cidade do mundo a promover, através de uma operação consorciada com a iniciativa privada, a reestruturação urbana da sua área portuária, com 5 milhões de metros quadrados
  • 12. Pelo território pertencente à Freguesia de Santa Rita, chegaram ao Brasil quase 2 milhões de africanos escravizados, entre os séculos XVIII e XIX
  • 13. Pesquisas arqueológicas feitas nos últimos anos ressaltaram a importância histórica e cultural da região para o conhecimento da diáspora africana, dentre as quais destacam-se os estudos realizados sobre os cemitérios de pretos novos (escravos não crioulizados), mortos antes de serem vendidos
  • 14. O CAMINHO DA HERANÇA AFRICANA PESSOAS SEM HISTÓRIA
  • 15. HISTÓRICO DA PROTEÇÃO • Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana • Grupo de Trabalho Curatorial do Projeto Urbanístico, Arquitetônico e Museológico do Circuito Decreto 34.803/2011 para criação de: • Homologação pela Unesco da candidatura para Patrimônio da Humanidade 1° de março de 2016
  • 16.
  • 17. A TRAJETÓRIA DESSES OBJETOS HETEROGÊNEOS RESSIGNIFICAÇÃO E APROPRIAÇÃO
  • 19. REAFRICANIZAÇÃO DA ZONA PORTUÁRIA Pequena África (1980) • Candomblé • Samba • Capoeira • Estiva Pedra do Sal (1984) • Tombamento • Quilombo (2005) Centro Cultural José Bonifácio (1990) • Centro de referência da cultura afro- brasileira Instituto Pretos Novos (2005) • Dissertação de Júlio César Pereira • Dissertação de Cláudio Honorato Política cultural (lei 10.639/10) • Porto Maravilha • Projeto Rota do Escravo (Unesco)
  • 20. RESTITUIÇÃO DAS OSSADAS AO IPN? Reinaldo Tavares (2012) Os corpos são de seres humanos e, como tais, devem ser reinumados Merced Guimarães Holocausto negro
  • 21. RESUMO DAS QUESTÕES LEVANTADAS POLÍTICA, MEMÓRIA, PATRIMÔNIO, AGÊNCIA
  • 22. O DESTINO DOS RESTOS MORTAIS E DOS ARTEFATOS ETNOGRÁFICOS CORRELATOS Agenda pública Estreitar laços diplomáticos Reparar pelo passado escravagista do país Musealização do cemitério Transformar o cemitério num lugar de memória
  • 23. ESTRATÉGIA MEMORIALISTA Ressignificação Legitimação de grupos minoritários Denúncia de desigualdades sociais Apropriações religiosas Interesse turístico Incentivo econômico
  • 24. IDENTIDADE E PATRIMÔNIO Desacordo teórico Direitos individuais Justiça social Representação histórica de minorias Dinâmica entre o passado histórico e a sociedade contemporânea A apropriação cultural do patrimônio público
  • 25. A AGÊNCIA DOS CORPOS MORTOS Sociedade considerada secularizada • Desejo de fazer justiça histórica • Cuidado com os remanescentes humanos Época supostamente mais religiosa • Aparentemente inescrupulosa • Negligência funerária Sintoma de um atual fetiche pelos objetos? Qual o lugar ocupado pelo corpo nas diferentes ideologias?
  • 27. 2016
  • 28. 1954
  • 29. 1910
  • 30. 1831
  • 31. 1796
  • 32. 1769
  • 33. 1714
  • 34. 1714
  • 35. Carlos Gustavo Nunes Pereira (Guta) 1817
  • 38. INSERÇÃO DE SANTA RITA NO ROTEIRO CULTURAL DO RIO DE JANEIRO ANTIGO Estação do roteiro da Herança Africana Memorial para o Cemitério de Santa Rita Revitalização do Beco das Sardinhas Adaptação da Rua do Acre para dar suporte à Praça Mauá Precedente nova-iorquino: African Burial Ground
  • 40. Susan Oosthuizen, Beyond hierarchy: archaeology, common rights and social identity, 2016 Antropólogos e outros cientistas sociais definem direitos de propriedade em termos de pacotes de direitos legais de agência sobre um objeto, recurso ou área, embora a conceituação detalhada desses direitos seja cultural e historicamente variada.
  • 41. Elinor Östrom (Nobel de Economia em 2009) Princípios do Regime de propriedade comum: • Restrição de direitos a um grupo exclusivo • Governo isonômico por todos os detentores dos direitos • Ampla participação dos agentes proprietários • Decisão consensual • Governança transparente • Registro das decisões em tradições consuetudinárias • Nenhum proprietário pode se beneficiar às expensas dos demais
  • 42. Giorgio Agamben, O Mistério do Mal, 2015, p. 10-11 Os poderes e as instituições não são hoje deslegitimados porque caíram na ilegalidade; é mais verdadeiro o contrário, ou seja, que a ilegalidade é difundida e generalizada porque os poderes perderam toda a consciência de sua legitimidade. Por isso é vão acreditar que se pode enfrentar a crise das sociedades por meio da ação (certamente necessária) do poder judiciário — uma crise que investe a legitimidade não pode ser resolvida somente no plano do direito. A hipertrofia do direito, que tem a pretensão de legiferar sobre tudo, revela, isso sim, através de um excesso de legalidade formal, a perda de toda legitimidade substancial. A tentativa moderna de fazer coincidir legalidade e legitimidade, procurando assegurar, através do direito positivo, a legitimidade de um poder, é — como resulta do irrevogável processo de decadência em que ingressaram as instituições democráticas — totalmente insuficiente. As instituições de uma sociedade só continuarão vivas se ambos os princípios (que em nossa tradição também receberam o nome de direito natural e direito positivo, de poder espiritual e poder temporal ou, em Roma, de auctoritas e potestas) se mantiverem presentes e nelas agirem, sem nunca pretender que coincidam.
  • 43. OBRIGADO! João Carlos Nara Júnior santarita@narajr.net http://santarita.hypotheses.org/

Notas do Editor

  1. Do ponto de vista urbano, abriu caminho para a expansão da cidade ao ser erigida como terceira freguesia do Rio de Janeiro. Conseguiu sobreviver à sanha modernizadora das reformas urbanísticas do início do século XX devido ao seu valor.