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Os Gêneros Literários
A lírica, o drama e o épico.
Formas e Gêneros Literários
• Os textos literários são divididos em dois grandes grupos: os
texto em verso e os textos em prosa.
• Textos em verso são poemas, isto é, aqueles construídos
com versos, cada verso correspondendo a uma linha do
poema.
• Texto em prosa são aqueles construídos em linha reta,
ocupando todo o espaço da folha de papel, e organizados
geralmente em frases, parágrafos, capítulos, partes.
• De acordo com a concepção clássica, baseada na obra Arte
Poética, de Aristóteles, há três gêneros literários: lírico,
épico e dramático.
Gênero Lírico
• É certo tipo de texto no qual um eu - lírico (a
voz que fala no poema) exprime suas
emoções, idéias e impressões ante o mundo
exterior.
• Normalmente os pronomes e os verbos estão
em 1ª pessoa e há o predomínio da função
emotiva da linguagem.
• Observe o lirismo destes versos:
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no
espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no
canteiro
Os pulsos e os punhos
cortados
E o resto do meu corpo
inteiro.
Formas Poéticas Líricas
• Elegia: poema originário da Grécia Antiga sobre acontecimentos
tristes, muitas vezes enfocando a morte de um ente querido ou
de alguma personalidade pública.
• Écloga: poema que retrata a vida bucólica dos pastores, em um
ambiente campestre.
• Ode: poema que apresenta uma espécie de exaltação de valores
nobres, caracterizando-se pelo tom de louvação. Também se
originou na Grécia Antiga.
• Soneto: a mais conhecida das formas líricas. Poema de catorze
versos, organizados em duas estrofes de quatro versos
(quartetos) e duas estrofes de três versos (tercetos), que surgiu
no século XIII, na Itália.
Gênero Épico
• Nesse gênero há a presença de um narrador, que quase sempre conta uma história
que envolve terceiros. Isso implica certo distanciamento entre o narrador e o
assunto tratado, o que não ocorre no gênero lírico. Os verbos e os pronomes quase
sempre estão na 3ª pessoa, porque se trata “dele” ou “deles”. Além disso, os textos
épicos pressupõem a presença de um ouvinte ou de uma platéia.
• Os poemas épicos intitulam-se epopéias (epos = verso + poieô = faço). As principais
epopéias da cultura ocidental são Ilíada e Odisséia, de Homero; Eneida, de Virgílio;
Os Lusíadas, de Camões; Paraíso perdido, de Mílton; e Orlando Furioso, de
Ludovico Ariosto.
• No Brasil, foram feitos vários poemas épicos, muitos deles seguindo o modelo de
Camões. Os mais importantes são Caramuru, de Santa Rita Durão, e O Uraguai, de
Basílio da Gama.
• Modernamente, também se chamam épicos certos filmes cujo tema são aventuras
ou guerras que definem a história de um povo. São considerados épicos filmes
como 1900, de Bernardo Bertolucci, Ran, de Akira Kurosawa, Gandhi, de Richard
Attenboroung, e Quilombo, de Carlos Diegues.
Formas Épicas
• Romance: apresenta um acontecimento ficcional que envolve várias
personagens e pode tratar de diferentes temas (conflitos pessoais,
aspectos da vida familiar ou social). A depender do tema desenvolvido,
dizemos que o romance é policial, psicológico, histórico, regionalista etc.
• Novela: narrativa menos complexa que o romance. Em as estrutura, o
aspecto mais valorizado é o da ação. A novela apresenta vários conflitos
sucessivamente desenvolvidos.
• Conto: narrativa mais curta e mais simples do que o romance e a novela.
Geralmente apresenta poucas personagens e um conflito único.
• Fábula: narrativa de caráter pedagógico com estrutura simples e de curta
duração. A história apresentada tem por objetivo transmitir princípios de
natureza moral e ética, muitas vezes utilizando-se de animais como
personagens. Se as personagens são objetos inanimados, a fábula recebe
a denominação especial de apólogo.
Gênero Dramático
• Trata-se do texto escrito para ser encenado no
teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador
contando a história. Todo o texto se desenrola a
partir de diálogos, obrigando a uma seqüência
rigorosa das cenas e de suas relações de causa e
conseqüência.
• Observe esse fragmento da peça “O casamento
de Dona Baratinha”, de Walmir Ayala.
DONA BARATINHA
Ai, que vida triste. trabalho, trabalho, trabalho. (E varre, varre, varre.) Varro, varro, varro
e vivo tão sozinha. Eu sou tão pobre. Ai, ai! E dizem que sou feia, tão feia que nunca
terei amigos nem irei a bailes. (E varre, varre, varre.) Que fazer? (De repente encontra
uma moeda de prata.) Que é isto? Dinheiro? (Morde a moeda para ver se é verdadeira.)
Oh, estou rica! Meu Deus, que alegria! Estou rica! (Dança.) Lá, lá, lá, lá... Que farei?
(pensativa.) Vou viajar. Não. Para quê? Vou comprar um palácio. Para quê? Para viver
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dentro de casa, põe-se à janela, a cantar.)
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(Agitada.) É... Na caixinha...
GALO
Pois eu quero... Quero me casar com a senhora.
Formas Dramáticas
• Tragédia: tematiza as paixões e os vícios humanos. Tais temas eram
apresentados por personagens nobres, e os conflitos encenados
quase sempre eram sobre questões de honra e poder.
• Comédia: trata de fatos comuns, cotidianos, corriqueiros,
relacionados à vida de pessoas também comuns. O principal
objetivo da comédia era a crítica dos costumes por meio do riso.
• Auto: peça curta, na maioria das vezes de cunho religioso. Os
atores, geralmente, não representam seres humanos, mas sim
entidades abstratas, como a bondade, a virtude, a hipocrisia, o
pecado, a gula, a luxúria. Isso fazia com que os autos tivessem um
conteúdo fortemente simbólico e, muitas vezes, moralizante.
• Farsa: pequena peça, cujo conteúdo envolve situações ridículas ou
grotescas. Tinha como objetivo a crítica dos costumes por meio da
ridiculariazação.
A Modalidade Narrativa
• A concepção moderna leva em consideração
modalidades de texto que não existiam no tempo de
Aristóteles. Todas elas se filiam à modalidade narrativa
e, por isso, são gêneros que apresentam parentesco
com os poemas épicos.
• A partir do século XVI, começam a surgir alguns
gêneros narrativos que se assemelham aos que
conhecemos hoje como romance, novela e conto.
• No Brasil, além da novela e do conto, vem se firmando
um gênero narrativo pouco conhecido no exterior, a
crônica.

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Os principais gêneros literários

  • 1. Os Gêneros Literários A lírica, o drama e o épico.
  • 2. Formas e Gêneros Literários • Os textos literários são divididos em dois grandes grupos: os texto em verso e os textos em prosa. • Textos em verso são poemas, isto é, aqueles construídos com versos, cada verso correspondendo a uma linha do poema. • Texto em prosa são aqueles construídos em linha reta, ocupando todo o espaço da folha de papel, e organizados geralmente em frases, parágrafos, capítulos, partes. • De acordo com a concepção clássica, baseada na obra Arte Poética, de Aristóteles, há três gêneros literários: lírico, épico e dramático.
  • 3. Gênero Lírico • É certo tipo de texto no qual um eu - lírico (a voz que fala no poema) exprime suas emoções, idéias e impressões ante o mundo exterior. • Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem. • Observe o lirismo destes versos: Olhei até ficar cansado De ver os meus olhos no espelho Chorei por ter despedaçado As flores que estão no canteiro Os pulsos e os punhos cortados E o resto do meu corpo inteiro.
  • 4. Formas Poéticas Líricas • Elegia: poema originário da Grécia Antiga sobre acontecimentos tristes, muitas vezes enfocando a morte de um ente querido ou de alguma personalidade pública. • Écloga: poema que retrata a vida bucólica dos pastores, em um ambiente campestre. • Ode: poema que apresenta uma espécie de exaltação de valores nobres, caracterizando-se pelo tom de louvação. Também se originou na Grécia Antiga. • Soneto: a mais conhecida das formas líricas. Poema de catorze versos, organizados em duas estrofes de quatro versos (quartetos) e duas estrofes de três versos (tercetos), que surgiu no século XIII, na Itália.
  • 5. Gênero Épico • Nesse gênero há a presença de um narrador, que quase sempre conta uma história que envolve terceiros. Isso implica certo distanciamento entre o narrador e o assunto tratado, o que não ocorre no gênero lírico. Os verbos e os pronomes quase sempre estão na 3ª pessoa, porque se trata “dele” ou “deles”. Além disso, os textos épicos pressupõem a presença de um ouvinte ou de uma platéia. • Os poemas épicos intitulam-se epopéias (epos = verso + poieô = faço). As principais epopéias da cultura ocidental são Ilíada e Odisséia, de Homero; Eneida, de Virgílio; Os Lusíadas, de Camões; Paraíso perdido, de Mílton; e Orlando Furioso, de Ludovico Ariosto. • No Brasil, foram feitos vários poemas épicos, muitos deles seguindo o modelo de Camões. Os mais importantes são Caramuru, de Santa Rita Durão, e O Uraguai, de Basílio da Gama. • Modernamente, também se chamam épicos certos filmes cujo tema são aventuras ou guerras que definem a história de um povo. São considerados épicos filmes como 1900, de Bernardo Bertolucci, Ran, de Akira Kurosawa, Gandhi, de Richard Attenboroung, e Quilombo, de Carlos Diegues.
  • 6. Formas Épicas • Romance: apresenta um acontecimento ficcional que envolve várias personagens e pode tratar de diferentes temas (conflitos pessoais, aspectos da vida familiar ou social). A depender do tema desenvolvido, dizemos que o romance é policial, psicológico, histórico, regionalista etc. • Novela: narrativa menos complexa que o romance. Em as estrutura, o aspecto mais valorizado é o da ação. A novela apresenta vários conflitos sucessivamente desenvolvidos. • Conto: narrativa mais curta e mais simples do que o romance e a novela. Geralmente apresenta poucas personagens e um conflito único. • Fábula: narrativa de caráter pedagógico com estrutura simples e de curta duração. A história apresentada tem por objetivo transmitir princípios de natureza moral e ética, muitas vezes utilizando-se de animais como personagens. Se as personagens são objetos inanimados, a fábula recebe a denominação especial de apólogo.
  • 7. Gênero Dramático • Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Todo o texto se desenrola a partir de diálogos, obrigando a uma seqüência rigorosa das cenas e de suas relações de causa e conseqüência. • Observe esse fragmento da peça “O casamento de Dona Baratinha”, de Walmir Ayala.
  • 8. DONA BARATINHA Ai, que vida triste. trabalho, trabalho, trabalho. (E varre, varre, varre.) Varro, varro, varro e vivo tão sozinha. Eu sou tão pobre. Ai, ai! E dizem que sou feia, tão feia que nunca terei amigos nem irei a bailes. (E varre, varre, varre.) Que fazer? (De repente encontra uma moeda de prata.) Que é isto? Dinheiro? (Morde a moeda para ver se é verdadeira.) Oh, estou rica! Meu Deus, que alegria! Estou rica! (Dança.) Lá, lá, lá, lá... Que farei? (pensativa.) Vou viajar. Não. Para quê? Vou comprar um palácio. Para quê? Para viver sozinha?... Ah, já sei, vou me casar. Isto mesmo. Resolvido. Vou me casar. (entra para dentro de casa, põe-se à janela, a cantar.) Quem que casar com Dona Baratinha Que tem dinheiro na caixinha... (Repete. Aproxima-se o galo.) GALO (Tirando seu chapéu de crista.) Bom dia. DONA BARATINHA (Desmanchando-se) Bom dia... GALO Será que ouvi bem? A senhora procura um marido. E tem dinheiro? DONA BARATINHA (Agitada.) É... Na caixinha... GALO Pois eu quero... Quero me casar com a senhora.
  • 9. Formas Dramáticas • Tragédia: tematiza as paixões e os vícios humanos. Tais temas eram apresentados por personagens nobres, e os conflitos encenados quase sempre eram sobre questões de honra e poder. • Comédia: trata de fatos comuns, cotidianos, corriqueiros, relacionados à vida de pessoas também comuns. O principal objetivo da comédia era a crítica dos costumes por meio do riso. • Auto: peça curta, na maioria das vezes de cunho religioso. Os atores, geralmente, não representam seres humanos, mas sim entidades abstratas, como a bondade, a virtude, a hipocrisia, o pecado, a gula, a luxúria. Isso fazia com que os autos tivessem um conteúdo fortemente simbólico e, muitas vezes, moralizante. • Farsa: pequena peça, cujo conteúdo envolve situações ridículas ou grotescas. Tinha como objetivo a crítica dos costumes por meio da ridiculariazação.
  • 10. A Modalidade Narrativa • A concepção moderna leva em consideração modalidades de texto que não existiam no tempo de Aristóteles. Todas elas se filiam à modalidade narrativa e, por isso, são gêneros que apresentam parentesco com os poemas épicos. • A partir do século XVI, começam a surgir alguns gêneros narrativos que se assemelham aos que conhecemos hoje como romance, novela e conto. • No Brasil, além da novela e do conto, vem se firmando um gênero narrativo pouco conhecido no exterior, a crônica.