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Poesia
parnasiana II
2ª SÉRIE
Aula 10 – 3º Bimestre
Língua
Portuguesa
Etapa Ensino Médio
● Leitura e interpretação
de poema;
● Características da poesia
parnasiana;
● Soneto;
● Autor(a) e eu lírico.
● Analisar um poema;
● Conhecer as características do
poema parnasiano;
● Reconhecer um soneto;
● Reconhecer a diferença entre
autor(a) e eu lírico.
Conteúdo Objetivos
Para começar
[Des]encontros
Já reparou como as escolas
literárias vivem conflitos entre si?
Observou que uns preferem
forma, outros conteúdo?
Percebeu que uns olham para o
social, outros querem se
distanciar da realidade?
Notou também que os escritores
de cada estilo dialogam entre si?
TÉCNICA LEMOV:
Virem e conversem
Foco no conteúdo
“Musa impassível”, de Francisca
Júlia
Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero
Luto jamais te afeie o cândido semblante!
Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho; e diante
De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero.
Em teus olhos não quero a lágrima; não quero
Em tua boca o suave e idílio descante.
Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante,
Hora o vulto marcial de um guerreiro de Homero
Foco no conteúdo
Dá-me o hemistíquio de ouro à imagem atrativa;
A rima cujo som, de uma harmonia crebra,
Cante aos ouvidos da alma; a estrofe limpa e viva;
Versos que lembrem com seus místicos ruídos,
Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,
Ora o surdo rumor de mármores partidos.
(In: Rahme, 1999)
Foco no conteúdo
VOCABULÁRIO
Jó – personagem bíblico que
representa a resignação ao
sofrimento; quem vive a vida
como provação;
Sobrecenho – semblante;
Idílico – amoroso; maravilhoso;
Descante – canto popular
Anguiforme – em forma de
serpente;
Dante – renomado poeta
italiano renascentista, autor
da Divina Comédia;
Marcial – relativo à guerra;
Homero – poeta grego que é tido
como autor das epopeias gregas:
Ilíada e Odisseia;
Hemistíquio – a metade de um
verso alexandrino (de doze sílabas
métricas), e, por extensão, de
qualquer verso;
Crebra – repetida;
Calhau – pedaço de rocha dura;
pedra.
Foco no conteúdo
“Francisca Júlia, escritora parnasiana,
nasceu em 31 de agosto de 1871.
Escreveu para jornais como o Correio
Paulistano, além de outros periódicos. Seu
primeiro livro — Mármores —, publicado
em 1895, teve boa recepção da crítica,
[...] em 1904, tornou-se membro do
Comitê Central Brasileiro da Societá
Internazionale Elleno-Latina.”
Saiba mais sobre Francisca Júlia em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/
francisca-julia.htm
Na prática Correção
Cândido semblante; orgulhosa; olhar e sobrecenho austero.
1. Releia a primeira estrofe. Quais são as características
da musa com quem o eu lírico dialoga?
2. Quais atitudes a musa deve conservar, para manter suas
características? (leia mais 2 versos da 2ª estrofe.)
Conservar o orgulho diante de um Jó; e manter o olhar e
sobrecenho austero diante de um morto; não deve chorar;
não deve cantar músicas populares.
Na prática Correção
A palavra “impassível” do título já indica que a mulher não
pode se deixar abalar, sofrer, demonstrar emoção. Os
versos seguintes reforçam isso, indicando que ela não pode
dar demonstração de perturbação emocional: manter o
semblante puro; manter o orgulho estampado no rosto,
com olhar e semblante rígidos; ela não deve chorar; não
deve cantar. Tudo isso se opõe ao sentimentalismo
extremado do Romantismo.
3. A “musa impassível” parnasiana é fundamentalmente
antirromântica. Como o título e os seis versos iniciais
justificam essa afirmação?
Foco no conteúdo
Como você já sabe, o poema “Musa
impassível” foi escrito por uma mulher.
Também já percebeu que a voz que fala
no poema se dirige a uma “musa”, figura
mítica, feminina e inspiradora do fazer
poético. Essa voz pode ser masculina ou
feminina, de uma jovem ou de um velho.
Essa voz é o eu lírico, que não é o autor.
Veja o trecho a seguir o poema-canção
“O meu guri”.
Autor vs. eu lírico
Na prática
Acesse o poema “O meu
guri”, de Chico Buarque.
Ao ouvir/ler, preste
atenção na voz que fala no
poema. O que se pode falar
desse eu lírico?
https://www.letras.com/maria
-bethania/o-meu-guri/
Na prática Correção
Acesse o poema “O meu guri”, de Chico Buarque. Ao
ouvir/ler, preste atenção na voz que fala no poema. O que
se pode falar desse eu lírico?
Pode-se firmar que se trata de uma mulher pobre, sem
escolarização, sem documentos, que mora num morro e cria
seu filho sozinha. Seu filho a agrada com objetos de valor,
que ela não sabe que são roubados. Em sua ingenuidade, vê
uma foto no jornal do filho já sem vida e, por não o
reconhecer morto, acredita que ele está rindo, tranquilo e
realizado, conforme atesta o verso “ele disse que chegava
lá”.
Poesia parnasiana:
características da FORMA
Na prática
Indique a alternativa que apresenta um par que forme
uma rima rara.
a. Estrelas/vê-las
b. gato/pato
c. correr/fazer
d. Modelos/cabelos
Rimas raras
A rima rara acontece com palavras com terminações incomuns,
pouco utilizadas, como combinações entre verbos e pronomes.
Correção
a. Estrelas/vê-las
Foco no conteúdo
S
o
n
e
t
o
Estrutura fixa de 4
estrofes: 2 quartetos e 2
tercetos
14 versos decassílabos (dez
sílabas métricas)
Origem na Itália, com o
poeta Giacomo de Lentini,
no século III, mas é atual.
No Brasil – Vinicius de
Moraes: “Soneto do Amor
Total”, poema renomado.
SONETO
Na prática
Analise apenas as estruturas: qual delas é um soneto?
Correção
a. Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
b. Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
A “b” é um
soneto
porque
apresenta: 2
quartetos e
2 tercetos.
Poesia parnasiana:
características do CONTEÚDO
Foco no conteúdo
● Objetividade e racionalismo estavam a serviço da contenção de
sentimentos, como forma de oposição ao Romantismo.
● Universal – linguagem objetiva; temas universais: a natureza, o
tempo, o amor, objetos de arte e, principalmente, a própria poesia.
● Tradição clássica – retomada de modelos clássicos gregos
(Parnasianismo vem de ‘Parnaso’, templo consagrado a Apolo e às
musas). Há a tentativa de imitar o rigor formal dos gregos.
● Mitologia greco-latina – havia poucas referências à mitologia nos
poemas.
Destrinchando os termos
Aplicando
Um pouco mais
sobre Francisca Júlia
Já que não é comum ouvir falar de
mulheres poetas nos cânones da
literatura mundial, até o final do século
XIX, pelo menos, a proposta é você
assistir ao vídeo sobre Francisca Júlia
para conhecer um pouco mais a respeito
de sua vida e obra. Anote em seu
caderno e compartilhe na próxima aula.
https://youtu.be/
qenPgCP1HZQ
O que aprendemos hoje?
● Analisamos um poema parnasiano;
● Conhecemos as características do
poema parnasiano;
● Conhecemos o soneto;
● Reconhecemos a diferença entre
autor(a) e eu lírico.
Tarefa SP
Localizador: 98298
1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com
seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
Slides 4 e 5 – RAHME, Anna Maria. Imagens femininas em
memória à vida. 2000. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e
Urbanismo. São Paulo: EDUSP, 1999.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – https://shre.ink/lYvX
Slide 4 – https://shre.ink/lVW3
Slide 7 – https://shre.ink/lYpd
Slide 10 – https://shre.ink/lYEY
Slide 20 – https://shre.ink/lYR0
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  • 1. Poesia parnasiana II 2ª SÉRIE Aula 10 – 3º Bimestre Língua Portuguesa Etapa Ensino Médio
  • 2. ● Leitura e interpretação de poema; ● Características da poesia parnasiana; ● Soneto; ● Autor(a) e eu lírico. ● Analisar um poema; ● Conhecer as características do poema parnasiano; ● Reconhecer um soneto; ● Reconhecer a diferença entre autor(a) e eu lírico. Conteúdo Objetivos
  • 3. Para começar [Des]encontros Já reparou como as escolas literárias vivem conflitos entre si? Observou que uns preferem forma, outros conteúdo? Percebeu que uns olham para o social, outros querem se distanciar da realidade? Notou também que os escritores de cada estilo dialogam entre si? TÉCNICA LEMOV: Virem e conversem
  • 4. Foco no conteúdo “Musa impassível”, de Francisca Júlia Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero Luto jamais te afeie o cândido semblante! Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho; e diante De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero. Em teus olhos não quero a lágrima; não quero Em tua boca o suave e idílio descante. Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante, Hora o vulto marcial de um guerreiro de Homero
  • 5. Foco no conteúdo Dá-me o hemistíquio de ouro à imagem atrativa; A rima cujo som, de uma harmonia crebra, Cante aos ouvidos da alma; a estrofe limpa e viva; Versos que lembrem com seus místicos ruídos, Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra, Ora o surdo rumor de mármores partidos. (In: Rahme, 1999)
  • 6. Foco no conteúdo VOCABULÁRIO Jó – personagem bíblico que representa a resignação ao sofrimento; quem vive a vida como provação; Sobrecenho – semblante; Idílico – amoroso; maravilhoso; Descante – canto popular Anguiforme – em forma de serpente; Dante – renomado poeta italiano renascentista, autor da Divina Comédia; Marcial – relativo à guerra; Homero – poeta grego que é tido como autor das epopeias gregas: Ilíada e Odisseia; Hemistíquio – a metade de um verso alexandrino (de doze sílabas métricas), e, por extensão, de qualquer verso; Crebra – repetida; Calhau – pedaço de rocha dura; pedra.
  • 7. Foco no conteúdo “Francisca Júlia, escritora parnasiana, nasceu em 31 de agosto de 1871. Escreveu para jornais como o Correio Paulistano, além de outros periódicos. Seu primeiro livro — Mármores —, publicado em 1895, teve boa recepção da crítica, [...] em 1904, tornou-se membro do Comitê Central Brasileiro da Societá Internazionale Elleno-Latina.” Saiba mais sobre Francisca Júlia em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/ francisca-julia.htm
  • 8. Na prática Correção Cândido semblante; orgulhosa; olhar e sobrecenho austero. 1. Releia a primeira estrofe. Quais são as características da musa com quem o eu lírico dialoga? 2. Quais atitudes a musa deve conservar, para manter suas características? (leia mais 2 versos da 2ª estrofe.) Conservar o orgulho diante de um Jó; e manter o olhar e sobrecenho austero diante de um morto; não deve chorar; não deve cantar músicas populares.
  • 9. Na prática Correção A palavra “impassível” do título já indica que a mulher não pode se deixar abalar, sofrer, demonstrar emoção. Os versos seguintes reforçam isso, indicando que ela não pode dar demonstração de perturbação emocional: manter o semblante puro; manter o orgulho estampado no rosto, com olhar e semblante rígidos; ela não deve chorar; não deve cantar. Tudo isso se opõe ao sentimentalismo extremado do Romantismo. 3. A “musa impassível” parnasiana é fundamentalmente antirromântica. Como o título e os seis versos iniciais justificam essa afirmação?
  • 10. Foco no conteúdo Como você já sabe, o poema “Musa impassível” foi escrito por uma mulher. Também já percebeu que a voz que fala no poema se dirige a uma “musa”, figura mítica, feminina e inspiradora do fazer poético. Essa voz pode ser masculina ou feminina, de uma jovem ou de um velho. Essa voz é o eu lírico, que não é o autor. Veja o trecho a seguir o poema-canção “O meu guri”. Autor vs. eu lírico
  • 11. Na prática Acesse o poema “O meu guri”, de Chico Buarque. Ao ouvir/ler, preste atenção na voz que fala no poema. O que se pode falar desse eu lírico? https://www.letras.com/maria -bethania/o-meu-guri/
  • 12. Na prática Correção Acesse o poema “O meu guri”, de Chico Buarque. Ao ouvir/ler, preste atenção na voz que fala no poema. O que se pode falar desse eu lírico? Pode-se firmar que se trata de uma mulher pobre, sem escolarização, sem documentos, que mora num morro e cria seu filho sozinha. Seu filho a agrada com objetos de valor, que ela não sabe que são roubados. Em sua ingenuidade, vê uma foto no jornal do filho já sem vida e, por não o reconhecer morto, acredita que ele está rindo, tranquilo e realizado, conforme atesta o verso “ele disse que chegava lá”.
  • 14. Na prática Indique a alternativa que apresenta um par que forme uma rima rara. a. Estrelas/vê-las b. gato/pato c. correr/fazer d. Modelos/cabelos Rimas raras A rima rara acontece com palavras com terminações incomuns, pouco utilizadas, como combinações entre verbos e pronomes. Correção a. Estrelas/vê-las
  • 15. Foco no conteúdo S o n e t o Estrutura fixa de 4 estrofes: 2 quartetos e 2 tercetos 14 versos decassílabos (dez sílabas métricas) Origem na Itália, com o poeta Giacomo de Lentini, no século III, mas é atual. No Brasil – Vinicius de Moraes: “Soneto do Amor Total”, poema renomado. SONETO
  • 16. Na prática Analise apenas as estruturas: qual delas é um soneto? Correção a. Amo-te tanto, meu amor… não cante O humano coração com mais verdade… Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade Amo-te afim, de um calmo amor prestante, E te amo além, presente na saudade. Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente, De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim muito e amiúde, É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude. b. Amo-te tanto, meu amor… não cante O humano coração com mais verdade… Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade Amo-te afim, de um calmo amor prestante, E te amo além, presente na saudade. Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente, De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim muito e amiúde, É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude. A “b” é um soneto porque apresenta: 2 quartetos e 2 tercetos.
  • 18. Foco no conteúdo ● Objetividade e racionalismo estavam a serviço da contenção de sentimentos, como forma de oposição ao Romantismo. ● Universal – linguagem objetiva; temas universais: a natureza, o tempo, o amor, objetos de arte e, principalmente, a própria poesia. ● Tradição clássica – retomada de modelos clássicos gregos (Parnasianismo vem de ‘Parnaso’, templo consagrado a Apolo e às musas). Há a tentativa de imitar o rigor formal dos gregos. ● Mitologia greco-latina – havia poucas referências à mitologia nos poemas. Destrinchando os termos
  • 19. Aplicando Um pouco mais sobre Francisca Júlia Já que não é comum ouvir falar de mulheres poetas nos cânones da literatura mundial, até o final do século XIX, pelo menos, a proposta é você assistir ao vídeo sobre Francisca Júlia para conhecer um pouco mais a respeito de sua vida e obra. Anote em seu caderno e compartilhe na próxima aula. https://youtu.be/ qenPgCP1HZQ
  • 20. O que aprendemos hoje? ● Analisamos um poema parnasiano; ● Conhecemos as características do poema parnasiano; ● Conhecemos o soneto; ● Reconhecemos a diferença entre autor(a) e eu lírico.
  • 21. Tarefa SP Localizador: 98298 1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br 2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”. 3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”. 4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca. 5. Clique em “Procurar”. Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
  • 22. Referências Slides 4 e 5 – RAHME, Anna Maria. Imagens femininas em memória à vida. 2000. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: EDUSP, 1999.
  • 23. Referências Lista de imagens e vídeos Slide 3 – https://shre.ink/lYvX Slide 4 – https://shre.ink/lVW3 Slide 7 – https://shre.ink/lYpd Slide 10 – https://shre.ink/lYEY Slide 20 – https://shre.ink/lYR0