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O QUE É LITERATURA?
Por que estudar Literatura?
O que é literatura
• De uma forma simplificada, pode-se
dizer que literatura é a arte da
palavra. Carlos Drummond de
Andrade diz, em um de seus poemas:
Penetra surdamente no reino das
palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser
escritos.
• Como qualquer arte, a literatura exige,
da parte do escritor, técnicas,
conhecimentos, sensibilidade e
paciência. Esse trabalho às vezes se
assemelha a uma luta, às vezes, a um
vício:
Lutar com palavras
é a luta mais vã
Enquanto lutamos
Mal rompe a manhã.
[...]
Palavra, palavra
(digo exasperado),
Se me desafias
Aceito o combate.
(Carlos Drummond de Andrade)
Literatura e comunicação
• A literatura, assim como a língua que ela utiliza, é um
instrumento de comunicação e de interação social
e, por isso, cumpre também o papel social de
transmitir os conhecimentos e a cultura de uma
comunidade.
• A literatura faz uso livre da língua, chegando às vezes
até a subverter algumas de suas regras e o sentido
comum de algumas palavras.
A literatura e sua plurissignificação
• O poeta moderno norte-americano Ezra
Pound define literatura deste modo:
“Literatura é a linguagem carregada de
significado. Grande literatura é simplesmente
linguagem carregada de significado até o
máximo grau possível”.
• Os versos de Drummond que seguem
foram publicados em 1945, durante a
Segunda Guerra Mundial e durante a
ditadura de Vargas no Brasil. Observe os
vários significados que a palavra flor
pode assumir. O que ela representa?
Como pode uma flor furar o asfalto?
Seria a flor um elemento que transgride
a ordem estabelecida? Seria a flor a
metáfora da própria poesia, a poesia de
resistência política, ou a metáfora de
uma revolução?
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego
Uma flor ainda desbotada
Ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam o completo silêncio, paralisem os negócios,
Garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da
tarde
E lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas
em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e
o ódio.
(“A flor e a náusea”. Reunião. 10 ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1980. p. 78-9.)
Literatura e sociedade
• Partindo das experiências pessoais e
sociais, o artista recria ou transcria a
realidade, dando origem a uma supra-
realidade ou a uma realidade ficcional.
Por meio dessa supra realidade, ele
consegue transmitir seus sentimentos e
idéias ao mundo real, de onde tudo se
origina. A reação do público à obra
também pode modificar as atitudes
futuras do artista.
• Assim, a obra literária é resultado das
relações dinâmicas entre escritos,
público e sociedade. E, como outras
obras de arte, ela não só nasce
vinculada a certa realidade, mas
também pode interferir nessa realidade,
auxiliando no processo de
transformação social.
• Por vezes, a literatura assume formas de
denúncia social, de crítica à realidade
circundante. Dizemos então, que se
trata de uma literatura engajada, que
serve a uma causa político-ideológica ou
a uma luta social.
• Observe como Drummond capta o
clima de medo que existiu durante a
Segunda Guerra Mundial:
Congresso internacional do medo
Provisoriamente não cantemos o amor
que se refugiou mais abaixo dos
subterrâneos.
Cantemos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantemos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso
companheiro.
Literatura e Imaginação
• Como transcrição da realidade, a literatura não
precisa necessariamente estar presa a ela. Tanto
o escritor quanto o leitor fazem uso da
imaginação: o artista recria livremente a
realidade, assim como o leitor recria livremente o
texto literário que lê.
• O poeta português Fernando Pessoa já havia se
referido a essa postura participante do leitor.
Veja o poema a seguir, que é do começo do
século XX.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão
Este comboio de corda
Que se chama coração.
Literatura e Prazer
• A arte cumpre o papel de proporcionar prazer.
A literatura, jogando com as palavras, ritmos,
sons e imagens e conduzindo o leitor a
mundos imaginários, causa prazer aos
sentidos e à sensibilidade do homem.
A Dança
Não te amo como se fosses a rosa de sal,
topázio
Ou flechas de cravos que propagam o
fogo:
Te amo como se amam certas coisas
obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e
leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas
flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu
corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem
Senão assim deste modo que não sou
nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito
é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com
meu sonho.
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Literatura e História Literária
• Estudar literatura é, basicamente, ampliar
nossas habilidade de leitura do texto literário.
No ensino médio, a esse estudo se soma o da
história literária, por meio do qual é possível
acompanhar a evolução cronológica da
literatura de determinado povo e cultura e
observar a relação entre suas transformações
e os diversos momentos os históricos.

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O que é Literatura e por que estudá-la

  • 1. O QUE É LITERATURA? Por que estudar Literatura?
  • 2. O que é literatura • De uma forma simplificada, pode-se dizer que literatura é a arte da palavra. Carlos Drummond de Andrade diz, em um de seus poemas: Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
  • 3. • Como qualquer arte, a literatura exige, da parte do escritor, técnicas, conhecimentos, sensibilidade e paciência. Esse trabalho às vezes se assemelha a uma luta, às vezes, a um vício: Lutar com palavras é a luta mais vã Enquanto lutamos Mal rompe a manhã. [...] Palavra, palavra (digo exasperado), Se me desafias Aceito o combate. (Carlos Drummond de Andrade)
  • 4. Literatura e comunicação • A literatura, assim como a língua que ela utiliza, é um instrumento de comunicação e de interação social e, por isso, cumpre também o papel social de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. • A literatura faz uso livre da língua, chegando às vezes até a subverter algumas de suas regras e o sentido comum de algumas palavras.
  • 5. A literatura e sua plurissignificação • O poeta moderno norte-americano Ezra Pound define literatura deste modo: “Literatura é a linguagem carregada de significado. Grande literatura é simplesmente linguagem carregada de significado até o máximo grau possível”.
  • 6. • Os versos de Drummond que seguem foram publicados em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial e durante a ditadura de Vargas no Brasil. Observe os vários significados que a palavra flor pode assumir. O que ela representa? Como pode uma flor furar o asfalto? Seria a flor um elemento que transgride a ordem estabelecida? Seria a flor a metáfora da própria poesia, a poesia de resistência política, ou a metáfora de uma revolução?
  • 7. Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego Uma flor ainda desbotada Ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam o completo silêncio, paralisem os negócios, Garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde E lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. (“A flor e a náusea”. Reunião. 10 ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1980. p. 78-9.)
  • 8. Literatura e sociedade • Partindo das experiências pessoais e sociais, o artista recria ou transcria a realidade, dando origem a uma supra- realidade ou a uma realidade ficcional. Por meio dessa supra realidade, ele consegue transmitir seus sentimentos e idéias ao mundo real, de onde tudo se origina. A reação do público à obra também pode modificar as atitudes futuras do artista.
  • 9. • Assim, a obra literária é resultado das relações dinâmicas entre escritos, público e sociedade. E, como outras obras de arte, ela não só nasce vinculada a certa realidade, mas também pode interferir nessa realidade, auxiliando no processo de transformação social. • Por vezes, a literatura assume formas de denúncia social, de crítica à realidade circundante. Dizemos então, que se trata de uma literatura engajada, que serve a uma causa político-ideológica ou a uma luta social.
  • 10. • Observe como Drummond capta o clima de medo que existiu durante a Segunda Guerra Mundial: Congresso internacional do medo Provisoriamente não cantemos o amor que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantemos o medo, que esteriliza os abraços, não cantemos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
  • 11. Literatura e Imaginação • Como transcrição da realidade, a literatura não precisa necessariamente estar presa a ela. Tanto o escritor quanto o leitor fazem uso da imaginação: o artista recria livremente a realidade, assim como o leitor recria livremente o texto literário que lê. • O poeta português Fernando Pessoa já havia se referido a essa postura participante do leitor. Veja o poema a seguir, que é do começo do século XX.
  • 12. Autopsicografia O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira a entreter a razão Este comboio de corda Que se chama coração.
  • 13. Literatura e Prazer • A arte cumpre o papel de proporcionar prazer. A literatura, jogando com as palavras, ritmos, sons e imagens e conduzindo o leitor a mundos imaginários, causa prazer aos sentidos e à sensibilidade do homem.
  • 14. A Dança Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio Ou flechas de cravos que propagam o fogo: Te amo como se amam certas coisas obscuras, Secretamente, entre a sombra e a alma. Te amo como a planta que não floresce e leva Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, E graças a teu amor vive escuro em meu corpo O apertado aroma que ascendeu da terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem Senão assim deste modo que não sou nem és, Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha, Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho. Antes de amar-te, amor, nada era meu: Vacilei pelas ruas e as coisas: Nada contava nem tinha nome: O mundo era do ar que esperava. E conheci salões cinzentos, Túneis habitados pela lua, Hangares cruéis que se dependiam, Perguntas que insistiam na areia. Tudo estava vazio, morto e mudo, Caído, abandonado, decaído, Tudo era inalianavelmente alheio, Tudo era dos outros e de ninguém,
  • 15. Literatura e História Literária • Estudar literatura é, basicamente, ampliar nossas habilidade de leitura do texto literário. No ensino médio, a esse estudo se soma o da história literária, por meio do qual é possível acompanhar a evolução cronológica da literatura de determinado povo e cultura e observar a relação entre suas transformações e os diversos momentos os históricos.