O documento discute os principais gêneros literários, dividindo-os em três categorias: épico, lírico e dramático. Apresenta exemplos de cada um destes gêneros e discute suas características, como a presença de heróis míticos no gênero épico e a subjetividade no gênero lírico. Também aborda outros gêneros narrativos como romance, conto e crônica, além de definir termos como verso, poema e poesia.
2. GÊNEROS LITERÁRIOS
A LITERATURA É A ARTE QUE
SE MANIFESTA PELA
PALAVRA, SEJA ELA FALADA
OU ESCRITA.
A LITERATURA É A ARTE QUE
SE MANIFESTA PELA
PALAVRA, SEJA ELA FALADA
OU ESCRITA.
3. • OBRAS LITERÁRIAS:
• QUANTO À FORMA = VERSO & PROSA
• QUANTO AO CONTEÚDO = GÊNEROS LITERÁRIOS
7. • GÊNERO ÉPICO (NARRATIVO) = Quando é contada uma
história.
• GÊNERO LÍRICO = Quando um “eu” registra sua
subjetividade (emoções).
• GÊNERO DRAMÁTICO: Quando personagens representam
uma ação (diálogo
• + palco).
12. • É provavelmente a mais antiga das
manifestações literárias.
• Ele surgiu quando os homens primitivos
sentiram necessidade de relatar suas
experiências, centradas na dura batalha
de sobrevida num mundo caótico, hostil
e ameaçador.
13. • Neste gênero, geralmente, há presença
de figuras fantasiosas que ajudam ou
atrapalham no curso dos
acontecimentos.
• Presença de mitologia greco-latina -
contracenando heróis mitológicos e heróis
humanos.
14.
15. GÊNERO NARRATIVO
É visto como uma variante moderna do gênero épico,
caracterizando-se por se apresentar em prosa. Manifesta-se
nas seguintes modalidades:
Romance: narração de um fato imaginário mais verossímil, que
representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem.
Podemos dividi-lo em: romance de cavalaria, romance de costumes,
romance policial, romance psicológico, romance histórico etc.
Novela: (do italiano novella: notícia; narração de acontecimento
real ou imaginário), em português, é um gênero literário que
consiste em uma narrativa de caráter breve, sendo, porém,
considerado o gênero mediano entre o conto, de menor extensão, e
o romance, de maior extensão.
16. Conto: é um gênero literário marcado pela concisão. Tais narrativas têm,
em geral, poucos personagens, espaço e tempo restritos e um conflito
único. “Todos têm uma história”. Em um conto, dos temas mais
complexos aos mais simples são narrados.
Fábula: é uma composição narrativa em que os personagens são
animais que apresentam características humana, principalmente a
fala. A fábula tem caráter educativo e ao final traz um ensinamento,
fazendo analogia com o cotidiano.
Crônica: o seu nome já nos dá uma dica: crônica deriva do radical latino
crono, que significa “tempo”. Daí o seu caráter: relato de
acontecimentos do tempo de hoje, de fatos do cotidiano. Desde a
consolidação da imprensa, a crônica se caracterizou como uma seção
de jornal ou revista em que se comentam acontecimentos do dia-a-
dia.
27. • O herói clássico é aquele que tem características além da
capacidade do ser humano. São semideuses da mitologia
grega e os protagonistas das epopeias.
• São protegidos pelos deuses e tem o destino traçado.
• Suas lutas são sempre por causas coletivas, nas quais eles
assumem o papel de representantes de seu povo.
• São poderosos, fortes, corajosos e predestinados a cumprir
uma determinada missão.
29. • O herói romanesco surgiu nos romances de cavalaria
medievais (época áurea do cristianismo = “Rei Arthur e
os cavaleiros da Távola Redonda”) e chegou às obras
do Romantismo no século XIX.
• Ele também está acima dos homens comuns, mas
abaixo dos deuses. São fortes, corajosos, íntegros e
valentes.
31. • O herói problemático é o mais humano de todos.
• Ele se sente, muitas vezes, moralmente abaixo dos
homens comuns, vive num mundo capitalista e sofre
com a diferença de classes e os valores dúbios da
sociedade, expondo fraqueza e contradições.
33. O HEROÍSMO MODERNO
• O herói moderno é o anti-herói.
• Seu palco pode ser o labirinto da cidade, onde
ninguém se encontra.
• O heroísmo moderno advém da própria sobrevivência
numa constante situação de conflito, angústia e
solidão, num mundo degradado.
35. • É a manifestação literária em que predominam
os aspectos subjetivos do
autor. É, em geral, a maneira de o autor
falar consigo mesmo ou com um interlocutor
particular (amigo, amante, fantasia, elemento da
natureza, Deus...)
• Não confundir “eu-lírico” com o autor. O “eu-
lírico” ou “eu-poético” é uma espécie de
personalidade poética criada pelo autor que dá
vazão a sensações e/ou impressões.
36. • Seu nome vem de lira, instrumento musical
que acompanhava os cantos dos gregos.
• Textos de caráter emocional, centrados na
subjetividade dos sentimentos da alma.
• Predominam as palavras e pontuações de 1ª
pessoa.
• Segundo Aristóteles, a palavra cantada.
37. É importante ressaltar que o “eu - lírico”
pode ser masculino
ou
feminino
independente do autor.
38. EU - LÍRICO
Assim, podemos encontrar:
• Autor masculino eu-lírico masculino
• Autor masculino eu- lírico feminino
• Autor feminino eu- lírico feminino
• Autor feminino eu- lírico masculino
39. EXEMPLO DE GÊNERO LÍRICO
Autor masculino – eu lírico masculino
Ainda uma vez adeus...
Gonçalves Dias
"Enfim te vejo! - enfim
posso,
Curvado a teus pés,
dizer-te
Que não cessei de
querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei. Cruas âncias,
Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti! (...)
40. EXEMPLO DE GÊNERO LÍRICO
Autor masculino – eu lírico feminino
Com açúcar, com afeto
Chico Buarque
Com açúcar, com afeto
Fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa
Qual o quê
Com seu terno mais bonito
Você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa.
Você diz que é um operário, sai em busca do
[salário
41. EXEMPLO DE GÊNERO LÍRICO
Autor feminino – eu lírico feminino
•Mas não sou beata Me
criei na rua
• E não mudo minha postura Só
pra te agradar
GARGANTA
Ana Carolina
Sei que não sou santa
Às vezes vou na cara dura
Às vezes ajo com candura
Pra te conquistar
42. EXEMPLO DE GÊNERO LÍRICO
Autor feminino – eu lírico masculino
Oração do Milho
Senhor, nada valho.
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das
lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso,
nasce e cresce na terra descuidada.
Ponho folhas e haste, e se me ajudardes, Senhor,
mesmo planta de acaso, solitária,
dou espigas e devolvo em muitos grãos
o grão perdido inicial, salvo por milagre,
que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo
E de mim não se faz o pão alvo universal. [...]
(Cora Coralina)
43. POEMA & POESIA
• POEMA = Forma escrita (Normalmente em VERSOS = cada
linha que compõe o texto poético e que formam ESTROFES =
conjunto de versos).
• POESIA = O encantamento (a emoção) sobre as coisas da
vida.
45. ASPECTO RÍTMICO DO POEMA
•RITMO DO POEMA
• METRIFICAÇÃO
• SÍLABAS POÉTICAS
46. ASPECTO RÍTMICO DO POEMA
• REDONDILHA MENOR = 5 Sílabas
• REDONDILHA MAIOR = 7 Sílabas
• VERSO DECASSÍLABO = 10 Sílabas
• VERSO ALEXANDRINO = 12 Sílabas
47. Tipos de verso
• O verso é classificado segundo o número de sílabas poéticas. Assim, indicamos,
a seguir, os tipos de verso, exemplificados com trechos de poemas de Manuel
Bandeira (1886-1968). Antes, porém, devemos esclarecer que a escansão é a
contagem de sílabas poéticas do verso. Dessa forma, existem duas regras
básicas para escandir versos:
• A contagem de sílabas do verso é feita até a última sílaba tônica.
• Quando a última sílaba de uma palavra terminar com som de vogal e a primeira
sílaba da palavra seguinte começar com som de vogal, é possível (não é uma
regra fixa) juntar essas sílabas, que, assim, transformam-se em uma sílaba só.
• Portanto, vamos fazer a escansão dos seguintes tipos de verso:
48. • Monossílabo: verso de uma sílaba.
• [...]
flé-bil
lá-bil
[...]
• Dissílabo: verso de duas sílabas.
• [...]
Be-beu
Can-tou
Dan-çou
[...]
49. • Trissílabo: verso de três sílabas.
• [...]
Com- as- u-nhas
Com- os- den-tes
[...]
• Tetrassílabo: verso de quatro sílabas.
• [...]
Da- ves-te- bran-ca
À- lar-ga- tú-nica
Por- fim- ar-ran-ca
A- ro-sa- pú-nica
Em- um- so-lu-ço.
[...]
50. • Pentassílabo ou redondilha menor: verso de cinco sílabas.
• [...]
Pa-ra- que o- me-ni-no
Dur-ma- sos-se-ga-do,
Sen-ta-da a- seu- la-do
A- mãe-zi-nha- can-ta:
[...]
51. • Hexassílabo: verso de seis sílabas.
• [...]
Três- di-as- e- três- noi-tes
Fui as-sas-si-no e- sui-ci-da
La-drão,- pu-lha,- fal-sá-rio
[...]
• Heptassílabo ou redondilha maior: verso de sete sílabas.
• Vou-me em-bo-ra- pra- Pa-sár-gada
Lá- sou- a-mi-go- do- rei
Lá- te-nho a- mu-lher- que eu- que-ro
Na- ca-ma- que es-co-lhe-rei
[...]
52. • Octossílabo: verso de oito sílabas.
• [...]
O- que- res-ta- de- mim- na- vi-da
É- a a-mar-gu-ra- do- que- so-fri.
Pois- na-da- que-ro,- na-da es-pe-ro.
E em- ver-da-de es-tou- mor-to a-li.
• Eneassílabo: verso de nove sílabas.
• [...]
Com- os- gre-gos- e- com- os- troi-a-nos
Com- o- pa-dre e- com- o- sa-cris-tão
Com- o- le-pro-so- de- Pou-so- Al-to
[...]
54. • Dodecassílabo ou alexandrino: verso de doze sílabas.
• Meu- ca-ro- Rui- Ri-bei-ro- Cou-to, a- mo-ci-da-de
Pro-me-te- mais- que- dá.- So-nha-mos- se- dor-mi-mos,
E- so-nha-mos- quan-do a-cor-da-dos.- Al-tos- ci-mos
Da as-pi-ra-ção,- que em- tor-no- vê- só a i-men-si-da-de!
[...]
• Verso bárbaro: com mais de doze sílabas.
• O ar-ra-nha-céu- so-be- no ar- pu-ro- la-va-do- pe-la- chu-va
E- des-ce- re-fle-ti-do- na- po-ça- de- la-ma- do- pá-tio.
[...]
55. • VERSOS REGULARES = OBEDECEM ÀS REGRAS
CLÁSSICAS (RIMA/MÉTRICA).
• VERSOS BRANCOS = TÊM MÉTRICA, MAS NÃO TÊM RIMA.
• VERSOS LIVRES = NÃO OBEDECEM A NENHUMA REGRA.
57. Versos livres
Poética (Manuel Bandeira)
“Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que sejafora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.”
58. Versos brancos
Versos Brancos (Guilherme de Almeida)
“Uma fina saudade vai varando
a quietude cansada do meu tédio.
Mas, saudade do quê? de quem?…
Os dias
são bolas de cristal, azuis, polidas,
lisas, sem uma aresta traiçoeira
em que venha prender-se e estraçalhar-se
o véu de um pensamento de outros tempos;
sem nem o esconderijo de uma nuvem
onde fique um olhar longo de outrora
olhando para as cinzas destes instantes;
nem uma sombra forte em que se oculte
um pedaço perdido de passado…
Tudo, em torno de mim, é luminoso,
alto e macio, deslizante e lindo;
tudo é apenas um lúcido presente:
é a negação perfeita da saudade…
E no entanto – por quê? por quem?… – eu vejo
e ouço passar na terra a minha vida
cantando uma cantiga vagarosa
de água que leva flores na descida…”
59. ASPECTO RÍTMICO DO POEMA
•RIMA = COINCIDÊNCIA SONORA
(GERALMENTE) NO FINAL DE
PALAVRAS DIFERENTES.
60. RIMAS EMPARELHADAS OU PARALELAS
• (AA/BB/CC) - Os Lusíadas – Camões:
• “ – Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
• Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
• Ó fraudulento gosto, que se atiça
• C`uma aura popular, que honra se chama!
• Que castigo tamanho e que justiça
• Fazes no peito vão que muito te ama!
• Que mortes, que perigos, que tormentas, (A)
• Que crueldades neles experimentas!” (A)
61. RIMAS CRUZADAS OU ALTERNADAS
•“ – Ó glória de mandar! Ó vã cobiça (A)
•Desta vaidade, a quem chamamos Fama! (B)
•Ó fraudulento gosto, que se atiça (A)
•C`uma aura popular, que honra se chama! (B)
•Que castigo tamanho e que justiça (A)
•Fazes no peito vão que muito te ama! (B)
•Que mortes, que perigos, que tormentas, (A)
•Que crueldades neles experimentas!” (A)
62. RIMAS INTERPOLADAS
• “De tudo, ao meu amor serei atento (A)
• Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
• Que mesmo em face do maior encanto
• Dele se encante mais meu pensamento.” (A)
• (...)
• Soneto de fidelidade – Vinicius de Moraes
63. CONTEÚDO
• Elegia – poesia lírica que expressa sentimentos tristes
ou morte. Um exemplo frequente é “O cântico do
calvário” de Fagundes Varela.
• Idílio e écloga – são poemas breves com temática
pastoril. A écloga, na maioria das vezes, apresenta
diálogo.
64. • Epitalâmio – na literatura grega é um poema de homenagem
aos noivos no momento do casamento.
• Ode ou hino – derivam do grego e significam “canto”. Ode é
uma poesia que exalta algo e hino que glorifica a pátria.
• Sátira – poesia que ridiculariza os defeitos humanos ou
determinadas situações.
65. exemplo de elegia:
Cântico do calvário – Fagundes Varella.
• "Eras na vida a pomba predileta
• Que sobre um mar de angústias conduzia
• O ramo da esperança. - Eras a estrela Que entre as névoas do inverno
cintilava Apontando o caminho ao pegureiro.
• Eras a messe de um dourado estio. Eras o idílio de um amor sublime.
• Eras a glória, - a inspiração, - a pátria, O porvir de teu pai! - Ah! no
entanto, Pomba, - varou-te a flecha do destino! Astro, - engoliu-te o
temporal do norte! Teto - caíste! - Crença, já não vives!
• Correi, correi, oh! lágrimas saudosas, Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam A lousa fria de um sonhar que é
morto!"
71. Estrutura do texto dramático
• Atos (divisão do texto)
• Cenas
• Rubricas (instruções do dramaturgo)
• Falas dos personagens
72. • Em sua origem grega, o gênero dramático estava associado à
imitação ou representação da realidade.
• Aristóteles considerava a possibilidade de imitação de pessoas
nobres ou ignóbeis, isto é, de caráter superior ou inferior.
• Assim, para ele, a representação de indivíduos moralmente
superiores era tarefa da tragédia; já a imitação de seres
moralmente inferiores, da comédia.
73. • Desse modo, o teatro grego, originalmente, estava associado à
disseminação ou condenação de comportamentos sociais da
época.
• O texto dramático, consequentemente, era utilizado como um
instrumento moralizador da sociedade.
• Com o tempo, essa característica se manteve, já que o teatro
ainda tem a função de provocar reflexão e catarse (liberação de
sentimentos reprimidos).
• No entanto, os valores morais sofrem transformações de uma
época para a outra.
74. • O texto dramático pode sofrer alterações e
adaptações no processo de montagem de uma
peça.
• Assim, as características dos personagens
podem ser alteradas, e o cenário pode ser
adaptado a determinado contexto histórico.
75. • Segundo Aristóteles, é aquele gênero que imita a realidade por
meio de personagens em AÇÃO e NÃO da narração.
• Texto destinado à representação, através de atores que
dialogam (DIÁLOGO) e agem (AÇÃO).
• Apresenta a encenação de um texto.
76. FORMAS DO GÊNERO DRAMÁTICO
• TRAGÉDIA = DESPERTA TEMOR E PIEDADE
• (PAIXÕES E VÍCIOS DO HOMEM = CONFLITO
ENTE O CARÁTER DO HERÓI E SEU
DESTINO).
77.
78. •COMÉDIA = AÇÕES QUE CRITICAM A SOCIEDADE
E O COMPORTAMENTO HUMANO ATRAVÉS DO
RIDÍCULO (PROVOCA A REFLEXÃO)
80. •TRAGICOMÉDIA = É A MISTURA DO
TRÁGICO COM O CÔMICO,
ENTRETANTO, JÁ FOI A JUNÇÃO DO
REAL COM O IMAGINÁRIO.
81.
82. •FARSA = COMÉDIA EXAGERADA E
AGRESSIVA NA CRÍTICA SOCIAL E NA
ENCENAÇÃO DO TEXTO = PROVOCA O
RISO APRESENTANDO SITUAÇÕES
ENGRAÇADAS, GROTESCAS E
RIDÍCULAS DA VIDA COTIDIANA
83.
84. •AUTO = BREVE PEÇA DO TEATRO
MEDIEVAL, DE ASSUNTO RELIGIOSO OU
PROFANO, DE CONTEÚDO SIMBÓLICO E
LINGUAGEM POPULAR.
88. 01. “Os Lusíadas” – Luís Vaz de Camões.
Canto II
Já neste tempo o lúcido Planeta
Que as horas vai do dia distinguindo,
Chegava à desejada e lenta meta,
A luz celeste às gentes encobrindo;
E da casa marítima secreta he estava o Deus
Nocturno a porta abrindo,
Quando as infidas gentes se chegaram
Às naus, que pouco havia que ancoraram.
89. Os Lusiadas é um longo poema dividido em dez partes,denominadas
“Cantos”. São 8.816 versos, distribuídos em1.102 estrofes. Neste poema,
retratam-se os feitos heroicos do povo português, especialmente as
conquistas marítimas.A linguagem é solene, muito diferente da empregada
no cotidiano. A objetividade dominada a cena, não havendo espaço para as
divagações do “eu”.
Tendo estas informações acerca do livro de Camões indique a que gênero
literário pertence Os Lusíadas.
a) Lírico.
b) Épico.
c) Dramático.
d) Epistolar.
91. 02. São características do gênero narrativo:
a) há sempre um eu que se expressa, elemento que é responsável pelo subjetivismo atribuído a esse tipo de
composição.
b) é marcado pela afetividade e pela emotividade do clima lírico, sempre relacionado com o íntimo e a
introspecção.
c) apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação da situação inicial, um conflito, o
clímax e o epílogo. Os elementos que compõem o gênero narrativo são narrador, tempo, lugar, enredo ou
situação e as personagens.
d) faz referência à narrativa feita em forma de versos, contando histórias e fatos grandiosos e heroicos sobre a
história de um povo. O narrador fala do passado, o que justifica os verbos sempre empregados no tempo
pretérito.
92. a) há sempre um eu que se expressa, elemento que é responsável pelo
subjetivismo atribuído a esse tipo de composição.
b) é marcado pela afetividade e pela emotividade do clima lírico, sempre
relacionado com o íntimo e a introspecção.
c) apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação
da situação inicial, um conflito, o clímax e o epílogo. Os elementos que
compõem o gênero narrativo são narrador, tempo, lugar, enredo ou situação
e as personagens.
d) faz referência à narrativa feita em forma de versos, contando histórias e
fatos grandiosos e heroicos sobre a história de um povo. O narrador fala do
passado, o que justifica os verbos sempre empregados no tempo pretérito.
94. I. A graça do texto I decorre da ambiguidade que assume o termo “concreta” na situação apresentada.
II. O texto II é exemplo de poesia concreta, relacionada ao experimentalismo poético, no qual o poema rompe
com o verso tradicional e transforma-se em objeto visual.
III. Para a interpretação do texto II, pode-se prescindir dos signos verbais.
Está CORRETO o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
95. I. A graça do texto I decorre da ambiguidade que assume o termo “concreta” na situação
apresentada.
II. O texto II é exemplo de poesia concreta, relacionada ao experimentalismo poético, no qual o
poema rompe com o verso tradicional e transforma-se em objeto visual.
III. Para a interpretação do texto II, pode-se prescindir dos signos verbais.
Está CORRETO o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
96. Leia os fragmentos a seguir para responder à questão:
I.
De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Soneto de fidelidade, Vinícius de Moraes
II.
"Canta, ó Musa, a ira de Aquiles, filho de Peleu,
que incontáveis males trouxe às hostes dos aqueus.
Muitas almas de heróis desceram à casa de Hades
e seus corpos foram presa dos cães e das aves de rapina,
enquanto se fazia a vontade de Zeus,
a partir do dia em que se desavieram o filho de Atreu,
rei dos homens, e Aquiles, semelhante aos deuses.”
A ilíada, de Homero
97. III.
DESDÊMONA – Quem está aí? Otelo?
OTELO – Sim, Desdêmona.
DESDÊMONA – Não vindes para o leito, meu senhor?
OTELO – Desdêmona, rezastes esta noite?
DESDÊMONA – Oh, decerto, senhor!
OTELO – Se vos lembrardes de alguma falta não perdoada ainda pelo céu e sua
graça,
cuidai logo de tê-la redimida.
DESDÊMONA – O meu senhor! Que pretendeis dizer com isso?
OTELO – Bem; fazei o que vos disse e sede breve. Passarei nesse em meio; não
desejo
trucidar-vos o espírito manchado. Não pelo céu! Não vos matarei a alma.
Otelo, William Shakespeare.
98. IV.
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na
fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega
mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia com esse saco aí atrás.
Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela
adquirira no odontólogo, e respondeu:
– É areia.
A velhinha contrabandista, Sérgio Porto – Stanislaw Ponte Preta.
99. Os fragmentos acima representam, respectivamente, os seguintes gêneros:
a) épico – lírico – dramático – narrativo.
b) lírico – épico – dramático – narrativo.
c) narrativo – dramático – épico – lírico.
d) lírico – épico – narrativo – dramático.
e) dramático – narrativo – lírico – épico.
Assinale a afirmativa correta:
101. Referências
ABDALA, Benjamin. Introdução à teoria da narrativa. São Paulo: Scipione, 1988.
ASSIS, Machado de. Instinto de Nacionalidade e outros ensaios críticos. Rio de
janeiro: Paz e Terra, 1999.
BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lucia Osana (orgs.). Teoria Literária: Abordagens históricas e
tendências contemporâneas. Maringá: Eduem, 2005.
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1995
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. São Paulo: Martins, 1969.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 7. ed. São Paulo: Companhia Editra
Nacional, 1985PETRIN, Natália. Versos livres e versos soltos. Todo Estudo. Disponível
em: https://www.todoestudo.com.br/literatura/versos-livres-e-versos-soltos. Acesso em: 30
de August de 2021.
Provas dos vestibulares da Unicentro
Provas do ENEM