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GÊNEROS LITERÁRIOS
Angélica Soares
Sharlene Davantel Valarini (PG–UEM/CAPES)
davantelvalarini@yahoo.com.br
1.
Os gêneros, antigos como as obras
 A definição de gêneros literários enquanto
agrupamento de obras literárias tem sua origem no
latim (genus-eris) significando tempo de nascimento,
origem, classe, espécie e geração.
 Cada época (cada momento histórico) aponta um
conjunto de traços e/ou características
predominantes, que acabam por influenciar os
gêneros literários de dada época ou momento.
1.
Os gêneros, antigos como as obras
 Pontos a serem discutidos:
- Os gêneros são imutáveis? Seguem normas rígidas
de estruturação?
- Os gêneros podem se misturar, combinando
diferentes características?
- Qual o número de gêneros existentes?
- Apenas a divisão tripartida (gênero lírico, épico e
dramático) daria conta de todos os textos literários?
2.
A questão sempre retorna
PLATÃO
- Preocupação de ordem política/normativa;
- Primeira referência aos gêneros literários: a comédia
e a tragédia se constroem inteiramente por imitação,
os ditirambos apenas pela exposição do poeta e a
epopeia pela combinação dos dois processos.
ARISTÓTELES
- Preocupação de ordem estética;
- A diferenciação formal dos gêneros está intimamente
ligada à preocupação conteudística.
2.
A questão sempre retorna
HORÁCIO
- Procurava impor à literatura uma função moral e
didática, devendo nela juntar-se o prazer e a educação.
- Para ele, estava eliminada a possibilidade de
hibridismos entres os gêneros literários.
IDADE MÉDIA
- Sem destaque para os gêneros.
RENASCENTISMO
- A teoria dos gêneros passa a constituir-se como normas
e preceitos a serem seguidos rigidamente, para que
mais perfeita fosse a imitação e mais valorizada fosse a
obra.
- Concepção imutável dos gêneros.
2.
A questão sempre retorna
BOILEAU
- Racionalismo.
- Noção de gênero literário: espécie fixa que deveria
obedecer a regras predeterminadas. Conservam-se a
unidade de tom e a hierarquização entre os gêneros,
relacionando-as não só à diferenciação de estados do
espírito humano, mas também à classe social das
personagens e consequentemente ao ambiente.
PRÉ-ROMANTISMO e ROMANTISMO
- Valorização da individualidade e da autonomia de cada
obra, com o que se vê condenado todo tipo de
classificação da literatura.
- Liberdade de criação.
- Hibridismo foi também palavra de ordem.
2.
A questão sempre retorna
BUNETIÈRE
- Defende a ideia de que uma diferenciação e uma evolução
dos gêneros literários se dão historicamente. Assim, os
gêneros nasceriam, cresceriam, alcançaria sua perfeição e
declinariam para, em seguida, morrerem.
- Posição normativa, segundo a qual os gêneros eram vistos
como entidades existentes entre si, independentemente das
criações literárias.
CROCE
- Entendia a obra literária como individualidade, considerando
que quaisquer semelhanças de uma com as outras seriam de
importância secundária.
- Em um primeiro momento, não aceitava a existência dos
gêneros, no entanto, reavaliou a ideia posteriormente.
2.
A questão sempre retorna
SÉCULO XX
Vossler e Chklovski – pensamento de Croce.
Tynianov – o gênero é visto como um fenômeno dinâmico, em
incessante mudança.
Tomachevski – existem traços dominantes na obra, mas outros
elementos são necessários para a criação do todo artístico.
Bakhtin – entra em jogo a percepção dos gêneros que apresentariam
mudanças, em sintonia com o sistema da literatura, a conjuntura
social e os valores de cada cultura.
Jakobson – hierarquização das funções da linguagem. Em
determinados gêneros, uma função acaba sempre se sobressaindo.
Staiger – afasta-se de classificações fechadas de herança clássica;
algumas características podem ou não estar presentes em um texto.
Jauss – toda obra está vinculada a um conjunto de informações e a
uma situação especial de apreensão, ou seja, há alguns
conhecimentos prévios do leitur.
2.
A questão sempre retorna
Um assunto tão presente nos estudos literários de todas as épocas
não pode ser negado.
Não se deve descrever um gênero sem considerar os modos
concretos de recepção dos textos.
Os traços dos gêneros estão em constante transformação;
portanto, no ato da leitura, nos devemos conduzir abertamente
pelas mudanças e não por características fixas.
Mesmo que uma obra aparente ter uma desestruturação total dos
gêneros, ela ainda faz parte de um conjunto de obras.
Os gêneros são vistos como auxiliares para o conhecimento do
literário, nunca deve ser usado para a valorização e julgamento
da obra.
3.
O texto, a teoria - LÍRICO
Os cantos líricos, já em sua origem, vinham marcados
pela emoção, pela musicalidade e pela eliminação do
distanciamento entre o eu poético e o objeto cantado.
Recursos foram preservados ao se passar da forma
cantada para a escrita: as repetições de estrofes, de
ritmos, de versos (refrão), de palavras, de sílabas, de
fonemas, responsáveis não só pela criação das rimas,
mas de todas as imagens que põem em tensão o som
e o sentido das palavras.
3.
O texto, a teoria - LÍRICO
Soneto IV – “Quatro sonetos de meditação” – Vinicius de Moraes
Apavorado acordo, em treva. O luar
É como o espectro do meu sonho em mim.
E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.
Desço da noite, envolto em sono; e os braços
Como imãs, atraio o firmamento
Enquanto os bruxos, velhos e devassos
Assoviam de mim na voz do vento.
Sou o mar! Sou o mar! Meu corpo informe
Sem dimensão e sem razão me leva
Para o silêncio onde o Silêncio dorme
Enorme. E como o mar dentro da treva
Num constante arremesso largo e aflito
Eu me espedaço em vão contra o infinito.
3.
O texto, a teoria - LÍRICO
II. Paisagem do Capibaribe
“O cão sem plumas” – João Cabral
de Melo Neto
Entre a paisagem
O rio fluía
Como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
Humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
De homens plantados na lama;
De casas de lama
Plantadas em ilhas
Coaguladas na lama;
Paisagem de anfíbios
De lama a lama.
Como o rio
Aqueles homens
São como cães sem plumas
(um cão sem plumas
É mais
Que um cão saqueado;
É mais
Que um cão assassinato.
Um cão sem plumas
É quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
Suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
Roem tão fundo
Até o que não tem).
3.
O texto, a teoria - LÍRICO
“Balada do rei das sereias”, de
Manuel Bandeira
O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias:
- Ide-o lá buscar,
Que se o não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias,
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel.
Maldito o capricho
De rei tão cruel!
.................................
O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
- Ide-a lá buscar,
Que se a não trouxerdes,
Virareis espuma
Das ondas do mar!
Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.
3.
O texto, a teoria - LÍRICO
Canção – trovadoresca, clássica e romântica ou
moderna.
Elegia – cantos de luto e de tristeza.
Haicai – poema japonês composto de três versos,
somando dezessete sílabas.
Ode – destinado ao canto, com estilo solene e grave,
próximo da poesia épica.
2.
O texto, a teoria - LÍRICO
Soneto – Mário de Andrade
Aceitarás o amor como eu o encaro?...
... Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra três móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo.
Também mais nada, só de olhar,
enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.
Que grandeza... A evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
4.
O texto, a teoria - NARRATIVA
Canto III – “Uraguai” (1769)
Basílio da Gama
Pendura a um verde tronco as várias penas,
E o arco, e as setas, e a sonora aljava;
E onde mais manso e mais quieto o rio
Se estende, e espraia sobre a ruiva areia
Pensativo e turbado entra; e com água
Já por cima do peito as mãos e os olhos
Levanta ao céu, que ele não via, e às ondas
O corpo entrega. Já sabia entanto
A nova empresa na limosa gruta
O pátrio rio; e dando um jeito à urna,
Fez que as águas corressem mais serenas;
E o índio afortunado a praia oposta
Tocou sem ser sentido. Aqui se aparta
Da margem guarnecida, e mansamente
Pelo silêncio vai da noite escura
Buscando a parte donde vinha o vento.
Lá, como é uso do país, roçando
Dous lenhos entre si, desperta a chama,
Que já se ateia nas ligeiras palhas,
E velozmente se propaga. Ao vento
Deixa Cacambo o resto, e foge a tempo
Da perigosa luz; porém na margem
Do rio, quando a chama abrasadora
Começa a alumiar a noite escura,
Já sentido dos guardas não se assusta,
E temerária e venturosamente,
Fiando a vida aos animosos braços,
De um alto precipício às negras ondas
Outra vez se lançou, e foi de um salto
Ao fundo rio a visitar a areia.
[...]
Não de outra sorte o cauteloso Ulisses,
Vaidoso da ruína, que causara,
Viu abrasar de Tróia os altos muros,
E a perjura cidade envolta em fumo
Encostar-se no chão, e pouco a pouco
Desmaiar sobre as cinzas. Cresce entanto
O incendio furioso, e o irado vento
Arrebata às mãos cheias vivas chamas,
Que aqui e ali pela campina espalha.
Comunica-se a um tempo ao largo campo
A chama abrasadora, e em breve espaço
Cerca as barracas da confusa gente.
4.
O texto, a teoria - NARRATIVA
O romance equivale a epopeia nos tempos modernos,
mas não tem nenhuma relação genética com ela.
(será?)
Teve sua evolução durante as épocas e carregou em
sim as marcas dessa evolução.
Elementos estruturadores do romance: o enredo, as
personagens, o espaço, o tempo, o ponto de vista da
narrativa.
4.
O texto, a teoria - NARRATIVA
Vidas Secas – Graciliano Ramos
- Vidas Secas pode ser considerada um romance aberto, com vários quadros centrados
ora em suas personagens ora em situações. Possui um “enredo desmontável”, cíclico,
enfatizando a ausência de solução para o conflito.
- Descrições:
A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O
voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. / Uma, duas, três,
quatro, havia muitas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poente cobria-se de cirros – e
uma alegria doida enchia o coração de Fabiano.
- Narrador: Narrador heterodiegético onisciente.
“Fabiano caiu de joelhos, repetidamente uma lamina de facão bateu-lhe no peito, outras nas costas...”
- Personagens: principal (protagonista ou herói) ou secundárias (comparsas). Ex:
Fabiano, personagem central.
E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.
Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra
alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se
cabra.
- Tempo: ciclo das secas já indica uma extensão temporal; tempo cronológico é bem
maior que o tempo do discurso; monólogo interior.
“Deixaram as margens do rio, acompanharam a cerca, subiram uma ladeira, chegaram aos
juazeiros”.
[...] Pobre do seu Tomás. Um homem tão direito sumir-se como cambembe, andar por este
mundo de trouxa nas costas...
- Espaço: paisagem exterior ou interior. Geografia nordestina interfere em todos os espaços
(dentro e fora).
[...] Estivera uns dias, assim murcho; pensando na seca e roendo a humilhação. Mas a trovoada
roncara, viera a cheia, e agora as goteiras pingavam, o vento entrava pelos buracos das paredes. /
Fabiano estava contente e esfregava as mãos. Como o frio era grande, aproximou-as das
4.
A teoria, o texto - DRAMÁTICO
O drama exige ação. Por isso, o mundo nele representado apresenta-se como se
existisse por si mesmo, sem a interferência de um narrador.
Em uma peça dramática, as partes se ligam umas às outras. garantindo a unidade
da ação.
Importância do diálogo.
Tragédia, segundo Aristóteles, é a mímesis de uma ação de caráter elevado
(importante e completa), num estilo agradável, executada por atores que
representam os homens de mais forte psique, tendo por finalidade suscitar terror
e piedade e obter a catarse (libertação dessas emoções). Tem seis partes: a
fábula (mito), os caracteres, a evolução, o pensamento, o espetáculo e o canto.
Comédia, segundo Aristóteles, se volta para os homens de mais fraca psique. Tudo
é extravasado para o riso: os personagens, o conflito, a situação, as formas, as
palavras e o caráter.
Drama, surgido na primeira metade do século XVIII, vem se somar (ou substituir?) à
tragédia e à comédia. Contemporaneamente, chama-se drama a peça teatral
construída com base em tensões sociais ou individuais, que recebem um
tratamento sério e até solene.
Um texto: vários gêneros
“Morte do Leiteiro”
Carlos Drummond de Andrade
Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.
Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro.
morador na Rua Namur,
empregado no entreposto
Com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma pequena mercadoria.
E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro…
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.
Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.
Um texto: vários gêneros
Mas este entrou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.
Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame
médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.
Da garrafa estilhaçada.
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue… não sei
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.
5.
Finalizando sem concluir
“Muito se poderia dizer sobre os gêneros literários,
quando estruturados nos moldes tradicionais ou
desestruturados em obras mais revolucionárias. Não
podemos, entretanto, esquecer que, se a própria
noção do que é e do que não é literário varia com o
transcurso dos tempos, porque cada época contém
uma ideologia específica e sistemas próprios de
manipulação da cultura, a noção de gênero literário é
também histórico-cultural, obedecendo sempre, como
já vimos, a um horizonte de expectativas.”
“Para além do que se detecta como indicadores
textuais dos gêneros, das poéticas ou das ideologias,
há a força da linguagem, que gera e faz permanecer

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  • 1. GÊNEROS LITERÁRIOS Angélica Soares Sharlene Davantel Valarini (PG–UEM/CAPES) davantelvalarini@yahoo.com.br
  • 2. 1. Os gêneros, antigos como as obras  A definição de gêneros literários enquanto agrupamento de obras literárias tem sua origem no latim (genus-eris) significando tempo de nascimento, origem, classe, espécie e geração.  Cada época (cada momento histórico) aponta um conjunto de traços e/ou características predominantes, que acabam por influenciar os gêneros literários de dada época ou momento.
  • 3. 1. Os gêneros, antigos como as obras  Pontos a serem discutidos: - Os gêneros são imutáveis? Seguem normas rígidas de estruturação? - Os gêneros podem se misturar, combinando diferentes características? - Qual o número de gêneros existentes? - Apenas a divisão tripartida (gênero lírico, épico e dramático) daria conta de todos os textos literários?
  • 4. 2. A questão sempre retorna PLATÃO - Preocupação de ordem política/normativa; - Primeira referência aos gêneros literários: a comédia e a tragédia se constroem inteiramente por imitação, os ditirambos apenas pela exposição do poeta e a epopeia pela combinação dos dois processos. ARISTÓTELES - Preocupação de ordem estética; - A diferenciação formal dos gêneros está intimamente ligada à preocupação conteudística.
  • 5. 2. A questão sempre retorna HORÁCIO - Procurava impor à literatura uma função moral e didática, devendo nela juntar-se o prazer e a educação. - Para ele, estava eliminada a possibilidade de hibridismos entres os gêneros literários. IDADE MÉDIA - Sem destaque para os gêneros. RENASCENTISMO - A teoria dos gêneros passa a constituir-se como normas e preceitos a serem seguidos rigidamente, para que mais perfeita fosse a imitação e mais valorizada fosse a obra. - Concepção imutável dos gêneros.
  • 6. 2. A questão sempre retorna BOILEAU - Racionalismo. - Noção de gênero literário: espécie fixa que deveria obedecer a regras predeterminadas. Conservam-se a unidade de tom e a hierarquização entre os gêneros, relacionando-as não só à diferenciação de estados do espírito humano, mas também à classe social das personagens e consequentemente ao ambiente. PRÉ-ROMANTISMO e ROMANTISMO - Valorização da individualidade e da autonomia de cada obra, com o que se vê condenado todo tipo de classificação da literatura. - Liberdade de criação. - Hibridismo foi também palavra de ordem.
  • 7. 2. A questão sempre retorna BUNETIÈRE - Defende a ideia de que uma diferenciação e uma evolução dos gêneros literários se dão historicamente. Assim, os gêneros nasceriam, cresceriam, alcançaria sua perfeição e declinariam para, em seguida, morrerem. - Posição normativa, segundo a qual os gêneros eram vistos como entidades existentes entre si, independentemente das criações literárias. CROCE - Entendia a obra literária como individualidade, considerando que quaisquer semelhanças de uma com as outras seriam de importância secundária. - Em um primeiro momento, não aceitava a existência dos gêneros, no entanto, reavaliou a ideia posteriormente.
  • 8. 2. A questão sempre retorna SÉCULO XX Vossler e Chklovski – pensamento de Croce. Tynianov – o gênero é visto como um fenômeno dinâmico, em incessante mudança. Tomachevski – existem traços dominantes na obra, mas outros elementos são necessários para a criação do todo artístico. Bakhtin – entra em jogo a percepção dos gêneros que apresentariam mudanças, em sintonia com o sistema da literatura, a conjuntura social e os valores de cada cultura. Jakobson – hierarquização das funções da linguagem. Em determinados gêneros, uma função acaba sempre se sobressaindo. Staiger – afasta-se de classificações fechadas de herança clássica; algumas características podem ou não estar presentes em um texto. Jauss – toda obra está vinculada a um conjunto de informações e a uma situação especial de apreensão, ou seja, há alguns conhecimentos prévios do leitur.
  • 9. 2. A questão sempre retorna Um assunto tão presente nos estudos literários de todas as épocas não pode ser negado. Não se deve descrever um gênero sem considerar os modos concretos de recepção dos textos. Os traços dos gêneros estão em constante transformação; portanto, no ato da leitura, nos devemos conduzir abertamente pelas mudanças e não por características fixas. Mesmo que uma obra aparente ter uma desestruturação total dos gêneros, ela ainda faz parte de um conjunto de obras. Os gêneros são vistos como auxiliares para o conhecimento do literário, nunca deve ser usado para a valorização e julgamento da obra.
  • 10. 3. O texto, a teoria - LÍRICO Os cantos líricos, já em sua origem, vinham marcados pela emoção, pela musicalidade e pela eliminação do distanciamento entre o eu poético e o objeto cantado. Recursos foram preservados ao se passar da forma cantada para a escrita: as repetições de estrofes, de ritmos, de versos (refrão), de palavras, de sílabas, de fonemas, responsáveis não só pela criação das rimas, mas de todas as imagens que põem em tensão o som e o sentido das palavras.
  • 11. 3. O texto, a teoria - LÍRICO Soneto IV – “Quatro sonetos de meditação” – Vinicius de Moraes Apavorado acordo, em treva. O luar É como o espectro do meu sonho em mim. E sem destino, e louco, sou o mar Patético, sonâmbulo e sem fim. Desço da noite, envolto em sono; e os braços Como imãs, atraio o firmamento Enquanto os bruxos, velhos e devassos Assoviam de mim na voz do vento. Sou o mar! Sou o mar! Meu corpo informe Sem dimensão e sem razão me leva Para o silêncio onde o Silêncio dorme Enorme. E como o mar dentro da treva Num constante arremesso largo e aflito Eu me espedaço em vão contra o infinito.
  • 12. 3. O texto, a teoria - LÍRICO II. Paisagem do Capibaribe “O cão sem plumas” – João Cabral de Melo Neto Entre a paisagem O rio fluía Como uma espada de líquido espesso. Como um cão Humilde e espesso. Entre a paisagem (fluía) De homens plantados na lama; De casas de lama Plantadas em ilhas Coaguladas na lama; Paisagem de anfíbios De lama a lama. Como o rio Aqueles homens São como cães sem plumas (um cão sem plumas É mais Que um cão saqueado; É mais Que um cão assassinato. Um cão sem plumas É quando uma árvore sem voz. É quando de um pássaro Suas raízes no ar. É quando a alguma coisa Roem tão fundo Até o que não tem).
  • 13. 3. O texto, a teoria - LÍRICO “Balada do rei das sereias”, de Manuel Bandeira O rei atirou Seu anel ao mar E disse às sereias: - Ide-o lá buscar, Que se o não trouxerdes, Virareis espuma Das ondas do mar! Foram as sereias, Não tardou, voltaram Com o perdido anel. Maldito o capricho De rei tão cruel! ................................. O rei atirou Sua filha ao mar E disse às sereias: - Ide-a lá buscar, Que se a não trouxerdes, Virareis espuma Das ondas do mar! Foram as sereias... Quem as viu voltar?... Não voltaram nunca! Viraram espuma Das ondas do mar.
  • 14. 3. O texto, a teoria - LÍRICO Canção – trovadoresca, clássica e romântica ou moderna. Elegia – cantos de luto e de tristeza. Haicai – poema japonês composto de três versos, somando dezessete sílabas. Ode – destinado ao canto, com estilo solene e grave, próximo da poesia épica.
  • 15. 2. O texto, a teoria - LÍRICO Soneto – Mário de Andrade Aceitarás o amor como eu o encaro?... ... Azul bem leve, um nimbo, suavemente Guarda-te a imagem, como um anteparo Contra três móveis de banal presente. Tudo o que há de melhor e de mais raro Vive em teu corpo nu de adolescente, A perna assim jogada e o braço, o claro Olhar preso no meu, perdidamente. Não exijas mais nada. Não desejo. Também mais nada, só de olhar, enquanto A realidade é simples, e isto apenas. Que grandeza... A evasão total do pejo Que nasce das imperfeições. O encanto Que nasce das adorações serenas.
  • 16. 4. O texto, a teoria - NARRATIVA Canto III – “Uraguai” (1769) Basílio da Gama Pendura a um verde tronco as várias penas, E o arco, e as setas, e a sonora aljava; E onde mais manso e mais quieto o rio Se estende, e espraia sobre a ruiva areia Pensativo e turbado entra; e com água Já por cima do peito as mãos e os olhos Levanta ao céu, que ele não via, e às ondas O corpo entrega. Já sabia entanto A nova empresa na limosa gruta O pátrio rio; e dando um jeito à urna, Fez que as águas corressem mais serenas; E o índio afortunado a praia oposta Tocou sem ser sentido. Aqui se aparta Da margem guarnecida, e mansamente Pelo silêncio vai da noite escura Buscando a parte donde vinha o vento. Lá, como é uso do país, roçando Dous lenhos entre si, desperta a chama, Que já se ateia nas ligeiras palhas, E velozmente se propaga. Ao vento Deixa Cacambo o resto, e foge a tempo Da perigosa luz; porém na margem Do rio, quando a chama abrasadora Começa a alumiar a noite escura, Já sentido dos guardas não se assusta, E temerária e venturosamente, Fiando a vida aos animosos braços, De um alto precipício às negras ondas Outra vez se lançou, e foi de um salto Ao fundo rio a visitar a areia. [...] Não de outra sorte o cauteloso Ulisses, Vaidoso da ruína, que causara, Viu abrasar de Tróia os altos muros, E a perjura cidade envolta em fumo Encostar-se no chão, e pouco a pouco Desmaiar sobre as cinzas. Cresce entanto O incendio furioso, e o irado vento Arrebata às mãos cheias vivas chamas, Que aqui e ali pela campina espalha. Comunica-se a um tempo ao largo campo A chama abrasadora, e em breve espaço Cerca as barracas da confusa gente.
  • 17. 4. O texto, a teoria - NARRATIVA O romance equivale a epopeia nos tempos modernos, mas não tem nenhuma relação genética com ela. (será?) Teve sua evolução durante as épocas e carregou em sim as marcas dessa evolução. Elementos estruturadores do romance: o enredo, as personagens, o espaço, o tempo, o ponto de vista da narrativa.
  • 18. 4. O texto, a teoria - NARRATIVA Vidas Secas – Graciliano Ramos - Vidas Secas pode ser considerada um romance aberto, com vários quadros centrados ora em suas personagens ora em situações. Possui um “enredo desmontável”, cíclico, enfatizando a ausência de solução para o conflito. - Descrições: A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. / Uma, duas, três, quatro, havia muitas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poente cobria-se de cirros – e uma alegria doida enchia o coração de Fabiano. - Narrador: Narrador heterodiegético onisciente. “Fabiano caiu de joelhos, repetidamente uma lamina de facão bateu-lhe no peito, outras nas costas...” - Personagens: principal (protagonista ou herói) ou secundárias (comparsas). Ex: Fabiano, personagem central. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra. - Tempo: ciclo das secas já indica uma extensão temporal; tempo cronológico é bem maior que o tempo do discurso; monólogo interior. “Deixaram as margens do rio, acompanharam a cerca, subiram uma ladeira, chegaram aos juazeiros”. [...] Pobre do seu Tomás. Um homem tão direito sumir-se como cambembe, andar por este mundo de trouxa nas costas... - Espaço: paisagem exterior ou interior. Geografia nordestina interfere em todos os espaços (dentro e fora). [...] Estivera uns dias, assim murcho; pensando na seca e roendo a humilhação. Mas a trovoada roncara, viera a cheia, e agora as goteiras pingavam, o vento entrava pelos buracos das paredes. / Fabiano estava contente e esfregava as mãos. Como o frio era grande, aproximou-as das
  • 19. 4. A teoria, o texto - DRAMÁTICO O drama exige ação. Por isso, o mundo nele representado apresenta-se como se existisse por si mesmo, sem a interferência de um narrador. Em uma peça dramática, as partes se ligam umas às outras. garantindo a unidade da ação. Importância do diálogo. Tragédia, segundo Aristóteles, é a mímesis de uma ação de caráter elevado (importante e completa), num estilo agradável, executada por atores que representam os homens de mais forte psique, tendo por finalidade suscitar terror e piedade e obter a catarse (libertação dessas emoções). Tem seis partes: a fábula (mito), os caracteres, a evolução, o pensamento, o espetáculo e o canto. Comédia, segundo Aristóteles, se volta para os homens de mais fraca psique. Tudo é extravasado para o riso: os personagens, o conflito, a situação, as formas, as palavras e o caráter. Drama, surgido na primeira metade do século XVIII, vem se somar (ou substituir?) à tragédia e à comédia. Contemporaneamente, chama-se drama a peça teatral construída com base em tensões sociais ou individuais, que recebem um tratamento sério e até solene.
  • 20. Um texto: vários gêneros “Morte do Leiteiro” Carlos Drummond de Andrade Há pouco leite no país, é preciso entregá-lo cedo. Há muita sede no país, é preciso entregá-lo cedo. Há no país uma legenda, que ladrão se mata com tiro. Então o moço que é leiteiro de madrugada com sua lata sai correndo e distribuindo leite bom para gente ruim. Sua lata, suas garrafas e seus sapatos de borracha vão dizendo aos homens no sono que alguém acordou cedinho e veio do último subúrbio trazer o leite mais frio e mais alvo da melhor vaca para todos criarem força na luta brava da cidade. Na mão a garrafa branca não tem tempo de dizer as coisas que lhe atribuo nem o moço leiteiro ignaro. morador na Rua Namur, empregado no entreposto Com 21 anos de idade, sabe lá o que seja impulso de humana compreensão. E já que tem pressa, o corpo vai deixando à beira das casas uma pequena mercadoria. E como a porta dos fundos também escondesse gente que aspira ao pouco de leite disponível em nosso tempo, avancemos por esse beco, peguemos o corredor, depositemos o litro… Sem fazer barulho, é claro, que barulho nada resolve. Meu leiteiro tão sutil de passo maneiro e leve, antes desliza que marcha. É certo que algum rumor sempre se faz: passo errado, vaso de flor no caminho, cão latindo por princípio, ou um gato quizilento. E há sempre um senhor que acorda, resmunga e torna a dormir.
  • 21. Um texto: vários gêneros Mas este entrou em pânico (ladrões infestam o bairro), não quis saber de mais nada. O revólver da gaveta saltou para sua mão. Ladrão? se pega com tiro. Os tiros na madrugada liquidaram meu leiteiro. Se era noivo, se era virgem, se era alegre, se era bom, não sei, é tarde para saber. Mas o homem perdeu o sono de todo, e foge pra rua. Meu Deus, matei um inocente. Bala que mata gatuno também serve pra furtar a vida de nosso irmão. Quem quiser que chame médico, polícia não bota a mão neste filho de meu pai. Está salva a propriedade. A noite geral prossegue, a manhã custa a chegar, mas o leiteiro estatelado, ao relento, perdeu a pressa que tinha. Da garrafa estilhaçada. no ladrilho já sereno escorre uma coisa espessa que é leite, sangue… não sei Por entre objetos confusos, mal redimidos da noite, duas cores se procuram, suavemente se tocam, amorosamente se enlaçam, formando um terceiro tom a que chamamos aurora.
  • 22. 5. Finalizando sem concluir “Muito se poderia dizer sobre os gêneros literários, quando estruturados nos moldes tradicionais ou desestruturados em obras mais revolucionárias. Não podemos, entretanto, esquecer que, se a própria noção do que é e do que não é literário varia com o transcurso dos tempos, porque cada época contém uma ideologia específica e sistemas próprios de manipulação da cultura, a noção de gênero literário é também histórico-cultural, obedecendo sempre, como já vimos, a um horizonte de expectativas.” “Para além do que se detecta como indicadores textuais dos gêneros, das poéticas ou das ideologias, há a força da linguagem, que gera e faz permanecer