1. O documento discute a importância da nutrição no ensino de enfermagem em Portugal. Apresenta os resultados de um inquérito sobre como a nutrição é ensinada nos cursos de enfermagem.
2. O inquérito encontrou que a nutrição é uma unidade curricular obrigatória, mas o tempo dedicado a ela varia consideravelmente entre instituições. A maioria dos professores são enfermeiros.
3. O documento reflete que a nutrição deveria ter mais ênfase nos cursos de enfermagem dado seu grande impacto cl
1. Abílio Cardoso Teixeira | SCI1: CHPorto – Hospital Santo António | abilio.cardosoteixeira@gmail.com
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NUTRIÇÃO NO ENSINO
DE ENFERMAGEM
2. Grupo de Trabalho
2
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Abílio Cardoso Teixeira (CHP-HSA)
Bruno Magalhães (IPOFG-Porto)
Carlos Leite (CHVNG/E)
Fábio Vieira (CHP-HSA)
José Santos (IPOFG-Lisboa)
Margarida Oliveira (CHP-HSA)
Paula Meireis (CHP-HSA)
Paulo Alves (UCP)
Rui Pedro Silva (CHP-HSA)
“Trazer” os Enfermeiros para a discussão/ reflexão sobre
Nutrição
Finais de 2008: estabelecidos primeiros contactos para a
criação do grupo
Vastos conhecimentos dos diferentes membros e experiências
nas mais diversas áreas.
2009: Inicio dos trabalhos
Parceria informal com APTF e SPCI
Programa do X Congresso Anual da APNEP
Cursos direccionados para a Enfermagem
"Ensino da Nutrição no Curso de Licenciatura em
Enfermagem“
Da pluralidade nasceu e dela cresceremos!
4. 4
“Incomparably the most important office of the nurse, after she has
taken care of the patient's air, is to take care to observe the effects of
his food ... it is quite incalculable the good that would certainly come
from such sound and close observation in this most neglected branch
of nursing” Nightingale, Florence (1860) Notes on Nursing. Harrison and Sons. Londres.
Nutrição no Ensino da Enfermagem
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6. 6
• 1. Enfermagem e (/na) Nutrição
• 2. Nutrição no Ensino da
Enfermagem – Resultados de um
inquérito
• 2.1 O questionário
• 2.2 Resultados
A Abordar:
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Apresentar os resultados do inquérito
“O Ensino da Nutrição no curso de
Licenciatura em Enfermagem em
Portugal” ;
Fomentar a discussão sobre a
pertinência/ relevância do papel da
Enfermagem na Nutrição;
7. 7
1. A Enfermagem e (/na) Nutrição
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Mudanças no sistema de Saúde e no seio da Enfermagem
“Ser enfermeiro” hoje é diferente do antigamente
O Enfermeiro não pode ser autista
Enfermagem: contínuo
Curso de licenciatura → desenvolvimento profissional
Papel do Enfermeiro na Nutrição
Cada vez mais debatido/ discutido
Porém, pouco encontramos “escrito”
Enfermeiro não é detentor de todo o saber
Sozinho não resolve os problemas
Enquadrado numa equipa multidisciplinar
8. 8
1. A Enfermagem e (/na) Nutrição
Grupo de Trabalho de Enfermagem: enf.apnep@gmail.com | twitter.com/enf_apnep
Berkowitz, Bobbie; Borchard, Maleyse (2009) Advocating for the prevention of childhood obesity: a
call to action for nursing. Online Journal of Issues in Nursing 14, 8
• Encorajar pais a adoptarem estilos de vida saudáveis;
• Avaliar a adopção das mudanças no estilo de vida dos pais;
• Utilizar técnicas de aconselhamento.
Byron, Elis; Gastmans, Chris; Casterlé, Bernardette (2009) Decision‐making about artificial feedind in
end‐of‐life care: literature review. Journal of Advance Nursing 63, 2‐14
• Impacto directo limitado, mas um significativo impacto indirecto no processo de tomada de
decisão;
• Apesar de reconhecer o seu importante papel, o Enfermeiro sente que este não está claramente
definido.
Holmes, S (2006) Barriers to effective nutritional care for older adults. Nursing Standard 21, 50 ‐ 54
• Para um adequado suporte nutricional: identificação daqueles cuja saúde poderá ser melhorada
com intervenção nutricional;
• Sempre que possível a refeição deve ser oferecida à mesa;
• Falha na qualidade/ quantidade dos conhecimentos das Enfermeiras face à nutrição.
9. 9
1. A Enfermagem e (/na) Nutrição
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Todd, Vi et al. (2005) Percutaneous endoscopic gastrostomy (PEG): the role and perspective of
nurses. Journal of Clinical Nursing 14, 187‐194
• Enfermeiro é reconhecido como tendo um importante papel na alimentação a longo-termo no
doente com PEG;
• Participação na tomada destas decisões poderá ser desconfortável para o Enfermeiro, no entanto,
o seu papel poderá ser incrementado.
Tsaloglidou, A et al. (2007) Nurses’ ethical decision‐making role in artificial nutritional support.
British Journal of Nursing. 16, 996‐1001
• Recomendado que o Enfermeiro aumente os seus conhecimentos em suporte nutricional.
Fulbrook, Paul; Bongers, Anke; Albarran, John (2007) A European survey of enteral nutrition practices
and procedures n adult intensive care units. Journal of Clinical Nursing. 16, 2132-2141
• Envolvimento dos Enfermeiros no desenvolvimento de protocolos de Nutrição Artificial é
reduzido;
• A revisão das práticas de suporte nutricional deverá ser realizada pela equipa multidisciplinar.
10. 10
1. A Enfermagem e (/na) Nutrição
Grupo de Trabalho de Enfermagem: enf.apnep@gmail.com | twitter.com/enf_apnep
Wilson, Rick (2007) Nutritional Care for older people in hospitals. British Journal of Nursing 16,
700‐701
• A importância da alimentação no cuidar e tratar do paciente é à muito avocada pelos
Enfermeiros;
• Porém é uma área negligenciada pelos Enfermeiros;
Serra, Sueli; Scochi, Carmen (2004) Dificuldades maternas no processo de aleitamento materno de
prematuros em uma UTI nenonatal. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 12, 597-605
• Orientação às mães para o aleitamento;
• Apoiar a competência dos pais para o cuidado do bebé em cuidados intensivos.
Whitehurst, Emma (2009) The importance of nutrition support in the head-injured patient. British
Journal of Neuroscience Nursing. 5. 8-12
• A adequada instituição e manutenção de suporte nutricional é tarefa de todos os membros da
equipa multidisciplinar;
• Enfermeiros “responsáveis” pela área de nutrição são importantes para a promoção de boas
práticas;
11. 11
1. A Enfermagem e (/na) Nutrição
Grupo de Trabalho de Enfermagem: enf.apnep@gmail.com | twitter.com/enf_apnep
Sutton, C et. Al (2005) The introduction of a nutrition clinical nurse specialist results in a reduction in
the rate of catheter sepsis. Clinical Nutrition. 24, 220-223
• Promoção da qualidade de cuidados, reduzindo os custos (associados ao CVC)
13. 13
2. O Estudo
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Estudo exploratório – descritivo, transversal.
População: coordenadores ou regentes de disciplina de nutrição do curso de enfermagem.
41 escolas e universidades em Portugal.
Instrumento de colheita de dados: questionário (10 perguntas fechadas, enviado via correio e
e-mail).
15. 15
2.2 Resultados
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Publico
65%
Privado
35%
Instituição
16. 16
2.2 Resultados
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UC
Autónoma
47%UC
Integrada
53%
Unidade Curricular
17. 17
2.2 Resultados
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Obrigatória
100%
Opcional
0%
Conteúdo do Plano de Estudos
18. 18
2.2 Resultados
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< 1 < 2 2 < 3 3 -
Series1 1 1 2 2 1 10
0
2
4
6
8
10
12
UCTS
Unidades de Crédito
19. 19
2.2 Resultados
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59%23%
6%
12%
Categoria Profissional do Docente
Enfermeiro Nutricionista Médico Outro
21. 21
2.2 Resultados
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Unidade Curricular Integrada Unidade Curricular Autónoma
Máximo Média Máximo Média
ECTS 7,0 1,091 6,0 1,647
Aulas Teóricas 41 10,55 40 10,65
Aulas Teórico-Práticas 19 4,36 15 1,59
Orientação Tutorial 10 1,40 5 ,41
Prática Laboratorial 22 3,80 4 ,24
Outro 32 3,40 18 1,71
22. 22
2.3 Análise dos Resultados
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Taxa de resposta: 17 instituições (41,5%)
Tempo dedicado à nutrição: Muito distinto entre instituições
Tempo médio dedicado a aulas teóricas:
10.6 horas (Unidade Curricular Integrada)
10.7 horas (Unidade Curricular Autónoma)
53% das instituições: não tem uma unidade curricular autónoma de nutrição.
59% dos docentes é Enfermeiro.
É de ponderar que a nutrição não seja uma temática primordial, pois tem um enorme
impacto clínico e financeiro.
23. 23
3. Reflexões
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• Mais tempo do currículo do CLE para a área da nutrição.
• Assistem-se a inúmeras mudanças capazes de impulsionar a mudança em Enfermagem.
• É sabido, tacitamente, o papel da Enfermagem no processo de promoção da saúde e
prevenção da doença. Mas o que falta?
• Em inúmeras realidades os Enfermeiros não têm “medo” e/ou “receio” de investigar e
publicar os seus estudos, dando visibilidade “efectiva” ao que realmente fazem. É este um
passo?
• Em Portugal, o Enfermeiro tem um papel preponderante e reconhecido dentro da equipa
multidisciplinar. Não se pode esquecer que tem um papel e de o desempenhar com
qualidade. Serão as especialidades, preconizadas com o MDP, um modo de aumentar a
qualidade dos cuidados?
24. 24
A mudança far-se-á se todos
caminharmos na mesma direcção…
Um só não pode mudar o mundo,
mas todos juntos poderemos
impulsionar essa mudança!
3. Reflexões