O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
Trichomonas vaginalis
1. Trichomonas Vaginalis
MORFOLOGIA
Célula polimorfa geralmente piriforme ou oval
Capacidadedeformar pseudópodes usados para captar alimentos e se fixar a partículassólidas.
Não possui forma cística, apenas trofozoítica.
Os quatro flagelos se originam no complexo granular basal anterior.
A margem ou membrana livre é um filamento acessório.
O axóstilo é uma estrutura rígida e hialina que se projeta através do centro do organismo e
prolonga-se até a extremidade posterior.
Bleforoblasto situa-se antes do axóstilo, sobre o qual se insere os flagelos e coordena os
movimentos dos mesmos.
Núcleo elipsóide com pequeno nucléolo.
Desprovido de mitocôndrias.
Apresenta grânulos densos paraxostilares ou hidrogenossos.
LOCAL DE INSERÇÃO
Trato gastrointestinal
Não sobrevivefora do sistema urogenital.
REPRODUÇÃO
Divisão binária longitudinal
Divisão nucleardo criptopleuromitotica
Cariótipo comseis cromossomos
Não há formação de cistos
Alguns autores considerampseudocistos ou formas degenerativas.
FISIOLOGIA
Organismo anaeróbico facultativo
Vive em pH em torno de 5 a 7,5 ; em temperatura de 20 a 40 °C
Fonte de energia: glicose,maltose,glicogênio e amido
Contem enzimas glicolíticas(quebra glicídios)
Os hidrogenossomos possuempiruvato ferredoxina-oxirredutase(PFOR),enzima capazde
transformar piruvato em acetato liberando ATP e H2.
Capazde manter reserva de glicogênio.
TRANSMISSÃO
Relação sexual (doença venérea)
O homem é o vetor da doença levando o parasito ao interior da vagina através da ejaculação.
A tricomoníaseneonatal em meninas é adquiridaduranteo parto.
PATOLOGIA
Problemas relacionados coma gravidez:
Ruptura prematura da membrana
Parto prematuro
2. Baixo peso neonato
Endometrite pós-parto
Natimorto e morte neonatal
Problemas relacionados coma fertilidade:
Duas vezes maior em mulheres com histórico da doença
Infecta o trato urinário superior causando inflamação quedestrói a estrutura tubária e
danifica as células ciliadas da mucosa uterina, inibindo a passagem de
espermatozóides ou óvulos através da tuba uterina.
Transmissão do HIV:
A infecção fazsurgir uma agressiva respostaimunecom inflamação do epitélio vaginal
e exocérvice em mulheres e da uretra em homens. Essa resposta inflamatória induz a
irritação de leucócitos, incluindo células-alvo do HIV, como linfócitos TCD4+ e
macrófagos, os quais o HIV pode se ligar e ganhar acesso.
O protozoário causa pontos hemorrágicos permitindo o acesso direto do vírus a
corrente sanguínea.
O T. Vaginalistem a capacidadede degradar o “inibidor deprotease leucocitária
secretória”,produto que bloqueia o ataque do HIV às células.
Mecanismos de patogenicidade:
A elevação do pH e conseqüente aumento de bactérias anaeróbicas
Aderência e citotoxicidadeexercidas pelo parasita às células do hospedeiro podem ser
ditadas pelos fatores de virulência (adesinas, cisteína-proteinases, integrinas, cell-
detaching factor-CDF, e glicosidades).
OBS: As cisteinas-proteinases são citotóxicas e hemolíticas e apresentam capacidade
de degradar IgG, IgM e IgA presentes na vagina.
Durante a menstruação o numero de organismos na vagina diminui, entretanto os
fatores de virulência mediados pelo Fe (expressão dos genes que codificam
proteinases e adesinas) contribuem para a exacerbação dos sintomas nesse período.
O T. Vaginalis pode se auto revestir de proteínas plasmáticas do hospedeiro
impedindo seu reconhecimento pelo sistema imune.
SINAIS E SINTOMAS
Mulher:
Período de incubação de 3 a 20 dias
Não causa corrimento endocervical purulento
Vaginite (corrimento vaginal fluido, abundante, de cor amarelo-esverdeada, bolhoso,
de odor fétido, mais frequente no período pós menstrual)
Prurido ou irritação vulvogenital
Dores no baixo ventre
Dispareunia de intróito (dor e dificuldade na relação sexual)
Disúria (freqüência miccional)
Colpitil macularis (cérvice com aspecto de morango)
Mais sintomática durante a gravidez ou em mulheres que tomam anticoncepcional
oral.
Homem:
Comumente assintomático
Uretrite com fluxo leitoso ou purulento
3. Leve sensação de prurido na uretra
Ardência miccional pela manhã
Prostatite
Balanopostite
Cistite
OBS: O parasito desenvolve-se melhor no trato urogenital onde o glicogênio é mais
abundante.
DIAGNÓSTICO
Clinico:
Não suficientequando usado isoladamente
Laboratorial
Colheita de amostra
Homens pela manha sem terem urinado ou tomado algum medicamento
tricomonicida há 15 dias.
Mulheres não deverão fazer a higiene vaginal durante um período de 18 a 24
horas anterior à colheita e não ter usado medicamentos tricomonicida há 15
dias.
Preservação da amostra
Líquidos ou meios de transporte. A solução salina isotônica (0,15M)
glicosilada a 0,2% pode ser usada como liquido de transporte e mantém os
trichomonas viáveis durante varias horas a temperatura de 37 °C.
Exame microscópico
Preparações à fresco
Esfregaços fixados ecorados
Exame pós-cultivo
Imunológico
Significado maior empacientes assintomáticospermitindo tratamento
precoce e uma diminuição no risco detransmissão
EPIDEMIOLOGIA
DST mais comum no mundo
A incidência depende da idade, atividade sexual, número de parceiros sexuais, outras DSTs,
fase do ciclo menstrual, técnicas de diagnostico e condições socioeconômicas.
A T. Vaginalis pode viver três horas na urina coletada e seis horas no sêmem ejaculado.
Aproximadamente 5% dos neonatos têm capacidade de eliminar o parasito espontaneamente
devido à ação hormonal pós-parto
O aumento do pH vaginal promove ambiente susceptível ao estabelecimento do T, Vaginalis
PROFILAXIA
A presença de uma DST é fator de risco para outra
Pratica do sexo segura é seletivo
Uso de preservativo
Abstinência de contatos sexuais compessoas infectadas
Uso de medicamento eficazpara casos sintomáticosa eassintomáticos
Tratamento simultâneo dos parceiros
4. TRATAMENTO
O mais comum são os derivados de azomicina (2-nitroinidazol)
Em gestantes o medicamento não deve ser usado por via oral, apenas pela aplicação local de
cremes, geléias ou óvulos
Trichomonas Tenax
Protozoário flagelado não patogênico
Habita a cavidade bucal do homem
Não sobrevive no estomago e não pode se estabelecer na vagina
A transmissão é direta através da saliva
O diagnóstico é realizado pela pesquisa do organismo no tártaro dos dentes, na goma de
mascar ou nas criptas das tonsilas.
Trichomonas Hominis
Protozoário flagelado não patogênico
Encontrado em fezes diarréicas
Não tem forma cística (como todos os tricominadídeos)
Trofozoítos habitam o intestino grosso (ceco ou cólon) do homem
Transmissão por água contaminada ou alimentos contaminados com fezes (rota-fecal oral)