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Leishmaníase
Gênero Leishmania sp agentes de zoonoses infectam eventualmente o homem.
Regiões tropicais e subtropicais do Velho e Novo Mundo.
Doenças do SFM – Sistema Fagocítico Mononuclear
Apresentam características clinicas e epidemiológicas diversas em diversas áreas geográficas.
Reunidas em quatro grupos. (denominados - complexos)
1- leishmaníase cutânea – lesões cutâneas limitadas, ulceradas ou não. → benigna
2- leishmaníase mucocutânea ou cutâneo-mucosa – lesões destrutivas nas mucosas do nariz,
boca e faringe. → mutilantes
3- leishmaníase cutânea difusa – indivíduo anérgicos ou tardiamente pós Calazar.
4- leishmaníase visceral ou Calazar – parasito com tropismo pelo SFM → baço, fígado, medula
óssea e tecidos linfóides. → elevada mortalidade quando não tratada.
Os agentes isolados são morfologicamente semelhantes, mas não idênticos.
Definição:
√ Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), também conhecida com os nomes de ferida brava ou
úlcera de Bauru,
√ envolvendo uma grande variedade de mamíferos silvestres, reservatórios do parasito.
√ diversas sp parasitas do gênero Leishmania,
√ transmitida por diferentes insetos vetores da família Psychodidae, subfamília Phlebotaminae.
Leishmaníase tegumentar doença natural do continente Americano.
Os ceramistas pré-colombianos, do Peru e do Equador, reproduziam em suas peças de cerâmica
(huacos) figuras humanas com numerosos estados patológicos.
Desde a época colonial, inúmeros estudiosos têm deixado dados sobre uma estranha enfermidade
da região Andina. Pedro Pizarro em 1571 relatou que os povos situados nos vales quentes do Peru
eram dizimados por um mal de nariz, que agora sabemos ser a leishmaniose.
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Figuras humanas com aspectos
desfigurantes que não deixam
muitas dúvidas que a leishmaníase
tegumentar atingia as populações
mais antigas do continente
americano.
Ilustração de uma peça de
cerâmica que pode ser comparada
com a lesão nasal de um paciente.
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Principais espécies do gênero Leishmania
As espécies de Leishmania encontra-se reunidas em 3 complexos:
Subgênero: Viannia
Complexos: Leishmania braziliensis;
Subgênero: Leishmania
Complexos: Leishmania mexicana;
Complexos: Leishmania donovani.
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Subgênero: Viannia
Complexos: Leishmania braziliensis
√ Agentes da Leishmaníase tegumentar Americana
L. (Viannia) braziliensis. Agente da leishmaíase mucocutânea, úlcera de baurú ou ferida
brava. (Brasil, Venezuela, guianas Francesa, América Central e áreas de florestas dos Andes;
pequenos 2-4 µm, úlceras simples raramente múltiplas, parasita não abundante nas lesões,
provocando lesões desfigurantes, não tem tropismo visceral, crescem pobremente em meios
de cultura no inseto colonizam o intestino anterior, médio e posterior).
L. (Viannia) guyanensis. (Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Brasil. Causam
ulcerações simples e frequentemente múltipla, linfangite) subespécie da L. brasiliensis
guyanensis
L. (Viannia) panamensis. (Panamá e áreas centro-americano, lesões únicas ou pouco
numerosas com linfangite, mas propaga-se pela mucosa) subespécie da L. brasiliensis
panamensis.
L. (Viannia) peruviana - Agente de “uta”, longe das áreas de floresta em vale elevados e
secos dos Andes, na Bolívia, Peru, equador, Colômbia e Venezuela.
(o cão doméstico é o reservatório) subespécie da L. brasiliensis?
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Subgênero: Leishmania
∗∗∗∗ Complexos: Leishmania mexicana;
√ Agentes da Leishmaníase cutânea
○ L. (L.) mexicana (México, Guatemala como uma zoonose florestal, causa úlceras
benignas na pele, única e com cura espontânea) Subespécie L. mexicana mexicana.
○ L. (L.) amazonensis (Bacia Amazônica, Nordeste, Centro-oeste e Sudeste do Brasil, Trinidad
(Antilhas), Colômbia e Panamá, semelhante ou idêntica a L. (L.) pifanoi . Raramente atinge
o homem é uma zoonose de pequenos roedores silvestre. Mas quando atinge as lesões cutâneas
são únicas e em pequeno numero, com cura espontânea). Subespécie L. mexicana amazonensis.
L. (L.) pifanoi (Venezuela) Subespécie L. mexicana pifanoi
L. (L.) venezuelensis (lesões nodulares indolores geralmente únicas)
Subespécie L. mexicana venezuelensis.
L. (L.) garnhami ( lesões únicas ou múltiplas, curam-se em seis meses )
Subespécie L. mexicana garnhami.
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Subgênero: Leishmania
∗∗∗∗ Complexos: Leishmania donovani.
√ leishmaníase visceral
(2,1 µm; tendência a invadir vísceras, localizando-se no Sist. Macrofágico do baço,
fígado, medula óssea e dos órgãos linfóides. Vetores →são dípteros dos gêneros:
Lutzomyia (nas Américas) e Phlebotomus (regiões Paleártica, Etiópia e Oriente).
L. (L.) donovani leishmaníase visceral ou calazar indiano.
(paises Asiáticos Índia, Paquistão, Bangladesh e África Oriental. Homem ↔ Homem pelo
Phlebotomus).
L. (L.) infantum calazar infantil do mediterrâneo.
(Vetores dos gêneros: Phlebotomus, cães atuam como reservatório).
L. (L.) chagasi. leishmaníase visceral das Américas.
(atinge tanto adulto como crianças, transmitida pelo vetor dos gêneros: Lutzomyia. Cão
domestico, canídeos silvestres e alguns gambás. Acreditam que seja a L infantum por não ter
diferenças significativas entre eles.
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Hospedeiros invertebrados ⇒ Vetor
Insetos flebotomíneos (Phlebotomus sp e Lutzomyia sp.) que inoculam promastigotas
metacíclicos durante o repasto sanguíneo.
No Brasil: gênero Lutzomya sp ⇒ (mosquito palha, cangalhinha ou birigui).
Dípteros, muito pilosos e cor de palha ou castanho claro. Asas entre abertas e ligeiramente levantadas.
Transmissor da L. braziliensis causador da leishmaníase mucocutânea.
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AmastigotaAmastigota
PromastigotasPromastigotas
Leishmaníase - Ciclo
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AmastigotaAmastigota
PromastigotasPromastigotas
Leishmaníase - Ciclo
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floridopss floridopss
A intensidade da doença depende da espécie do parasito e do estado imunológico do hospedeiro.
Em pessoas imunocomprometidos esta proliferação é muito intensa, podendo-se encontrar grande
quantidade de parasitos livres no tecido conjuntivo da derme e também células parasitadas na epiderme.
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•Úlceras cutâneas, únicas ou múltiplas; típicas, ou verrucosas
Cutânea localizada Cutânea localizada,
Apresentação atípica Cutânea
disseminada
Leishmaníase cutânea
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Leishmaniose mucocutânea
• Acometimento especialmente de septo nasal e palato, mas pode estender-
se para a traquéia
• 3-5% após LC, lesões em vias aéreas, inclusive com risco de vida
• Natureza crônica e destrutiva
• Cicatrização espontânea muito rara
Pré - terapêutica
Pós - terapêutica
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Leishmaniose cutânea difusa (disseminada)
• ± 60 casos descritos no Brasil
• Lesões múltiplas, em face e membros
• Raro cura espontânea
• Não há tratamento efetivo
Diagnóstico laboratorial:
√√√√ Exame direto
O exame direto consiste na visualização das formas amastigotas do parasito em material obtido
das lesões ou tecidos afetados.
É o exame de primeira escolha por ser mais rápido, de menor custo e de fácil execução.
As lâminas são examinadas em microscópio óptico, procurando-se amastigotas que podem estar
dentro ou fora dos macrófagos.
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√√√√ Provas sorológicas
Intradermorreação de Montenegro avalia resposta celular do paciente (reação de
hipersensibilidade tardia) alta sensibilidade (até 100%)
Imunofluorescência indireta e ELISA
Auxílio diagnóstico
Útil, especialmente quando Não se consegue “encontrar” parasita.
Pode ter falso-positivo com Doença de Chagas Reação cruzada com outros
Tripanossomatídeos.
TRATAMENTO
Antimoniais antimoniato de meglumine / estibolguconato de sódio contra-indicado em
cardiopatas, idosos e grávidas.
Pentaminas efeito menos curativo e mais tóxico
Antibióticos anfotericina B e rifampicina.
Imunoterapia Leishvacin R + glucantine. Excelentes resultados.
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Paciente portador de leishmaniose
mucocutânea em estado avançado
apresentando a clássica lesão do septo
nasal provocada pela infecção com L.(V)
braziliensis.
De acordo com a espécie podem produzir
manifestações cutâneas, mucocutâneas,
cutâneas-difusas e viscerais.
Vacina terapêutica para a leishmaníase
Vacina está sendo testada nos municípios de Caratinga e Varzelândia, em Minas Gerais - Brasil,
e também na Colômbia e no Equador, sob a coordenação da OMS.
A cura da doença foi descoberta, no início do século XX, pelo médico paraense, Gaspar Viana.
Centro de Referência para Leishmaníase.
Rio de Janeiro
• Hospital Evandro Chagas – Av. Brasil, 4365
– Fundação Osvaldo Cruz – Rio de Janeiro / RJ