3. Questões para reflexão sobre os
textos abaixo:
Texto 1: “Herrar é umano” (frase
de um grafiteiro).
Há erro no texto 1? Justificar.
4. Questões para reflexão sobre os
textos abaixo:
Texto 2: “É melhor morrer de pé
do que viver de joelhos”
(Franklin Roosevelt).
O que significa o texto 2?
5. Questões para reflexão sobre os
textos abaixo:
Texto 3: “Marcela amou-me
durante onze meses e quinze
contos de réis” (Machado de
Assis, em Memórias Póstumas
de Brás Cubas).
O que significa a expressão
“quinze contos de réis” no texto
3?
6. Questões para reflexão sobre os
textos abaixo:
Texto 4:
Qual é a intenção do autor do texto
4?
7. A resposta das questões acima exige
de nós um esforço, já que há uma
intenção nos textos que precisa ser
identificada para que possamos
compreender o seu sentido.
Assim, fica evidente que precisamos
ter domínio sobre os recursos que
os usuários da língua empregam
para atingir seus objetivos
comunicativos.
8. “Pela linguagem, o homem
transforma tudo em matéria de
pensamento. Só ele é capaz de
promover a circulação de
significações, pois procura, cria,
armazena, transforma e transmite
significação pela linguagem”.
9. Portanto, a comunicação só se
realiza porque o homem possui a
capacidade da linguagem. A
comunicação é um processo social e
sem ela, a sociedade dificilmente
existiria, pois, a todo instante, o
homem sofre impacto desse
processo, por meio de símbolos,
gestos e sinais presentes em seu
cotidiano.
10. Ao transmitir uma informação,
notícia ou qualquer mensagem é de
fundamental importância “[...] que
haja, de um lado, quem formule a
mensagem para enviar a notícia e de
outro, quem a receba e a decifre”.
11. 2.1 ELEMENTOS DO PROCESSO DA
COMUNICAÇÃO
Segundo Vanoye (1998, p. 1), o
processo de comunicação pode ser
representado pelo seguinte
esquema:
13. Locutor (emissor) – aquele que diz
algo a alguém, que emite a mensagem.
A partir de uma situação de
comunicação, caberá ao emissor
escolher, entre as possibilidades que
os códigos colocam à sua disposição,
os enunciados que melhor se ajustem
aos seus propósitos interacionais.
14. Interlocutor (receptor) – aquele com
quem o locutor se comunica, quem
recebe a mensagem. O destinatário
traduz os códigos (decodifica), entende
(faz o trabalho de intelecção), interpreta.
Em todo processo de comunicação há
uma troca de papéis, assim, no momento
em que produz a sua mensagem, o
destinatário passa a desempenhar o papel
de emissor.
15. Note-se que o fato de
receber a mensagem não
implica necessariamente,
decodificá-la e
compreendê-la.
16. Para não ocorrer nenhuma
interferência no ato da transmissão
da mensagem, cada elemento
comunicativo tem que respeitar seu
próprio papel.
17. Como emissor, o indivíduo deve
estar sempre aperfeiçoando seus
meios de comunicação e como
receptor, deve estar sempre atento
para defeitos de recepções como
incorreções, má-interpretações,
truncamento de mensagem etc.
18. Mensagem – é o texto, o que foi
transmitido, é a informação que se
quer transmitir. É concretizada por
alguma materialidade (grafia, som,
imagem, gestos etc.)
A mensagem é produzida por alguém
numa situação concreta (contexto)
com alguma finalidade. Pode ser um
questionamento, um aviso, uma
advertência etc.
19. Código – a convenção social, um contrato
que permite ao interlocutor compreender
a mensagem, que controla a relação entre
aquilo que se pode perceber por meio dos
sentidos (significante) e o seu significado.
Essa relação constitui uma unidade
abstrata: o signo - uma unidade abstrata
constituída pela relação entre o plano da
expressão (significante) e o plano do
conteúdo (significado). No momento do ato
de linguagem, o signo será concretizado
por alguma materialidade (visual, sonora,
tátil etc.).
20. O papel desempenhado pelo código
no processo comunicativo tem
grande relevância, pois o emissor e
o receptor devem possuir
conhecimento dele para que a
comunicação se realize, caso
contrário, a comunicação será
apenas parcial ou nula.
21. Canal (meio, veículo, mídia) – é o
meio físico que conduz a mensagem
ao receptor. Há o canal natural (ar) e o
tecnológico (TV, telefone, microfone,
rádio, impressos etc.).
Os dois tipos de canal, se necessário,
complementam-se. Quando a
comunicação é feita somente com o
canal natural, é denominada de
comunicação direta; se realizada com o
canal tecnológico, chama-se
comunicação indireta.
22. “Tudo o que prejudica a transmissão
de uma mensagem é considerado
ruído: a má transmissão do emissor,
a falta de atenção do receptor, o
conhecimento insatisfatório do
código etc.”.
Assim, o canal precisa estar
ajustado, caso contrário poderá
causar vários tipos de interferências.
“Tudo que prejudica a qualidade da
comunicação dá-se o nome técnico
de ruído”.
23. Referente (ou contexto) – o assunto
da mensagem, a situação que
envolve o emissor e o receptor e o
contexto linguístico que envolve a
mensagem.
O contexto é fundamental:
dependendo dele, uma frase pode
adquirir significados diferentes.
24. Portanto, para a mensagem
alcançar os objetivos desejados,
todos os elementos têm que,
efetivamente, estar sintonizados
com o processo.
25. Além disso, outros aspectos
merecem atenção:
1. “O sucesso de nossas interações
verbais, seja na condição de locutor,
seja na de interlocutor, depende
muito de nossa capacidade de lidar
com a intencionalidade.
Intencionalidade discursiva são as
intenções, explícitas ou implícitas,
existentes na linguagem dos
interlocutores que participam de
uma situação comunicativa”.
26. Ex.: - Por favor! Me joga uma corda
que eu estou me afogando!
- E, além disso, ainda quer se
enforcar? (Piada de Jô Soares)
2. No ato de comunicação, a
linguagem desempenha uma
determinada função, dependendo da
intencionalidade do emissor em
focalizar um ou outro elemento da
comunicação.
Portanto, é preciso que se observe,
com atenção, também as funções
presentes nos textos lidos.
27. 2.2 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
“A linguagem desempenha
determinada função, de acordo com
a ênfase que se queira dar a cada um
dos componentes do ato de
comunicação. Assim, como são seis
os componentes do ato de
comunicação, seis são as funções
que a linguagem pode assumir:
emotiva, conativa, referencial,
metalinguística, fática, poética”.
28. Emotiva (ou expressiva) – o emissor
é posto em destaque, veicula seus
sentimentos, emoções e
julgamentos.
Ex.: “Eu sem você / Não tenho porquê
Porque sem você / Não sei nem chorar
Sou chama sem luz / Jardim sem luar
Luar sem amor / Amor sem se dar”
(Baden Power e Vinícius de Moraes)
29. Conativa (ou apelativa) – o receptor é posto
em destaque e é estimulado pela
mensagem, visa a uma atitude ou tomada
de posição por parte do interlocutor. O
remetente quer influenciar o
comportamento do destinatário.
Ex.: “Compre batom”. “Use Rexona”.
“Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- em que espelho ficou perdida
- a minha face?” (Cecília Meireles,
Retrato).
30. Referencial (informativa ou
cognitiva) – o referente ou contexto é
posto em destaque, é a comunicação
pura e simples, o emissor se limita a
informar de modo objetivo.
Ex.: “Entre as coisas que sabemos, a
nossa língua é a que devemos saber
melhor” (Rui Barbosa).
31. Metalinguística – o código é posto em
destaque, traz sempre uma explicação,
procurando definir o que não está claro. O
emissor quer explicar alguma palavra que
faz parte da mensagem, isto é, usa o código
para falar do próprio código.
Ex.: Quadrinhos: narração de uma história
por meio de desenhos e legendas dispostos
numa série de quadros.
- André, o que significa “inquirir”? (função
conativa)
- Significa “indagar, perguntar”. (função
metalinguística)
32. Fática – o canal é posto em destaque,
caracteriza-se pelo uso de certas expressões
visando a esclarecer e manter o contato com o
interlocutor. O remetente testa se o destinatário
está recebendo bem a mensagem.
Ex.: Hem? Alô, alô, não desligue, não, ouviu?
“Alô! Alô! Marciano / Aqui quem fala é da
Terra...” (Rita Lee)
“-Olá, como vai?
- Eu vou indo e você, tudo bem?
- Tudo bem, eu vou indo...” (Paulinho da Viola)
33. Poética – a própria mensagem é posta em
destaque, valoriza a informação pela forma
como é veiculada. O ritmo, a sonoridade e a
estrutura da mensagem têm importância
igual à do conteúdo das informações. O
remetente se preocupa com a elaboração
da forma da mensagem.
Ex.: “Quem cabritos vende e cabras não
tem, de algum lugar lhe vêm.”
“Quem as suas mágoas canta,
Quando acaso as canta bem
Não canta só suas mágoas,
Canta a de todos também”
(Mário Quintana).
34. Função Referencial
Função Fática
Função Poética
Função Emotiva Função Metalinguística Função Conativa
CANAL DE COMUNICAÇÃO (Contato)
REFERENTE
(Contexto)
Emissor
ou
Destinador
Receptor
ou
Destinatário
MENSAGEM
CÓDIGO
36. "Cada um tem de mim exatamente o que
cativou, e cada um é responsável pelo que
cativou, não suporto falsidade e mentira, a
verdade pode machucar, mas é sempre
mais digna. Bom mesmo é ir a luta com
determinação, abraçar a vida e viver com
paixão. Perder com classe e vencer com
ousadia, pois o triunfo pertence a quem
mais se atreve e a vida é muito para ser
insignificante. Eu faço e abuso da
felicidade e não desisto dos meus sonhos.
O mundo está nas mãos daqueles que tem
coragem de sonhar e correr o risco de viver
seus sonhos”.
(CHARLIE CHAPLIN)