2. EPIDEMIOLOGIA
INTRODUÇÃO - Definições:
Epidemiologia: “ramo das ciências da saúde que estuda, na
população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos
eventos relacionados com a saúde”.
Vigilância Epidemiológica: “conjunto de atividades que
permite reunir a informação indispensável para conhecer a qualquer
momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem
como, detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes,
com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes as
medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle
de determinadas doenças” (Lei Orgânica da Saúde - Lei Nº. 8080/90).
3.
4. Para identificar e controlar problemas relacionados à
saúde (surtos e epidemias).
5. Métodos empregados em Epidemiologia - modo científico de
abordar e investigar a saúde da população, os fatores que a
determinam, a evolução do processo da doença e o impacto
das ações propostas para alterar o seu curso.
Enfoques para pesquisar um tema
1. Estudo de Caso
2. Investigação Experimental de Laboratório
3. Pesquisa Populacional/Observacional
6. Critérios para a classificação dos métodos
o propósito geral - estudos descritivos e
analíticos (comparativos)
o modo de exposição das pessoas ao fator
em foco - estudos de observação e de
intervenção (experimentais)
direção temporal das observações - estudos
prospectivos, retrospectivos e transversais
8. Estudos Observacionais
Descritivos Relato de casos
Estudos Ecológicos
ou de Correlação
Série de casos /
Estudos
Observacionais
Transversal ou
Seccional ou
Prevalência
Analíticos
Caso-controle
Coorte ou
Seguimento ou
Incidência
9. Estudos Observacionais
• O observador não interfere no fator de exposição
• Somente observa o processo
• Tipos de estudo:
– Descritivos
– Analíticos
10. TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estudos Descritivos
informam sobre a distribuição de um evento
na população, em termos quantitativos:
Incidência ou Prevalência
Estudos Analíticos
estudos comparativos que trabalham com
“hipóteses” - estudos de causa e efeito,
exposição e doença
11. Estudos Ecológicos
Primeira etapa da pesquisa epidemiológica.
Estudo da população (e não de indivíduos).
Compara a frequência da doença entre diferentes
populações.
Na maior parte das vezes estes grupos tomam a
forma de uma área definida geograficamente
(estado, cidade, setor censitário)
Utiliza dados secundários (Sistemas de Informação)
Utilizados para formular hipóteses, mas não para
testá-las.
12. Série de casos / Relato de casos
Relato de caso
Descrição em detalhe características interessantes
em um único paciente.
Estudo de série de casos
Nesse tipo de estudo, são
descritas em detalhe características
interessantes em um conjunto de pacientes.
Quando usar?
Casos raros, atípicos, diferentes...
13. Estudos Transversais
O status da doença e da exposição são aferidos no mesmo momento.
São estudos que visam determinar a prevalência de uma condição em
um determinado ponto no tempo ( estudos descritivos).
Pode ser usado para analisar fatores associados (não de risco), pois
não permite distinguir se a exposição precede ou não a doença
(estudos analíticos).
Importantes no planejamento da saúde.
Fornecem hipóteses etiológicas.
15. Estudos de Coorte (Incidência ou
seguimento)
Casos novos de doença (Incidentes)
Produz medidas diretas de risco
Capazes de estabelecer a etiologia
Também utilizados para análise de sobrevida
O tempo de seguimento (observação) deve ser o
suficiente para que ocorra o desfecho
Susceptível a perdas de seguimento
Inadequado para doenças raras e com longo período de
latência
16.
17. Estudos Caso-Controle
Utilizados para estudas fatores etiológicos de doenças
com longo período de latência e baixa incidência
Investiga-se as exposições passadas
O caminho é o oposto aos estudos de coorte
Casos: Incidentes ou prevalentes; base hospitalar ou
populacional
Controles: base hospitalar, populacional ou
grupos especiais (amigos, vizinhos, parentes, etc).
20. Estudos Experimentais (Ensaios
Clínicos)
Os investigadores são responsáveis por alocar os
participantes nos grupos de tratamento
Aplicam uma ou mais intervenções
Acompanham os sujeitos no tempo
de forma a documentar modificações ocorridas
(desfechos)
São considerados as melhores fontes de
evidência de uma intervenção
Intervenções: Fármacos, Procedimentos, Orientações…
Controle: Placebo, outros regimes terapêuticos, sem
intervenção…
Randomização
Mascaramento (cegamento)
21. O investigador determinou as exposições?
Ensaio clínico (experimentais)
Ensaio clínico
randomizado
Ensaio clínico não
randomizado
Estudos Observacionais
Sim Não
Tem grupo de comparação?
Sim Não
Estudos
Analíticos
Estudos
Descritivos
Direção?
Exposição Doença Doença Exposição Doença e exposição ao mesmo tempo
Estudo de Coorte Caso-Controle Estudo Transversal
23. Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudos
epidemiológicos
Tipo Vantagens Desvantagens
Estudo de caso barato e fácil para não pode ser usado para
gerar hipóteses testar hipóteses
Série de casos fornece dados descritivos sem grupo controle, não pode
em doenças características ser usado para testar hipóteses
Transversal permite conhecer prevalência, não permite conhecer tempo
fácil, pode gerar hipóteses da exposição
Ecológico respostas rápidas, pode gerar dificuldade para controlar
hipóteses confundimentos
Fonte: Grisso, 1993
24. BIBLIOGRAFIA
Gordis, L. Epidemiology. W.B. Daunders Company, Baltimore,
Philadelphia, 1996.
Newbold, P. Statistics for Business & Economics, Ed. Prentice-Hall,
Englewood Cliffs, New jersey, 4 th Edition, 1994.
Pereira, MG. Epidemiologia - Teoria e Prática. Ed. Guanabara/Koogan,
1995.
Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, 1996.
Waldman, EA & Costa Rosa, T. E. Vigilância em Saúde Pública. Coleção
Saúde & Cidadania. Ed. Peirópolis, Vol. 7, 1998.
WHO Global SalmSurv. Estudo de Caso – Febre Tifóide. [material
técnico], Set. 2005.