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Estudos Epidemiológicos.
DESENHO DO ESTUDO
Observacionais
•Relato de Casos
•Série de casos
•Transversal
•Ecológico
•Coorte
•Caso-controle
Experimentais
•Ensaio clínico
•Ensaio de comunidade
Descritivos
Analíticos
Não tem grupo de comparação
RELATO DE CASOS
• Apenas um ou número pequeno de pacientes;
• Um hospital ou serviço de saúde;
• Ausência de grupo de comparação;
• Descrição inicial (às vezes fundamental) de
novas doenças ou associações.
ESTUDO DESCRITIVO
 Modelo 1: Analisar o perfil de fratura mandibular (ramo, corpo, côndilo,
sínfise) dos pacientes operados na Santa Casa de Limeira, pelos alunos da
pós-graduação do serviço de Cirurgia e Traumatologia da FOP/Unicamp.
(causas x tipo de fratura)
 Modelo 2: Qual o perfil socioeconômico cultural da pessoa que procura o
serviço de um personal trainer? (sexo, IMC x nível cultural x econômico)
 Modelo 3: Quais são as expectativas dos alunos de fisioterapia em
relação ao serviço público de saúde? (trabalhar ou não para o SUS, regime de
dedicação de 20 ou 40hs/semanais)
Pereira & Bittar, 2008
Não compara, apenas descreve
Observacionais X Experimentais
• Observacionais
– O investigador observa, sem interferir.
• Experimentais
– O investigador intervém.
Pressupõem a existência de um grupo de referência, o que
permite estabelecer comparações.
Estudos Analíticos
ESTUDO ANALITICO
OBSERVACIONAL
ESTUDO TRANSVERSAL (CROSS-SECTIONAL)
• Doença e exposição: medidas simultaneamente ou em
curto período de tempo.
• População inteira ou amostra da população
• Estudo comum
• Planejamento em saúde
ESTUDO TRANSVERSAL (CROSS-SECTIONAL)
• Doença e exposição: medidas simultaneamente ou em
curto período de tempo.
Modelo :
Em 100 pessoas examinadas, quantos fazem exercícios
regulares e apresentam quadro de obesidade.
Pereira & Bittar, 2008
Estudos Transversais - Aplicações
• Medir a freqüência de doenças
– Prevalência de diabetes em adultos de Ipatinga.
• Descrever a distribuição das doenças conforme fatores
de risco conhecidos
– Desnutrição infantil conforme classe social.
• Medir a freqüência e características de fatores de risco
conhecidos
– Prevalência de sedentarismo em crianças
Estudos Transversais - Aplicações
• Identificar novos fatores de risco
– Chimarrão e angina.
• Planejar serviços e programas de saúde
– Número absoluto de pessoas atendidas pelo Curso de
Fisioterapia do Unileste no Vale do Aço.
• Avaliar serviços e programas de saúde
– Cobertura da vacina da gripe em idosos.
• Monitorar tendências temporais em doenças ou
fatores de risco
– Evolução da freqüência de inatividade física em Ipatinga.
Estudos transversais
Vantagens:
• Medem prevalência
• Doenças comuns
• Úteis para planejamento de saúde
• Rápidos e baratos
Desvantagens:
Relação temporal entre exposição e doença
ESTUDO ANALITICO
OBSERVACIONAL
ESTUDO ECOLÓGICO
• Unidade de informação não é indivíduo, mas grupo
(população).
• Informação sobre doença e exposição → em grupos
populacionais: escolas, cidades, países, etc.
• Quase sempre: dados colhidos rotineiramente (sensos,
serviços de saúde, fontes do governo).
• Ideais para exposições integrais (altitude, clima, relevo,
poluição).
• Úteis para levantar hipóteses.
VANTAGENS:
1- Baixo custo e rápida execução;
2- Dados disponíveis: SIM, SINASC, SINAN, IBGE;
3- Mensuração da implantação de um novo programa de saúde
ou uma nova legislação em saúde na melhoria das
condições de saúde.
ESTUDO ECOLÓGICO
TIPOS DE DESENHO
Desenhos de múltiplos grupos
Estudo exploratório:
I- comparação de taxas de doença entre regiões durante o mesmo período →
identificar padrões espaciais. Freqüentemente, pode conter dois tipos de problemas:
a)Regiões com poucos casos→grande variabilidade na taxa da doença
b) Regiões vizinhas tendem a ser mais semelhantes do que regiões mais
distantes
II - utilizado para prever tendências futuras da doença ou avaliar o impacto de
uma intervenção populacional
Estudo analítico:
avalia a associação entre o nível de exposição médio e a taxa de doença entre
diferentes grupos → estudo ecológico mais comum.
Diferença entre Estudo caso
controle e Estudo de coorte.
CASO-CONTROLE X COORTE
Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos
que participarão da investigação (seleção)
✓ Estudos de coorte: Exposição
✓ Estudos caso-controle: Doença
Exemplo: exposição a R-X e risco de leucemia
Coorte: indivíduos identificados a partir da exposição ou não a R-X
Caso-controle: indivíduos identificados a partir de ter ou não leucemia
ESTUDO ANALITICO
OBSERVACIONAL
Também conhecidos como:
• Estudos de Incidência (incidence)
• Longitudinais (longitudinal) ou
• de Seguimento (follow-up).
ESTUDOS DE COORTE
É um tipo de estudo em que um grupo de pessoas com alguma
coisa em comum (nascimento, exposição a um agente,
trabalhadores de uma indústria etc.). É acompanhado ao longo
de um período de tempo para observar-se a ocorrência de um
desfecho.
ESTUDOS DE COORTE
RETROSPECTIVO X PROSPECTIVO
Até recentemente
- Coorte = estudo prospectivo
- Caso-controle = estudo retrospectivo
Coorte retrospectiva (histórica)
- participantes identificados segundo características/
exposição no passado.
Coorte prospectiva
- participantes identificados segundo características/
exposição atual.
ESTUDOS DE COORTE
Vantagens
• Possível estudar várias doenças
• Possível estudar exposições raras
• Informação sobre exposição pouco sujeita a viéses
• Pode-se calcular incidência
Desvantagens
• Freqüentemente demoram vários anos
• Não adequados para doenças raras
• Pode-se estudar poucas exposições
• Logisticamente difíceis
• Perda de indivíduos
ESTUDO ANALITICO
OBSERVACIONAL
ESTUDOS CASO-CONTROLE
• Comparação entre grupo de indivíduos com a doença de
interesse com (um) grupo(s) de indivíduos sem a doença,
no que se refere à exposição (exposições) suspeita(s)
• Finalidade: quantificar fatores que ocorram com maior
(ou menor) freqüência nos casos do que nos controles
• Não fornece incidências
Parte do doente, e não da população.
ESTUDOS CASO-CONTROLE
- APLICAÇÕES
▪ Etiologia
• Eficácia vacinal
• Rastreamento (Screening)
• Tratamento
ESTUDOS CASO-CONTROLE
VANTAGENS
• Possível estudar vários
fatores de risco;
• Possível estudar doenças
raras;
• Em geral não requer grande
no. de indivíduos;
• Relativamente rápido;
• Relativamente barato.
DESVANTAGENS
• Seleção de controles: difícil;
• Não adequado para exposições
raras;
• Cálculo de incidência e
prevalência: não possível.
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
= Estudos de intervenção
Terapêutico ou Preventivo
Dois tipos básicos
- ensaio clínico
- ensaio de comunidade
1) Comparabilidade de populações (alocação aleatória):
receber ou não a intervenção é decidido de forma aleatória.
2) Comparabilidade de tratamento (normal ou experimental):
os participantes não são capazes de distinguir se estão recebendo a
intervenção ou não.
3) Comparabilidade de avaliação (cegamento):
as pessoas que avaliam os pacientes não sabem se estes pertencem ao
grupo que está recebendo a intervenção ou não.
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
ESTUDO ANALITICO
EXPERIMENTAL
ENSAIO CLÍNICO
DESFECHO
População de
pacientes com a
condição de
interesse
Amostra
Intervenção
experimental
Intervenção de
controle
Melhora
Melhora
Não Melhora
Não Melhora
ESTUDO ANALITICO
EXPERIMENTAL
ENSAIO DE COMUNIDADE
Intervenções a nível de comunidade (escola, bairro,
cidade, país)
Exs.: campanhas para prevenção de AIDS (preservativo,
troca de seringa), fluoretação da água para prevenção de
cárie, inseticida no controle de vetor.
Estudo para avaliar impacto de programa de intervenção
(lavar face) para tracoma - Seis vilas na Tanzânia aleatorizadas
(crianças 1-7 anos) para antibiótico tópico X antibiótico tópico +
campanha educacional para lavar a face:
após 12 meses de tracoma severo nas crianças das vilas onde
ocorreu intervenção → houve queda de 62% nos casos.

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  • 3. Observacionais •Relato de Casos •Série de casos •Transversal •Ecológico •Coorte •Caso-controle Experimentais •Ensaio clínico •Ensaio de comunidade Descritivos Analíticos Não tem grupo de comparação
  • 4.
  • 5. RELATO DE CASOS • Apenas um ou número pequeno de pacientes; • Um hospital ou serviço de saúde; • Ausência de grupo de comparação; • Descrição inicial (às vezes fundamental) de novas doenças ou associações.
  • 6. ESTUDO DESCRITIVO  Modelo 1: Analisar o perfil de fratura mandibular (ramo, corpo, côndilo, sínfise) dos pacientes operados na Santa Casa de Limeira, pelos alunos da pós-graduação do serviço de Cirurgia e Traumatologia da FOP/Unicamp. (causas x tipo de fratura)  Modelo 2: Qual o perfil socioeconômico cultural da pessoa que procura o serviço de um personal trainer? (sexo, IMC x nível cultural x econômico)  Modelo 3: Quais são as expectativas dos alunos de fisioterapia em relação ao serviço público de saúde? (trabalhar ou não para o SUS, regime de dedicação de 20 ou 40hs/semanais) Pereira & Bittar, 2008 Não compara, apenas descreve
  • 7.
  • 8. Observacionais X Experimentais • Observacionais – O investigador observa, sem interferir. • Experimentais – O investigador intervém. Pressupõem a existência de um grupo de referência, o que permite estabelecer comparações. Estudos Analíticos
  • 10. ESTUDO TRANSVERSAL (CROSS-SECTIONAL) • Doença e exposição: medidas simultaneamente ou em curto período de tempo. • População inteira ou amostra da população • Estudo comum • Planejamento em saúde
  • 11. ESTUDO TRANSVERSAL (CROSS-SECTIONAL) • Doença e exposição: medidas simultaneamente ou em curto período de tempo. Modelo : Em 100 pessoas examinadas, quantos fazem exercícios regulares e apresentam quadro de obesidade. Pereira & Bittar, 2008
  • 12. Estudos Transversais - Aplicações • Medir a freqüência de doenças – Prevalência de diabetes em adultos de Ipatinga. • Descrever a distribuição das doenças conforme fatores de risco conhecidos – Desnutrição infantil conforme classe social. • Medir a freqüência e características de fatores de risco conhecidos – Prevalência de sedentarismo em crianças
  • 13. Estudos Transversais - Aplicações • Identificar novos fatores de risco – Chimarrão e angina. • Planejar serviços e programas de saúde – Número absoluto de pessoas atendidas pelo Curso de Fisioterapia do Unileste no Vale do Aço. • Avaliar serviços e programas de saúde – Cobertura da vacina da gripe em idosos. • Monitorar tendências temporais em doenças ou fatores de risco – Evolução da freqüência de inatividade física em Ipatinga.
  • 14. Estudos transversais Vantagens: • Medem prevalência • Doenças comuns • Úteis para planejamento de saúde • Rápidos e baratos Desvantagens: Relação temporal entre exposição e doença
  • 16. ESTUDO ECOLÓGICO • Unidade de informação não é indivíduo, mas grupo (população). • Informação sobre doença e exposição → em grupos populacionais: escolas, cidades, países, etc. • Quase sempre: dados colhidos rotineiramente (sensos, serviços de saúde, fontes do governo). • Ideais para exposições integrais (altitude, clima, relevo, poluição). • Úteis para levantar hipóteses.
  • 17. VANTAGENS: 1- Baixo custo e rápida execução; 2- Dados disponíveis: SIM, SINASC, SINAN, IBGE; 3- Mensuração da implantação de um novo programa de saúde ou uma nova legislação em saúde na melhoria das condições de saúde.
  • 18. ESTUDO ECOLÓGICO TIPOS DE DESENHO Desenhos de múltiplos grupos Estudo exploratório: I- comparação de taxas de doença entre regiões durante o mesmo período → identificar padrões espaciais. Freqüentemente, pode conter dois tipos de problemas: a)Regiões com poucos casos→grande variabilidade na taxa da doença b) Regiões vizinhas tendem a ser mais semelhantes do que regiões mais distantes II - utilizado para prever tendências futuras da doença ou avaliar o impacto de uma intervenção populacional Estudo analítico: avalia a associação entre o nível de exposição médio e a taxa de doença entre diferentes grupos → estudo ecológico mais comum.
  • 19. Diferença entre Estudo caso controle e Estudo de coorte.
  • 20. CASO-CONTROLE X COORTE Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos que participarão da investigação (seleção) ✓ Estudos de coorte: Exposição ✓ Estudos caso-controle: Doença Exemplo: exposição a R-X e risco de leucemia Coorte: indivíduos identificados a partir da exposição ou não a R-X Caso-controle: indivíduos identificados a partir de ter ou não leucemia
  • 22. Também conhecidos como: • Estudos de Incidência (incidence) • Longitudinais (longitudinal) ou • de Seguimento (follow-up). ESTUDOS DE COORTE É um tipo de estudo em que um grupo de pessoas com alguma coisa em comum (nascimento, exposição a um agente, trabalhadores de uma indústria etc.). É acompanhado ao longo de um período de tempo para observar-se a ocorrência de um desfecho.
  • 23. ESTUDOS DE COORTE RETROSPECTIVO X PROSPECTIVO Até recentemente - Coorte = estudo prospectivo - Caso-controle = estudo retrospectivo Coorte retrospectiva (histórica) - participantes identificados segundo características/ exposição no passado. Coorte prospectiva - participantes identificados segundo características/ exposição atual.
  • 24. ESTUDOS DE COORTE Vantagens • Possível estudar várias doenças • Possível estudar exposições raras • Informação sobre exposição pouco sujeita a viéses • Pode-se calcular incidência Desvantagens • Freqüentemente demoram vários anos • Não adequados para doenças raras • Pode-se estudar poucas exposições • Logisticamente difíceis • Perda de indivíduos
  • 26. ESTUDOS CASO-CONTROLE • Comparação entre grupo de indivíduos com a doença de interesse com (um) grupo(s) de indivíduos sem a doença, no que se refere à exposição (exposições) suspeita(s) • Finalidade: quantificar fatores que ocorram com maior (ou menor) freqüência nos casos do que nos controles • Não fornece incidências Parte do doente, e não da população.
  • 27. ESTUDOS CASO-CONTROLE - APLICAÇÕES ▪ Etiologia • Eficácia vacinal • Rastreamento (Screening) • Tratamento
  • 28. ESTUDOS CASO-CONTROLE VANTAGENS • Possível estudar vários fatores de risco; • Possível estudar doenças raras; • Em geral não requer grande no. de indivíduos; • Relativamente rápido; • Relativamente barato. DESVANTAGENS • Seleção de controles: difícil; • Não adequado para exposições raras; • Cálculo de incidência e prevalência: não possível.
  • 29.
  • 30. ESTUDOS EXPERIMENTAIS = Estudos de intervenção Terapêutico ou Preventivo Dois tipos básicos - ensaio clínico - ensaio de comunidade
  • 31. 1) Comparabilidade de populações (alocação aleatória): receber ou não a intervenção é decidido de forma aleatória. 2) Comparabilidade de tratamento (normal ou experimental): os participantes não são capazes de distinguir se estão recebendo a intervenção ou não. 3) Comparabilidade de avaliação (cegamento): as pessoas que avaliam os pacientes não sabem se estes pertencem ao grupo que está recebendo a intervenção ou não. ESTUDOS EXPERIMENTAIS
  • 33. ENSAIO CLÍNICO DESFECHO População de pacientes com a condição de interesse Amostra Intervenção experimental Intervenção de controle Melhora Melhora Não Melhora Não Melhora
  • 35. ENSAIO DE COMUNIDADE Intervenções a nível de comunidade (escola, bairro, cidade, país) Exs.: campanhas para prevenção de AIDS (preservativo, troca de seringa), fluoretação da água para prevenção de cárie, inseticida no controle de vetor. Estudo para avaliar impacto de programa de intervenção (lavar face) para tracoma - Seis vilas na Tanzânia aleatorizadas (crianças 1-7 anos) para antibiótico tópico X antibiótico tópico + campanha educacional para lavar a face: após 12 meses de tracoma severo nas crianças das vilas onde ocorreu intervenção → houve queda de 62% nos casos.