2. Sexo e Gênero
Sexo – distinção biológica entre homem e mulher.
Gênero – série de significados culturais atribuídos a
essas diferenças biológicas. Atributos, funções e
relações que transcendem o biológico. Construção
social e cultural.
- Papéis de gênero são interiorizados.
No entanto, ainda hoje, de forma ampla, gênero é visto
como sinônimo de mulher, algo que podemos observar
com frequência na área da saúde.
3. “Não se nasce mulher,
torna-se mulher.”
(Simone de Beauvoir, 1949)
4. Será que isso se aplica aos
homens?
VÍDEO:
MINHA VIDA DE JOÃO
https://youtu.be/C16E6u45p90
6. O imaginário de ser homem
O que é ser homem? (Romeu Gomes et al- 2007)
•Ser homem em oposição a ser mulher.
•Homem: “bruto”, “forte”, “agressivo”, “tem iniciativa sexual”,
“vive mais na rua” e “gosta de pular a cerca”.
•Os homens são estimulados a manifestar a sua virilidade por
meio da rejeição de comportamentos tidos como femininos
(passividade, dependência, sensibilidade...), para se
constituírem homens.
•O desejo e a capacidade de cuidar e cuidar-se desaparecem
durante a sua socialização.
7. Qual a motivação de mudança para uma população que há
séculos controla as maiores instâncias de poder (político,
financeiro e religioso) e acesso a uma série de privilégios?
BREVE TRAJETÓRIA SOBRE
GÊNERO E MASCULINIDADE
8. ESPECIFICIDADE DA PNAISH
Representante universal da espécie: não figurava objeto de reflexão
da ciência;
Cultura machista: valores naturalizados;
O “inverso” das políticas de equidade;
“ INVISIBILIDADE” em função de sua “INVULNERABILIDADE”;
9. As construções de gênero
nunca trouxeram
benefícios para a saúde
física e mental dos
homens...
10. Os dados epidemiológicos e comportamentais apontam o
homem como mais vulnerável do que as mulheres.
O senso comum vê o homem como mais invulnerável.
●Essas ideias, aparentemente contraditórias, se
complementam.
ESPECIFICIDADE DA PNAISH
11. MINISTÉRIO
DA SAÚDE
Os serviços de saúde devem dar
assistência apropriada às
mulheres em todas as suas
necessidades de saúde, em todas
as fases de sua infância até a
vida, desde
a
velhice, de
acordo
características
com as
apresentadas em
cada fase para que ela possa
conhecer bem o próprio corpo e
viver melhor a sua sexualidade e
saúde mental.
A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL
À SAÚDE DA MULHER
INCLUSIVE NOS CASOS DE ATENÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER
Cal/Jun/1
12. POLÍTICA
NACIONAL
DE ATENÇÃO
INTEGRAL À
SAÚDE DA
MULHER
PLANO
NACIONAL DE
POLÍTICAS PARA
AS MULHERES
PACTO NACIONAL DE
ENFRENTAMENTO DA
VIOLÊNCIA CONTRA
A MULHER
PACTO NACIONAL DE
ENFRENTAMENTO
DA VIOLÊNCIA
CONTRA MULHERES
DO CAMPO E DA
FLORESTA
PLANO NACIONAL
DE
ENFRENTAMENTO
AO TRÁFICO DE
PESSOAS
PLANO NACIONAL DE
ENFRENTAMENTO À
FEMINIZAÇÃO DA
AIDS E OUTRAS DST
ENFRENTAMENTO
DA VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA NA
REDE CEGONHA
Políticas para enfrentamento da violência contra
mulheres e FEMINIZAÇÃO DAS IST’S
Políticas intersetoriais e planos de enfrentamento:
13. Ampliação da oferta dos métodos contraceptivos e
preservativos – 100% da população sexualmente ativa
TIPO
QUANTIDADE/milhões/ANO
2022
Pílula Combinada (Etinilestradiol +
Levonorgestrel) 30.696.786
Pílula de Emergência (Levonorgestrel) 1.027.510
Minipílula( Noretisterona) 3.614.872
Injetável Mensal( Valerato de Estradiol+Enantato
de Noretisterona) 7.411.008
Injetável Trimestral (Medroxiprogesterona) 3.639.279
DIU 772.761
Diafragma 63.266
Preservativo masculino 850.000.000
preservativo feminino 25.000.000
TOTAL 922.225.482
TIPO QUANTIDADE/ano
vasectomia 38.504
Laqueadura 65.214
14. MINISTÉRIO
DA SAÚDE
Cal/Jun/1
•Lei n 10.778 de 24/11/2003 - Estabelece a notificação compulsória, no território
nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de
saúde públicos ou privados.
•Portaria n 1.508 de 01/09/2005 – Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e
Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS.
•Portaria n 4.279 de 30/09/2010 – Estabelece diretrizes para a organização da Rede
de Atenção à Saúde no âmbito do SUS.
•Decreto 7.508/2011 – Regulamenta a Lei 8.080/1990 – sobre a organização do SUS,
o planejamento da saúde, a assistência à saúde e articulação interfederativa.
•Portaria GM/MS nº 528, de 1º de Abril de 2013 - redefine o funcionamento do
Serviço de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). CNES, serviço 165.
LEIS, DECRETOS E PORTARIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
QUE ORIENTAM A AÇÃO DE ATENÇÃO INTEGRAL
PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA EM REDES
17. 5 PRINCIPAIS CAUSAS DE ÓBITO
Por capítulo CID-10 - DataSus
CAUSAS Nº ÓBITOS Entre homens Em relação às mulheres
1ª Externas 3.270 49,79% 85,78%
2ª DAC 1.437 21,88% 61,8%
3ª Neoplasias 786 11,97% 45,78%
4ª DAD 606 9,23% 73,28%
5ª Doenças
Infecciosas
468 7,13% 68,22%
TOTAL 6.567 100% 100%
19. POR QUE OS HOMENS NÃO SE CUIDAM E NÃO
PROCURAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE?
20. E mais uma Política surge...
Em 2009 – Portaria nº 1.944 - Política
Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Homem.
Em 2011 - A SES instituiu a
PEAISH - Política Estadual de Atenção
Integral á Saúde do Homem.
Base de estudo:
Reconhecimento das especificidades
da população masculina:
– Demográficas;
– epidemiológicas;
– culturais .
21. Acesso e Acolhimento
Saúde/Direito Sexual e Reprodutiva/o
Paternidade e Cuidado
Prevenção de Acidentes e Violências
Doenças Prevalente da População Masculina
EIXOS NORTEADORES - PNAISH
22. 1. Criar estratégias para sensibilizar e atrair por meio de ações
ampliadas (em diferentes espaços da comunidade, onde os homens
estão) e da reconfiguração de estruturas e práticas da ESF/APS,
com especial foco na sensibilização e capacitação da equipe de
saúde;
2. Definir estratégias contextualizadas com base no
reconhecimento da diversidade (idade, condição sócio-econômica,
local de moradia, diferenças regionais e de raça/etnia, deficiência
física e/ou mental, orientação sexual e identidades de gênero, entre
outras;
3. Desenvolver campanhas sobre a importância dos homens
cuidarem da saúde, tendo como público alvo, homens, mulheres e
profissionais de saúde.
Linhas de Ação da PNAISH
23. 4. Incluir os homens como sujeitos nos programas de saúde
/direitos sexuais e reprodutivos, especialmente no que se refere às
ações de contracepção, pré-natal e puericultura e cuidados
familiares;
5. Promover articulação entre os diferentes níveis de atenção,
especialmente entre a emergência e a atenção primária, para que
possam receber, além de atendimento humanizado em pronto-
socorro, a garantia de continuidade da assistência (a partir da
concepção de linhas de cuidado);
6. Apoiar ações e atividades de promoção de saúde para facilitar o
acesso da população masculina aos serviços de saúde;
Linhas de Ação da PNAISH
24. Desafios
Avançar na superação das desigualdades em saúde garantindo acesso
com equidade;
Ampliar acesso da população a serviços de saúde sexual e saúde
reprodutiva, incluindo ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das
IST/Aids Fortalecer as ações de planejamento reprodutivo e saúde
sexual nos serviços de atenção básica especialmente em informações e
acesso aos métodos não hormonais – 98% das mulheres usam
hormonais ;
Manter queda da mortalidade materna com redução das desigualdades
socioeconômicas e raciais ; Introduzir a vigilância do near miss materno e
neonatal;
Criar estratégias eficazes para a participação do homem nos eventos
reprodutivos;
Ampliar os Serviços de Saúde para atendimento de procedimentos
relacionados à violência sexual e ao aborto legal ;
25. Desafios
Criar estratégias para favorecer e ampliar o acesso universal aos serviços
de saúde considerando necessidades dos homens, mulheres,
adolescentes e jovens, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e aquelas que
vivem em condições de vulnerabilidade;
Fortalecer as ações de educação em saúde para orientar e informar
adolescentes sobre os cuidados com a sua saúde sexual e saúde
reprodutiva favorecendo atitudes responsáveis e saudáveis;
Fortalecer a produção de informação em saúde de forma desagregada
dando visibilidade as desigualdades existentes, principalmente raça e
etnia;
Redução de intervenções desnecessárias e iatrogênicas no parto-
mudança de modelo.
26. REFERÊNCIAS
JAPIASSU, Hilton. Introdução às ciências humanas. 3. ed. São
Paulo: Letras & Letras, 2002.
ZANCHI, M.T; ZUGNO, P.L. Sociologia da Saúde. EDUCS,
3ªedição revista e atualizada, 2012.
DIAS, Reinaldo. Fundamentos da Sociologia geral. 2. ed.
Campinas: Alínea, 2006.
LAKATOS, Eva. M; MARCONI, Marina. A. Sociologia Geral. 8.
Ed. Atlas, 2019. TAVARES, D. Introdução à Sociologia da
Saúde. Almedina, 1. ed. 2016.