SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
PATOLOGIA DO TRABALHO
PROFª ESP. JESSIELLY GUIMARÃES
Ramazzini, Bernardino. As doenças dos trabalhadores [texto] / Bernardino Ramazzini ; tradução de Raimundo Estrêla. – 4.
ed. – São Paulo : Fundacentro, 2016. 321 p. Disponível em <
Um médico que atende um doente deve informar-se de muita coisa a
seu respeito pelo próprio e pelos seus acompanhantes, segundo o
preceito do nosso Divino Preceptor, “quando visitares um doente
convém perguntar-lhe o que sente, qual a causa, desde quantos dias, se
seu ventre funciona e que alimento ingeriu”, são palavras de Hipócrates
no seu livro “Das Afecções”; a estas interrogações devia-se acrescentar
outra: “e que arte exerce?”. Tal pergunta considero oportuno e
mesmo necessário lembrar ao médico que trata um homem do povo,
que dela se vale para chegar às causas ocasionais do mal, a qual quase
nunca é posta em prática, ainda que o médico a conheça. Entretanto, se
a houvesse observado, poderia obter uma cura mais feliz.
BERNADINO RAMAZZINI, 1700
BERNADINO RAMAZZINI DESCREVEU 54
PROFISSÕES NO LIVRO A DOENÇA DOS
TRABALHADORES, ENTRE ESTAS, CITA-SE:
MINEIROS
QUÍMICOS
VIDRACEIROS E FABRICANTES DE ESPELHOS
COVEIROS
PENEIRADORES E MEDIDORES DE CEREAIS
PARTEIRAS
LAVANDEIRIAS
CAVALEIROS
JOALHEIROS
AGRICULTORES
PESCADORES
MILITARES
ESCRIBAS E NOTÁRIOS
SABOEIROS
....... E OUTROS
-
ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DO TRABALHO – Final
do século XIX
- Agrícola
-Artesanal – obreiros
Começo - meio - fim
Onde se vive se trabalha
Ferramentas, na maioria, fabricadas pelos próprios
trabalhadores
Dopper, In Falzon, 2007, pág.48
Revolução industrial – Mudança tecnológica
( a partir de 1760 )
Dr Robert BaKer:
“Coloque no interior de sua fábrica o seu próprio
médico, que servirá de intermediário entre você, os seus
trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fabrica, sala
por sala, sempre que existam pessoas trabalhando, de
maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho
sobre as pessoas. E se ele verificar que qualquer dos
trabalhadores está sofrendo a influência de causas que
possam ser prevenidas, a ele competirá fazer tal
prevenção. Desta forma você poderá dizer: meu médico
é a minha defesa, pois a ele eu dei toda a minha
autoridade no que diz respeito à proteção da saúde e
das condições físicas dos meus operário; se algum deles
vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o médico
unicamente é que deve ser responsabilizado.”
MENDES, R. & DIAS, E.C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Rev Saúde públ., S.Paulo, 25: 341-9, 1991
1919 – Organização Internacional
do Trabalho – OIT
“o corpo médico é a sessão da minha
fábrica que me dá mais lucro”...
Henry Ford.
OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1986 apud MENDES, R. & DIAS, 1991.
Forma predominante de organizar o trabalho tinha como referencia a divisão de
responsabilidades e das tarefas com a separação entre o planejamento e a execução;
Padronização do métodos pela melhor forma de fazer, ao menor tempo;
Controle era baseado na medição da produtividade individual com incentivo salariais
Início do século XX
1985 - Convenção nº 161 da OIT,
e sua respectiva Recomendação,
de nº 171.
1959 – Recomendação nº 112
da OIT sobre Serviços de
Medicina do Trabalho
1948 – Organização Mundial da Saúde
OMS
SAÚDE OCUPACIONAL
• Multidisciplinaridade
• Multicausalidade
• Intervenção nos locais de trabalho
• Ênfase no ambiente de trabalho
• Movimento do direito à informação
dos trabalhadores e de maior
participação dos trabalhadores no
processo de prevenção.
Após a 2ª. Guerra – a partir de 1945
1995 : o conceito de “Saúde Ocupacional” ou “Saúde no Trabalho” - Comitê Misto OIT-
OMS
“O principal foco da Saúde no Trabalho deve estar direcionado para três objetivos:
• A manutenção e promoção da saúde dos trabalhadores e de sua capacidade de trabalho;
• O melhoramento das condições de trabalho, para que elas sejam compatíveis com a saúde
e a segurança;
• O desenvolvimento de culturas empresariais e de organizações de trabalho que
contribuam com a saúde e segurança e promovam um clima social positivo, favorecendo a
melhoria da produtividade das empresas. O conceito de cultura empresarial, neste
contexto, refere-se a sistemas de valores adotados por uma empresa específica. Na
prática, ele se reflete pelos sistemas e métodos de gestão, nas políticas de pessoal, nas
políticas de participação, nas políticas de capacitação e treinamento e na gestão da
qualidade.”
ANAMT. História da Medicina do Trabalho. Disponível em < https://www.anamt.org.br/portal/historia-da-medicina-do-trabalho/ >
-
ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DO TRABALHO – a partir dos
anos 60
• Ampliação do número de tarefas por trabalhador;
• Fomento do uso das capacidades intelectuais da força de trabalho para
a melhoria dos processos;
• Valorização dos trabalhos em equipes com controles intermediários a
cargos dos próprios trabalhadores;
• Horários flexíveis: redução dos níveis hierárquicos;
• Discuti- se atividades – meio e objetivos – fim, desenvolvendo-se as
unidades de negócio e mais adiante as terceirizações;
• Cada etapa do processo produtivo só deve funcionar quando houver
uma necessidade , sem estoques , exigindo uma sincronia global de
todas as operações.
Desenvolvimento do conhecimento em
Saúde Coletiva (envolvendo estudos de
grupos sociais em processos produtivos)
e Medicina Social Latino Americana
Aperfeiçoamento de instrumentos de
reivindicação dos trabalhadores por
melhores condições de trabalho
Discussões sobre a lógica dos limites de
tolerância (em especial, os ambientais)
Novas tecnologias de produção
O entendimento de que o trabalho é
central e organizador da vida social ...
Lei 8.080/ 1990
“... um conjunto de atividades que se destina,
através das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa à
recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho..”
SAÚDE DO TRABALHADOR
CF/1988- Artigo 200, II, atribui
ao SUS a Saúde do Trabalhador
.....a partir da década
de 70
Movimentos de questionamento das
práticas médicas
I.- assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de
doença profissional e do trabalho;
II.- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em
estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
existentes no processo de trabalho;
III.- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da
normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos,
de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV.- avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V.- informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e
exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os
preceitos da ética profissional;
VI.- participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII.- revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo
de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais;
e
VIII.– a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão
competente a interdição de máquina , do setor de serviço ou de todo o
ambiente de trabalho , quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou a saúde dos trabalhadores.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Decreto nº 9.679, de 02/01/2019, com alterações
do Decreto nº 9.745, de 08/04/2019
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Lei nº 8.080/1990- Dispõe sobre as condições
para a promoção, proteção e recuperação
da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e dá outras
providências.
Portaria nº 1.823, de 2.3/08/2012 Institui a
Política Nacional de Saúde do Trabalhador
e da Trabalhadora
Subsecretaria do RegimeGeral
da Previdência
Subsecretaria de Inspeção do
Trabalho- SIT
Orgão competente em matéria
de segurança e saúde no
trabalho
LEI No. 8.212/91 e LEI
No. 8.213/91
Decreto No. 3.048/99
(em processo de
reforma)
PORTARIA Nº 915, DE 30
DE JULHO DE 2019 Aprova
a nova redação da Norma
Regulamentadora nº 01 -
Disposições Gerais.
Com base os nos arts. 155 e
200 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943/ altera a
Portaria MTb nº 3.214, de 08
de junho de 1978....
2019
Portaria Nº 3908/1998
Atribuições e responsabilidades
das Secretarias de Estados e
Municípios
RENAST
CEREST
Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998
Aprovar a Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS
6.2 - A intervenção (inspeção/fiscalização sanitária)
A intervenção, realizada em conjunto com os representantes dos trabalhadores, de outras instituições, e sob a
responsabilidade administrativa da equipe da Secretaria Estadual e/ou Municipal de Saúde, deverá considerar,
na inspeção sanitária em saúde do trabalhador, a observância das normas e legislações que regulamentam a
relação entre o trabalho e a saúde, de qualquer origem, especialmente na esfera da saúde, do trabalho, da
previdência, do meio ambiente e das internacionais ratificadas pelo Brasil.
Além disso, é preciso considerar os aspectos passíveis de causar dano à saúde, mesmo que não estejam previstos
nas legislações, considerando-se não só a observação direta por parte da equipe de situações de risco à saúde
como, também, as questões subjetivas referidas pelos trabalhadores na relação de sua saúde com o trabalho
realizado.
Os instrumentos administrativos de registro da ação, de exigências e outras medidas são os mesmos utilizados
pelas áreas de Vigilância/Fiscalização Sanitária, tais como os Termos de Visita, Notificação, Intimação, Auto de
Infração etc.
Campo de práticas e de conhecimentos:
Interdisciplinares
Multiprofissionais
Interinstitucionais
Prevenção
Promoção
da Saúde
Vigilância
Interlocução com os trabalhadores
GOMEZ, Carlos Minayo; VASCONCELLOS, Luiz Carlos Fadel ; MACHADO, Jorge Mesquita Huet . Saúde do trabalhador: aspectos históricos,
avanços e desafios no Sistema Único de Saúde. Ciênc. saúde colet. 23 (6) Jun 2018. Disponível em
<https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n6/1963-1970/ >
-
• Prevalência do trabalho terciário;
• Aumento do trabalho mental : (pensamento e as operações cognitivas);
• Aumento do trabalho de supervisão de sistemas complexos limitando a
intervenção em incidentes ou disfunções;
• Execução de tarefas em menor tempo;
• Diminuição de pausas e tempos mortos – adensamento do trabalho;
• Aumento das interrupções: telefones e mensagens eletrônicas;
• Novos riscos;
• Flexibilização do contrato de trabalho; e
• Desemprego
ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DO TRABALHO –
Desafios contemporâneo
POLÍTICA NACIONAL DA SAÚDE DO
TRABALHADOR

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a PATOLOGIA DO TRABALHO enfermagem do trabalho.pptx

Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Franco Danny Manciolli
 
aula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdf
aula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdfaula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdf
aula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdfENFERMAGEMELAINNE
 
Raquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnstt
Raquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnsttRaquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnstt
Raquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnsttJoselma Pinheiro
 
Saúde do trabalhador et sus
Saúde do trabalhador et susSaúde do trabalhador et sus
Saúde do trabalhador et susMARY SOUSA
 
Apostila de seguranca_do_trabalho
Apostila de seguranca_do_trabalhoApostila de seguranca_do_trabalho
Apostila de seguranca_do_trabalhobrenzink
 
apresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdf
apresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdfapresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdf
apresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdfEnfaVivianeCampos
 
SLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIA
SLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIASLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIA
SLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIAEnfaVivianeCampos
 
Seg. trabalho Fordismo 5.pptx
Seg. trabalho Fordismo 5.pptxSeg. trabalho Fordismo 5.pptx
Seg. trabalho Fordismo 5.pptxleonardo539163
 
AULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdf
AULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdfAULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdf
AULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdfDeSouzaSoluesemSegur
 
Introducao a saude_do_trabalhador
Introducao a saude_do_trabalhadorIntroducao a saude_do_trabalhador
Introducao a saude_do_trabalhadorcursopneumoconiose
 
Saúde do Trabalhador e Atenção Básica
Saúde do Trabalhador e Atenção BásicaSaúde do Trabalhador e Atenção Básica
Saúde do Trabalhador e Atenção BásicaProfessor Robson
 
[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...
[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...
[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...Blog Safemed
 
COMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptx
COMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptxCOMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptx
COMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptxSandraoliveira116913
 
Apostila doencas ocupacionais
Apostila doencas ocupacionaisApostila doencas ocupacionais
Apostila doencas ocupacionaisCosmo Palasio
 
Higiene do trabalho
Higiene do trabalhoHigiene do trabalho
Higiene do trabalhoVictor Costa
 
Manual de segurança do trabalho
Manual de segurança do trabalhoManual de segurança do trabalho
Manual de segurança do trabalhoCarla Freitas
 

Semelhante a PATOLOGIA DO TRABALHO enfermagem do trabalho.pptx (20)

Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
 
aula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdf
aula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdfaula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdf
aula-2-hist-ria-da-sa-de-do-trabalhador.pdf
 
Raquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnstt
Raquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnsttRaquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnstt
Raquel dantas ms_politica_nac_saude_traba_trab_pnstt
 
Lei 1.823 -2012.pptx
Lei  1.823 -2012.pptxLei  1.823 -2012.pptx
Lei 1.823 -2012.pptx
 
Saúde do trabalhador et sus
Saúde do trabalhador et susSaúde do trabalhador et sus
Saúde do trabalhador et sus
 
Apostila de seguranca_do_trabalho
Apostila de seguranca_do_trabalhoApostila de seguranca_do_trabalho
Apostila de seguranca_do_trabalho
 
apresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdf
apresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdfapresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdf
apresentao-hff-111121054539-phpapp02.pdf
 
SLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIA
SLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIASLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIA
SLIDE SOBRE A SAUDE DO TRABALHADOR E SUA HISTORIA
 
Seg. trabalho Fordismo 5.pptx
Seg. trabalho Fordismo 5.pptxSeg. trabalho Fordismo 5.pptx
Seg. trabalho Fordismo 5.pptx
 
AULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdf
AULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdfAULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdf
AULA.SAÚDE NO TRABALHO.PROFESSOR MARCOS MIRANDA.pdf
 
Introducao a saude_do_trabalhador
Introducao a saude_do_trabalhadorIntroducao a saude_do_trabalhador
Introducao a saude_do_trabalhador
 
Saúde do Trabalhador e Atenção Básica
Saúde do Trabalhador e Atenção BásicaSaúde do Trabalhador e Atenção Básica
Saúde do Trabalhador e Atenção Básica
 
[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...
[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...
[António de Sousa uva] A ética e a deontologia no exercício da medicina do tr...
 
Introdução à Enfermagem do Trabalho
Introdução à Enfermagem do TrabalhoIntrodução à Enfermagem do Trabalho
Introdução à Enfermagem do Trabalho
 
COMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptx
COMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptxCOMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptx
COMPLETA _Doença Profissional e Doença do Trabalho - Copia.pptx
 
Apostila doencas ocupacionais
Apostila doencas ocupacionaisApostila doencas ocupacionais
Apostila doencas ocupacionais
 
Higiene do trabalho
Higiene do trabalhoHigiene do trabalho
Higiene do trabalho
 
Agricultura
AgriculturaAgricultura
Agricultura
 
Manual de segurança do trabalho
Manual de segurança do trabalhoManual de segurança do trabalho
Manual de segurança do trabalho
 
1444150998MASS.pdf
1444150998MASS.pdf1444150998MASS.pdf
1444150998MASS.pdf
 

Mais de JessiellyGuimares

Aula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptx
Aula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptxAula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptx
Aula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptxJessiellyGuimares
 
introdução a antropologia, histórico.pptx
introdução a antropologia, histórico.pptxintrodução a antropologia, histórico.pptx
introdução a antropologia, histórico.pptxJessiellyGuimares
 
Aula 01 comunicação e linguagem leitura.pptx
Aula 01 comunicação e linguagem leitura.pptxAula 01 comunicação e linguagem leitura.pptx
Aula 01 comunicação e linguagem leitura.pptxJessiellyGuimares
 
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, av
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, avPOLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, av
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, avJessiellyGuimares
 
períodos evolutivos da enfermagem.pptx
períodos evolutivos da enfermagem.pptxperíodos evolutivos da enfermagem.pptx
períodos evolutivos da enfermagem.pptxJessiellyGuimares
 
AS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptx
AS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptxAS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptx
AS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptxJessiellyGuimares
 
Metodologia-de-Pesquisa-AULA-1.ppt
Metodologia-de-Pesquisa-AULA-1.pptMetodologia-de-Pesquisa-AULA-1.ppt
Metodologia-de-Pesquisa-AULA-1.pptJessiellyGuimares
 
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptxDiagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptxJessiellyGuimares
 
RELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptx
RELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptxRELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptx
RELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptxJessiellyGuimares
 
Wanda horta e o cuidado.pptx
Wanda horta e o cuidado.pptxWanda horta e o cuidado.pptx
Wanda horta e o cuidado.pptxJessiellyGuimares
 
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptxCORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptxJessiellyGuimares
 
teoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptx
teoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptxteoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptx
teoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptxJessiellyGuimares
 
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptxCORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptxJessiellyGuimares
 

Mais de JessiellyGuimares (20)

Aula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptx
Aula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptxAula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptx
Aula 04 Tipos de textos_Intertextualidade 1 - Copia.pptx
 
introdução a antropologia, histórico.pptx
introdução a antropologia, histórico.pptxintrodução a antropologia, histórico.pptx
introdução a antropologia, histórico.pptx
 
Aula 01 comunicação e linguagem leitura.pptx
Aula 01 comunicação e linguagem leitura.pptxAula 01 comunicação e linguagem leitura.pptx
Aula 01 comunicação e linguagem leitura.pptx
 
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, av
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, avPOLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, av
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL historia, av
 
EPIDEMIOLOGIA.ppt
EPIDEMIOLOGIA.pptEPIDEMIOLOGIA.ppt
EPIDEMIOLOGIA.ppt
 
períodos evolutivos da enfermagem.pptx
períodos evolutivos da enfermagem.pptxperíodos evolutivos da enfermagem.pptx
períodos evolutivos da enfermagem.pptx
 
ÉTICA E MORAL AULA.pptx
ÉTICA E MORAL AULA.pptxÉTICA E MORAL AULA.pptx
ÉTICA E MORAL AULA.pptx
 
AS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptx
AS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptxAS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptx
AS PRÁTICAS DE SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO.pptx
 
fundamentos da ética.pptx
fundamentos da ética.pptxfundamentos da ética.pptx
fundamentos da ética.pptx
 
Metodologia-de-Pesquisa-AULA-1.ppt
Metodologia-de-Pesquisa-AULA-1.pptMetodologia-de-Pesquisa-AULA-1.ppt
Metodologia-de-Pesquisa-AULA-1.ppt
 
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptxDiagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
 
GÊNERO E SAÚDE AULA.ppt
GÊNERO E SAÚDE AULA.pptGÊNERO E SAÚDE AULA.ppt
GÊNERO E SAÚDE AULA.ppt
 
RELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptx
RELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptxRELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptx
RELAÇÕES étnicos raciais e saúde coletiva.pptx
 
Wanda horta e o cuidado.pptx
Wanda horta e o cuidado.pptxWanda horta e o cuidado.pptx
Wanda horta e o cuidado.pptx
 
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptxCORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
 
VIRGINIA+HENDERSON.ppt
VIRGINIA+HENDERSON.pptVIRGINIA+HENDERSON.ppt
VIRGINIA+HENDERSON.ppt
 
teoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptx
teoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptxteoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptx
teoria autocuidado, ADAPTAÇÃO E interpessoal.pptx
 
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptxCORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
CORPO. CORPOREIDADE E MEDICALIZAÇÃO.pptx
 
humanizaonaassistenc.pptx
humanizaonaassistenc.pptxhumanizaonaassistenc.pptx
humanizaonaassistenc.pptx
 
Banner.pptx
Banner.pptxBanner.pptx
Banner.pptx
 

Último

NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 

Último (10)

NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 

PATOLOGIA DO TRABALHO enfermagem do trabalho.pptx

  • 1. PATOLOGIA DO TRABALHO PROFª ESP. JESSIELLY GUIMARÃES
  • 2. Ramazzini, Bernardino. As doenças dos trabalhadores [texto] / Bernardino Ramazzini ; tradução de Raimundo Estrêla. – 4. ed. – São Paulo : Fundacentro, 2016. 321 p. Disponível em < Um médico que atende um doente deve informar-se de muita coisa a seu respeito pelo próprio e pelos seus acompanhantes, segundo o preceito do nosso Divino Preceptor, “quando visitares um doente convém perguntar-lhe o que sente, qual a causa, desde quantos dias, se seu ventre funciona e que alimento ingeriu”, são palavras de Hipócrates no seu livro “Das Afecções”; a estas interrogações devia-se acrescentar outra: “e que arte exerce?”. Tal pergunta considero oportuno e mesmo necessário lembrar ao médico que trata um homem do povo, que dela se vale para chegar às causas ocasionais do mal, a qual quase nunca é posta em prática, ainda que o médico a conheça. Entretanto, se a houvesse observado, poderia obter uma cura mais feliz. BERNADINO RAMAZZINI, 1700
  • 3. BERNADINO RAMAZZINI DESCREVEU 54 PROFISSÕES NO LIVRO A DOENÇA DOS TRABALHADORES, ENTRE ESTAS, CITA-SE: MINEIROS QUÍMICOS VIDRACEIROS E FABRICANTES DE ESPELHOS COVEIROS PENEIRADORES E MEDIDORES DE CEREAIS PARTEIRAS LAVANDEIRIAS CAVALEIROS JOALHEIROS AGRICULTORES PESCADORES MILITARES ESCRIBAS E NOTÁRIOS SABOEIROS ....... E OUTROS
  • 4. - ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DO TRABALHO – Final do século XIX - Agrícola -Artesanal – obreiros Começo - meio - fim Onde se vive se trabalha Ferramentas, na maioria, fabricadas pelos próprios trabalhadores Dopper, In Falzon, 2007, pág.48
  • 5. Revolução industrial – Mudança tecnológica ( a partir de 1760 )
  • 6. Dr Robert BaKer: “Coloque no interior de sua fábrica o seu próprio médico, que servirá de intermediário entre você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fabrica, sala por sala, sempre que existam pessoas trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. E se ele verificar que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele competirá fazer tal prevenção. Desta forma você poderá dizer: meu médico é a minha defesa, pois a ele eu dei toda a minha autoridade no que diz respeito à proteção da saúde e das condições físicas dos meus operário; se algum deles vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que deve ser responsabilizado.” MENDES, R. & DIAS, E.C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Rev Saúde públ., S.Paulo, 25: 341-9, 1991
  • 7. 1919 – Organização Internacional do Trabalho – OIT “o corpo médico é a sessão da minha fábrica que me dá mais lucro”... Henry Ford. OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1986 apud MENDES, R. & DIAS, 1991. Forma predominante de organizar o trabalho tinha como referencia a divisão de responsabilidades e das tarefas com a separação entre o planejamento e a execução; Padronização do métodos pela melhor forma de fazer, ao menor tempo; Controle era baseado na medição da produtividade individual com incentivo salariais Início do século XX
  • 8. 1985 - Convenção nº 161 da OIT, e sua respectiva Recomendação, de nº 171. 1959 – Recomendação nº 112 da OIT sobre Serviços de Medicina do Trabalho 1948 – Organização Mundial da Saúde OMS SAÚDE OCUPACIONAL • Multidisciplinaridade • Multicausalidade • Intervenção nos locais de trabalho • Ênfase no ambiente de trabalho • Movimento do direito à informação dos trabalhadores e de maior participação dos trabalhadores no processo de prevenção. Após a 2ª. Guerra – a partir de 1945
  • 9. 1995 : o conceito de “Saúde Ocupacional” ou “Saúde no Trabalho” - Comitê Misto OIT- OMS “O principal foco da Saúde no Trabalho deve estar direcionado para três objetivos: • A manutenção e promoção da saúde dos trabalhadores e de sua capacidade de trabalho; • O melhoramento das condições de trabalho, para que elas sejam compatíveis com a saúde e a segurança; • O desenvolvimento de culturas empresariais e de organizações de trabalho que contribuam com a saúde e segurança e promovam um clima social positivo, favorecendo a melhoria da produtividade das empresas. O conceito de cultura empresarial, neste contexto, refere-se a sistemas de valores adotados por uma empresa específica. Na prática, ele se reflete pelos sistemas e métodos de gestão, nas políticas de pessoal, nas políticas de participação, nas políticas de capacitação e treinamento e na gestão da qualidade.” ANAMT. História da Medicina do Trabalho. Disponível em < https://www.anamt.org.br/portal/historia-da-medicina-do-trabalho/ >
  • 10. - ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DO TRABALHO – a partir dos anos 60 • Ampliação do número de tarefas por trabalhador; • Fomento do uso das capacidades intelectuais da força de trabalho para a melhoria dos processos; • Valorização dos trabalhos em equipes com controles intermediários a cargos dos próprios trabalhadores; • Horários flexíveis: redução dos níveis hierárquicos; • Discuti- se atividades – meio e objetivos – fim, desenvolvendo-se as unidades de negócio e mais adiante as terceirizações; • Cada etapa do processo produtivo só deve funcionar quando houver uma necessidade , sem estoques , exigindo uma sincronia global de todas as operações.
  • 11. Desenvolvimento do conhecimento em Saúde Coletiva (envolvendo estudos de grupos sociais em processos produtivos) e Medicina Social Latino Americana Aperfeiçoamento de instrumentos de reivindicação dos trabalhadores por melhores condições de trabalho Discussões sobre a lógica dos limites de tolerância (em especial, os ambientais) Novas tecnologias de produção O entendimento de que o trabalho é central e organizador da vida social ... Lei 8.080/ 1990 “... um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho..” SAÚDE DO TRABALHADOR CF/1988- Artigo 200, II, atribui ao SUS a Saúde do Trabalhador .....a partir da década de 70 Movimentos de questionamento das práticas médicas
  • 12. I.- assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II.- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III.- participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV.- avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
  • 13. V.- informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI.- participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII.- revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII.– a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina , do setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho , quando houver exposição a risco iminente para a vida ou a saúde dos trabalhadores.
  • 14. MINISTÉRIO DA ECONOMIA Decreto nº 9.679, de 02/01/2019, com alterações do Decreto nº 9.745, de 08/04/2019 MINISTÉRIO DA SAÚDE Lei nº 8.080/1990- Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Portaria nº 1.823, de 2.3/08/2012 Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Subsecretaria do RegimeGeral da Previdência Subsecretaria de Inspeção do Trabalho- SIT Orgão competente em matéria de segurança e saúde no trabalho LEI No. 8.212/91 e LEI No. 8.213/91 Decreto No. 3.048/99 (em processo de reforma) PORTARIA Nº 915, DE 30 DE JULHO DE 2019 Aprova a nova redação da Norma Regulamentadora nº 01 - Disposições Gerais. Com base os nos arts. 155 e 200 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943/ altera a Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978.... 2019 Portaria Nº 3908/1998 Atribuições e responsabilidades das Secretarias de Estados e Municípios RENAST CEREST
  • 15. Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998 Aprovar a Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS 6.2 - A intervenção (inspeção/fiscalização sanitária) A intervenção, realizada em conjunto com os representantes dos trabalhadores, de outras instituições, e sob a responsabilidade administrativa da equipe da Secretaria Estadual e/ou Municipal de Saúde, deverá considerar, na inspeção sanitária em saúde do trabalhador, a observância das normas e legislações que regulamentam a relação entre o trabalho e a saúde, de qualquer origem, especialmente na esfera da saúde, do trabalho, da previdência, do meio ambiente e das internacionais ratificadas pelo Brasil. Além disso, é preciso considerar os aspectos passíveis de causar dano à saúde, mesmo que não estejam previstos nas legislações, considerando-se não só a observação direta por parte da equipe de situações de risco à saúde como, também, as questões subjetivas referidas pelos trabalhadores na relação de sua saúde com o trabalho realizado. Os instrumentos administrativos de registro da ação, de exigências e outras medidas são os mesmos utilizados pelas áreas de Vigilância/Fiscalização Sanitária, tais como os Termos de Visita, Notificação, Intimação, Auto de Infração etc.
  • 16. Campo de práticas e de conhecimentos: Interdisciplinares Multiprofissionais Interinstitucionais Prevenção Promoção da Saúde Vigilância Interlocução com os trabalhadores GOMEZ, Carlos Minayo; VASCONCELLOS, Luiz Carlos Fadel ; MACHADO, Jorge Mesquita Huet . Saúde do trabalhador: aspectos históricos, avanços e desafios no Sistema Único de Saúde. Ciênc. saúde colet. 23 (6) Jun 2018. Disponível em <https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n6/1963-1970/ >
  • 17. - • Prevalência do trabalho terciário; • Aumento do trabalho mental : (pensamento e as operações cognitivas); • Aumento do trabalho de supervisão de sistemas complexos limitando a intervenção em incidentes ou disfunções; • Execução de tarefas em menor tempo; • Diminuição de pausas e tempos mortos – adensamento do trabalho; • Aumento das interrupções: telefones e mensagens eletrônicas; • Novos riscos; • Flexibilização do contrato de trabalho; e • Desemprego ORGANIZAÇÃO E A GESTÃO DO TRABALHO – Desafios contemporâneo
  • 18. POLÍTICA NACIONAL DA SAÚDE DO TRABALHADOR