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AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE 
Com a chegada da puberdade introduzem-se as mudanças 
que levam a vida sexual infantil a sua configuração normal 
definitiva. Até esse momento, a pulsão sexual era 
predominantemente auto-erótica; agora, encontra o objeto 
sexual.
AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE 
Como em todas as outras ocasiões em que se devem realizar no 
organismo novas combinações e composições que levam a 
mecanismos complexos, também aqui há uma oportunidade 
para perturbações patológicas, caso essas reordenações não 
se realizem. Todas as perturbações patológicas da vida 
sexual devem ser consideradas, justificadamente, como 
inibições do desenvolvimento.
(1) O PRIMADO DAS ZONAS GENITAIS E O PRÉ-PRAZER 
Aparelho Sexual - deve ser acionado por estímulos, e a observação nos 
permite saber que os estímulos podem afetá-los por três 
caminhos: 
a) vindo do mundo externo, mediante a excitação das zonas erógenas 
já conhecidas, 
b) do interior do organismo, por vias que ainda temos de explorar, 
c) e da vida anímica, que por sua vez é um repositório de impressões 
externas e um receptor de excitações internas.
TENSÃO SEXUAL 
O caráter de tensão da excitação sexual suscita um 
problema cuja solução é tão difícil quanto seria 
importante para a compreensão dos processos sexuais. 
Apesar de todas as diferenças de opinião que reinam 
sobre esse ponto na psicologia, devo insistir em que 
um sentimento de tensão tem de trazer em si o caráter 
de desprazer.
O MECANISMO DO PRÉ-PRAZER 
Ora, o papel desempenhado nisso pelas zonas 
erógenas é claro. O que vale para uma delas vale para 
todas. Elas são todas usadas para proporcionar, 
mediante sua estimulação apropriada, um certo 
aumento do prazer; este leva a um acréscimo de tensão 
que, por sua vez, tem de produzir a energia motora 
necessária para levar a cabo o ato sexual.
O MECANISMO DO PRÉ-PRAZER 
Ora, o papel desempenhado nisso pelas zonas erógenas é claro. O que 
vale para uma delas vale para todas. Elas são todas usadas para 
proporcionar, mediante sua estimulação apropriada, um certo aumento 
do prazer; este leva a um acréscimo de tensão que, por sua vez, tem de 
produzir a energia motora necessária para levar a cabo o ato sexual. A 
penúltima etapa desse ato, mais uma vez, é a estimulação apropriada de 
uma zona erógena (a própria zona genital, na glande peniana) pelo 
objeto mais adequado para isso (a mucosa da vagina); e do prazer 
gerado por essa excitação obtém-se, dessa vez por via reflexa, a energia 
motora requerida para a expulsão das substâncias sexuais. Esse último 
prazer é o de intensidade mais elevada e difere dos anteriores por seu 
mecanismo. É inteiramente provocado pela descarga: em sua 
totalidade, é um prazer de satisfação, e com ele se extingue 
temporariamente a tensão da libido.
O MECANISMO DO PRÉ-PRAZER 
O primeiro pode ser convenientemente designado 
de pré-prazer, em oposição ao prazer final ou prazer de 
satisfação da atividade sexual.
OS PERIGOS DO PRÉ-PRAZER 
A ligação do pré-prazer com a vida sexual infantil, entretanto, é 
corroborada pelo papel patogênico que pode competir a ele. Do 
mecanismo em que está incluído o pré-prazer pode resultar, 
evidentemente, um perigo para a consecução do alvo sexual 
normal, perigo este que surge quando, em algum ponto dos 
processos sexuais preparatórios, o pré-prazer se revela 
demasiadamente grande, e pequena demais sua contribuição 
para a tensão. Falta então a força pulsional para que o 
processo sexual seja levado adiante, todo o caminho se 
encurta, e a ação preparatória correspondente toma o lugar 
do alvo sexual normal.
(2) O PROBLEMA DA EXCITAÇÃO SEXUAL 
prazer e tensão sexual só podem estar 
relacionados de maneira indireta. 
-O papel das substâncias sexuais 
-A importâncias dos órgãos internos 
-Teoria Química
Estamos autorizados a supor que na porção intersticial 
das gônadas produzem-se substâncias químicas 
especiais que, absorvidas na corrente sangüínea, 
carregam de tensão sexual determinadas partes do 
sistema nervoso central.
(3) A TEORIA DA LIBIDO 
Conceito da libido como uma força quantitativamente variável 
que poderia medir os processos e transformações ocorrentes no 
âmbito da excitação sexual. Diferenciamos essa libido, no tocante 
a sua origem particular, da energia que se supõe subjacente aos 
processos anímicos em geral, e assim lhe conferimos também um 
caráter qualitativo. Ao separar a energia libidinosa de outras 
formas de energia psíquica, damos expressão à premissa de que 
os processos sexuais do organismo diferenciam-se dos processos 
de nutrição por uma química especial.
(3) A TEORIA DA LIBIDO 
A análise das perversões e das psiconeuroses levou-nos à 
compreensão de que essa excitação sexual é fornecida não 
só pelas chamadas partes sexuais, mas por todos os órgãos 
do corpo. Chegamos assim à representação [Vorstellung] de 
um quantum de libido a cujo substituto [Vertretung] 
psíquico damos o nome de libido do ego, e cuja produção, 
aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento 
devem fornecer-nos possibilidades de explicar os 
fenômenos psicossexuais observados.
Em contraste com a libido do objeto, também chamamos a 
libido do ego de libido narcísica. Do ponto de observação 
da psicanálise podemos contemplar, como que por sobre 
uma fronteira cuja ultrapassagem não nos é permitida, a 
movimentação da libido narcísica, formando assim uma 
idéia da relação entre ela e a libido objetal. A libido 
narcísica ou do ego parece-nos ser o grande reservatório de 
onde partem as catexias de objeto e no qual elas voltam a 
ser recolhidas, e a catexia libidinosa narcísica do ego se nos 
afigura como o estado originário realizado na primeira 
infância, que é apenas encoberto pelas emissões posteriores 
de libido, mas no fundo se conserva por trás delas.
(4) DIFERENCIAÇÃO ENTRE O HOMEM E A 
MULHER 
A rigor, se soubéssemos dar aos conceitos de 
“masculino” e “ feminino” um conteúdo mais preciso, 
seria possível defender a alegação de que a libido é, 
regular e normativamente, de natureza masculina, 
quer ocorra no homem ou na mulher, e abstraindo seu 
objeto, seja este homem ou mulher.
A puberdade, que no menino traz um avanço tão 
grande da libido, distingue-se, na menina, por uma 
nova onda de recalcamento que afeta justamente a 
sexualidade do clitóris. O que assim sucumbe ao 
recalcamento é uma parcela de sexualidade masculina.
Quando a mulher transfere a excitabilidade erógena do 
clitóris para a vagina, ela muda a zona dominante para sua 
atividade sexual posterior, ao passo que o homem conserva 
a dele desde a infância. Nessa mudança da zona erógena 
dominante, assim como na onda de recalcamento da 
puberdade, que elimina, por assim dizer, a masculinidade 
infantil, residem os principais determinantes da propensão 
das mulheres para a neurose, especialmente a histeria. 
Esses determinantes, portanto, estão intimamente 
relacionados com a natureza da feminilidade.
(5) O ENCONTRO DO OBJETO 
Em geral, a pulsão sexual torna-se auto-erótica, e só 
depois de superado o período de latência é que se 
restabelece a relação originária. Não é sem boas razões 
que, para a criança, a amamentação no seio materno 
toma-se modelar para todos os relacionamentos 
amorosos. O encontro do objeto é, na verdade, um 
reencontro.
O OBJETO SEXUAL NA FASE DE AMAMENTAÇÃO 
Durante todo o período de latência a criança aprende 
a amar outras pessoas que a ajudam em seu desamparo e 
satisfazem suas necessidades, e o faz segundo o modelo de 
sua relação de lactente com a ama e dando continuidade a 
ele. 
a mãe – contempla a criança com os sentimentos derivados 
de sua própria vida sexual: ela a acaricia, beija e embala, e é 
perfeitamente claro que a trata como o substituto de um 
objeto sexual plenamente legítimo.
É verdade que o excesso de ternura por parte dos pais 
torna-se pernicioso, na medida em que acelera a 
maturidade sexual e também, “mimando” a criança, 
torna-a incapaz de renunciar temporariamente ao 
amor em épocas posteriores da vida, ou de se contentar 
com menor dose dele.
ANGÚSTIA INFANTIL 
Nesse aspecto, a criança porta-se como o adulto, na 
medida em que transforma sua libido em angústia 
quando não pode satisfazê-la; e inversamente, o adulto 
neurotizado pela libido insatisfeita comporta-se como 
uma criança em sua angústia: começa a sentir medo 
tão logo fica sozinho, ou seja, sem uma pessoa de cujo 
amor se acredite seguro, e a querer aplacar esse medo 
através das medidas mais pueris.
A Barreira do Incesto 
Sem dúvida, o caminho mais curto para o filho seria 
escolher como objetos sexuais as mesmas pessoas a 
quem ama, desde a infância, com uma libido, digamos, 
amortecida.
Mas é na [esfera da] representação que se consuma inicialmente a 
escolha do objeto, e a vida sexual do jovem em processo de 
amadurecimento não dispõe de outro espaço que não o das 
fantasias, ou seja, o das representações não destinadas a 
concretizar-se. Nessas fantasias, as inclinações infantis voltam a 
emergir em todos os seres humanos, agora reforçadas pela 
premência somática, e entre elas, com frequência uniforme e em 
primeiro lugar, o impulso sexual da criança em direção aos pais, 
quase sempre já diferenciado através da atração pelo sexo oposto: 
a do filho pela mãe e a da filha pelo pai. Contemporaneamente à 
subjugação e ao repúdio dessas fantasias claramente incestuosas 
consuma-se uma das realizações psíquicas mais significativas, 
porém também mais dolorosas, do período da puberdade: o 
desligamento da autoridade dos pais, unicamente através do qual 
se cria a oposição, tão importante para o progresso da cultura, 
entre a nova e a velha gerações.
A psicanálise mostra a essas pessoas, sem esforço, que 
elas estão enamoradas, no sentido corriqueiro da 
palavra, desses seus parentes consangüíneos, uma vez 
que, com a ajuda dos sintomas e outras manifestações 
da doença, rastreia-lhes os pensamentos inconscientes 
e os traduz em pensamentos conscientes. Também nos 
casos em que uma pessoa anteriormente sadia adoece 
após uma experiência amorosa infeliz, pode-se 
descobrir com segurança que o mecanismo de seu 
adoecimento consiste numa reversão de sua libido para 
as pessoas preferidas na infância.
AS REPERCUSSÕES DA ESCOLHA OBJETAL INFANTIL 
Observa-se um eco muito claro dessa fase do desenvolvimento 
quando o primeiro enamoramento sério de um rapaz, como é tão 
freqüente, recai sobre uma mulher madura, e o da moça, sobre 
um homem mais velho e dotado de autoridade, já que essas 
figuras lhes podem revivescer as imagens da mãe e do pai. 
Qualquer perturbação desse relacionamento terá as mais graves 
conseqüências para a vida sexual na maturidade; também ao 
ciúme dos amantes nunca falta uma raiz infantil, ou pelo menos 
um reforço infantil. As desavenças entre os pais ou seu 
casamento infeliz condicionam a mais grave predisposição para o 
desenvolvimento sexual perturbado ou o adoecimento neurótico 
dos filhos.

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Curso Três Ensaios sobre a Teoria Sexual - Ensaio 3 - As Transformacoes da Puberdade

  • 1. Por Felipe de Souza – www.psicologiamsn.com
  • 2. AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE Com a chegada da puberdade introduzem-se as mudanças que levam a vida sexual infantil a sua configuração normal definitiva. Até esse momento, a pulsão sexual era predominantemente auto-erótica; agora, encontra o objeto sexual.
  • 3. AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE Como em todas as outras ocasiões em que se devem realizar no organismo novas combinações e composições que levam a mecanismos complexos, também aqui há uma oportunidade para perturbações patológicas, caso essas reordenações não se realizem. Todas as perturbações patológicas da vida sexual devem ser consideradas, justificadamente, como inibições do desenvolvimento.
  • 4. (1) O PRIMADO DAS ZONAS GENITAIS E O PRÉ-PRAZER Aparelho Sexual - deve ser acionado por estímulos, e a observação nos permite saber que os estímulos podem afetá-los por três caminhos: a) vindo do mundo externo, mediante a excitação das zonas erógenas já conhecidas, b) do interior do organismo, por vias que ainda temos de explorar, c) e da vida anímica, que por sua vez é um repositório de impressões externas e um receptor de excitações internas.
  • 5. TENSÃO SEXUAL O caráter de tensão da excitação sexual suscita um problema cuja solução é tão difícil quanto seria importante para a compreensão dos processos sexuais. Apesar de todas as diferenças de opinião que reinam sobre esse ponto na psicologia, devo insistir em que um sentimento de tensão tem de trazer em si o caráter de desprazer.
  • 6. O MECANISMO DO PRÉ-PRAZER Ora, o papel desempenhado nisso pelas zonas erógenas é claro. O que vale para uma delas vale para todas. Elas são todas usadas para proporcionar, mediante sua estimulação apropriada, um certo aumento do prazer; este leva a um acréscimo de tensão que, por sua vez, tem de produzir a energia motora necessária para levar a cabo o ato sexual.
  • 7. O MECANISMO DO PRÉ-PRAZER Ora, o papel desempenhado nisso pelas zonas erógenas é claro. O que vale para uma delas vale para todas. Elas são todas usadas para proporcionar, mediante sua estimulação apropriada, um certo aumento do prazer; este leva a um acréscimo de tensão que, por sua vez, tem de produzir a energia motora necessária para levar a cabo o ato sexual. A penúltima etapa desse ato, mais uma vez, é a estimulação apropriada de uma zona erógena (a própria zona genital, na glande peniana) pelo objeto mais adequado para isso (a mucosa da vagina); e do prazer gerado por essa excitação obtém-se, dessa vez por via reflexa, a energia motora requerida para a expulsão das substâncias sexuais. Esse último prazer é o de intensidade mais elevada e difere dos anteriores por seu mecanismo. É inteiramente provocado pela descarga: em sua totalidade, é um prazer de satisfação, e com ele se extingue temporariamente a tensão da libido.
  • 8. O MECANISMO DO PRÉ-PRAZER O primeiro pode ser convenientemente designado de pré-prazer, em oposição ao prazer final ou prazer de satisfação da atividade sexual.
  • 9. OS PERIGOS DO PRÉ-PRAZER A ligação do pré-prazer com a vida sexual infantil, entretanto, é corroborada pelo papel patogênico que pode competir a ele. Do mecanismo em que está incluído o pré-prazer pode resultar, evidentemente, um perigo para a consecução do alvo sexual normal, perigo este que surge quando, em algum ponto dos processos sexuais preparatórios, o pré-prazer se revela demasiadamente grande, e pequena demais sua contribuição para a tensão. Falta então a força pulsional para que o processo sexual seja levado adiante, todo o caminho se encurta, e a ação preparatória correspondente toma o lugar do alvo sexual normal.
  • 10. (2) O PROBLEMA DA EXCITAÇÃO SEXUAL prazer e tensão sexual só podem estar relacionados de maneira indireta. -O papel das substâncias sexuais -A importâncias dos órgãos internos -Teoria Química
  • 11. Estamos autorizados a supor que na porção intersticial das gônadas produzem-se substâncias químicas especiais que, absorvidas na corrente sangüínea, carregam de tensão sexual determinadas partes do sistema nervoso central.
  • 12. (3) A TEORIA DA LIBIDO Conceito da libido como uma força quantitativamente variável que poderia medir os processos e transformações ocorrentes no âmbito da excitação sexual. Diferenciamos essa libido, no tocante a sua origem particular, da energia que se supõe subjacente aos processos anímicos em geral, e assim lhe conferimos também um caráter qualitativo. Ao separar a energia libidinosa de outras formas de energia psíquica, damos expressão à premissa de que os processos sexuais do organismo diferenciam-se dos processos de nutrição por uma química especial.
  • 13. (3) A TEORIA DA LIBIDO A análise das perversões e das psiconeuroses levou-nos à compreensão de que essa excitação sexual é fornecida não só pelas chamadas partes sexuais, mas por todos os órgãos do corpo. Chegamos assim à representação [Vorstellung] de um quantum de libido a cujo substituto [Vertretung] psíquico damos o nome de libido do ego, e cuja produção, aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento devem fornecer-nos possibilidades de explicar os fenômenos psicossexuais observados.
  • 14. Em contraste com a libido do objeto, também chamamos a libido do ego de libido narcísica. Do ponto de observação da psicanálise podemos contemplar, como que por sobre uma fronteira cuja ultrapassagem não nos é permitida, a movimentação da libido narcísica, formando assim uma idéia da relação entre ela e a libido objetal. A libido narcísica ou do ego parece-nos ser o grande reservatório de onde partem as catexias de objeto e no qual elas voltam a ser recolhidas, e a catexia libidinosa narcísica do ego se nos afigura como o estado originário realizado na primeira infância, que é apenas encoberto pelas emissões posteriores de libido, mas no fundo se conserva por trás delas.
  • 15. (4) DIFERENCIAÇÃO ENTRE O HOMEM E A MULHER A rigor, se soubéssemos dar aos conceitos de “masculino” e “ feminino” um conteúdo mais preciso, seria possível defender a alegação de que a libido é, regular e normativamente, de natureza masculina, quer ocorra no homem ou na mulher, e abstraindo seu objeto, seja este homem ou mulher.
  • 16. A puberdade, que no menino traz um avanço tão grande da libido, distingue-se, na menina, por uma nova onda de recalcamento que afeta justamente a sexualidade do clitóris. O que assim sucumbe ao recalcamento é uma parcela de sexualidade masculina.
  • 17. Quando a mulher transfere a excitabilidade erógena do clitóris para a vagina, ela muda a zona dominante para sua atividade sexual posterior, ao passo que o homem conserva a dele desde a infância. Nessa mudança da zona erógena dominante, assim como na onda de recalcamento da puberdade, que elimina, por assim dizer, a masculinidade infantil, residem os principais determinantes da propensão das mulheres para a neurose, especialmente a histeria. Esses determinantes, portanto, estão intimamente relacionados com a natureza da feminilidade.
  • 18. (5) O ENCONTRO DO OBJETO Em geral, a pulsão sexual torna-se auto-erótica, e só depois de superado o período de latência é que se restabelece a relação originária. Não é sem boas razões que, para a criança, a amamentação no seio materno toma-se modelar para todos os relacionamentos amorosos. O encontro do objeto é, na verdade, um reencontro.
  • 19. O OBJETO SEXUAL NA FASE DE AMAMENTAÇÃO Durante todo o período de latência a criança aprende a amar outras pessoas que a ajudam em seu desamparo e satisfazem suas necessidades, e o faz segundo o modelo de sua relação de lactente com a ama e dando continuidade a ele. a mãe – contempla a criança com os sentimentos derivados de sua própria vida sexual: ela a acaricia, beija e embala, e é perfeitamente claro que a trata como o substituto de um objeto sexual plenamente legítimo.
  • 20. É verdade que o excesso de ternura por parte dos pais torna-se pernicioso, na medida em que acelera a maturidade sexual e também, “mimando” a criança, torna-a incapaz de renunciar temporariamente ao amor em épocas posteriores da vida, ou de se contentar com menor dose dele.
  • 21. ANGÚSTIA INFANTIL Nesse aspecto, a criança porta-se como o adulto, na medida em que transforma sua libido em angústia quando não pode satisfazê-la; e inversamente, o adulto neurotizado pela libido insatisfeita comporta-se como uma criança em sua angústia: começa a sentir medo tão logo fica sozinho, ou seja, sem uma pessoa de cujo amor se acredite seguro, e a querer aplacar esse medo através das medidas mais pueris.
  • 22. A Barreira do Incesto Sem dúvida, o caminho mais curto para o filho seria escolher como objetos sexuais as mesmas pessoas a quem ama, desde a infância, com uma libido, digamos, amortecida.
  • 23. Mas é na [esfera da] representação que se consuma inicialmente a escolha do objeto, e a vida sexual do jovem em processo de amadurecimento não dispõe de outro espaço que não o das fantasias, ou seja, o das representações não destinadas a concretizar-se. Nessas fantasias, as inclinações infantis voltam a emergir em todos os seres humanos, agora reforçadas pela premência somática, e entre elas, com frequência uniforme e em primeiro lugar, o impulso sexual da criança em direção aos pais, quase sempre já diferenciado através da atração pelo sexo oposto: a do filho pela mãe e a da filha pelo pai. Contemporaneamente à subjugação e ao repúdio dessas fantasias claramente incestuosas consuma-se uma das realizações psíquicas mais significativas, porém também mais dolorosas, do período da puberdade: o desligamento da autoridade dos pais, unicamente através do qual se cria a oposição, tão importante para o progresso da cultura, entre a nova e a velha gerações.
  • 24. A psicanálise mostra a essas pessoas, sem esforço, que elas estão enamoradas, no sentido corriqueiro da palavra, desses seus parentes consangüíneos, uma vez que, com a ajuda dos sintomas e outras manifestações da doença, rastreia-lhes os pensamentos inconscientes e os traduz em pensamentos conscientes. Também nos casos em que uma pessoa anteriormente sadia adoece após uma experiência amorosa infeliz, pode-se descobrir com segurança que o mecanismo de seu adoecimento consiste numa reversão de sua libido para as pessoas preferidas na infância.
  • 25. AS REPERCUSSÕES DA ESCOLHA OBJETAL INFANTIL Observa-se um eco muito claro dessa fase do desenvolvimento quando o primeiro enamoramento sério de um rapaz, como é tão freqüente, recai sobre uma mulher madura, e o da moça, sobre um homem mais velho e dotado de autoridade, já que essas figuras lhes podem revivescer as imagens da mãe e do pai. Qualquer perturbação desse relacionamento terá as mais graves conseqüências para a vida sexual na maturidade; também ao ciúme dos amantes nunca falta uma raiz infantil, ou pelo menos um reforço infantil. As desavenças entre os pais ou seu casamento infeliz condicionam a mais grave predisposição para o desenvolvimento sexual perturbado ou o adoecimento neurótico dos filhos.