O documento descreve:
1) A importância do acompanhamento farmacoterapêutico na farmácia privada e as condições necessárias para a realização deste serviço.
2) Os documentos necessários para a implantação do atendimento farmacêutico em farmácias de acordo com a legislação brasileira.
3) A estrutura física mínima exigida para a prestação deste serviço nas farmácias.
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
Cuidados farmacêuticos atuação clínica na farmácia - apostila
1. 30/09/2016
1
Objetivo
• Descrever a importância do acompanhamento
farmacoterapêutico na farmácia privada,
principalmente no que refere a análise do
tratamento e intervenções necessárias.
• Discutir as condições necessárias para a
realização deste serviço e maneiras de
implementá-lo.
Programação
3
Documentação Necessária para a
Implantação do Atendimento
Farmacêutico em Farmácias
2. 30/09/2016
2
RDC 44/09
Cap. II – Das condições gerais
Art. 2º As farmácias e drogarias devem possuir os seguintes documentos
no estabelecimento:
I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
II - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando
aplicável;
III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal
de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente;
IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de
Farmácia da respectiva jurisdição; e
V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente
e as especificidades de cada estabelecimento.
5
Estrutura Necessária para a Implantação
do Atendimento Farmacêutico em
Farmácias
Lei 13.021/14
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 11. O proprietário da farmácia não poderá
desautorizar ou desconsiderar as orientações técnicas
emitidas pelo farmacêutico.
Parágrafo único. É responsabilidade do estabelecimento
farmacêutico fornecer condições adequadas ao perfeito
desenvolvimento das atividades profissionais do
farmacêutico.
3. 30/09/2016
3
RDC 44/09
Cap. III – Da Infra - estrutura física
Seção II Do Ambiente Destinado aos Serviços
Farmacêuticos:
Art. 15. O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos
deve ser diverso daquele destinado à dispensação e à
circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento
dispor de espaço específico para esse fim.
RDC 44/09
Cap. III – Da Infra - estrutura física
Seção II Do Ambiente Destinado aos Serviços
Farmacêuticos:
§1º O ambiente para prestação dos serviços que
demandam atendimento individualizado deve garantir a
privacidade e o conforto dos usuários, possuindo
dimensões, mobiliário e infraestrutura compatíveis com as
atividades e serviços a serem oferecidos.
§2º O ambiente deve ser provido de lavatório contendo
água corrente e dispor de toalha de uso individual e
descartável, sabonete líquido, gel bactericida e lixeira com
pedal e tampa.
RDC 44/09
Cap. III – Da Infra - estrutura física
4. 30/09/2016
4
10
Qualificação Necessária para a Prática
Clínica
11
Qualificação
Os profissionais que tenham a intenção de praticar
serviços farmacêuticos clínicos devem estar
dispostos a adquirir conhecimento técnico sólido
dentro de um contexto filosófico e socio-cultural
mais amplo.
CIPOLLE, J.C.; STRAND, L.M.; MORLEY, P.C. El Ejercicio de la Atención Farmacéutica. 1998.
12
A qualificação deve capacitar o profissional para:
• Entender a atenção farmacêutica como uma
responsabilidade profissional para com o usuário
de medicamentos na sociedade;
• Desenvolver o raciocínio clínico, avaliando de
forma estruturada as queixas dos pacientes e suas
possíveis relações com os medicamentos em uso;
5. 30/09/2016
5
13
• Estabelecer condutas de encaminhamento para
outros profissionais ao estar diante de problemas
de saúde que necessitem da assistência de outro
profissional;
• Estabelecer relação terapêutica com o paciente
para tomada de decisões racionais e ajustadas ao
contexto psico-social do indivíduo;
A qualificação deve capacitar o profissional para:
14
• Estabelecer relação positiva com os demais
membros da equipe de saúde;
• Reconhecer as necessidades dos usuários de
medicamentos e contribuir para a otimização dos
resultados da farmacoterapia, aderência ao
tratamento, detecção e notificação de reações
adversas a medicamentos;
A qualificação deve capacitar o profissional para:
15
• Realizar investigação em serviço de forma a
contribuir para a divulgação do conhecimento
acumulado com a prática de serviços seguindo
a lógica da atenção farmacêutica.
A qualificação deve capacitar o profissional para:
6. 30/09/2016
6
16
Formação Integral do Farmacêutico Clínico
DIAGNÓSTICO
Semiologia (S)
Interpretação de Exames (IE)
PROCESSO ASSISTENCIAL RESULTADOS
• CURA
• CONTROLE
• PREVENÇÃ0
PLANO
TERAPÊUTICO
Farmacoterapia (FT)
ACOMPANHAMENTO DE
RESULTADOS
Metodos – S – IE - BH - FT
PROCESSO DE USO
DO MEDICAMENTO
Bases Humanísticas (BH)
AVALIAÇÃO DOS
RESULTADOS
Clínicos
Humanísticos
Econômicos
PACIENTE
F I L O S O F I A D A A T E N Ç Ã O F A R M A C Ê U T I C A
17
Realização do Atendimento Farmacêutico
18
“Art. 64: Protocolos para as atividades relacionadas à atenção
farmacêutica:
§ 1º: atividades documentadas de forma sistemática e
contínua, com o consentimento expresso do usuário;
§ 2º: Registros: informações do usuário, orientações e
intervenções farmacêuticas realizadas, resultados delas
decorrentes e informações do profissional responsável pela
execução do serviço.
(RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009)
Atendimento Farmacêutico
7. 30/09/2016
7
19
Objetivo:
A. Detecção de Problemas Relacionados a
Medicamentos (PRM);
B. Prevenção e resolução de Resultados Negativos
Associados a Medicamentos (RNM);
C. Ser continuado, sistematizado e documentado;
D. Alcançar resultados que melhorem a qualidade de
vida do paciente.
Atendimento Farmacêutico
20
A detecção de PRM e a prevenção e resolução de
RNM:
• Vinculam-se inevitavelmente à monitorização e
avaliação continuada;
• Identificar mudanças no estado de saúde do paciente
atribuíveis à farmacoterapia;
• Utilização de variáveis clínicas (sintomas, sinais,
parâmetros clínicos).
Atendimento Farmacêutico
21
Ser oferecido de forma contínuo:
• Cooperar e colaborar com o paciente de forma
permanente no tempo;
• Implicar não só a prevenção ou resolução dos PRM ou
RNM, mas também o tratamento integral;
• Desenvolver um plano de cuidado;
Atendimento Farmacêutico
8. 30/09/2016
8
22
Ser realizado de forma sistemática:
• Avaliação dos resultados e intervenções;
• Deve ser documentado.
Atendimento Farmacêutico
23
Para o farmacêutico:
• Colaboração e integração do farmacêutico na equipe
multidisciplinar;
• Conhecer e definir qual é o seu papel e limitações;
• Apresentar seu juízo clínico elaborado a partir da
perspectiva do medicamento quando julgar
conveniente.
Atendimento Farmacêutico
24
Método Clínico
9. 30/09/2016
9
Métodos de atendimento na prática
farmacêutica
• 1974 - Kishi e Watanabe
POMR (problem-oriented medical record)
• Eles avaliaram o impacto da sua utilização em
estudantes de farmácia sobre o desenvolvimento de
habilidades de raciocínio clínico.
25
• Strand, Morley e Cipolle
1. Desenvolver ou adaptar um método clínico de
atendimento de pacientes;
2. Elaborar um sistema de documentação e uma lista de
problemas farmacoterapêuticos;
3. Apresentar as responsabilidades do farmacêutico na
equipe de saúde.
26
Métodos de atendimento na prática
farmacêutica
Métodos disponíveis de atendimento:
• PW - Pharmaceutical Workup;
• Método Dáder.
Outros métodos também utilizados:
• Therapeutic Outcomes Monitoring (TOM);
• SOAP.
27
Métodos de atendimento na prática
farmacêutica
10. 30/09/2016
10
28
Etapas do Cuidado ao Paciente
29
Avaliação
Inicial
Plano de
cuidado
Avaliação
e
Resultados
Fonte: (OLIVEIRA . Atenção Farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia medicamentosa, pág. 90, 2011)
30
Avaliação inicial
11. 30/09/2016
11
31
Relação que se estabelece entre o farmacêutico
e a pessoa que o procura, estando doente ou
não.
• Desde o momento do primeiro encontro,
existem expectativas de ambas as partes.
Relação Paciente - Farmacêutico
OLIVEIRA, DJENANE R. Atenção Farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia medicamentosa. Editora RCN, pág. 90 –
120, São Paulo, 2011.
32
• O desejo de ser ouvido;
• A expectativa de que o profissional se interesse por
ele como um ser humano, e não como uma doença ou
uma parte de corpo humano;
• Competência profissional;
• Busca de informações claras sobre sua condição de
saúde.
(Divisão de Loyd Smith Jr, In Semiologia Clínica, Editora Sarvier, 2002, modificada por LFB)
Expectativas do paciente
33
Qual a diferença entre ouvir e
escutar?
Escuta farmacêutica
12. 30/09/2016
12
34
• Comunicar-se através de uma linguagem adequada –
garantir a comunicação;
• Deixar o cliente falar sem interrupções, permitindo que o
mesmo conte sua história em suas próprias palavras;
• Sigilo absoluto do que será dito, relação de confiança;
• Ter paciência e usar de abordagem adequada a pessoas
com limitações;
Cuidados na Entrevista Farmacêutica
35
•Deve-se tomar cuidado para não julgar ou
desaprovar certos aspectos da história do paciente;
• Respeitar as pausas, o silêncio, o choro;
• A observação cuidadosa das expressões faciais do
paciente assim como dos movimentos corporais pode
fornecer indicações não-verbais valiosas.
Cuidados na Entrevista Farmacêutica
36
• Identificação do paciente;
• Anamnese;
• Alterações identificadas;
• Exames complementares;
• Impressões e Condutas
Roteiro para organizar as informações
13. 30/09/2016
13
37
Avaliação e Resultado
38
Nesta fase, o farmacêutico após coletar as informações
sobre o paciente, seus problemas de saúde e seus
medicamentos, irá utilizar seu raciocínio clínico para
determinar se o paciente apresenta Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM)
Avaliação e Resultados – Objetivos
OLIVEIRA, DJENANE R. Atenção Farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia medicamentosa. Editora RCN, pág. 90 –
120, São Paulo, 2011.
39
Avaliação da Farmacoterapia
14. 30/09/2016
14
Avaliação da Farmacoterapia
Quais são os quatro pilares da Atenção
Farmacêutica?
Avaliação da Farmacoterapia
• Os quatro pilares são:
• NECESSIDADE / INDICAÇÃO
• EFETIVIDADE
• SEGURANÇA
• ADESÃO AO TRATAMENTO
Avaliação da Farmacoterapia
PHARMACOTERAPY WORKUP
MINESOTA - EUA
15. 30/09/2016
15
Classificação
• Indicação: todos os problemas de saúde estão sendo
adequadamente tratados?
• Efetividade: o produto e o regime posológico são os
mais adequados para maximizar a efetividade do
tratamento?
• Segurança: a farmacoterapia é mais segura possível
para o paciente?
• Conveniência: o paciente compreende e concorda
com a farmacoterapia, e utiliza conforme o
recomendado?
Classificação
Para cada medicamento você tem apenas um PRM
Pensar sobre sua intervenção:
• Qual será sua decisão?
• O que fará para solucionar o problema do paciente?
Classificação
17. 30/09/2016
17
Avaliação da Farmacoterapia
PROBLEMAS RELACIONADOS COM
MEDICAMENTOS (PRM)
X
RESULTADOS NEGATIVOS
ASSOCIADOS
AO MEDICAMENTO (RNM)
Avaliação da Farmacoterapia
Evolução Histórica
51
1998 2002 2007
CONSENSO DE
GRANADA
SOBRE
PROBLEMAS
RELACIONADOS
COM
MEDICAMENTO
(PRM)
SEGUNDO
CONSENSO DE
GRANADA
SOBRE
PROBLEMAS
RELACIONADOS
COM
MEDICAMENTO
(PRM)
TERCEIRO
CONSENSO DE
GRANADA
SOBRE
PROBLEMAS
RELACIONADOS
COM
MEDICAMENTO
(PRM) E
RESULTADOS
NEGATIVOS
ASSOCIADOS
AO
MEDICAMENTO
(RNM)
18. 30/09/2016
18
Definição do Termo RNM
“São resultados em saúde do paciente não adequados
ao objetivo da farmacoterapia e associados ao uso ou
falha no uso dos medicamentos.”
Para medi-los utiliza-se uma variável clínica (sintoma,
sinal, evento clínico, medição metabólica ou fisiológica,
morte), que não atinge os objetivos terapêuticos
estabelecidos para o doente.
Classificação
Definição do Termo PRM
Administração incorreta do medicamento
Características pessoais
Conservação inadequada
Contra-indicação
Dose, posologia ou duração inadequada
Duplicidade
Erros de dispensação
Erros de prescrição
Incumprimento (não adesão)
Interações
Outros problemas de saúde que afetam o
tratamento
Probabilidade de efeitos adversos
Problema de saúde insuficientemente
tratado
Outros
PRM – PROBLEMA RELACIONADO COM MEDICAMENTO
“...aquelas situações que causam ou podem causar o aparecimento de um resultado
negativo associado ao uso dos medicamentos”
20. 30/09/2016
20
Caso 1
Paciente MARS, mulher, 65 anos, hipertensa,
encaminhada para consulta com farmacêutico porque
está apresentando hipotensão. Faz acompanhamento
com clínico na mesma UBS há 10 anos, desde que foi
diagnosticado com hipertensão. Faz uso de
Hidroclorotiazida 25mg 1cp cedo e Captopril 25mg 1cp
de 12/12h. Tem apresentado níveis pressóricos dentro da
normalidade, mas resolveu então passar em um
cardiologista particular para fazer um “checkup”. Ao fim
da consulta com cardiologista lhe foi prescrito Clorana®
25mg 1cp cedo e Capoten ® 50mg 1cp de 8/8h. Desde
então passou a sentir-se mal com queda brusca da
pressão arterial (níveis pressóricos em média de 80 X
50mm/Hg).
Caso 1
• Os medicamentos são NECESSÁRIOS / INDICADOS?
• Os medicamentos são EFETIVOS?
• Os medicamentos são SEGUROS?
• O pacientes consegue ADERIR ao tratamento?
• Existe algum problema de saúde que NÃO ESTÁ
SENDO TRATADO?
Resolução do caso
Dáder
Pharmacoterapy
Workup
Qual o RNM?
Qual o PRM?
Qual a classificação do
RNM?
Qual a classificação do
PRM?
Qual é o PRM?
Qual a classificação do
PRM?
21. 30/09/2016
21
Resolução do caso
Paciente MARS, mulher, 65 anos, hipertensa,
encaminhada para consulta com farmacêutico porque
está apresentando hipotensão. Faz acompanhamento
com clínico na mesma UBS há 10 anos, desde que foi
diagnosticado com hipertensão. Faz uso de
Hidroclorotiazida 25mg 1cp cedo e Captopril 25mg 1cp
de 12/12h. Tem apresentado níveis pressóricos dentro da
normalidade, mas resolveu então passar em um
cardiologista particular para fazer um “checkup”. Ao fim
da consulta com cardiologista lhe foi prescrito Clorana®
25mg 1cp cedo e Capoten ® 50mg 1cp de 12/12h. Desde
então passou a sentir-se mal com queda brusca da
pressão arterial (níveis pressóricos em média de 80 X
50mm/Hg).
Resolução do Caso – Raciocínio PW
Resolução do caso – Raciocínio Dáder
22. 30/09/2016
22
Resolução do caso – Raciocínio Dáder
Administração incorreta do medicamento
Características pessoais
Conservação inadequada
Contra-indicação
Dose, posologia ou duração inadequada
Duplicidade
Erros de dispensação
Erros de prescrição
Incumprimento (não adesão)
Interações
Outros problemas de saúde que afetam o
tratamento
Probabilidade de efeitos adversos
Problema de saúde insuficientemente
tratado
Outros
Resolução do caso
Dáder Pharmacoterapy Workup
Qual o RNM?
Hipotensão
Qual o PRM?
Hipotensão
Qual a classificação do
RNM?
Efeito de Medicamento
Desnecessário
Qual a classificação do
PRM?
PRM1: Medicamento
Desnecessário
Qual é o PRM?
Duplicidade
Qual a classificação do
PRM?
Terapia Dupla
Caso 2
Paciente MDF, mulher, hipertensa e diabética.
Apresentando níveis pressóricos de 120 X 80mm/Hg,
glicemia de jejum de 92mg/dL e hemoglobina glicada
de 6%. Refere dor e ardência ao urinar e aumento da
frequência urinária há dois dias. Em uso de Losartan
25mg 1cp cedo, Daonil 1cp em jejum e Metformina
1cp após almoço e jantar.
23. 30/09/2016
23
Caso 2
• Os medicamentos são NECESSÁRIOS / INDICADOS?
• Os medicamentos são EFETIVOS?
• Os medicamentos são SEGUROS?
• O pacientes consegue ADERIR ao tratamento?
• Existe algum problema de saúde que NÃO ESTÁ
SENDO TRATADO?
Resolução do caso
Dáder
Pharmacoterapy
Workup
Qual o RNM?
Qual o PRM?
Qual a classificação do
RNM?
Qual a classificação do
PRM?
Qual é o PRM?
Qual a classificação do
PRM?
69
Elaboração do Plano de Cuidado
24. 30/09/2016
24
70
Esta fase tem por objetivo determinar com o paciente,
como controlar seus problemas de saúde com a
farmacoterapia.
Devem-se organizar todos os dados e o que foi acordado
com o paciente para alcançar os objetivos terapêuticos.
Plano de Cuidado – Objetivos
OLIVEIRA, DJENANE R. Atenção Farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia medicamentosa. Editora RCN, pág. 90 –
120, São Paulo, 2011.
71
ATIVIDADES RESPONSABILIDADES
1. Determinar os objetivos terapêuticos
para cada problema de saúde do paciente
1. Negociar com o paciente os objetivos e
marco temporal para avaliar a
farmacoterapia e discutir com o paciente
suas responsabilidades para alcançar os
resultados
2. Determinar intervenções apropriadas
para resolver PRM, alcançar objetivos
terapêuticos e prevenir PRM
2. Considerar alternativas terapêuticas,
selecionar a melhor alternativa e
implementar
3. Marcar retorno do paciente para
avaliação de resultados
3. Determinar data para avaliação, que
seja clinicamente apropriada e
conveniente para o paciente
Fonte: (OLIVEIRAAtenção Farmacêutica: da filosofia ao gerenciamento da terapia medicamentosa, pág. 110, 2011).
72
Documentação Clínica Farmacêutica
25. 30/09/2016
25
73
Documentação clínica farmacêutica
Hepler e Strand, 1990
Conjunto de dados e informações que envolvem o
processo assistencial farmacêutico.
• Ficha farmacêutica
• Prontuário
• Relatório farmacêutico
• Prescrição
• POP
74
PROCESSO
ASSISTENCIAL
ENTREVISTA
CLÍNICA
COLETA DE DADOS
REGISTRO
DOCUMENTAÇÃO CLÍNICA
PERFIL DO
PACIENTE E
HISTÓRIA
CLÍNICA
75
Documentação clínica farmacêutica
Elementos da história clínica do paciente:
• IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
• QUEIXA PRINCIPAL como o paciente refere o problema
• HISTÓRIA DA QUEIXA PRINCIPAL o que perguntar sobre os sintomas
• HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA focar em doença ou medicamentos que
podem causar os sintomas
• HISTÓRIA FAMILIAR destacar, caso as situações clínicas tenham história
na família
• HISTÓRIA SOCIAL hábitos que podem ser a causa dos sintomas
• REVISÃO POR SISTEMAS outros órgãos que podem ser afetados e que
sinalizam casos de maior gravidade
Correr, 2013
26. 30/09/2016
26
76
Registro em Prontuário
77
O que é um prontuário?
78
Definição
Art. 1º
“...documento único, constituído de um conjunto de
informações, sinais e imagens registrados, gerados a
partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a
saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de
caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a
comunicação entre membros da equipe multiprofissional
e a continuidade da assistência prestada ao
indivíduo”
Resolução n.º 1.638/02, Conselho Federal de Medicina
27. 30/09/2016
27
79
O que vou registrar no prontuário?
80
Informações pertinentes à saúde e à assistência
prestada ao paciente
Identificar, prevenir e resolver Problemas
Relacionado ao Medicamento
Objetivo
81
Para quê vou registrar no prontuário?
28. 30/09/2016
28
82
Prontuário
• Estabelece um registro permanente de informação que o
farmacêutico tem coletado e analisado sobre o paciente,
como também o plano de assistência ao paciente.
• Comunica eficientemente informações chave aos colegas no
local de prática e a outros provedores de assistência médica.
• Contribui para um banco de dados sobre os pacientes.
• Estabelece evidências das ações do farmacêutico e dos bons
resultados na assistência ao paciente.
• Serve como um registro legal de prestação de assistência.
• Provê elementos para pedidos de reembolso e pagamento e
subsidia respostas para questionamentos de pagadores em
geral.
Rovers, JP. Guia prático de atenção farmacêutica: manual de habilidades clínicas. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
83
Como vou registrar no prontuário?
84
Métodos pré-estabelecidos
Políticas e Normas da Organização
Contemplar componentes Legais
Registro em Prontuário
29. 30/09/2016
29
RDC nº 44 de 17 de Agosto deRDC nº 44 de 17 de Agosto deRDC nº 44 de 17 de Agosto deRDC nº 44 de 17 de Agosto de
2009200920092009
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o
controle sanitário do funcionamento, da dispensação
e da comercialização de produtos e da prestação de
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias.
Contemplar componentes Legais
RDC 44/09RDC 44/09RDC 44/09RDC 44/09
Cap. VICap. VICap. VICap. VI –––– Serviços FarmacêuticosServiços FarmacêuticosServiços FarmacêuticosServiços Farmacêuticos
Seção I: Da Atenção Farmacêutica
Art. 64. Devem ser elaborados protocolos para as atividades relacionadas à atenção
farmacêutica, incluídas referências bibliográficas e indicadores para avaliação dos resultados.
§1º As atividades devem ser documentadas de forma sistemática e contínua, com o
consentimento expresso do usuário.
§2º Os registros devem conter, no mínimo, informações referentes ao usuário (nome,
endereço e telefone), às orientações e intervenções farmacêuticas realizadas e aos resultados
delas decorrentes, bem como informações do profissional responsável pela execução do
serviço (nome e número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia).
RDC 44/09RDC 44/09RDC 44/09RDC 44/09
Cap. VICap. VICap. VICap. VI –––– Serviços FarmacêuticosServiços FarmacêuticosServiços FarmacêuticosServiços Farmacêuticos
Seção I: Da Atenção Farmacêutica
Art. 65. As ações relacionadas à atenção farmacêutica
devem ser registradas de modo a permitir a avaliação de
seus resultados.
Parágrafo único. Procedimento Operacional Padrão deverá
dispor sobre a metodologia de avaliação dos resultados.
30. 30/09/2016
30
RDC 44/09RDC 44/09RDC 44/09RDC 44/09
Cap. VICap. VICap. VICap. VI –––– Serviços FarmacêuticosServiços FarmacêuticosServiços FarmacêuticosServiços Farmacêuticos
88
Seção III – Da Declaração de Serviço Farmacêutico
• plano de intervenção, quando houver;
Resolução nº 1638Resolução nº 1638Resolução nº 1638Resolução nº 1638
de 9 de Agosto de 2002de 9 de Agosto de 2002de 9 de Agosto de 2002de 9 de Agosto de 2002
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINACONSELHO FEDERAL DE MEDICINACONSELHO FEDERAL DE MEDICINACONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ----
CFMCFMCFMCFM
Define prontuário médico e torna obrigatória a
criação da Comissão de Revisão de Prontuários
nas instituições de saúde
90
Resolução 1638/11
Art. 5º - Compete à Comissão de Revisão de Prontuários: Observar
os itens que deverão constar obrigatoriamente do prontuário
confeccionado em qualquer suporte, eletrônico ou papel:
a) Identificação do paciente - nome completo, data de nascimento
(dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo, nome da mãe,
naturalidade (indicando o município e o estado de nascimento),
endereço completo (nome da via pública, número, complemento,
bairro/distrito, município, estado e CEP);
b) Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados e
seus respectivos resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico
definitivo e tratamento efetuado;
31. 30/09/2016
31
91
Resolução 1638/11
c) Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação de
todos os procedimentos aos quais o mesmo foi submetido e
identificação dos profissionais que os realizaram, assinados
eletronicamente quando elaborados e/ou armazenados em meio
eletrônico;
d) Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória a legibilidade
da letra do profissional que atendeu o paciente, bem como a
identificação dos profissionais prestadores do atendimento. São
também obrigatórias a assinatura e o respectivo número do
CRM;
e) Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de
história clínica do paciente, deverá constar relato médico
completo de todos os procedimentos realizados e que tenham
possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade.
Resolução nº 555Resolução nº 555Resolução nº 555Resolução nº 555
de 30 de Novembro de 2011de 30 de Novembro de 2011de 30 de Novembro de 2011de 30 de Novembro de 2011
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA ----
CFFCFFCFFCFF
Regulamenta o registro, a guarda e o manuseio
de informações resultantes da prática da
assistência farmacêutica nos serviços de saúde.
93
Resolução 555/11
“...Considerando que no processo de análise da prescrição e da
elaboração do perfil farmacoterapêutico do paciente são
identificados problemas relacionados a medicamentos (PRM),
reações adversas a medicamentos (RAM), interações
medicamentosas e erros de medicação;
...Considerando que o prontuário é um importante documento para
a assistência ao paciente, para o serviço de saúde que presta a
assistência, bem como para o ensino e a pesquisa, além de
documentar a atuação de cada profissional e servir como
instrumento de defesa legal...”
32. 30/09/2016
32
94
Resolução 555/11
Art. 2º - O registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da
prática da assistência farmacêutica a pacientes ambulatoriais, nos serviços
de saúde e/ou instituições de ensino deverão existir, preferencialmente
em meio eletrônico, podendo também estar disponíveis em meio físico
(papel).
Art. 3º - Os dados deverão ser indexados de forma a possibilitar o
arquivamento organizado, facilitando a pesquisa.
Parágrafo único - O arquivo em papel ou em meio eletrônico deve,
preferencialmente, ser ordenado pelo número do prontuário ou, na falta
deste, pelo número do cartão nacional de saúde.
Art. 4º - No ato do registro da assistência prestada, o profissional deve
utilizar linguagem técnico-científica para a equipe de saúde e coloquial
para fornecer orientações aos pacientes...”
Resolução nº 585Resolução nº 585Resolução nº 585Resolução nº 585
de 29 de Agosto de 2013de 29 de Agosto de 2013de 29 de Agosto de 2013de 29 de Agosto de 2013
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA ----
CFFCFFCFFCFF
Regulamenta as atribuições clínicas do
farmacêutico e dá outras providências.
96
Art. 7º - São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,
nos âmbitos individual e coletivo:
...
XIX - Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao paciente,
família, cuidadores e sociedade;
XXII - Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto à
administração de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações, quando
couber;
XXIII - Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente;
...
Resolução 585/13
Capítulo I – Das Atribuições Clínicas
33. 30/09/2016
33
Resolução nº 586Resolução nº 586Resolução nº 586Resolução nº 586
de 29 de Agosto de 2013de 29 de Agosto de 2013de 29 de Agosto de 2013de 29 de Agosto de 2013
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIACONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA ----
CFFCFFCFFCFF
Regula a prescrição farmacêutica e dá
outras providências.
98
Art. 16 - O farmacêutico manterá registro de todo o
processo de prescrição na forma da lei.
Resolução 586/13
• O registro clínico é um componente do processo
assistencial e somente um registro organizado pode
ser considerado como um documento científico.
• Ex.
• PW;
• Dáder;
• TOM;
• SOAP.
99
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
Métodos pré - estabelecidos
34. 30/09/2016
34
• SOAP
100
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
• SOAP
101
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
• SOAP
102
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
35. 30/09/2016
35
• SOAP
103
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
• EX.
104
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
• EX.
105
Conteúdo didático da Aula de Semiologia Aplicada a Prática Farmacêutica
36. 30/09/2016
36
FIXAÇÃO DE CONTEÚDO
107
Boca seca
FC 160bpm Glicemia capilar
215mg/dL
Prática de
exercício
físico
Náuseas
“dor na boca do
estômago”
Tosse por uso
de captopril
Não adesão ao
hipoglicemiante
Encaminhame
nto a
psicologia
LDL 160mg/dL
Dieta com baixa
ingestão de sódio
Congestão
nasal
TC 39º
Tomar todos
os
comprimidos
com água
Insônia
Emissão de
relatório
farmacêutico
com sugestão de
aumento de dose
do
antihipertensivo
Diarreia
Tomar 1cp de
Paracetamol
500mg a cada 8
horas, via oral
PA 170 X
100mmHg
“lista dos
medicamentos
utilizados”
108
TÓPICOS MÉDICO FARMACÊUTICO
Anamnese Entrevista médica (Foco no diagnóstico
de doença)
Exame físico Apto para todos procedimentos (Foco no
diagnóstico de doença)
Exames complementares
(solicitação e resultados)
Realiza solicitação e analisa resultado
Hipótese diagnóstica Doença, conforme CID (em
investigação)
Diagnóstico definitivo Doença, conforme CID (confirmado)
Tratamento efetuado Intervenção médica (p.ex: prescrição de
medicamentos)
Comparações entre evolução médica e
farmacêutica
37. 30/09/2016
37
109
Carta de encaminhamento
farmacêutico
110
Em termos gerais o relatório deve:
• Formular o problema estudado
• Descrever os métodos utilizados na sua resolução
• Descreve as possíveis opções
• Descrever e justificar as opções escolhidas
• Apresentar os resultados obtidos
• Apresentar as conclusões que podem ser inferidas desses
resultados
Conteúdo do relatório
111
Linguagem do relatório
• Clara e objetiva
• Impessoal
• Deve apresentar a linguagem formal e técnica
• Evitar erros gramaticais
• Usar as palavras certas
• Não usar sinônimos de determinadas palavras apenas por questões de
estilo
• As frases devem ser curtas. Os períodos devem ser simples, devem ser
evitados períodos compostos pois estes tornam a leitura difícil e pesada;
• Sempre se referir ao passado das ações (uma vez que a prática já deverá
ter sido executada)
“Fazer um relatório implica comunicar fatos, resultados, sendo
imprescindível que você atinja ao menos esses objetivos básicos”.
38. 30/09/2016
38
112
Recomendações para se elaborar uma carta
(relatório) farmacêutico
• Apresentação do paciente
• Motivo do encaminhamento ao médico
• Parecer farmacêutico
• Despedida
Dáder, MJF et al. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos. São Paulo, RCN, 2008.
113
Recomendações para se elaborar uma carta
(relatório) farmacêutico
Adaptado por Rafael Cairê de Oliveira dos Santos de Dáder, MJF et al. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos
práticos. São Paulo, RCN, 2008.
• Apresentação do paciente:
– Identificação do paciente;
– Problema de saúde a ser tratado.
114
• Motivo do encaminhamento ao médico:
– Manifestações clínicas em que se fundamenta a suspeita
(sinais, sintomas, problemas de saúde e medicamentos
em uso)
Adaptado por Rafael Cairê de Oliveira dos Santos de Dáder, MJF et al. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos
práticos. São Paulo, RCN, 2008.
Recomendações para se elaborar uma carta
(relatório) farmacêutico
39. 30/09/2016
39
115
• Parecer farmacêutico:
– Apresentar a relação entre o problema referido se é ou
não um problema relacionado ao medicamento;
– Proposta de solução do problema, incluindo alternativas
terapêuticas e sugestões.
Adaptado por Rafael Cairê de Oliveira dos Santos de Dáder, MJF et al. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos
práticos. São Paulo, RCN, 2008.
Recomendações para se elaborar uma carta
(relatório) farmacêutico
116
Dáder, MJF et al. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos. São Paulo, RCN, 2008.
• Despedida:
– Outorga-se ao médico a autoridade de avaliar o
risco/benefício da intervenção.
– Mostra-se disponível para colaborar em equipe pela
saúde do paciente.
Recomendações para se elaborar uma carta
(relatório) farmacêutico
117
Dáder, MJF et al. Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos. São Paulo, RCN, 2008.
Deve-se realizar três cópias, sendo:
- Uma cópia para o médico (profissional da saúde)
- Uma cópia para o paciente
- Uma cópia para o farmacêutico
Recomendações para se elaborar uma carta
(relatório) farmacêutico
40. 30/09/2016
40
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Consequências de um mau relatório
• Não resolve o problema do paciente
• Conflito entre os profissionais
• Perda de credibilidade
119
Qual o Impacto com a Implantação do
Atendimento Farmacêutico?
42. 30/09/2016
42
124
• Aumento da adesão ao tratamento farmacológico;
• Redução dos parâmetros fisiológicos e
bioquímicos;
• Aumenta o nível de satisfação do cliente, e com
isso, a motivação de continuar em sua farmácia;
• Pode-se cobrar pelo serviço, porém, é necessário
pesquisas que avaliem o custo-efetividade em
farmácias.
Conclusão