O documento descreve as práticas de farmácia clínica no Brasil, incluindo o histórico das atividades clínicas farmacêuticas, as aplicações da farmácia clínica em hospitais e unidades de terapia intensiva, e as competências necessárias para farmacêuticos clínicos.
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Farmcia clnica.apostila pdf
1. PRÁTICAS EM FARMÁCIA CLÍNICA
Daniela Vieira Baldini Batista
Lívia Maria Gonçalves Barbosa
Farmacêutica Clínica
1
2. Programa
Histórico das Atividades Clínicas Farmacêuticas no Brasil;
Aplicações da Farmácia clínica;
Atuação do Farmacêutico Clínico nas Unidades de Terapia Intensiva;
Histórico das Unidades de Terapia Intensiva;
Atividades dos profissionais da Terapia Intensiva;
Importância da equipe multidisciplinar;
A farmácia clínica na Terapia Intensiva;
Atividades desenvolvidas pelo farmacêutico na Terapia Intensiva.
2
3. Programa
Importância da Farmácia Clínica;
Segurança no Uso de Medicamentos;
Seguimento Farmacoterapêutico;
Evolução Farmacêutica em Prontuário;
Gestão de Risco;
Como eu Faço?
3
5. Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
“A Farmácia Clínica é um conceito ou uma filosofia que enfatiza o uso
seguro e adequado de medicamentos em pacientes. Ela coloca a ênfase
do medicamento sobre o paciente e não sobre o produto. Isto apenas é
alcançado interagindo responsavelmente com todas as disciplinas de
saúde que estão de alguma forma envolvidos com medicamentos”
(PARKER, 1967 citado por FRANCKE, 1969).
5
7. Nos Estados Unidos, a perda do papel do farmacêutico nas farmácias
após a industrialização foi solucionada no âmbito hospitalar através de
uma nova disciplina que pretendia resgatar a participação do
farmacêutico na equipe de saúde, a Farmácia Clínica.
7
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
8. 8
Chile
1972
Estados
Unidos
1960
Brasil
1979
2013
Em 15 de janeiro de 1979, à instalação do primeiro Serviço
de Farmácia Clínica e do primeiro Centro de Informação
sobre Medicamentos (CIM) do País – Hospital Universitário
Onofre Lopes (Universidade Federal do Rio Grande do
Norte), em Natal (RN).
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
9. 1996 Curso especialização em FH e introdução a FC - CAP / HCFMUSP;
2000 Programa de FC do Serviço de Clinica Medica Geral HC FMUSP;
2005 Titulo de Especialista em Farmácia Hospitalar –SBRAFH;
2006 1º Congresso de Farmácia Clinica –Fortaleza Escola Saúde Publica.
2009 Comissão Assessora de Farmácia Clínica CRF-SP
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
10. A Farmácia Clínica constituiu-se:
Primeiro como um princípio, ou conjunto de princípios ...
Em torno do qual se organizou um tipo de prática, um conjunto de atividades
profissionais...
Para em seguida configurar-se como um campo disciplinar, ou uma disciplina
científica....
10
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
11. O FARMACÊUTICO
CLINICO
O PAPEL DELE NO
SISTEMA DE
SAÚDE
A DISCIPLINA DE
FARMACIA
CLINICA
American College of Clinical Pharmacy (ACCP), 2005.
Farmácia Clínica
13. Objetivo:
Que os farmacêuticos assumissem "novos padrões de prática
para a farmácia" para além das "atividades administrativas
clássicas", incorporassem a responsabilidade pelas atividades de
cuidado ao paciente (Kalman e Schlegel, 1979).
13
Histórico das Atividades Clínicas
Farmacêuticas
16. Atenção Farmacêutica
A participação ativa do farmacêutico na assistência ao paciente na
dispensação e seguimento do tratamento farmacoterapêutico,
cooperando com o médico e outros profissionais de saúde, a fim de
conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos
pacientes. Também prevê a participação do farmacêutico em
atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças.
16
Consenso sobre Atenção Farmacéutica - 2001
23. Bases da Farmácia Clínica
23
É o ponto culminante das atividades de um profissional da área
hospitalar;
Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem as
ações assistenciais desta, a farmácia clínica está fadada ao
insucesso; A farmácia clínica Hospitalar
No Brasil, é mais ou menos como as equipes multiprofissionais,
que todos intitulam de grupos, mas poucos agem em grupo,
com objetivos comuns e somatórios de conhecimentos,
deixando de lado suscetibilidades e melindres.
24. Farmácia Clínica
“Ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante a
aplicação de conhecimentos e funções relacionados ao cuidado
dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e
apropriado; necessita portanto, de educação especializada e
interpretação de dados, da motivação pelo paciente e de
interações multiprofissionais”.
(Comitê de Farmácia Clínica – ASHP)
24
26. • Aprova as diretrizes e estratégias para organização,
fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de
farmácia no âmbito dos hospitais.
• Art. 4º Fica revogada a Portaria GM/MS Nº 316, de 26 de
agosto de 1977, publicada no DOU em 14 de setembro de
1977, Seção I - Parte I, pagina 12236.
Portaria MS nº 4.283/2010
27. D - CUIDADO AO PACIENTE
• O cuidado ao paciente objetiva contribuir para a promoção da
atenção integral à saúde, à humanização do cuidado e à
efetividade da intervenção terapêutica. Promove, também, o
uso seguro e racional de medicamentos e outras tecnologias
em saúde e reduz custos decorrentes do uso irracional do
arsenal terapêutico e do prolongamento da hospitalização.
Tem por função retroalimentar os demais membros da equipe
de saúde com informações que subsidiem as condutas. A
atividade do farmacêutico no cuidado ao paciente pressupõe
o acesso a ele e seus familiares, ao prontuário, resultados de
exames e demais informações, incluindo o diálogo com a
equipe que assiste o paciente.
Portaria MS nº 4.283/2010
28. D - CUIDADO AO PACIENTE
• O farmacêutico deve registrar as informações relevantes para
a tomada de decisão da equipe multiprofissional, bem como
sugestões de conduta no manejo da farmacoterapia,
assinando as anotações apostas.
• Os hospitais devem adotar práticas seguras baseadas na
legislação vigente, em recomendações governamentais, e em
recomendações de entidades científicas e afins, nacionais e
internacionais.
Portaria MS nº 4.283/2010
31. RES CFF 585/2013
31
Art.2
As atribuições clínicas do farmacêutico visam à
promoção, proteção e recuperação da saúde,
além da prevenção de doenças e de outros
problemas de saúde.
32. RES CFF 585/2013
32
Capítulo I – Das atribuições clínicas do farmacêuticos
Art. 7 – São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao
cuidado à saúde, nos âmbitos individual e coletivo;
Art. 8 – São atribuições do farmacêutico relacionadas à
comunicação e educação em saúde;
Art. 9 – São atribuições do farmacêuticos relacionadas à gestão
da prática, produção e aplicação do conhecimento.
37. 37
“ A melhor coisa a respeito do futuro
é que ele chega um dia de cada vez.”
Anônimo
38. Competências
Comunicação e Educação;
Capacidade de julgamento, para tomada de decisão;
Avaliação e gerenciamento de informação médica;
Gerenciamento de Populações de Pacientes;
Conhecimentos sobre terapêutica
CLINICAL PHARMACIST COMPETENCIES ACCP
Pharmacotherapy 2008;28(6):806–815
38
60. Histórico das UTIS
A Terapia Intensiva ou Cuidados Intensivos evoluiu do
reconhecimento histórico que os pacientes com doenças agudas
e graves podiam ser melhor tratados se eles fossem agrupados
em áreas específicas do hospital.
Bjorn Ibsen estabeleceu a primeira UTI em Copenhagen em
1953, em resposta à epidemia de Poliomielite.
Na década de 60 foi reconhecida a importância das arritmias
cardíacas como fonte de morbimortalidade no IAM, o que levou
ao uso rotineiro de monitorização.
60
61. Histórico das UTIS
Em 1960, quase todos os hospitais americanos possuia uma UTI.
Em 1970, foi fundada a Sociedade Americana de Terapia Intensiva.
No Brasil a Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva foi fundada
em São Paulo, em 1980.
Hoje existem diversos tipos de UTIs:
Neonatal
Pediátrica
Coronária
Cirúrgica
Neurológica / Neurocirúrgica
Queimados
Trauma
61
Aberta
Fechada
Intermediária
62. Critérios de Admissão
Recuperabilidade:
O médico assistente deve estabelecer se o paciente tem uma expectativa
de qualidade de vida adequada, caso o cuidado intensivo seja bem
sucedido.
Monitorização e cuidados gerais:
O caso requer cuidados ou monitorização, médica ou de paramédicos,
contínua ou a intervalos inferiores a 2 horas.
Ventilação Mecânica:
Dependência de ventilação mecânica.
Drogas vasoativas:
Existe a necessidade atual do emprego de drogas vasoativas, em doses
reajustadas.
62
63. Antiarrítmicos:
É necessário o emprego de antiarrítmicos em infusão contínua.
Cirurgias de Emergência:
O paciente encontra-se nos preparativos para cirurgia de emergência ou
existe a possibilidade de cirurgia de emergência nas próximas 24horas.
Acessos Arteriais:
O paciente possui um acesso arterial com finalidade terapêutica ou
diagnóstica.
Monitorizações Especiais:
O paciente encontra-se monitorizado com cateter pulmonar ou cateter
de pressão intracraniana.
63
68. Médico
Em 1986 foi reconhecida a especialidade em Terapia
Intensiva (“intensivista”) nos EUA.
No Brasil, a primeira prova para Título de Especialista foi
em 1982 e a especialidade foi reconhecida em 1994. Hoje
há necessidade de Residência em Terapia Intensiva e
Prova de Título de Especialista pela Associação de
Medicina Intensiva Brasileira.
68
69. Médico
Treinamento voltado para:
Suporte ventilatório
Suporte hemodinâmico
Suporte nutricional
Tratamento de infecções graves
Suporte renal e metabólico
Suporte neurológico
Procedimentos e Monitorizações para os itens acima
69
70. Médico – Atividades Assistenciais
Admissão do Paciente na UTI e Prescrição Inicial
Evolução Diária no Prontuário
Solicitação de Exames Complementares
Comunicação com Médico Assistente
Integração da Equipe Multidisciplinar
Comunicação com os Familiares
Treinamento da Equipe Médica e da Equipe Multidisciplinar do CTI
Visita Conjunta Horizontal
Resumo de Alta da UTI
70
71. Médico – Atividades Assistenciais
Prescrição Médica Diária
Prescrição de Drogas Vasoativas
Prescrição de Hidratação e de Suporte Nutricional
Prescrição de Antibióticos
Avaliação da Analgesia e Sedação
Prescrição de Profilaxias (TVP, HDA, Convulsões, Antibióticos)
Desmame da Ventilação Mecânica
Controle da Hipertensão Intracraniana
Reanimação Cardiorrespiratória
71
72. Médico - Procedimentos
Cateterização de Veias Profundas (jugular, subclávia, femoral);
Cateterização do Bulbo Jugular;
Cateterização arterial (radial, femoral);
Indução de Hipotermia Moderada;
Instalação de Marca-passo Cardíaco Externo;
Cardioversão Elétrica;
Punção Pericárdica;
Cateterização da Artéria Pulmonar;
72
73. Enfermeiro
Admissão do Paciente no CTI
Orientação ao Paciente e Familiares durante a Internação
Boletim de Ocorrências Adversas
Implementação dos Protocolos de Prevenção de Infecção
Escala Diária dos Funcionários
Passagem / Recebimento do Plantão
Treinamento de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem
Descarte de Medicamentos Controlados
Transferência do Paciente
Ações após Óbito
73
74. 74
Medidas para Prevenção de Broncoaspiração
Avaliação Neurológica
Balanço Hídrico
Transferência do Paciente
Ações após Óbito
Controle de Sinais Vitais
Monitorização Hemodinâmica
Cuidados com a Pressão Intracraniana
Enfermeiro
75. Enfermeiro
Cuidados com Drenagem Ventricular Externa
Realização de Eletrocardiograma
Monitorização Invasiva da Pressão Arterial
Monitorização da Pressão Venosa Central
Protocolo de Administração de Insulina
Protocolo de Heparinização
Cuidados com Terapia Dialítica
75
76. Fisioterapeuta
Oxigenoterapia
Ventilação mecânica (VM)/ Desmame da VM
Ventilação não-invasiva (VNI)
Manobras de higiene brônquica
Medidas ventilatórias
Treinamento muscular
Transporte de pacientes em VM ou VNI
Assistência durante a Intubação Traqueal
Fixação da Cânula Traqueal
76
77. Fisioterapeuta
Manobras de Recrutamento Alveolar
Medidas Ventilatórias
Coleta de Secreção Traqueal
Extubação
Assistência durante manobras de RCP
Fisioterapia Motora
Acompanhamento de exames
Posicionamento
Mobilização
77
79. Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
Dedicar-se exclusivamente à área na maior parte de seu tempo de
trabalho, com poucas atividades fora da UTI;
Participar dos rounds clínicos com a equipe;
Avaliar a terapia medicamentosa quanto à indicação adequada, dose,
interações medicamentosas, alergias e reações adversas;
Trabalhar em conjunto com o nutricionista e/ou nutrólogo nas
recomendações de nutrição parenteral adequadas dos pacientes;
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
79
80. Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
Identificar e auxiliar na gestão e prevenção de reações adversas
a medicamentos -RAM- como também na redução de erros de
medicação;
Informar sobre a terapia intravenosa adequada para a equipe de
enfermagem e médica;
80
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
81. Atividades fundamentais e desejáveis do
farmacêutico na Terapia Intensiva
Participar dos programas de qualidade e acreditação da UTI;
Identificar os custos de medicamentos utilizados na UTI e implementar
medidas de contenção dos custos;
Atuar como uma ligação entre a farmácia, médicos e enfermagem na
educação das políticas, procedimentos e orientações relacionadas aos
medicamentos.
Crit Care Med 2000 Vol. 28, No. 11
81
82. “FAST HUG”
Jean Luis Vincent, 2005.
Critical Care Medicine v. 33 n.6 pp-1225-1229 2005.
83. FASTHUG
Feeding - Alimentação
Analgesy - Analgesia
Sedation - Sedação
Tev/tep profilaxy – profilaxia de TEV
Head of bed – Cabeceira elevada 30°/ 45°
Ulcer profilaxy – Profilaxia úlcera estresse
Glucose control – Controle glicêmico
Critical Care Medicine v. 33 n.6 pp-1225-1229 2005.
91. Round Clínico
Momento de reunião da equipe multidisciplinar para discussão
dos casos dos pacientes.
Cada profissional aborda oportunidades de melhoria do
tratamento.
91
92. Participação no Round Clínico
Discussão dos casos;
Realização de ajustes;
Farmacovigilância;
Inefetividade terapêutica.
92
93. Importante: Compilar Dados
Número de pacientes avaliados;
Quantificar e Qualificar as intervenções realizadas;
Realizar estudos comparativos com publicações
Realizar Benchmarking com outros serviços.
93
95. Paciente
• Nome
• Idade
• Gênero
• Peso
• Altura
História
• Doenças
prévias
• Tratamentos
realizados
• Medicamentos
de uso
habitual
Diagnóstico
atual
• Hipótese
diagnóstica
• Tratamento
atual
Quem é o paciente?
96. A prescrição do paciente crítico
Infusões
Contínuas
Nutrição
(Enteral e
Parenteral)
Antibióticos
Fármacos de
alta vigilância
Sedação e
Analgesia
Profilaxias
97. Medicamentos mais Prescritos
Sedação;
Drogas vasoativas;
Profilaxia para úlcera de stress;
Controle de glicemia;
Profilaxia para TVP;
Analgésico/antitérmico;
Antibióticos.
97
98. Análise da Prescrição
Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e tempo
de infusão;
Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS);
Profilaxias;
Tempo de tratamento;
Indicação;
Incompatibilidades.
98
99. Dose
“ Medicamentos não tem doses, pacientes é que tem doses”
Individualização da terapia;
O que considerar???
99
100. Uso de medicamentos em Nefropatias
Medicamentos com excreção renal: podem acumular – efeito
tóxico;
Pacientes Idosos – Função renal diminuída;
Exemplos de fármacos excretados quase inalterados pela urina:
Metotrexato;
Digoxina;
Furosemida.
100
101. Ajuste de doses conforme função renal
Função renal alterada:
– parâmetro: clearance de creatinina (mL/min):
Guidelines de ajuste de dose para maioria dos
medicamentos;
Preocupação: associações de fármacos.
101
102. Ajuste de doses conforme função renal
Cockcroft-Gault
Ref: http://www.kidney.org/professionals/kdoqi/guidelines.cfm
Clin. Pharmacokinet., 1997, v. 32, n. 1, p. 31-57
102
107. Uso de medicamentos em hepatopatias
Medicamentos Observações
Acetaminofen Evite doses elevadas
Andrógenos anabolizantes. Toxicidade dose-dependente
Antiácido Cautela nos com sódio e alumínio
Anticoagulantes Evitar
Anticoncepcionais orais Evitar
Antidepressivos Maior efeito sedativo – cautela
Anti-histamínicos Evitar, podem precipitar coma
Antiinflamatórios Maior risco de sangramentos
Antipsicóticos Podem precipitar coma
Ansiolíticos Podem precipitar coma
Azatioprina Reduzir dose
Cetoconazol Evitar
107
108. Vias de Administração de Medicamentos
Endovenosa / Intravenosa;
Intramuscular;
Subcutânea;
Oral;
Sonda Nasoenteral.
108
109. Via Endovenosa
Fatores a serem analisados:
pH da mistura
Complexação
Luz
Proporção de diluição
Tempo
Diluentes
Temperatura
Ordem da mistura
109
112. Importância dos particulados
Substâncias particuladas (componente da poluição do ar) têm
sido associadas com morte súbita e doenças respiratórias;
Substâncias particuladas são recobertas com biocontaminantes
(endotoxinas , pólen etc) com atividade de radical livre com
prejuízo lipídico, ac. nucleicos e proteico celular com estímulo à
liberação de citocinas.
Condições prévias : asma , tabagismo, diabéticos , gestantes ,
portadores de doença cardíaca;
Circ Res 2006;99:692-705
112
113. O dano das substâncias particuladas
Embolia microvascular pulmonar fatal por precipitação de uma
solução de nutrientes.
• Morte de dois pacientes que receberam NPT no Centro
Médico Militar de Tripler;
• A necrópsia mostrou material amorfo contendo cálcio
obstruindo o microvascular pulmonar de cada paciente;
• Algumas soluções de NPT também causaram a morte em
animais.
Hill, et al. J Par Ent Nutr 1996; 20: 81 - 87
113
114. Substâncias particuladas insolúveis de Ca
com uso de Ceftriaxona em neonatos
Morte de neonatos associadas com precipitados de cálcio-ceftriaxona nos
pulmões e rins1
Ceftriaxone ou soluções contendo cálcio foram administradas por
diferentes vias e em horas diferentes1
Em 5 de julho de 2007, o FDA colocou um alerta de segurança no seu site
da internet – MedWatch – fornecendo diretrizes que afirmam”…Rocephin
e soluções com Ca não deveriam ser misturadas ou co-administradas para
nenhum paciente, independente da idade, mesmo através de linhas de
infusão e sitios diferentes.”
114
REF:
1. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/may07.htm.
2. http://www.fda.gov/medwatch/safety/2007/safety07.htm#Rocephin
116. Substâncias Particuladas
Substância particulada consiste de substâncias estranhas, móveis,
de fontes aleatórias que não podem ser quantificadas por análise
química devido a pequena quantidade de material que
representa.
Soluções injetáveis, incluindo soluções constituídas de sólidos
estéreis destinadas a uso parenteral, devem ser essencialmente
livres de substâncias particuladas que podem ser observadas em
uma inspeção visual.
116
117. Procedência das substâncias particuladas
Exógenos
• Ampolas
• Tampas
• Conjuntos de IV
• Diluentes
Endógenos
• Partículas geradas depois da reconstituição
• Degradação do Produto
• Reações Ácido/Base
• Incompatibilidades Físico/Químicas
117
118. Particulate Matter Contamination of Intravenous
Antibiotics Aggravates Loss of Functional Capillary
Density in Postischemic Striated Muscle
Flebite Infusional;
Granulomas Pulmonares;
Lesões Arteriais Pulmonares;
Grave Disfunção Pulmonar;
Perda da densidade capilar funcional do músculo estriado pós-
isquêmico;
Morte.
118
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:178.
Contaminação com Substâncias Particuladas
This study was conducted in an animal model.
119. Implicação das substâncias particuladas e danos
teciduais
Granulomas pulmonares detectados em necrópsias:
Von Glahn WC, Hall JW. The reaction produced in the pulmonary arteries
by emboli of cotton fibres.Am J Pathol 1949;25:575–584.
Jacques WE, Mariscal GG. A study of the incidence of cotton emboli.
Bull Int Ass Med Mus 1951;32:63–72.
Bruening EJ. Origin and significance of intra-arterial foreign body emboli
in lungs of children.Virchows Arch 1955;327:460–479.
Sarrut S, Nezelof C. Une complication de la therapie intraveneuse. L’arterite
pulmonaire macrophagique a cellules geantes.Presse Med1960;68:375–377.
Garvan JM, Gunner BW. Intravenous fluids: a solution containing such
particles must not be used .Med J Austr 1963;50:140–145.
119
120. Infarto tecidual local
Silberman J, Cravioto H, Feigin I. Foreign body emboli following
cerebral angiography.Arch Neurol 1960;3:711–717.
Schubert GE, Reifferscheid P, Flach A. Mikroembolien von
Fremdmaterial nach Angiographien und intravenösen Infusionen.
Dtsch Med Wschr 1972;97:1745–1748.
Ghatak NR, Husain MM. Unusual intravascular material in the
brain. Am J Clin Pathol 1976;65:508–512.
120
121. Disfunção pulmonar grave e óbitos
Mosely RV, Doty DB. Death associated with multiple pulmonary
emboli soon after battle injury. Ann Surg 1970;171:336–338.
Daschner F. Infektiöse Komplikationen bei Infusionstherapie. Klin
Anaesthesiol Intensivmed 1977;14:121–127.
Walpot H, Franke RP, Burchard WG, Agternkamp C, Muller FG,
Kittermayer C, Kalff G. Particulate contamination of infusion
solutions and drug additives within the scope of long-term
intensive therapy. Energy dispersion electron images in the
scanning electron microscope—REM/EDX. Anaesthesist
1989;38:544–548.
121
122. Mecanismos fisiopatológicos
Obstrução mecânica de arteríola e capilares pequenos;
Ativação de plaquetas e/ou neutrófilos;
• Geração de microtrombos oclusivos;
• Propriedades de estimulação imunológica de partículas;
Efeitos indiretos na atividade vasomotora.
122
Lehr HA, et al. Am J Resp Crit Care Med. 2002;165:514-520
Estudo feito em um modelo Animal.
123. Importante...
Todos os medicamentos parenterais contém substância particulada e a
quantidade de substância particulada depende de muitos fatores...
Estes incluem o tipo de produto parenteral, o pH da solução final e o
tipo de veículo;
As partículas se distribuem em todo o corpo baseadas no tamanho e no
potencial de imersão pelos macrófagos;
Se forem dadas partículas suficientes, dano potencial pode ocorrer.
Fato demonstrado em modelos humanos e animais;
O farmacêutico deve avaliar soluções com o nível mais baixo possível
de particulados.
123
Dr. Amaury Mielle
Hosp. Sta Catarina Blumenau
125. Via Sonda Nasoenteral
Via alternativa a via Oral;
Atenção às formas farmacêuticas incompatíveis com esta via;
Dar preferência a dissolução;
Atenção à lavagem da sonda pós administração;
125
126. Nutrição Enteral
Paciente sem possibilidade de alimentar-se.
SONDAS
Oro gástrica
Nasogástrica
Nasojejunal
Gastrostomia
130. Uso racional de antimicrobianos
Antibióticos de amplo espectro.
Relação com CCIH.
131. Uso racional de antimicrobianos
Acompanhamento de culturas.
Ajuste de antibiótico de acordo com
o Antibiograma.
Dose, via, tempo de tratamento...
136. Úlcera de stress*
Úlcera de stress
– IBP ou ARH2
– Balancear risco benefício (sangramento
gastrointestinal e pneumonia associada à ventilação)
Omeprazol
Ranitidina
Pantoprazol
137.
138. Risk factors for gastrointestinal bleeding in
critically ill patients
Cook et al for the Canadian Critical Care Trials Group: Risk factors for gastrointestinal bleeding in
critically ill patients.
New Engl J Med 1994;330:337-81.
Fatores de risco
VM há pelo menos 48h
Coagulopatia
Plaquetas <50.000m3
INR 1,5
PTT >2x controle
147. Sedação e Analgesia
Uso de protocolos de sedação com objetivos
específicos em pacientes com ventilação mecânica
Uso de doses intermitentes em bolus ou infusão
contínua, com interrupção diária
Evitar uso de bloqueadores neuromusculares
149. 149
“Farmacêutico aumenta a adesão aos guidelines de
sedação e analgesia e desta forma reduz o tempo de
duração de sedação contínua em pacientes em uso de
ventilação mecânica..”
152. Protocolo de Controle Glicêmico
Uso de insulina IV para controle da hiperglicemia
Fornecer também aporte adequado de glicose e monitorar
glicemia 1-2h
Com protocolo adequado, manter glicemia < 150
mg/dL
Interpretar com cautela leituras de hipoglicemia
feitas por equipamentos à beira leito
157. Atividades do Farmacêutico
Avaliar toda terapia de drogas quanto à indicação, dose, via de
administração e apresentação;
Verificar interações e alergias;
Avaliar a terapia quanto a maximizar custo-eficácia
(farmacoeconomia);
Monitoramento quanto à eficácia da droga;
Monitorar e prevenir quanto à toxicidade;
157
158. Atividades do Farmacêutico
Avaliar adequação da terapia nutricional;
Monitorização farmacocinética;
Prover de informações técnicas;
Participar da treinamentos e educação da equipe.
Detectar, avaliar e reportar eventos adversos;
Buscar informações quanto ao histórico do paciente em relação aos
medicamentos de uso.
Crit Care Med 2001 Vol. 29, No. 10 2019
158
159. Exames Laboratoriais
Exames que permitem acompanhar a resposta ao tratamento
farmacoterapêutico, auxiliando correções de dose, posologia e na
tomada de decisão sobre eventuais substituições.
159
160. Interpretação
Identificação do problema;
Priorização do problema;
Seleção das alternativas terapêuticas para cada
paciente.
160
161. Acompanhamento de Exames Laboratoriais
IMPORTÂNCIA:
Acompanhamento da resposta ao tratamento;
Correção da dose e posologia;
Orientam a troca do medicamento;
161
173. Intervenção Farmacêutica
“É um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e
profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas
que interferem ou podem interferir na farmacoterapia, sendo
parte integrante do processo de acompanhamento/seguimento
farmacoterapêutico”.
Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica
173
174. Intervenção Farmacêutica na Prática Clínica
Consistem na necessidade de reavaliação da prescrição
por parte da Equipe Médica/e ou Enfermagem no intuito
de orientar esquemas terapêuticos garantindo um
tratamento farmacológico adequado, efetivo e seguro.
174
175. Análise Farmacêutica da Prescrição
Falha de prescrição;
Aprazamento das drogas;
Prazo de tratamento com antimicrobianos;
Protocolo de profilaxia com antimicrobianos;
Incompatibilidades farmacológicas e físico-químicas;
175
176. Análise Farmacêutica da Prescrição
Posologia ideal;
Via de administração;
Reconciliação medicamentosa;
Interações medicamentosas;
Ajustes de dose para pacientes com insuficiências;
Uso racional de medicamentos.
176
178. Para realizar a intervenção é necessário:
Conhecimento total da informação prestada;
Conhecimento da fonte de obtenção da informação;
Segurança para esclarecimento da informação;
Se possível apresentar alternativas;
COERÊNCIA NA INTERVENÇÃO.
178
179. Resultados...
Importância da Intervenção Farmacêutica na Terapia
Medicamentosa de Pacientes internados em Terapia
Intensiva.
179
Autores:Batista, D.; Fromhertz, B.; Costa,J. Jr.; Cunha, J.; Abechain, L.; Giusti, R.; Haag, F.
Jr.
Centro de Terapia Intensiva Adulto – Hospital Cruz Azul de São Paulo
180. OBJETIVO
Demonstrar a relevância da assistência farmacêutica
juntamente com a equipe médica através da análise
técnica das prescrições, otimizando a terapia
medicamentosa dos pacientes em tratamento.
180
181. RESULTADOS
181
24,2%
14,2%
5,7%
5,2%
4,3%
2,8%
7,1%
0,5%1,9%
34,1%
Falha de pres crição 34,1%
Pos ologia ideal 24,2%
Dos e de todas as drogas 14,2%
Prazo de tratamento com antimicrobianos
7,1%
Ajus tes de dos e para pacientes com
ins uficiências 5,7%
Interações medicamentos as 5,2%
Incompatibilidades farmacológicas e fís ico-
químicas 4,3%
Protocolo de profilaxia com antimicrobianos
2,8%
Aprazamento das drogas 1,9%
Via de adminis tração 0,5%
Figura 2.- Percentual das intervenções farmacêuticas realizadas
182. CONCLUSÃO
A intervenção farmacêutica em parceria com a equipe
multiprofissional no que se refere a terapia
medicamentosa, são fundamentais para o sucesso dos
tratamentos instituídos ao paciente, refletindo cada vez
mais em tratamentos seguros e efetivos, inserindo o
farmacêutico clínico como um diferencial para a
assistência de alta qualidade.
182
184. Seguimento Farmacoterapêutico
É um componente da Atenção Farmacêutica e configura um
processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas
necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por
meio da detecção, promoção e resolução de Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemática,
contínua e documentada, com o objetivo de alcançar
resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de
vida do usuário (OPAS/OMS, 2002 ).
FASES PRINCIPAIS: Anamnese farmacêutica, Interpretação de
dados e Processo de orientação.
184
185. Introdução
Principal atividade da atenção farmacêutica;
É necessário que se estabeleça um método rigoroso de
trabalho, sistematizando as ações e padronizando
métodos de avaliação.
185
186. Definição
Prática profissional na qual o farmacêutico se
responsabiliza pelas necessidades do paciente
relacionadas aos medicamentos;
Realiza-se através da detecção, prevenção e resolução
de PRMs, com o objetivo de alcançar resultados
concretos de melhoria na qualidade de vida do
paciente.
186
190. Erros de Medicação
Prescrição;
Atenção a prescrição ;
Unitarização ;
Separação ;
Dispensação ;
Omissão ;
Horário;
Administração;
Medicamento impróprio para uso .
190
191. Prescrição
Escolha incorreta do medicamento (de acordo com a indicação,
contraindicação, alergias conhecidas e outros fatores);
Via de administração;
Apresentação;
Dose;
Quantidade;
Velocidade de infusão;
Concentração;
191
192. 192
Prescrição
Frequência;
Ilegibilidade;
Abreviações;
Similaridade dos nomes;
Instruções inadequadas de uso e ordens telefônicas que possam
induzir a erros.
Equívocos na transcrição da prescrição médica manual para o
sistema de prescrição eletrônica.
193. Atenção à Prescrição
Falha na revisão da prescrição médica não
detectando problemas como incompatibilidade,
interação e dose.
193
197. Administração
Administração em outras formas farmacêuticas
que não a prescrita;
Procedimento ou técnica inapropriados na
administração do medicamento;
Doses administradas pela via incorreta ou pela via
correta, mas no local errado.
197
198. Medicamento Impróprio para Uso
Medicamento formulado ou manipulado
incorretamente (diluição ou reconstituição
incorreta, misturas incompatíveis e
armazenamento inadequado);
Administração de um medicamento vencido ou
cuja integridade física ou química esteja
comprometida.
198
201. Sons e Grafias Semelhantes
201
http://www.ismp.org/Tools/confuseddrugnames.pdf
202. Sistema Complexo que depende de todos...
CONHECIMENTO DO SISTEMA: Desde a aquisição até a
administração. Executar todas as rotinas e questionar o que não
faz parte da rotina.
CONHECER OS ERROS: identificar as possibilidades de falha nos
processos da farmácia.
APROVEITAR OS ERROS: Elaborar estratégias para que outros
erros não ocorram.
NOTIFICAR OS ERROS: Estabelecer programas para a notificação
dos erros ou buscar conhecê-los envolvendo a equipe
multidisciplinar.
202
208. 208
Cardiovascular:
PA s < 90 ou PAM < 70
por pelo menos 1 hora, mesmo após
ressuscitação volêmica
Ou necessidade de drogas vasopressoras
para manter PAs=90 ou PAM=70
Respiratório:
Se foco infeccioso pulmonar.
PaO2/FiO2< 200.
PaO2/FiO2<250
Se foco infeccioso de outra
origem.
Renal:
Diurese < 0,5 ml/Kg/h por
pelo menos 1 hora mesmo
após ressuscitação
volêmica.
Metabólico:
pH 7,30 ou excesso de base
< - 5mEq com lactato plasmático
1,5 vezes o normal.Hematológico:
Plaquetas < 80.000mm3 ou
com queda de 50% ou + nas
últimas 72 horas ( 3 dias).
Identificação das Disfunções orgânicas
212. Tempo é Célula!!!
IMPORTANTE:
Diagnóstico e intervenção precoces.
Treinar equipe para identificar e tratar.
Reduzir tempo de chegada do paciente na UTI.
Implementar/Adequar gama de terapias disponíveis.
Avaliação constante da implementação – resposta do pacientes às
terapias implementadas.
212
215. Reposição Volêmica
Fazer reposição volêmica agressiva e repetitiva na presença de
hipotensão;
lactato elevado induzidos pelo quadro séptico. Recomendação
forte;
Todo paciente com lactato aumentado acima de duas vezes o
valor normal;
hipotenso deve receber imediatamente pelo menos 20m/k se
solução cristaloide;
ou seu equivalente em coloides;
Fundamentos;
importante é ofertar na quantidade adequada e rapidamente.
215
216. Coloides x Cristaloides
Pró Coloides
• Hemodiluição com
cristaloides (proteínas
plasmáticas, fatores da
coagulação, eritrócitos): risco
de maior sangramento.
• Maior persistência vascular
dos coloides seria o maior
benefício.
Pró Cristaloides
• Repõe volume intersticial,
junto com volemia;
• Na hiperpermeabilidade
capilar -comum no doente
crítico – coloides podem
passar para o interstício;
• Custo muito inferior ao das
soluções coloidais.
216
Polêmica há mais de meio século.
Consenso: Cristaloides requerem maior volume para ressuscitação e não têm reações
anafilactóides.
218. Terapia Antimicrobiana
218
Conceitos de PK/PD : propriedades e influências,
concentrações séricas e tissulares -> desfecho clínico
Monitoramento terapêutico
Iniciar a terapia (conhecimento prévio/alvo etc) e
ajustar diante das intercorrências/ atenção para o
tempo
Minimizar a resistência e melhorar o desfecho
219. Atenção às doses para Obesos
Obesidade : problema mundial (WHO) / indices mais do que
dobraram desde 1980.
Em 2008, no mínimo 1.4 bilhões adultos no mundo ->
sobrepeso e 500 milhões -> obesos.
World Health Organization. Obesity and overweight. Geneva,Switzerland: WHO; 2012.
1/3 americanos – obesos e 1 em 17 : obesidade mórbida.
Flegal KM, Carroll MD, Ogden CL, Curtin LR. Prevalence and trends in obesity among US adults, 1999–2008. JAMA
2010;313:235–41.
Neste ritmo em 2030 : 50% dos adultos (USA) e 40%(UK) serão
obesos
Wang YC, McPherson K, Marsh T, Gortmaker SL, Brown M. Health and economic burden of the projected obesity trends in
the USA and the UK. Lancet 2011;378:815–25.
219
221. Fatores que afetam a farmacocinética no paciente
crítico
221
Sepsis grave/choque séptico
Hipoalbuminemia
Derrame de serosas
Queimaduras
Leucemia
TCE
Carga de fluidos
Uso de dialise peritonial/hemodialise
Drogas vasoativas
222. Farmacocinética dos Antimicrobianos na Sepse
Sepsis grave / Choque séptico : dano capilar induzido
por mediadores inflamatórios produzidos pelo paciente
em resposta a toxinas bacterianas e etc.
Lee WL, Slutsky AS. Sepsis and endothelial permeability. N Engl J Med 2010; 363: 689-91.
Resultado…
Consequência : Reposição de volume / Drogas Vasoativas
Expansão dos fluidos extracelulares com aumento do VD (volume de
distribuição) das drogas.
222
225. Volume de Distribuição e Antibióticos Hidrofílicos
Distribuídos exclusivamente no compartimento
extracelular;
Expansão dos fluídos extracelulares : alta diluição dos
antimicrobianos;
Relevante : decisão de dose de ataque.
225
226. Pacientes com média Apache II de 21, a LD de Vancomicina para
atingir níveis terapêuticos na concentração de 15 - 20 mg/L foi de
25 ou 35 mg/kg
Roberts JA, Taccone FS, Udy AA, et al. Vancomycin dosing in critically ill patients: robust methods for improved
continuous infusion regimens. Antimicrob Agents Chemother 2011; 55: 2704-9.
Pacientes com PAV tratados com teicoplanina : para se atingir
concentrações de no mínimo 10 mg/L nos primeiros 4 dias de
tratamento a dose de ataque foi de 12 mg/kg 12/12 hs por dois
dias.
Mimoz O, Rolland D, Adoun M, et al. Steady-state trough serum and epithelial lining fluid concentrations of
teicoplanin 12 mg/kg per day in patients with ventilator-associated pneumonia. Intensive Care Med 2006; 32:
775-9.
226
227. Volume de Distribuição e Antibióticos
Lipofílicos
Não existe relevante aumento no Vd para agentes lipofílicos na
presença de sepse grave/choque séptico
Vd e Cmax de Linezolida após dose de 600 mg em voluntários
saudáveis (51.47 ± 9.51 L;12.84 ± 2.57 mg/L) e pacientes com
sepsis grave (57.15 ± 17.8 L; 14.23 ± 3.45 mg/L) ou choque
séptico (60.37 ± 13.92 L;14.23 ± 4.13 mg/L)
Thallinger C, Buerger C, Plock N, et al. Effect of severity of sepsis on tissue concentrations of linezolid. J Antimicrob Chemother
2008; 61: 173-6.
Acúmulo da droga intracelular (reservatório) : difusão passiva
compensatória para qualquer diluição intersticial.
227
231. Bases da Farmácia Clínica
FARMÁCIA CLÍNICA:
É o ponto culminante das atividades de um profissional da
área hospitalar;
Está sustentada nas bases da farmácia hospitalar, e que, sem
as ações assistenciais;
desta, a farmácia clínica está fadada ao insucesso;
No Brasil, é mais ou menos como as equipes
multiprofissionais, que todos intitulam de grupos, mas poucos
agem em grupo, com objetivos comuns e somatórios de
conhecimentos, deixando de lado suscetibilidades e melindres.
231
232. Objetivo da Farmácia Clínica em UTI
Otimizar a terapia medicamentosa, visando
efetividade, segurança e farmacoeconomia
na terapia instituída.
232
233. Como justificar nossa presença na UTI:
Impacto econômico e em qualidade
De acordo com Kane-Gill et al, 2006, em unidade de
terapia intensiva, o gasto com medicamento pode
contribuir com pelo menos 38% do total de gasto com
medicamentos de um hospital, dessa forma é
importante ter o farmacêutico atuando no
acompanhamento do consumo, na contribuição do uso
racional e na prevenção de eventos adversos
relacionados a medicamentos.
233
234. Atividades Desenvolvidas Atualmente
Análise Técnica das Prescrições médicas;
Avaliação das Interações Medicamentosas;
Avaliação junto ao SND das Interações com nutrientes;
Anamnese Farmacêutica;
Acompanhamento dos resultados laboratoriais;
Acompanhamento da utilização de Antimicrobianos e cálculo da DDD;
Realização do seguimento farmacoterapêutico;
Participação no Round Clínico;
Reconciliação Medicamentosa;
Acompanhamento dos protocolos instituídos;
Acompanhamento das SNE;
Evolução em prontuário;
Orientação de alta hospitalar.
234
236. Análise da Prescrição
Dose: ajuste (idosos, hepatopatas, nefropatas);
Medicamentos injetáveis: diluente, volume de diluição e
tempo de infusão;
Via de administração ( EV, IM, VO e SONDAS)
Profilaxias;
Tempo de tratamento.
236
237. Análise da Prescrição
Farmacovigilância
• Reações adversas a medicamentos;
• Interações (droga x droga; droga x nutriente e
exame).
237
238. 238
Paciente: _________________
Passagem _______Leito_______
Prontuário ______________
Prescrição médica
Data ____/_____/_____
HORA PRESCRIÇÃO DOSE VIA FREQUENCIA HORÁRIOS
7:39 1.Dieta por SNE 1000ml VS em 24h
2.Vancomicina 2g EV 12/12h
SG5% 100ml EV agora e após 12/12h
3.Maxcef 1g EV agora e após 8/8h
4.Flagyl 500mg EV agora e após 8/8h
5. Clexane 40 mg SC 1X
6. Losec 40mg EV 1x
7. Insulin R 50UI/SF100mL conf. Protocolo
8. Morfina 2mg EV SN
9 Precedex 2ap EV em 24 h
Soro fisiológico 100mL
10. Dextro 4/4h
Tempo de Tratamento
Terapêutico?
Profilático?
Coleta de culturas e
Introdução antibiótico
assim que possível
Compatibilidade de
medicações
Febre?
Outro foco?
Efeito adverso: febre, rash, tremores, diarréia, convulsão, flebite.........
D1/D10
Função renal
Laxante?
240. Interações Droga-nutrientes
Interações droga – nutriente: Análise de Relevância
• Gravidade;
• mecanismo de ação;
• conduta acordada com a equipe
multiprofissional.
240
241. Anamnese Farmacêutica
Entrevista com paciente e/ou responsável para
preenchimento de Formulário Próprio e posterior
seguimento farmacoterapêutico.
241
242. Medicamentos Via Sonda
Indústria possui pouca informação
Via não usual para os sólidos orais
Problemas:
• Obstrução sonda
• Estabilidade dos medicamentos
• Interação drogas x dieta
242
243. Acompanhamento dos Resultados Laboratoriais
Bioquímica – cálculo de cleareance para correção
de doses quando necessário.
Culturas- guiar terapia antimicrobiana.
243
244. Realização do Seguimento Farmacoterapêutico
Conhecer o paciente integralmente;
Estabelecer terapias individualizadas;
Iniciar a orientação de alta na internação.
244
246. Acompanhamento dos Protocolos Instituídos
Despertar diário;
Antibioticoprofilaxia;
Prevenção TVP;
Prevenção úlcera de stress.
246
247. De posse da informação, o que fazer?
O que devo saber além da informação a respeito da interação
localizada?
Como fazer a abordagem à equipe?
247
248. Educação Continuada
Prestar informação relacionada ao objetivo comum:
“O paciente”
Como contribuir?
• Elaboração de listas para compatibilidade diluição e tempo
de infusão de antimicrobianos;
• Farmacocinética clínica;
• Criação de alertas terapêuticos;
• Treinamento sobre reações adversas mais prevalentes.
248
249. Podemos concluir:
Trabalhar com segurança nos traduz a certeza de assistência
completa;
É o ciclo do medicamento que se manifesta em diversas áreas e a
qualidade e a segurança vem sendo requerida cada dia mais;
Devemos ter a prudência da Atenção Farmacêutica na íntegra
para o nosso paciente, em todos os níveis de assistência.
249
253. Evolução Farmacêutica
“Evolução farmacêutica: registros efetuados pelo
farmacêutico no prontuário do paciente, com a finalidade
de documentar o cuidado em saúde prestado,
propiciando a comunicação entre os diversos membros
da equipe de saúde.”
RDC CFF 585/2013 - Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências.
254. Evolução Farmacêutica em Prontuário
Envolve a participação do farmacêutico clínico em todas as
questões relacionadas ao uso de medicamentos no hospital;
Relaciona-se com a análise da prescrição médica, visita
multiprofissional e implantação de protocolos;
Após a identificação do problema relacionado ao
medicamento, o farmacêutico contata o médico, realiza a
intervenção e, após registra a conduta no prontuário do
paciente.
254
255. O farmacêutico deve registrar as informações
relevantes para a tomada de decisão da equipe
multiprofissional, bem como sugestões de conduta
no manejo da farmacoterapia, assinando as
anotações apostas.
Portaria MS nº 4.283/2010
256.
257. Prontuário do paciente
“documento único, constituído de um conjunto de informações,
sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos,
acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a
assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico,
que possibilita a comunicação entre membros da equipe
multiprofissional e interdisciplinar e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo”
RDC CFF 555/2011 - Regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da prática da
assistência farmacêutica nos serviços de saúde.
260. Registro farmacêutico em prontuário
“anotação feita pelo farmacêutico, após a avaliação da
prescrição e a elaboração do perfil farmacoterapêutico do
paciente, de orientações/recomendações à equipe assistencial
de saúde. Desse registro constam os problemas identificados
(reais ou potencias), orientação farmacoterapêutica, sugestões
de alteração de dose, dosagem, forma farmacêutica, técnica, via
e horários de administração, dentre outros”.
RDC CFF 555/2011 - Regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da prática da
assistência farmacêutica nos serviços de saúde.
261. Registrar de forma clara.
Orientação farmacêutica ao paciente e à equipe de saúde.
Abrangência: ambulatório, interação, hospital-dia, assistência
domiciliar.
262. Problemas relacionados a medicamentos (PRM) .
Análise da prescrição e elaboração do perfil farmacoterapêutico.
Reações adversas a medicamentos (RAM)
Interações medicamentosas
Erros de Medicação
263.
264.
265.
266. Não existe eu acho...
conhecimento de protocolos institucionais;
protocolos internacionais;
Guidelines;
diretrizes terapêutica;
evidências científicas atualizadas.
273. Para refletir...
“No início, as pessoas se recusam a acreditar que
uma coisa nova e estranha possa ser feita;
em seguida, elas começam a desejar sua
realização e analisar se há algum empecilho à
implementação; então elas percebem que se pode
realmente fazer, e todo o mundo se pergunta.
PORQUE AQUILO NÃO FOI FEITO ANTES?”
273
274. Referências
www.sccm.org -Society of critical care medice
www.ashp.org - American Society of Health-System pharmacist
www.escpweb.org - Sociedade Européia
www.cdc.gov
www.globalrph.com - clinicians ultimate guide to drug therapy
www.whocc.no - OMS
www.medscape.com/pharmacist
www.errorsmedicacio.org
www.sti-hspe.com.br
www.amib.org.br
www.sepsisnet.org -ILAS
Give your patient a fast hug (at least) once a day – Crit care med 2005 vol 33
nº6
Surviving Sepsis Campaign Guidelines for management of severe sepsis and
septic shock.
Mielle, Amaury Filho - Otimização no uso de antimicrobianos na era da
multirresistência / 2013.
Araújo, RQ. Atuação da Farmácia Clínica na Sepse. In: Renata Andrea Pietro
Pereira Viana. (Org.). Sepse para Enfermeiros - As Horas de Ouro -
Identificando e cuidando do paciente séptico. 1 ed. São Paulo: Atheneu, 2008,
v. 1, p. 63-72.
274