O documento explica como funciona um eletrocardiograma (ECG), descrevendo: 1) A atividade elétrica do coração e como é captada pelo ECG; 2) Os vetores cardíacos que formam as ondas do ECG; 3) Como são realizadas as derivações do ECG para captar a atividade elétrica do coração.
2. Introdução
• O coração atua como bomba hidráulica - envia o
sangue oxigenado aos tecidos para cobrir as
necessidades metabólicas e recolhe o sangue rico em
CO2 com os produtos do metabolismo celular para que
sejam eliminados do organismo.
• A sincronicidade das contrações das fibras musculares
cardíacas é que resulta na eficácia da bomba
• A fonte de energia para esta atividade contrátil é a
energia elétrica, e cada fibra cardíaca se comporta
como um gerador elétrico - transforma a energia
química gerada pelas trocas de íons na membrana
celular em energia elétrica que é transformada em
energia mecânica usada na contração celular.
3. Célula cardíaca
• Sarcolema é a membrana que envolve a célula
cardíaca e que pode estar em estado de
repouso elétrico ou polarizada, ou em
estadode despolarização. Entre essas duas
fases há a repolarização
+ + + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +
Repouso Despolarizada
4. Célula cardíaca
• A diferença de voltagem entre as superfícies
interna e externa da membrana cujo valor é de -
90 mV em repouso chega a +30 mV na fase de
despolarização. Essas alterações se dão graças à
movimentação de íons potássio e sódio, e
formam o chamado potencial de ação celular
• O somatório dos potenciais de ação formam
vetores elétricos, que são usados na
representação gráfica do eletrocardiograma.
• O processo de repolarização ventricular dirige-se
do epicárdio para o endocárdio,
perpendicularmente à parede ventricular.
5.
6.
7. Vetores Cardíacos
• Vetor 1 septo médio – força resultante das
despolarizações da região média do septo
interventricular – vai da esquerda para a
direita, de trás para frente e de cima para
baixo. Ocorre a 10 ms do inicio da
despolarização ventricular
8. Vetores cardíacos
• Vetor 2 Septo baixo – resultante das
despolarizações da região baixa do SIV, vai da
direita para a esquerda, de trás para frente e
de cima para baixo. Ocorre a 20 ms do início
da despolarização ventricular
9. Vetores cardíacos
• Vetor 3 - Ventrículo esquerdo – resultante das
despolarizações simultaneas das paredes
livres do VE e VD. Como a massa muscular do
VE se sobrepõe à do VD, o vetor resultante
dirige-se da direita para a esquerda e de
frente para trás. Ocorre a 40 ms do inicio da
despolarização ventricular
10. Vetores cardíacos
• Vetor 4 – Póstero-basal – representa a
resultante das despolarizações das regióes
altas do SIV e das paredes livres dos
ventrículos; vai para cima, para trás e algo
para a direita. Ocorre a 60 ms do início da
despolarização ventricular.
13. Derivações precordiais ou horizontais
• V1 – quarto espaço intercostal direito na linha
paraesternal
• V2 – quarto espaço intercostal esquerdo na linha
paraesternal
• V3 – entre V2 e V4
• V4 – quinto espaço intercostal esquerdo na linha
hemiclavicular
• V5- quinto espaço intercostal esquerdo na linha axilar
anterior
• V6 – quinto espaço intercostal esquerdo na linha axilar
média.
14. Derivações que vêem a parede dorsal
• V7 – quinto espaço intercostal esquerdo na
linha axilar posterior
• V8 – ponta da escápula esquerda
• São usadas quando há presença de alterações
isquêmicas em D2,D3 e aVF para investigar
infarto dorsal.
15. Derivações que vêem o ventrículo D
• V3R – correspondente a V3 do lado direito do
tórax
• V4R – quinto espaço intercostal esquerdo na
linha hemiclavicular.
• Usadas em vigencia de alterações isquêmicas
em D2, D3 e aVF ou em condições clínicas de
IVD aguda para pesquisar infarto de VD.
16. Derivações frontais ou periféricas
• O plano frontal é um corte elétrico do coração
no sentido vertical. Consta de três derivações
bipolares (D1-D2-D3) e três derivações
unipolares (aVR-aVL-aVF) sendo então
identificável a direção do vetor cardíaco, para
direita ou para esquerda e para cima ou para
baixo.
17. Localização das derivações periféricas
• D1 – mede a diferença de potencial entre dois
eletrodos (pinças) colocados um em cada braço
sendo o eletrodo + à esquerda. O pólo + de D1 é
a esquerda
• D2 - mede a DDP entre dois entre dois eletrodos
colocados na perna E e braço D sendo o + na
perna. O polo + de D2 é em baixo.
• D3 – mede a DDP entre dois eletrodos colocados
na perna E e no braço E, sendo o + na perna.O
polo + de D3 é em baixo.
18. Localização das derivações periféricas
• aVR – mede o potencial absoluto através do
eletrodo + no braço direito. O + de aVR é à
direita.
• aVL – mede o potencial absoluto através do
ena pereletrodo + colocado no braço E. O + de
aVL é à esquerda.
• aVF – mede o potencial absoluto através do
eletrodo + colocado na perna E. O + de aVF é
embaixo.
20. Deflexões do ECG e interespaços
Onda P- despolarização atrial, complexo QRS -despolarização ventricular,
segmento ST e onda T -repolarização ventricular
21. Calibração
• Coloca-se o aparelho em N e na posição cal
aperta-se a tecla correspondente, para dar
referência à amplitude das ondas.
N
24. Considerações
• Todo ECG deve ter calibração, deve ser
identificado, conter a idade e sexo do paciente,
bem como a data de sua realização.
• O paciente deve ficar deitado em posição
totalmente relaxada, com o tórax desnudo, e
todos os objetos metálicos devem ser retirados
do paciente.
• O paciente deve ser limpo ao término do
procedimento caso seja necessário uso de gel
específico.
• O aparelho do ECG deve ser bem aterrado.