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Fisiopatologia do Ritmo Cardíaco
Tópicos:
1- Via normal da condução elétrica do coração
2- Fases do potencial de ação
3- Principais mecanismos das arritmias cardíacas
Prof. Caio SM Motoyama
(incor.usp.br)
James TN. Am Heart J 1961, 62:756.
CVSJr.
Via Normal da Condução Elétrica no Coração
Nó sinusal
Nó atrioventricular
Ramo esquerdo
Ramo direito
Cél. miocárdica Fibra de Purkinje
Nó sinusal
Diferenças histológicas entre o sistema de condução vs o miocárdio
• Velocidade de condução do impulso vs contratilidade
• Citoplasma  organelas e miofibrilas:  vs 
• Concentrações iônicas diferentes
Becker AE, Anderson RH 1976
Spach MS, Lieberman M, Scott JG. Circ Res 1971, 29:156.
CVSJr.
Via Normal da Condução Elétrica no Coração
• Inervação cardíaca: SNA
(simpática e
parassimpática)
• Variação circadiana: 40
bpm (sono) a 90 bpm
(vigília)
• Células cardíacas adequadamente estimuladas
desenvolvem potenciais de ação.
• Estes potenciais são alterações do potencial da
membrana que se desencadeiam toda vez que o
estímulo tem intensidade suficiente para atingir um
limiar de excitação.
• Em repouso, existe uma polarização de cargas, com
concentração de cargas positivas fora da célula e
negativas dentro dela.
Formação e condução normal do impulso
• Durante a propagação do impulso ocorre um ciclo de
despolarização (o potencial transmembrana se inverte e
torna-se positivo na face interna da membrana), seguido
de repolarização (há retorno da polaridade ao seu valor
inicial).
• O potencial de repouso da membrana resulta da
diferença de cargas elétricas intra e extracelulares.
• Em geral, encontra-se entre -80 e -90 mV.
Formação e condução normal do impulso
Registro de Potenciais de Membrana
CVSJr. Cranefield - 1995
-90
0 +30 -90
+20
0
-20
-40
-60
-80
-100
mV
Cél. cardíaca
James TN. Am Heart J 1961, 62:756.
CVSJr.
Via Normal da Condução Elétrica no Coração
Concentrações iônicas da célula cardíaca:
diferenças intracelular e extracelular
Íon [ E ] [ I ] [ E ] : [ I ] Potencial de Equilíbrio
mM mM mV
Na 145 15 9,7 + 60
K 4 150 0,027 - 94
Cl 120 5 24 - 83
Ca 2 10-7 2x104 + 129
James TN. Am Heart J 1961, 62:756.
CVSJr.
Via Normal da Condução Elétrica no Coração
Concentrações iônicas da célula cardíaca:
diferenças intracelular e extracelular
Potencial de repouso
• Potencial intracelular em repouso (diástole): -50 a -90 mV,
dependendo da célula.
• As células possuem concentrações diferentes de K+, Na+, Cl-, e Ca2+
através da membrana.
• Bomba Na/K
• Bombeia Na+ para fora ao mesmo tempo que traz K+ para dentro
da célula
• 3 Na+ : 2K+
• Dependente de ATP
James TN. Am Heart J 1961, 62:756.
CVSJr.
Via Normal da Condução Elétrica no Coração
Propriedades dos potenciais transmembrana
NSA FP Cél. ventricular
PR (mV) -50 a -60 -90 a -95 -80 a -90
PA (mV) 60 a 70 120 110 a 120
Vel. de
propagação (M/s) <0,05 2 a 3 0,3 a 0,4
Diâmetro da fibra (m) 5 a 10 100 10 a 16
Nervo: alguns mseg
Fibras cardíacas: alguns centésimos de seg
Fases do Potencial de Ação
CVSJr.
Reversível
Potencial
de Repouso
Despola-
rizado
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 0
Hiperpolarizado
-90
0
+30 Quando uma célula em
repouso é atingida por um
estímulo elétrico,
desencadeia-se o potencial
de ação. Ele foi dividido,
didaticamente, em cinco
fases.
Fase 1
• Estímulos elétricos, químicos e mecânicos desencadeiam uma
elevação da permeabilidade da membrana ao Na+ que
penetra na célula (Fase zero).
• O potencial de membrana se altera e ao atingir o limiar de
excitação (-70 a -65 mV) desencadeia a abertura explosiva dos
“canais rápidos de Na+”.
• Os canais iônicos são macromoléculas que formam poros na
membrana celular. Esses canais são vias de baixa resistência
à condução de íons (Na+, K+, Ca2+ e Cl-), sendo que sua
abertura ou fechamento depende das condições elétricas da
membrana.
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 0
Fases do Potencial de Ação
CVSJr.
Fase 1
(Continuação)
• Conseqüentemente, após influxo de Na+, o potencial da
membrana atinge valores de +20 a +35 mV.
• Após a espícula inicial do potencial de ação ocorre um rápido
período de repolarização com o potencial de membrana
atingindo valores próximos de 0 mV.
• Esta fase é denominada de “Fase 1” e ocorre pela inativação
da corrente rápida de sódio e pela saída de potássio.
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 0
Fases do Potencial de Ação
CVSJr.
Fase 2
Segue-se um período em que a membrana permanece
despolarizada por 0,2 a 0,3 segundos criando um platô, a
“Fase 2” do potencial de ação, onde há influxo de cálcio.
Fase 3
Com o fechamento dos canais lentos de cálcio e com a
restauração da alta permeabilidade da membrana ao
potássio, inicia-se um período de repolarização rápida,
denominado de “Fase 3”.
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 0
Fases do Potencial de Ação
CVSJr.
Fase 4
• O sódio acumulado no espaço intracelular nas fases 0 e 2 é trocado
pelo potássio extracelular que deixou a célula nas fases 2 e 3, pela
atividade da bomba de sódio-potássio-ATPase.
• São eliminados 3 íons sódio para cada 2 íons potássio apreendidos,
criando uma corrente de “perda” de cargas positivas que restabelece
o potencial de repouso da membrana.
Este tipo de potencial de ação descrito é encontrado nas
células do músculo cardíaco contrátil e nas células de
Purkinje, conhecidas como células de resposta rápida.
Fase 1
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 0
Fases do Potencial de Ação
CVSJr.
Movimento de Íons Durante o Potencial de Ação Cardíaco
CVSJr.
0 = Despolarização
1 = Repolarização
2 = Platô
3 = Repolarização rápida
4 = Potencial de repouso
Fases da chave
CI- entrada
K+ saída
1
Ca++entrada
K+ saída
2
3 K+ saída
4
4
0
Na+
entrada
+20
0
-90
Potencial
Trasmembrana
(mV)
• O ECG é o registro gráfico das correntes elétricas
produzidas pelo coração e é fundamental no estudo
das arritmias.
• A atividade elétrica cardíaca registrada se apresenta
sob a forma de ondas e complexos que foram
denominadas, arbitrariamente e em seqüência, de
onda P, complexo QRS e onda T.
• A onda P representa a despolarização dos átrios, o
complexo QRS a despolarização dos ventrículos e a
onda T a repolarização dos ventrículos.
• A repolarização atrial não é registrada porque
acontece simultaneamente ao complexo QRS
Correlação entre Potencial de Ação Ventricular e o ECG
CVSJr.
4
0
1 2
3
4
Potencial
de ação
ventricular
ECG
P T
Complexo
QRS
Potenciais de Ação Típicos de Tecidos Cardíacos
CVSJr. Bigger, Brannwald - 1980
Nó sinusal
Músculo atrial
Nó AV
Fibra de Purkinge
Músculo ventricular
ECG
QRS
P
T
200 msec
Correlação entre Anatomia do Sistema Elétrico
Cardíaco e o ECG
Músculo atrial
Nó sinusal
Vias de condução
intra-atriais
Nó AV
Feixe de His
Ramos D e E
Rede de Purkinje
Músculo ventricular
VCS
VCI
AD
VD
VE
AE
P
QRS
Mirvis DM - 1990
CVSJr.
Propriedades Eletrofisiológicas Básicas do Tecido Cardíaco
Excitabilidade
Automaticidade*
Condutividade
Refratariedade
CVSJr.
*Algumas células cardíacas: As células não-automáticas requerem um estímulo
extrínseco enquanto que as células automáticas atingem o limiar
espontaneamente durante a diástole elétrica. O nó sinusal possui o maior grau de
automatismo e por isso é chamado de “marcapasso do coração”.
Limiar do Potencial de Ação
Potencial
(mV)
1
2
0 3
4
c
b
a
4
0
3
0
-50
-65
-65
-90
0
Potencial
(mV)
Despolarização da célula
não-automática
(fibra de Purkinje)
Despolarização da célula
automática
Hoffman, Cranefield - 1987
CVSJr.
Lento
Rápido
• As células dos nódulos sinusal (NSA) e átrio-ventricular
(NAV) apresentam outro tipo de potencial de ação e são
denominadas de células de resposta lenta ou marcapasso.
• O canal rápido de sódio somente é ativado quando o
potencial de membrana é mais negativo do que cerca de -
60 mV.
• Estes canais não operam nas células marcapasso, pois
estas se despolarizam lenta e espontaneamente até valores
negativos menores que -50mV, onde apenas os canais
lentos operam.
• Também não ocorre o platô e a fase 4 é ascendente.
• O NSA possui intensa propriedade de auto-excitação,
assumindo assim o controle dos batimentos cardíacos.
Período Refratário
Alpert 1980
PRA
PRR
0
1
2
4
PSN
TP
RP
3
100 200 300
msec
+30
0
-30
-60
-90
P T
QRS
Potencial
(mV)
CVSJr.
Principais Mecanismos das Arritmias Cardíacas
Automaticidade alterada
Automaticidade deflagrada
Re-entrada
Estimulação durante o
“Período vulnerável”
CVSJr.
Principais Mecanismos das Arritmias Cardíacas
Automaticidade alterada
Automaticidade deflagrada
Re-entrada
Estimulação durante o
“período vulnerável”
CVSJr.
Formação de impulso
(ritmicidade)
Condução de impulso
CVSJr.
Arritmias Cardíacas
Patogênese – Arritmias que resultam de alterações da:
• Formação de impulso
• Bradicardia ou taquicardia sinusal
• Escapes atrial, juncional ou ventricular
• Taquicardia atrial (ex. intoxicação digitálica)
• Parasístole
• Condução de impulso
• Flutter atrial
• Fibrilação atrial
• Re-entrada sinoatrial
• Taquicardia por re-entrada
• Taquicardia ventricular
• Fibrilação ventricular
• Flutter ventricular
Fatores que Influenciam a Automaticidade
Tono simpático
Catecolaminas
Parasimpáticos
CO2
Oxigênio
Acidose
Hipertermia
Estiramento
Digital
Potássio
Cálcio
Tono simpático
Catecolaminas
Parasimpáticos
CO2
Oxigênio
Acidose
Hipotermia
Estiramento
Antiarrítmicos
Beta-bloqueadores
Potássio
Cálcio
Autonômico
Metabólico
Mecânico
Drogas
Eletrolíticos
Aumenta Diminui
CVSJr.
Condução Anormal: Re-entrada
Causas:
Insuficiência cardíaca
Isquemia (> gravidade)
Doença valvar
Cirurgia cardíaca
Desequilíbrio eletrolítico
Efeitos clínicos possíveis*:
Despolarização atrial prematura
Taquicardia supra ventricular
Taquicardia ventricular
Arritmia nas síndromes de pré-excitação
* Depende do local
CVSJr.
Condições Necessárias para Re-entrada
Circuito
em alça
1 2 3
Via
não-contígua
Circuito
em alça
+
Bloqueio
unidirecional
+
Zona de
condução lenta
Circuito
em alça
+
Bloqueio
unidirecional
CVSJr.
Re-entrada em Tecidos Cardíacos
Estímulo
Área de
condução
lenta
Zona de bloqueio
unidirecional
1
2
3
Cranefield - 1992
CVSJr.
Múltiplas
saídas
Zonas de Perigo para Fibrilação Ventricular
no Ciclo Cardíaco
Lown. JAMA. - 1979
100
80
60
20
0 40 80 120 160 200
FA = Fibrilação Atrial
FV = Fibrilação Ventricular
Zona
de FA
Zona
de FV
P
T
QRS
msec.
Fibrilação,
%
CVSJr.
Locais de Re-entrada de Três Arritmias Principais
Taquicardia
Supraventricular Taquicardia
Ventricular
Síndrome de
Wolff-Parkinson-White
CVSJr.
Nó AV
EXTRA-SÍSTOLES
FIBRILAÇÃO ATRIAL FOCAL
BATIMENTOS ECTÓPICOS COM ORIGEM NAS VEIAS PULMONARES
Haissaguerre et al. N Engl J Med 1998;339:659
Muitos aspectos da eletrofisiologia cardíaca podem ser atribuídas à
variações na expressão de genes específicos ou à variabilidade da
função de produtos proteicos.
Distúrbios Arritmogênicos Hereditários
• Síndrome de QT longo
• Miocardiopatia hipertrófica familiar
• Displasia arritmogênica de ventrículo direito
• Fibrilação ventricular idiopática e síndrome de Brugada
• Fibrilação atrial
• Bloqueio cardíaco progressivo familiar
• Síndrome Wolff-Parkinson-White familiar
Biologia Molecular e Arritmias
CVSJr. Priori S. Circulation 1999;99:518-28.
Taquicardia Ventricular Sustentada
Múltiplos Circuitos Reentrantes Atividade Focal Rápida
Disparador
Sustentador
Fibrilação Atrial
Alteração da Automaticidade
Despolarizaçao
Diastólica Lenta
Produção de
Hiperpolarização
Diastólica
Aumento
do Limiar
Potencial de
Membrana (mV)
80 80 80 80
Schamroth - 1990
Marcapasso sinusal
Marcapasso Ectópico
Tempo
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Quatro Mecanismos pelo qual Marcapasso Ectópico se torna Dominante
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Automaticidade Anormal: Atividade Deflagrada
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Potencial Tardio
CVSJr.
Limiar do Potencial de Ação
Hoffman, Cranefield - 1987
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Estímulo
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  • 1. Fisiopatologia do Ritmo Cardíaco Tópicos: 1- Via normal da condução elétrica do coração 2- Fases do potencial de ação 3- Principais mecanismos das arritmias cardíacas Prof. Caio SM Motoyama (incor.usp.br)
  • 2. James TN. Am Heart J 1961, 62:756. CVSJr. Via Normal da Condução Elétrica no Coração Nó sinusal Nó atrioventricular Ramo esquerdo Ramo direito Cél. miocárdica Fibra de Purkinje Nó sinusal Diferenças histológicas entre o sistema de condução vs o miocárdio • Velocidade de condução do impulso vs contratilidade • Citoplasma  organelas e miofibrilas:  vs  • Concentrações iônicas diferentes
  • 3. Becker AE, Anderson RH 1976 Spach MS, Lieberman M, Scott JG. Circ Res 1971, 29:156. CVSJr. Via Normal da Condução Elétrica no Coração • Inervação cardíaca: SNA (simpática e parassimpática) • Variação circadiana: 40 bpm (sono) a 90 bpm (vigília)
  • 4. • Células cardíacas adequadamente estimuladas desenvolvem potenciais de ação. • Estes potenciais são alterações do potencial da membrana que se desencadeiam toda vez que o estímulo tem intensidade suficiente para atingir um limiar de excitação. • Em repouso, existe uma polarização de cargas, com concentração de cargas positivas fora da célula e negativas dentro dela. Formação e condução normal do impulso
  • 5. • Durante a propagação do impulso ocorre um ciclo de despolarização (o potencial transmembrana se inverte e torna-se positivo na face interna da membrana), seguido de repolarização (há retorno da polaridade ao seu valor inicial). • O potencial de repouso da membrana resulta da diferença de cargas elétricas intra e extracelulares. • Em geral, encontra-se entre -80 e -90 mV. Formação e condução normal do impulso
  • 6. Registro de Potenciais de Membrana CVSJr. Cranefield - 1995 -90 0 +30 -90 +20 0 -20 -40 -60 -80 -100 mV Cél. cardíaca
  • 7. James TN. Am Heart J 1961, 62:756. CVSJr. Via Normal da Condução Elétrica no Coração Concentrações iônicas da célula cardíaca: diferenças intracelular e extracelular Íon [ E ] [ I ] [ E ] : [ I ] Potencial de Equilíbrio mM mM mV Na 145 15 9,7 + 60 K 4 150 0,027 - 94 Cl 120 5 24 - 83 Ca 2 10-7 2x104 + 129
  • 8. James TN. Am Heart J 1961, 62:756. CVSJr. Via Normal da Condução Elétrica no Coração Concentrações iônicas da célula cardíaca: diferenças intracelular e extracelular Potencial de repouso • Potencial intracelular em repouso (diástole): -50 a -90 mV, dependendo da célula. • As células possuem concentrações diferentes de K+, Na+, Cl-, e Ca2+ através da membrana. • Bomba Na/K • Bombeia Na+ para fora ao mesmo tempo que traz K+ para dentro da célula • 3 Na+ : 2K+ • Dependente de ATP
  • 9. James TN. Am Heart J 1961, 62:756. CVSJr. Via Normal da Condução Elétrica no Coração Propriedades dos potenciais transmembrana NSA FP Cél. ventricular PR (mV) -50 a -60 -90 a -95 -80 a -90 PA (mV) 60 a 70 120 110 a 120 Vel. de propagação (M/s) <0,05 2 a 3 0,3 a 0,4 Diâmetro da fibra (m) 5 a 10 100 10 a 16 Nervo: alguns mseg Fibras cardíacas: alguns centésimos de seg
  • 10. Fases do Potencial de Ação CVSJr. Reversível Potencial de Repouso Despola- rizado Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 0 Hiperpolarizado -90 0 +30 Quando uma célula em repouso é atingida por um estímulo elétrico, desencadeia-se o potencial de ação. Ele foi dividido, didaticamente, em cinco fases.
  • 11. Fase 1 • Estímulos elétricos, químicos e mecânicos desencadeiam uma elevação da permeabilidade da membrana ao Na+ que penetra na célula (Fase zero). • O potencial de membrana se altera e ao atingir o limiar de excitação (-70 a -65 mV) desencadeia a abertura explosiva dos “canais rápidos de Na+”. • Os canais iônicos são macromoléculas que formam poros na membrana celular. Esses canais são vias de baixa resistência à condução de íons (Na+, K+, Ca2+ e Cl-), sendo que sua abertura ou fechamento depende das condições elétricas da membrana. Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 0 Fases do Potencial de Ação CVSJr.
  • 12. Fase 1 (Continuação) • Conseqüentemente, após influxo de Na+, o potencial da membrana atinge valores de +20 a +35 mV. • Após a espícula inicial do potencial de ação ocorre um rápido período de repolarização com o potencial de membrana atingindo valores próximos de 0 mV. • Esta fase é denominada de “Fase 1” e ocorre pela inativação da corrente rápida de sódio e pela saída de potássio. Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 0 Fases do Potencial de Ação CVSJr.
  • 13. Fase 2 Segue-se um período em que a membrana permanece despolarizada por 0,2 a 0,3 segundos criando um platô, a “Fase 2” do potencial de ação, onde há influxo de cálcio. Fase 3 Com o fechamento dos canais lentos de cálcio e com a restauração da alta permeabilidade da membrana ao potássio, inicia-se um período de repolarização rápida, denominado de “Fase 3”. Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 0 Fases do Potencial de Ação CVSJr.
  • 14. Fase 4 • O sódio acumulado no espaço intracelular nas fases 0 e 2 é trocado pelo potássio extracelular que deixou a célula nas fases 2 e 3, pela atividade da bomba de sódio-potássio-ATPase. • São eliminados 3 íons sódio para cada 2 íons potássio apreendidos, criando uma corrente de “perda” de cargas positivas que restabelece o potencial de repouso da membrana. Este tipo de potencial de ação descrito é encontrado nas células do músculo cardíaco contrátil e nas células de Purkinje, conhecidas como células de resposta rápida. Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 0 Fases do Potencial de Ação CVSJr.
  • 15. Movimento de Íons Durante o Potencial de Ação Cardíaco CVSJr. 0 = Despolarização 1 = Repolarização 2 = Platô 3 = Repolarização rápida 4 = Potencial de repouso Fases da chave CI- entrada K+ saída 1 Ca++entrada K+ saída 2 3 K+ saída 4 4 0 Na+ entrada +20 0 -90 Potencial Trasmembrana (mV)
  • 16. • O ECG é o registro gráfico das correntes elétricas produzidas pelo coração e é fundamental no estudo das arritmias. • A atividade elétrica cardíaca registrada se apresenta sob a forma de ondas e complexos que foram denominadas, arbitrariamente e em seqüência, de onda P, complexo QRS e onda T.
  • 17. • A onda P representa a despolarização dos átrios, o complexo QRS a despolarização dos ventrículos e a onda T a repolarização dos ventrículos. • A repolarização atrial não é registrada porque acontece simultaneamente ao complexo QRS
  • 18. Correlação entre Potencial de Ação Ventricular e o ECG CVSJr. 4 0 1 2 3 4 Potencial de ação ventricular ECG P T Complexo QRS
  • 19. Potenciais de Ação Típicos de Tecidos Cardíacos CVSJr. Bigger, Brannwald - 1980 Nó sinusal Músculo atrial Nó AV Fibra de Purkinge Músculo ventricular ECG QRS P T 200 msec
  • 20. Correlação entre Anatomia do Sistema Elétrico Cardíaco e o ECG Músculo atrial Nó sinusal Vias de condução intra-atriais Nó AV Feixe de His Ramos D e E Rede de Purkinje Músculo ventricular VCS VCI AD VD VE AE P QRS Mirvis DM - 1990 CVSJr.
  • 21. Propriedades Eletrofisiológicas Básicas do Tecido Cardíaco Excitabilidade Automaticidade* Condutividade Refratariedade CVSJr. *Algumas células cardíacas: As células não-automáticas requerem um estímulo extrínseco enquanto que as células automáticas atingem o limiar espontaneamente durante a diástole elétrica. O nó sinusal possui o maior grau de automatismo e por isso é chamado de “marcapasso do coração”.
  • 22. Limiar do Potencial de Ação Potencial (mV) 1 2 0 3 4 c b a 4 0 3 0 -50 -65 -65 -90 0 Potencial (mV) Despolarização da célula não-automática (fibra de Purkinje) Despolarização da célula automática Hoffman, Cranefield - 1987 CVSJr. Lento Rápido
  • 23. • As células dos nódulos sinusal (NSA) e átrio-ventricular (NAV) apresentam outro tipo de potencial de ação e são denominadas de células de resposta lenta ou marcapasso. • O canal rápido de sódio somente é ativado quando o potencial de membrana é mais negativo do que cerca de - 60 mV. • Estes canais não operam nas células marcapasso, pois estas se despolarizam lenta e espontaneamente até valores negativos menores que -50mV, onde apenas os canais lentos operam. • Também não ocorre o platô e a fase 4 é ascendente. • O NSA possui intensa propriedade de auto-excitação, assumindo assim o controle dos batimentos cardíacos.
  • 24. Período Refratário Alpert 1980 PRA PRR 0 1 2 4 PSN TP RP 3 100 200 300 msec +30 0 -30 -60 -90 P T QRS Potencial (mV) CVSJr.
  • 25. Principais Mecanismos das Arritmias Cardíacas Automaticidade alterada Automaticidade deflagrada Re-entrada Estimulação durante o “Período vulnerável” CVSJr.
  • 26. Principais Mecanismos das Arritmias Cardíacas Automaticidade alterada Automaticidade deflagrada Re-entrada Estimulação durante o “período vulnerável” CVSJr. Formação de impulso (ritmicidade) Condução de impulso
  • 27. CVSJr. Arritmias Cardíacas Patogênese – Arritmias que resultam de alterações da: • Formação de impulso • Bradicardia ou taquicardia sinusal • Escapes atrial, juncional ou ventricular • Taquicardia atrial (ex. intoxicação digitálica) • Parasístole • Condução de impulso • Flutter atrial • Fibrilação atrial • Re-entrada sinoatrial • Taquicardia por re-entrada • Taquicardia ventricular • Fibrilação ventricular • Flutter ventricular
  • 28. Fatores que Influenciam a Automaticidade Tono simpático Catecolaminas Parasimpáticos CO2 Oxigênio Acidose Hipertermia Estiramento Digital Potássio Cálcio Tono simpático Catecolaminas Parasimpáticos CO2 Oxigênio Acidose Hipotermia Estiramento Antiarrítmicos Beta-bloqueadores Potássio Cálcio Autonômico Metabólico Mecânico Drogas Eletrolíticos Aumenta Diminui CVSJr.
  • 29. Condução Anormal: Re-entrada Causas: Insuficiência cardíaca Isquemia (> gravidade) Doença valvar Cirurgia cardíaca Desequilíbrio eletrolítico Efeitos clínicos possíveis*: Despolarização atrial prematura Taquicardia supra ventricular Taquicardia ventricular Arritmia nas síndromes de pré-excitação * Depende do local CVSJr.
  • 30. Condições Necessárias para Re-entrada Circuito em alça 1 2 3 Via não-contígua Circuito em alça + Bloqueio unidirecional + Zona de condução lenta Circuito em alça + Bloqueio unidirecional CVSJr.
  • 31. Re-entrada em Tecidos Cardíacos Estímulo Área de condução lenta Zona de bloqueio unidirecional 1 2 3 Cranefield - 1992 CVSJr. Múltiplas saídas
  • 32. Zonas de Perigo para Fibrilação Ventricular no Ciclo Cardíaco Lown. JAMA. - 1979 100 80 60 20 0 40 80 120 160 200 FA = Fibrilação Atrial FV = Fibrilação Ventricular Zona de FA Zona de FV P T QRS msec. Fibrilação, % CVSJr.
  • 33.
  • 34. Locais de Re-entrada de Três Arritmias Principais Taquicardia Supraventricular Taquicardia Ventricular Síndrome de Wolff-Parkinson-White CVSJr. Nó AV
  • 36. FIBRILAÇÃO ATRIAL FOCAL BATIMENTOS ECTÓPICOS COM ORIGEM NAS VEIAS PULMONARES Haissaguerre et al. N Engl J Med 1998;339:659
  • 37. Muitos aspectos da eletrofisiologia cardíaca podem ser atribuídas à variações na expressão de genes específicos ou à variabilidade da função de produtos proteicos. Distúrbios Arritmogênicos Hereditários • Síndrome de QT longo • Miocardiopatia hipertrófica familiar • Displasia arritmogênica de ventrículo direito • Fibrilação ventricular idiopática e síndrome de Brugada • Fibrilação atrial • Bloqueio cardíaco progressivo familiar • Síndrome Wolff-Parkinson-White familiar Biologia Molecular e Arritmias CVSJr. Priori S. Circulation 1999;99:518-28.
  • 39. Múltiplos Circuitos Reentrantes Atividade Focal Rápida Disparador Sustentador Fibrilação Atrial
  • 40. Alteração da Automaticidade Despolarizaçao Diastólica Lenta Produção de Hiperpolarização Diastólica Aumento do Limiar Potencial de Membrana (mV) 80 80 80 80 Schamroth - 1990 Marcapasso sinusal Marcapasso Ectópico Tempo 1 2 3 4 Mecanismos para Redução do Rítmo de Marcapasso Quatro Mecanismos pelo qual Marcapasso Ectópico se torna Dominante CVSJr.
  • 41. Automaticidade Anormal: Atividade Deflagrada Formas de Potenciais Tardios Pós- despolarização precoce Pós-hiperpolarização precoce Potenciais tardios na Atividade Deflagrada = Espícula de marcapasso 500msec 25mV Pós- despolarização tardio Potencial Tardio CVSJr.
  • 42. Limiar do Potencial de Ação Hoffman, Cranefield - 1987 CVSJr.
  • 43. Re-entrada em Tecidos Cardíacos Estímulo Área de condução lenta Zona de bloqueio unidirecional 1 2 3 Cranefield - 1992 1 2 3 CVSJr. Múltiplas saídas