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ELETROCARDIOGRAMA
Introdução – Histórico
• 100 ANOS DE EXISTÊNCIA: primeiro exame de abordagem ao cardiopata:
🞄 Simples;
🞄 Barato;
🞄 Não-invasivo;
🞄 Fácil execução.
• ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos
colocados na superfície corporal que são amplificadas, filtradas e registradas
pelo eletrocardiógrafo
• Interpretação:
Considerar dados clínicos
do cliente!!
• Augustus Waller (1887)
▫ Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais.
• Willeim Einthoven (1903)
▫ Galvanômetro de corda (P
. Nobel Medicina e
Fisiologia em 1924);
• Permitiu o emprego de eletrodos periféricos;
▫ Derivações bipolares dos membros ( I, II ,III );
▫ Triângulo equilátero - centro elétrico do coração;
▫ Nomenclatura das ondas P
, QRS, T.
Introdução – Histórico
Introdução – Histórico
• Wilson (1934)
▫ Central terminal de potencial zero
▫ Desenvolvimento das derivações “unipolares”- derivações V;
• American Heart Association - Cardiac Society of Great Britain and
Ireland 1938
▫ Padronização das derivações precordiais V1-6;
• Kossan e Johnson 1935
▫ Derivações Vr, Vl ,Vr;
• Golberger (1942)
▫ Derivações aVR, aVL, aVF.
 Isquemia miocárdica e infarto;
 Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares;
 Arritmias;
 Efeito de medicamentos;
 Ex: Digital
 Alterações eletrolíticas;
 Ex: Potássio
 Funcionamento de
marca-passos mecânicos.
Introdução – Aplicações do ECG
Introdução – Ondas do ECG
Músculo Cardíaco
O coração é formado por três
tipos principais de músculo
cardíaco:
• o músculo atrial
• o músculo ventricular
• especializadas fibras musculares
excitatórias e condutoras
ritmicidade e velocidade de
condução variáveis, formando um
sistema excitatório para o coração.
Anatomia
• Os átrios ficam separados dos
ventrículos por tecido fibroso que
circunda os orifícios valvulares
entre eles.
• Potenciais de ação só podem ser
conduzidos, do sincício atrial para
o sincício ventricular, por meio de
um sistema especializado de
condução, o feixe atrioventricular.
• Essa divisão do coração em dois
sincícios é importante porque
permite que os átrios se
contraiam pouco antes dos
ventrículos, fundamental para a
eficácia do bombeamento
cardíaco.
Anatomia – Sistema de Condução
Canais Iônicos
• A distribuição de potássio nas duas faces
da membrana celular, mais concentrada
no lado citoplasmático (interno): cria-se
uma diferença de potencial entre os dois
compartimentos: intra e extracelular.
• Essa é de fato a situação predominante na
maioria das células em repouso: a
distribuição desigual dos mesmos através
da membrana gerando uma diferença de
potencial, conhecida como POTENCIAL
DE REPOUSO.
• - 90mV negativo no interior da
célula!!!
O Coração como um Dipolo Elétrico
• A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se
negativa em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio.
• Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica (atrial ou
ventricular):
▫ ocorrem trocas iônicas;
▫ inverte-se a polaridade da célula;
▫ originando na superfície da célula uma região despolarizada e outra ainda em
repouso, gerando uma frente de onda de despolarização/repouso, resultando
portanto em um dipolo equivalente.
Conceito da Ativação Vetorial - Einthoven
Triângulo de Einthoven
Derivações de Einthoven
Derivações Eletrocardiográficas
• O ECG standart é constituído por doze derivações divididas em dois
grupos
🞄 Seis derivações dos membros
🞄 Seis derivações precordiais
• O conjunto das diversas derivações permite obter uma representação
tri-dimensional da atividade elétrica cardíaca.
Derivações Eletrocardiográficas
DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL
Derivações dos Membros
▫ 3 derivações bipolares ou derivações de Einthoven
🞄 D I (+ BE, - BD )
🞄 D II (+ PE, - BD )
🞄 D III (+ PE, - BE )
▫ 3 derivações “unipolares”
🞄 aVr ( braço direito )
🞄 aVl ( braço esquerdo )
🞄 aVf ( perna esquerda )
▫ O potencial elétrico registrado é o mesmo
com o eletrodo em qualquer local do membro
🞄 Eletrodos na raiz do membro
🞄 Pacientes engessados
🞄 Pacientes com tremores
Derivações Eletrocardiográficas
DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL
V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita;
V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal
esquerda;
V3 - Entre V2 e V4;
V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular;
V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior;
V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média.
Derivações
Derivações no PLANO HORIZONTAL
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
• CORAÇÃO: bomba que contrai ritmicamente para bombear sangue
desoxigenado para os pulmões e oxigenado para a circulação
sistêmica.
• NÓ SINUSAL: inicia o impulso cardíaco (situa-se no átrio direito –
AD – próximo à desembocadura da veia cava superior)
🞄 MARCA PASSO NORMAL DO CORAÇÃO!!!
• Estímulo Cardíaco
Nó Sinusal
Átrio Direito
(AD)
Átrio Esquerdo
(AE)
NAV (junção
atrioventricular)
Ramos Direito,
Esquerdo (HIS)
Purkinge
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Derivações Existentes
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Ântero-Septal
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Anterior
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Lateral Alta e Ântero Lateral
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Inferior
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
CAUSAS DE BAIXA VOLTAGEM NO REGISTRO
ELETROCARDIOGRÁFICO
 Enfisema
 Anasarca
 Pneumotórax
 Derrame
 Pleural
 Pericárdico
 Obesidade
 Hipotireoidismo
(QRS  5 mm nas derivações
periféricas ou  10 mm nas
precordiais)
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
• Ondas características (P
, Q, R, S e T) as quais correspondem a
eventos elétricos da ativação do miocárdio.
• Onda P = despolarização atrial
• Complexo QRS = despolarização ventricular
• Onda T = repolarização dos ventrículos
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
INTERPRETAÇÃO
1. Calibração e características técnicas;
2. Frequência cardíaca;
3. Ritmo;
4. Onda P;
5. Intervalo PR;
6. Intervalo QRS;
7. Eixo elétrico médio do QRS;
8. Progressão da onda R nas Derivações Precordiais;
(não progressão: sinal indireto de isquemia)
9. Segmento ST;
10. Onda T.
Freqüência cardíaca normal entre 60 e 100 bpm.
• 1QUADRADO GRANDE, 300BPM
• 2 QUADRADOS GRANDES, 150BPM
• 3 QUADRADOS GRANDES, 100BPM
• 4 QUADRADOS GRANDES, 75BPM
• 5 QUADRADOS GRANDES, 60BPM
• 6 QUADRADOS GRANDES, 50BPM.
DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM)
(Cada quadradinho dura 0,04s, o que dá em 1minuto (60s) 1.500 quadradinhos)
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
OU
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
RITMO
• Ritmo Sinusal
▫ – onda P antes do complexo QRS
▫ – onda P com posição espacial normal (positiva em DI,
DII e aVF)
• – Frequência adequada ao Nó sinusal
Construção dos Vetores Médios – QRS
DETERMINAÇÃO DO EIXO
Predominantemente
Positiva
Predominantemente
Negativa
Equifásica ou
Iso
1. Verifique o complexo QRS nas derivações I e aVF para determinar
se são predominantemente positivas ou negativas. A combinação
colocará o eixo em um dos quadrantes abaixo.
2. No caso de possível desvio para a direita, verifique agora DII para
saber se o desvio é ou não patológico. Se o QRS em DII for
predominantemente positivo, é desvio não patológico e o eixo
ainda é normal. Caso seja predominantemente negativo, é
patológico.
3. Determinar qual a derivação na qual o QRS é mais isométrico ou
equifásico. Caso a onda seja negativa e positiva, uma anula a
outra. O eixo é usualmente perpendicular à derivação iso
Construção dos Vetores Médios – QRS
DETERMINAÇÃO DO EIXO
4. Verifique a derivação na qual o QRS fica a 90° da derivação
identificada no passo 1. Se essa derivação for positiva, o eixo
estará aproximadamente nesta derivação. Caso seja
predominantemente negativa, o eixo estará a 180° desta
derivação.
5. Conclui-se a localização do eixo do QRS
Construção dos Vetores Médios – QRS
DETERMINAÇÃO DO EIXO
• Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T
• Deve estar no mesmo nível do PR
• Alterações do ST
▫ Supradesnivelamento
🞄 Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)
🞄 Pericardite aguda
▫ Infradesnivelamento
🞄 Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)
🞄 Ação digitálica
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O SEGMENTO “ST”
Segmento ST
Normal
O SEGMENTO “ST”
Infradesnivelament
o de ST
Supradesnivelamen
to de ST
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
A ONDA “T”
• É uma onda única, assimétrica
▫ Ramo ascendente mais lento que o descendente
▫ Ápice arredondado
• A isquemia miocárdica modifica a onda T
▫ Onda T positiva apiculada: Isquemia sub-endocárdica
▫ Onda T negativa e apiculada: Isquemia sub-epicárdica
• A amplitude e a duração não são medidas
• Mede-se o QT
▫ Vai do início do QRS ao fim da onda T
🞄 Pode estar alterado em distúrbios eletrolíticos e por medicamentos
A ONDA “T”
ONDA “T” NORMAL ISQUEMIA SUB-
EPICÁRDICA
ISQUEMIA SUB-
ENDOCÁRDICA

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  • 2. Introdução – Histórico • 100 ANOS DE EXISTÊNCIA: primeiro exame de abordagem ao cardiopata: 🞄 Simples; 🞄 Barato; 🞄 Não-invasivo; 🞄 Fácil execução. • ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos colocados na superfície corporal que são amplificadas, filtradas e registradas pelo eletrocardiógrafo • Interpretação: Considerar dados clínicos do cliente!!
  • 3. • Augustus Waller (1887) ▫ Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais. • Willeim Einthoven (1903) ▫ Galvanômetro de corda (P . Nobel Medicina e Fisiologia em 1924); • Permitiu o emprego de eletrodos periféricos; ▫ Derivações bipolares dos membros ( I, II ,III ); ▫ Triângulo equilátero - centro elétrico do coração; ▫ Nomenclatura das ondas P , QRS, T. Introdução – Histórico
  • 4. Introdução – Histórico • Wilson (1934) ▫ Central terminal de potencial zero ▫ Desenvolvimento das derivações “unipolares”- derivações V; • American Heart Association - Cardiac Society of Great Britain and Ireland 1938 ▫ Padronização das derivações precordiais V1-6; • Kossan e Johnson 1935 ▫ Derivações Vr, Vl ,Vr; • Golberger (1942) ▫ Derivações aVR, aVL, aVF.
  • 5.  Isquemia miocárdica e infarto;  Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares;  Arritmias;  Efeito de medicamentos;  Ex: Digital  Alterações eletrolíticas;  Ex: Potássio  Funcionamento de marca-passos mecânicos. Introdução – Aplicações do ECG
  • 7. Músculo Cardíaco O coração é formado por três tipos principais de músculo cardíaco: • o músculo atrial • o músculo ventricular • especializadas fibras musculares excitatórias e condutoras ritmicidade e velocidade de condução variáveis, formando um sistema excitatório para o coração.
  • 8. Anatomia • Os átrios ficam separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda os orifícios valvulares entre eles. • Potenciais de ação só podem ser conduzidos, do sincício atrial para o sincício ventricular, por meio de um sistema especializado de condução, o feixe atrioventricular. • Essa divisão do coração em dois sincícios é importante porque permite que os átrios se contraiam pouco antes dos ventrículos, fundamental para a eficácia do bombeamento cardíaco.
  • 9.
  • 10. Anatomia – Sistema de Condução
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Canais Iônicos • A distribuição de potássio nas duas faces da membrana celular, mais concentrada no lado citoplasmático (interno): cria-se uma diferença de potencial entre os dois compartimentos: intra e extracelular. • Essa é de fato a situação predominante na maioria das células em repouso: a distribuição desigual dos mesmos através da membrana gerando uma diferença de potencial, conhecida como POTENCIAL DE REPOUSO. • - 90mV negativo no interior da célula!!!
  • 22. O Coração como um Dipolo Elétrico • A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se negativa em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio. • Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica (atrial ou ventricular): ▫ ocorrem trocas iônicas; ▫ inverte-se a polaridade da célula; ▫ originando na superfície da célula uma região despolarizada e outra ainda em repouso, gerando uma frente de onda de despolarização/repouso, resultando portanto em um dipolo equivalente.
  • 23. Conceito da Ativação Vetorial - Einthoven
  • 26. Derivações Eletrocardiográficas • O ECG standart é constituído por doze derivações divididas em dois grupos 🞄 Seis derivações dos membros 🞄 Seis derivações precordiais • O conjunto das diversas derivações permite obter uma representação tri-dimensional da atividade elétrica cardíaca.
  • 27. Derivações Eletrocardiográficas DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL Derivações dos Membros ▫ 3 derivações bipolares ou derivações de Einthoven 🞄 D I (+ BE, - BD ) 🞄 D II (+ PE, - BD ) 🞄 D III (+ PE, - BE ) ▫ 3 derivações “unipolares” 🞄 aVr ( braço direito ) 🞄 aVl ( braço esquerdo ) 🞄 aVf ( perna esquerda ) ▫ O potencial elétrico registrado é o mesmo com o eletrodo em qualquer local do membro 🞄 Eletrodos na raiz do membro 🞄 Pacientes engessados 🞄 Pacientes com tremores
  • 28.
  • 29. Derivações Eletrocardiográficas DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita; V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda; V3 - Entre V2 e V4; V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular; V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior; V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média.
  • 31. Derivações no PLANO HORIZONTAL
  • 32. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • CORAÇÃO: bomba que contrai ritmicamente para bombear sangue desoxigenado para os pulmões e oxigenado para a circulação sistêmica. • NÓ SINUSAL: inicia o impulso cardíaco (situa-se no átrio direito – AD – próximo à desembocadura da veia cava superior) 🞄 MARCA PASSO NORMAL DO CORAÇÃO!!! • Estímulo Cardíaco Nó Sinusal Átrio Direito (AD) Átrio Esquerdo (AE) NAV (junção atrioventricular) Ramos Direito, Esquerdo (HIS) Purkinge
  • 33. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Derivações Existentes
  • 34. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Ântero-Septal
  • 35. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Anterior
  • 36. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Lateral Alta e Ântero Lateral
  • 37. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Inferior
  • 38. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
  • 39. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO CAUSAS DE BAIXA VOLTAGEM NO REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO  Enfisema  Anasarca  Pneumotórax  Derrame  Pleural  Pericárdico  Obesidade  Hipotireoidismo (QRS  5 mm nas derivações periféricas ou  10 mm nas precordiais)
  • 41. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • Ondas características (P , Q, R, S e T) as quais correspondem a eventos elétricos da ativação do miocárdio. • Onda P = despolarização atrial • Complexo QRS = despolarização ventricular • Onda T = repolarização dos ventrículos
  • 42. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO INTERPRETAÇÃO 1. Calibração e características técnicas; 2. Frequência cardíaca; 3. Ritmo; 4. Onda P; 5. Intervalo PR; 6. Intervalo QRS; 7. Eixo elétrico médio do QRS; 8. Progressão da onda R nas Derivações Precordiais; (não progressão: sinal indireto de isquemia) 9. Segmento ST; 10. Onda T.
  • 43. Freqüência cardíaca normal entre 60 e 100 bpm. • 1QUADRADO GRANDE, 300BPM • 2 QUADRADOS GRANDES, 150BPM • 3 QUADRADOS GRANDES, 100BPM • 4 QUADRADOS GRANDES, 75BPM • 5 QUADRADOS GRANDES, 60BPM • 6 QUADRADOS GRANDES, 50BPM. DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM) (Cada quadradinho dura 0,04s, o que dá em 1minuto (60s) 1.500 quadradinhos) O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA OU
  • 44. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO RITMO • Ritmo Sinusal ▫ – onda P antes do complexo QRS ▫ – onda P com posição espacial normal (positiva em DI, DII e aVF) • – Frequência adequada ao Nó sinusal
  • 45.
  • 46. Construção dos Vetores Médios – QRS DETERMINAÇÃO DO EIXO Predominantemente Positiva Predominantemente Negativa Equifásica ou Iso
  • 47. 1. Verifique o complexo QRS nas derivações I e aVF para determinar se são predominantemente positivas ou negativas. A combinação colocará o eixo em um dos quadrantes abaixo. 2. No caso de possível desvio para a direita, verifique agora DII para saber se o desvio é ou não patológico. Se o QRS em DII for predominantemente positivo, é desvio não patológico e o eixo ainda é normal. Caso seja predominantemente negativo, é patológico. 3. Determinar qual a derivação na qual o QRS é mais isométrico ou equifásico. Caso a onda seja negativa e positiva, uma anula a outra. O eixo é usualmente perpendicular à derivação iso Construção dos Vetores Médios – QRS DETERMINAÇÃO DO EIXO
  • 48. 4. Verifique a derivação na qual o QRS fica a 90° da derivação identificada no passo 1. Se essa derivação for positiva, o eixo estará aproximadamente nesta derivação. Caso seja predominantemente negativa, o eixo estará a 180° desta derivação. 5. Conclui-se a localização do eixo do QRS Construção dos Vetores Médios – QRS DETERMINAÇÃO DO EIXO
  • 49. • Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T • Deve estar no mesmo nível do PR • Alterações do ST ▫ Supradesnivelamento 🞄 Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) 🞄 Pericardite aguda ▫ Infradesnivelamento 🞄 Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) 🞄 Ação digitálica O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO O SEGMENTO “ST” Segmento ST Normal
  • 50. O SEGMENTO “ST” Infradesnivelament o de ST Supradesnivelamen to de ST
  • 51. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO A ONDA “T” • É uma onda única, assimétrica ▫ Ramo ascendente mais lento que o descendente ▫ Ápice arredondado • A isquemia miocárdica modifica a onda T ▫ Onda T positiva apiculada: Isquemia sub-endocárdica ▫ Onda T negativa e apiculada: Isquemia sub-epicárdica • A amplitude e a duração não são medidas • Mede-se o QT ▫ Vai do início do QRS ao fim da onda T 🞄 Pode estar alterado em distúrbios eletrolíticos e por medicamentos
  • 52. A ONDA “T” ONDA “T” NORMAL ISQUEMIA SUB- EPICÁRDICA ISQUEMIA SUB- ENDOCÁRDICA