O documento descreve os principais componentes do sistema de condução cardíaco e do eletrocardiograma (ECG), incluindo ondas P, QRS, T e intervalos, além de abordar arritmias como fibrilação atrial, taquicardia ventricular e bradicardias.
2. Sistema de condução do
coração
Fonte:
https://www.google.com/search?q=imagem+sistema+condutor+do+cora%C3%A7%C3%A3o&rlz=1C1VSNC_enBR830BR830&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi5m9DNo6riAhXyHbkGHXH7B7EQ_AUIDigB
&biw=1280&bih=913#imgrc=Q R5PhTM06sDWbM:
ou nodo
sinusal
13. Derivações do Eletrocardiograma
(ECG) Avalia o comportamento elétrico do coração
Cada derivação mostra sua própria visão do coração:
ângulo próprio
Geralmente utiliza-se o ECG de 12 derivações
14. c
Derivações do plano frontal: bipolares (D1, D2, D3)e
unipolares (aVF, aVL, aVR)
17. Derivações do Eletrocardiograma
(ECG) Derivações do plano horizontal ou precordiais: V1,V2, V3,
V4,V5 e V6(unipolares)
Permitem uma análise tridimensional da atividade elétrica
cardíaca.
18. Derivações
precordiais
Posicionamento dos eletrodos
V1: No 4º espaço intercostal, na
margem direita do esterno.
V2: No 4º espaço intercostal, na
margem esquerda do esterno.
V3: Entre os eletrodosV2 e V4.
V4: No 5º espaço intercostal esquerdo,
na linha hemiclavicular.
V5: No mesmo nível que o eletrodo V4,
na linha axilar anterior.
V6: No mesmo nível que os eletrodos
V4 e V5, na linha axilar média (baixa a
partir do ponto médio da axila).
23. Cuidados para a realização de
ECG Em mulheres não posicionar os eletrodos sobre a
glândula mamária
Os eletrodos devem estar bem aderidos a pele
Colocar corretamente os eletrodos
Preparo da pele e retirada de pelos, se necessário
Desligar notebooks ou outros aparelhos, se possível que
possam causar interferências no momento da realização
do exame
Checar o adequado funcionamento do equipamento
30. ONDA
P Duração de 0,08 a 0,11 seg
É arredondada e monofásica e positiva em DII
Amplitude máxima de 2,5 mm
Melhores planos para observá-la: DII eV1
31. Segmento
PR
Corresponde à condução elétrica através do nó
atriovantricular e do feixe de His e seus ramos
Duração: 0,12 a 0,20 segundos
Varia com a frequência cardíaca, com a idade e
o tônus autônomo
32. Complexo
QRS
O segundo registro
identificável no ECG é o
complexo QRS
A primeira deflexão
negativa é denominada
onda Q
A primeira deflexão
positiva: onda R
A primeira deflexão negativa
após uma positiva: onda S
34. Complexo
QRS
Duração: 0,08 a 0,10
segundos em adultos
Valores > 0,12 segundos
geralmente são indicativos
de alguma patologia
35. Segmento
ST Ocorre após o complexo QRS
Representa o final da
despolarização e início da
repolarização ventricular
Alterações maiores que 1mm
podem indicar algumas patologias.
IAM com
supradesnivelamen
to do segmento ST
IAM com
infradesnivelament
o do segmento ST
36. Onda
T Representa a
repolarização
ventricular
Usualmente menor que
6 mm
Possui morfologia
arredondada e
assimétrica
37. Intervalo
QT Mede-se o intervalo QT do início do complexo QRS
à porção terminal da ondaT
Corresponde à duração total da sístole elétrica
ventricular
Aumenta com a diminuição da frequência cardíaca
Para FC entre 45 a 115 bpm os limites de normalidade
são de 0,46 a 0,30 s
Intervalo
QT
38. Onda
U
Aparece após a ondaT, principalmente nas derivações
V3 eV4
Pequena deflexão arredondada e de baixa amplitude
39.
40. Avaliação do
ECG Perguntas:
1. O ritmo é regular ou irregular?
2. Qual a frequência cardíaca?
3. Tem onda P? Cada onda P precede um
QRS?
4. O complexo QRS é estreito (< 0,12s) ou
alargado?
5. Quanto é o intervalo P-R?
6. O segmento ST está na linha isoelétrica?
41. 1. O ritmo é regular ou
irregular? Intervalo R – R
regular
42. 1. O ritmo é regular ou
irregular? Intervalo R – R
regular
43. 1. O ritmo é regular ou
irregular? Intervalo R – R
regular
44. 1. O ritmo é regular ou
irregular? Intervalo R – R
irregular
45. 1. O ritmo é regular ou
irregular? Intervalo R – R
irregular
46. 1. O ritmo é regular ou
irregular? Intervalo R – R
irregular
47. 2. Qual a frequência
cardíaca? Regra Start: ritmo
regular
48. 2. Qual a frequência
cardíaca? Regra Start: ritmo
regular
61. Arritmia
s São distúrbios da formação ou da condução do impulso
elétrico dentro do coração
Podem provoca:
Alterações na frequência cardíaca
Anormalidades no ritmo cardíaco
62. Arritmia
s Sinais e sintomas
Muitas vezes são assintomáticas
Desconforto torácico
Agitação, ansiedade, medo, alteração do nível de consciência
Tontura e síncope
Palpitações
Mudança na característica do pulso (amplitude, frequência e ritmo)
Baixa perfusão tecidual
63. Arritmia
s Sinais e sintomas
Dispneia, taquipneia
Estertores pulmonares
3ª e 4ªbulhas
Estase jugular
Pele pálida e fria
Sudorese, náusea e emese
Diminuição do débito urinário
64. Possíveis
causas Distúrbios hidroeletrolíticos
Hipoe hipercalemia
Hipomagnesemia
Hipocalcemia
Distúrbios ácido básico
Alterações na formação e transmissão do estímulo
elétrico pelo coração
Intoxicação por drogas
66. Taquicardia
sinusal
FC > 100 bpm
Ritmo regular
Impulso originado no nó sinoatrial
Esforço físico, ansiedade, febre, tireotoxicose,anemia,
hipovolemia, nicotina, cafeína,atropina
67. Fibrilação atrial
(FA) É a arritmia mais comum
O átrio não é estimulado pelo nó sinusal, mas sim por
um foco ou focos ectópicos
Contrações atriais desordenadas, irregulares e inefetivas
Não se identifica onda P e sim ondas “f ”,
semelhantes à “tremulação”
Podem ocorrer efeitos hemodinâmicos como: perda
de contração atrial efetiva, frequência ventricular
elevada ou diminuída e ritmo ventricular irregular
Resposta ventricular é variável, geralmente em torno de
150 bpm e raramente chega a 200 bpm
69. Fibrilação atrial
(FA) Aguda < 48h
Crônica > 48h
Paroxística: surgem repentinamente, podem durar de
segundos a dias e podem tornar-se persistentes
Persistente: sem resolução espontânea, deve ser
controlada com antiarrítmicos.
71. Fluter
atrial A via de propagação do
impulso envolve oAD
O circuito de reentrada gira
em sentido anti- horário
Registro de ondas “f ” em
“dente de serra”
Frequencias ventriculares de
150 a 75 bpm
Tratamento semelhante à FA
72. Objetivo do
tratamento
Cardioversão elétrica sincronizada, se instabilidade
hemodinâmica
Cardioversão química (mais utilizada) Amiodarona
Uso de anticoagulantes nos casos de FAC crônica ou
persistente
73. Taquicardia Ventricular
(TV) 3 ou mais batimentos ectópicos ventrivulares
FC > 100 bpm
Complexo QRS largo (>0,12s)
Ondas P
Com frequências altas não são vistas
Quando presentes não tem relação com QRS
75. Taquicardia Ventricular
(TV) Taquicardia ventricular não sustentada: duração inferior a
30s
Taquicardia ventricular sustentada > 30s e relacionada
a instabilidade hemodinâmica
76. Taquicardia Ventricular
(TV) Tratamento
Ausência de pulso palpável: desfibrilação (paciente em
parada cardiorrespiratória – PCR)
Presença de pulso palpável e instabilidade
hemodinâmica: cardioversão elétrica (sincronizada)
77. Fibrilação Ventricular
(FV) Ritmo de PCR
Ondas fibrilatórias com morfologia irregular e,
habitualmente com baixa amplitude
Constitui atividade elétrica desorganizada, com
incapacidade e manter a contração ventricular e o débito
cardíaco
79. Bradicardia
sinusal FC < 60 bpm
Causas:
Variante normal: durante o sono, indivíduos que praticam
atividade física regularmente, usuários de drogas
Uso de betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio
Hipercalemia
Hipotermia
Episódios de emese
Disfunção do nó sinusal (necessidade de marcapasso)
80. Bloqueio atrioventricular (BAV) de 1º Grau
O impulso elétrico forma-se no nó sinusal, mas ocorre
atraso na condução do impulso elétrico aos ventrículos
Intervalo PR > 0,20 s
Todas as ondas p são seguidas por QRS
FC dentro dos limites normais
Sem repercussões hemodinâmicas
81. BAV 2º
Grau Alguns impulsos elétricos do nó AS ou dos átrios não são
conduzidos aos ventrículos
Mobitz Tipo I (Wenckebach)
Morbitz II
82. BAV 2º Grau: Mobitz
Tipo I Aumento progressivo do intervalo PR a cada batimento,
até que a onda P não é seguida de complexo QRS (a
onda P é bloqueada). Após o bloqueio, o intervalo PR
retorna imediatamente ao valor basal e o ciclo se repete
Sem repercussão hemodinâmica
83. BAV 2º Grau: Mobitz
Tipo II Bloqueio súbito da onda P
Intervalos PP e RR
constantes
Pode ter repercussão
hemodinâmica
84. BAV 3º Grau ou BAVT (bloqueio
atrioventricular total)
Não há transmissão do impulso elétrico dos átrios para
os ventrículos
Ondas p dissociadas dos complexos QRS
Intervalos PR variáveis
QRS estreito
Os ventrículos são estimulados por marcapasso-juncional:
FC entre 40 e 60 bpm
Os ventrículos são estimulados por marcapasso
idioventricular: FC> 0-40 bpm
85. BAV 3º Grau ou BAVT (bloqueio
atrioventricular total)
Causas
Miocardiopatias, intoxicação digitálica, após cirurgia
cardíaca, endocardite bacteriana, IAM
87. Referência
s Sanches PCR, Moffa PJ. Eletrocardiograma: uma
abordagem didática. 1ª ed. São Paulo: Roca,2010.
Peggy J. Nurse to nurse: interpretação do
eletrocardiograma em enfermagem. Porto Alegre:
AMGH, 2011.
Manual curso Med Eletro - eletrocardiografia