O documento fornece informações sobre como alimentar e treinar o cérebro. Em três frases ou menos:
1) Discute como o cérebro funciona e como atividades diárias e profissionais podem ser afetadas. 2) Explica como treinar o cérebro através da nutrição, exercício, gerenciamento de estresse e estimulação cognitiva. 3) Aborda a avaliação do "treino" do cérebro por meio de autoavaliação e metas.
2. COMO ALIMENTAR/ TREINAR O
SEU CÉREBRO
- Compreender como o cérebro funciona e
o impacto para atividades diárias e profissionais
- Funções Básicas
- Como treinar
Nutrição;
Exercício físico;
Condicionamento;
Gerir o stress.
“Biofeedback”;
Exercício mental;
Estimulação cognitiva
- Avaliação do “treino”_auto-avaliador.
Definir metas e objetivos a cumprir;
Planear o treino e avaliação final.
4. 1. Compreender como o cérebro funciona e o
impacto para atividades diárias e profissionais
• Função: processar as informações sensoriais para que
ocorram
respostas
motoras
e
comportamentais
adequadas
• Nem todas as informações sensoriais implicam uma
resposta motora – função integradora do SNC
6. 1. Compreender como o cérebro funciona e o impacto
para atividades diárias e profissionais
Cognição
ou
funções
neurológicas superiores
• Atenção focalizada e global;
• Aprendizagem;
• Memória;
• Organização e planeamento de
•
•
•
•
tarefas;
Capacidade de resolução de
problemas;
Linguagem;
Cálculo
Orientação no tempo e espaço.
7. Esclerose Múltipla (EM)
Doença que atinge
predominantemente a
substância branca
do cérebro
As vias neuronais formam uma
ampla rede de conexões que
compõem a substância branca
cerebral. Um único neurónio pode
realizar de 1000 a 10000 conexões
cerebrais
8. EM
Sintomas comuns
-Sintomas motores (hemiparésia,
paraparésia);
-Sintomas sensitivos;
-Diminuição da visão;
-Diplopia;
-Vertigem;
-Ataxia ;
-Tremor;
-Disfunção vesical e sexual;
-Fadiga ;
-Défice cognitivo ligeiro
9. *Demência de Alzheimer
Doença que atinge a substância cinzenta
*DEMÊNCIA: termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo de
doenças que causam declínio progressivo do funcionamento da pessoa.
É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade
intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações
emocionais normais.
10. ESCLEROSE MULTIPLA
A
demência é rara
(ocorre em <20% dos
doentes);
Uma parte dos doentes têm
défices em 1 ou 2 domínios
cognitivos – sem repercussão
nas AVD;
(Défice Cognitivo Ligeiro);
Na maioria dos doentes não é
um processo progressivo;
DOENÇA ALZHEIMER
100% dos doentes têm
demência – significa que
têm dependência para
maioria das atividades da
vida diária;
É
um
processo
progressivo e que leva à
perda de todas as
funções cognitivas.
11. Disfunção cognitiva na Esclerose
Múltipla
Podem ser atingidas na
evolução da doença
Funções cognitivas
preservadas
• Atenção (especialmente focalizada);
• Processamento da informação
(visual, auditiva, ……);
• Funções executivas ( planear
determinadas tarefas);
• Funções visuoespaciais (perceção
visual e habilidades construtivas);
• Fluência verbal.
• Inteligência;
• Memória a longo prazo;
• Capacidade de
comunicação;
• Linguagem - leitura
12. Disfunção cognitiva
• Importância na qualidade de vida da doença;
• Impacto nas atividades profissionais e sociais;
• Altera a adesão aos tratamentos.
13. Relação
entre
disfunção
cognitiva
características demográficas e clínicas
e
A disfunção cognitiva na EM:
Pode ocorrer em qualquer fase da doença mas é rara nos
primeiros anos
A frequência da disfunção cognitiva aumenta com duração da
doença;
É mais comum nas formas secundariamente progressivas
A evolução da disfunção cognitiva é heterógena
Associa-se a lesões em determinados locais (ex.corticais)
14.
15. As características métricas de patologia explicam apenas 30 a 50% da
heterogeneidade da disfunção cognitiva na EM (seja pela severidade ou pelo
padrão).
A hipótese do efeito protetor de reserva cerebral e cognitiva na EM tem sido
uma das hipóteses mais investigadas como implicados no funcionamento
cognitivo da EM
16. Disfunção cognitiva na EM
Fatores de risco
Fatores
“protetores”/modificadores
- Idade;
- Incapacidade
física (EDSS);
-
Lesões cerebrais
em determinadas
localizações;
- Tabaco?
- Depressão?
- Reserva cognitiva;
- Exercício físico;
- Fármacos
imunomodeladores;
- Dieta………..
17. Reserva cerebral na EM
Neurology 2013;80:1728–1733
Neurology 2013;80:2186–2193
18. Factores protectores – reserva cerebral
“A reserva cognitiva pode ser entendida como o conjunto de circuitos
alternativos do cérebro que, na falta súbita de algum circuito, permite
que outros sejam recrutados para dar conta do recado”
Conceito Reserva
Reserva cerebral
Reserva cognitiva
(diferenças estruturais)
(diferenças funcionais)
19. Factores protectores – reserva cerebral
Fatores estruturais:
Genes (ex. APOEɛ 4);
Número de
neurónios;
Perímetro cefálico.
Factores “funcionais”:
Nº de sinapses;
Nº de terminações dendríticas;
Promover neuronógenese;
Recrutamento de novas áreas para
realizar uma determinada tarefa.
20. Indicadores que quantificam /traduzem
reserva cognitiva
Perímetro craniano;
Nível de inteligência;
Marcadores imagiológicos ( fluxo sanguíneo cerebral, …….);
Escolaridade;
Riqueza de vocabulário;
Tipo de ocupação;
Actividades mentais e lúdicas (leitura,…..)
Atividade física
22. Identificação precoce e intervenção
Anamnese (questionar):
Dificuldades em recordar as atividades realizadas e
planeadas;
Dificuldades em tomar algumas decisões;
Lentificação das tarefas – “falta de tempo para completar”.
Despiste de fatores que podem comprometer f. cognitivas
(memória e atenção):
Surtos;
Tratamentos farmacológicos (ex.: para dor neuropática);
Co-morbilidades (Fadiga, Depressão, Infecções).
23. Identificação precoce e intervenção
Questionários:
Queixas subjetivas de dificuldades de memória, atenção,
……………
Fadiga;
Depressão
Testes de rastreio cognitivo – (ex.: SDMT)
As Baterias Neuropsicológicas apenas devem ser utilizadas
em doentes com queixas ou alterações importantes na vida e
alterações testes de rastreio mostrarem alterações.
25. Intervenção
Preservar/manter a RESERVA
Hábitos de vida saudável
1. Alimentação;
2. Manter atividades mentais e lúdicas;
3. Exercício físico;
4. Sono reparador e gestão do stress;
5. Adesão aos tratamentos modificadores de doença.
27. Intervenção
2. Manter actividades mentais e lúdicas
Ler livros, revistas e jornais;
Produzir arte (ex: pintura, poesia, escultura, escrever músicas, ballet….);
Produzir textos (e.g. diário, escrita de artigos, blogs….);
Tocar instrumento musical;
Jogar jogos (ex: cartas, puzzles, palavras-cruzadas, sudoku….);
Participar hobbies (ex: jardinagem, modelismo,...);
28.
29. Intervenção
3. Exercício Físico
Na EM o exercício físico é benéfico, mesmo antes dos
sintomas se instalarem:
• É importante encorajar os doentes com EM a iniciar um programa
de exercício regular logo no início da doença.
Williams K et al. MS Australia. 2009
30. Intervenção
3. Exercício Físico
Vários estudos têm demonstrado o benefício de um programa de
exercício:
Diminuição de sintomas (espasticidade, fadiga);
Equilíbrio e marcha;
Funcionalidade;
Qualidade de vida.
Tarakci E, Yeldan I, et al. Group exercise training for balance, functional status, spasticity, fatigue and quality of life in multiple sclerosis: a
randomized controlled trial. Clin Rehabil 2013; 1-10
Collett J, Dawes H, Meaney A, et al. Exercise for multiple sclerosis: a single-blind randomized trial comparing three exercise intensities. Multiple
Sclerosis Journal 2011; 17: 594-603
Sabapathy NM, Minahan CL, et al. Comparing endurance- and resistance-exercise training in people with multiple sclerosis: a randomized pilot
study. Clinical Rehabilitation 2011; 25: 14–24
Snook EM., Molt RW. Effect of exercise training on walking mobility in Multiple Sclerosis: a meta- analysis. Neurorehabilitation and Neural Repair
2009; 23: 108-116
31. Intervenção
3. Exercício Físico
Exercício físico bem programado de acordo com cada caso
na EM;
Seguro;
Eficiente;
Trata sintomas;
Previne complicações;
Maximiza as capacidades funcionais;
Sendo agradável e sustentado melhora a
qualidade de vida.
32. Exercício e plasticidade cerebral
ESTIMULAR / TREINAR A
FUNÇÃO
Quando uma função nervosa está afectada o cérebro tenta reorganizar-se
procurando
conexões nervosas alternativas. É a chamada plasticidade
cerebral;
- Devemos treinar e estimular as funções afetadas
sobretudo numa fase precoce;
- Desenvolver na área da investigação, métodos de
reabilitação cada vez mais específicos para potenciar
a reorganização cortical.
33. Intervenção
4. Sono reparador
1.
Restauração do cérebro e corpo > secreção de hormonas
anabólicas
2.
Conservação de energia
3.
Adaptação - Funciona como um instinto necessário à sobrevivência
4.
Melhoria e consolidação da memória - ocorre no REM
5.
Manutenção da integridade da rede neuronal sináptica - a
estimulação intermitente da rede neuronal é necessária para
preservar a função do SNC
6.
Função termoreguladora - os individuos privados de sono tem alt
termoreguladoras importantes
34. 34
Intervenção
4. Gerir o stress
IMPACTO DO STRESS NA ESCLEROSE
MÚLTIPLA
Adesão
terapeutica
Pior
Qualidade
de Vida
Menor
capacidade
funcional
36. 36
ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DO STRESS
ESTRATÉGIAS DE COPING;
EXERCÍCIO FÍSICO;
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO:
• Respiração Abdominal
• Relaxamento muscular
progressivo
• “Imagem de Paz”
37. Intervenção
% de doentes não aderentes
5. Adesão aos medicamentos modificadores de
doença
100
80%
80
60
40
35%
40%
40%
45%
55%
20
0
Artrite Epilepsia HTA
EM
Diabetes Asma
“Drugs don’t work in patients who don’t take them.”
C. Everett Koop, MD, US Surgeon General, 1981-1989
38. Intervenção
5. Adesão aos medicamentos modificadores de doença
Incapacidade
O tratamento precoce atrasa a progressão da EM
Tratamento
tardio
Curso natural da doença
Intervenção tardia
Tratamento
no diagnóstico
Intervenção na altura
do diagnóstico
Tempo
Início
Adapted from Trapp et al. Curr Opin Neurol. 1999;12:295; Trapp et al. Neuroscientist. 1999;5:48; Trapp et al. N Engl J Med. 1998;338:278; Jeffery. J Neurol Sci. 2002;197:1; Cohen et al. J Neuroimmunol. 1999;98:29.
38
40. Intervenção
Razões que levam ao não cumprimento da terapêutica
instituída:
Negação da doença;
Problemas de comunicação;
Perceção de estar bem;
Stress emocional;
Desmotivação;
Terapia injetável;
Posologia;
Má “praxis”;
Efeitos secundários;
Efeito terapêutico não imediato;
Mudança de terapêutica.
41. Intervenção
Adesão aos tratamentos modificadores da doença
Estratégias para melhorar a adesão
É importante que o doente consiga:
→Identificar quais os motivos do não cumprimento do
tratamento;
→Perceber as consequências da não adesão;
→Utilizar estratégias para ultrapassar as barreiras de
adesão;
→Recorrer à equipa de saúde sempre que tenha alguma
dificuldade.
42. Intervenção Barreiras
adesão
“Cansaço”
tratamento
Adesão aos tratamentos modificadores da doença
Potenciais soluções
Consciencialização das consequências da
não adesão
Participar em reuniões de discussão
Ter expectativas realistas
Alterar estilo vida
SOLUÇÕES….
SOLUÇÕES…
Efeitos
secundários
Cumprir rigorosamente a técnica da injeção
Utilizar corretamente o dispositivo individual
Perceber a importância da rotatividade dos
locais de administração
Aplicação de gelo no local para controlo
sintomas
Alterações
cognitivas
Lembretes recordatórios
Envolver a família/cuidador no processo de
tratamento
43. Intervenção
6. Reabilitação Cognitiva
Uso da restauração/treino ou técnicas de compensação;
Os programas de reabilitação cognitiva devem ter objetivos
definidos de acordo com:
As necessidades do doentes;
Co-morbilidades clínicas;
Características demográficas.
Usar protocolos já existentes e replicar intervenções que tenham
sido eficazes em outras populações (ex.: AVC, TCE).
44. Intervenção
6. Reabilitação Cognitiva
Mais eficaz em doentes com disfunção cognitiva leve;
Funções cognitivas em que existe mais beneficio;
Atenção e Memória:
estratégias compensatórias como uso de agendas, computadores,
lembretes;
Ser mais organizado;
Avaliar o impacto da reabilitação na qualidade de vida pessoal, social,
familiar e profissional do doente.
47. AGRADECIMENTOS
Grupo de Neuroimunologia
Dra Ernestina Santos
Dra Ana Trepa (fisiatria)
Dr Mario João (Urologia)
Dra Alice Lopes (Psiquiatria de Ligação)
Dra Claudia Pereira (NR)
Internos de Neurologia
Enfermeira Catarina Teixeira
ICBAS – Universidade do
Porto – Laboratorio de
Imunogenética
Dina Lopes
Andreia Bettencourt
Lab de Neurobiologia do
Comportamento
Prof Sara Cavaco
Dr Inês Moreira
Dra Claudia Milheiro
Dra Alexandra
Notas do Editor
TRATOGRAFIA
(Akers D, Sherbondy A, Mackenzie R, Doougherty R, Wandell B – Stanford University - Exploration of the Brain´s White Matter Pathways with Dynamic Query)
As vias neuronais formam uma ampla rede de conexões que compõem a substância branca cerebral. Um único neurônio pode realizar de 1000 a 10000 conexões cerebrais. Atualmente neurocientistas desenvolveram métodos para mensurar e delimitar vias cerebrais presentes na substância branca que interconectam os corpos celulares de neurônios da substância cinzenta com outros neurônios presentes em núcleos subcorticais, núcleos talâmicos, do tronco encefálico, da própria medula espinhal, etc.
O estudo destas vias nervosas presentes na substância branca são essenciais para o diagnóstico e o entendimento de patologias como por exemplo: distúrbios da linguagem, do aprendizado, da fala. Recentemente uma técnica de estudo destas vias, não invasiva tem motivado neurologistas, neurocirurgiões e neurocientistas que almejam um maior entendimento do funcionamento cerebral, trata-se da imagem por tensão difusional ou DTI (diffusion tensor imaging). Esta técnica é baseada no estudo por ressonância nuclear magnética onde a difusão da água percorre as fibras nervosas por seus limites como que marcando as fibras nervosas. A técnica de tratografia por ressonância magnética avalia as fibras nervosas através dos traços da difusão da água revelada por um tensor, conectando pontos e formando a imagem de uma via nervosa.
Claramente, a técnica de tratografia por RM não nos mostra fibra a fibra mas sim um conjunto delas, indicando possíveis rotas nervosas pela substância branca. Os neurocientistas imaginam existir dezenas de milhares de conexões através da substância branca, sendo identificadas apenas centenas delas através da tratografia por RM. Esta moderna técnica não invasiva mostra-se muito relevante no estudo da neuroanatomia, nos esclarecendo diversas interconexões cerebrais até então desconhecidas.
A partir do DTI realiza-se o STT (streamline tracking) para o desenho das vias nervosas presentes na substância branca de acordo com o fluxo de água (difusão). Diversas outras técnicas para obtenção mais fidedigna destas vias vem sendo propostas como por exemplo, o FACT (uma variação do STT) e o TEND (tensor-deflection algorithm) promovendo maior precisão na definição anatômica das vias.
As vias neuronais formam uma ampla rede de conexões que compõem a substância branca cerebral. Um único neurônio pode realizar de 1000 a 10000 conexões cerebrais. Atualmente neurocientistas desenvolveram métodos para mensurar e delimitar vias cerebrais presentes na substância branca que interconectam os corpos celulares de neurônios da substância cinzenta com outros neurônios presentes em núcleos subcorticais, núcleos talâmicos, do tronco encefálico, da própria medula espinhal, etc.
O estudo destas vias nervosas presentes na substância branca são essenciais para o diagnóstico e o entendimento de patologias como por exemplo: distúrbios da linguagem, do aprendizado, da fala. Recentemente uma técnica de estudo destas vias, não invasiva tem motivado neurologistas, neurocirurgiões e neurocientistas que almejam um maior entendimento do funcionamento cerebral, trata-se da imagem por tensão difusional ou DTI (diffusion tensor imaging). Esta técnica é baseada no estudo por ressonância nuclear magnética onde a difusão da água percorre as fibras nervosas por seus limites como que marcando as fibras nervosas. A técnica de tratografia por ressonância magnética avalia as fibras nervosas através dos traços da difusão da água revelada por um tensor, conectando pontos e formando a imagem de uma via nervosa.
Claramente, a técnica de tratografia por RM não nos mostra fibra a fibra mas sim um conjunto delas, indicando possíveis rotas nervosas pela substância branca. Os neurocientistas imaginam existir dezenas de milhares de conexões através da substância branca, sendo identificadas apenas centenas delas através da tratografia por RM. Esta moderna técnica não invasiva mostra-se muito relevante no estudo da neuroanatomia, nos esclarecendo diversas interconexões cerebrais até então desconhecidas.
A partir do DTI realiza-se o STT (streamline tracking) para o desenho das vias nervosas presentes na substância branca de acordo com o fluxo de água (difusão). Diversas outras técnicas para obtenção mais fidedigna destas vias vem sendo propostas como por exemplo, o FACT (uma variação do STT) e o TEND (tensor-deflection algorithm) promovendo maior precisão na definição anatômica das vias.
TRATOGRAFIA
(Akers D, Sherbondy A, Mackenzie R, Doougherty R, Wandell B – Stanford University - Exploration of the Brain´s White Matter Pathways with Dynamic Query)
As vias neuronais formam uma ampla rede de conexões que compõem a substância branca cerebral. Um único neurônio pode realizar de 1000 a 10000 conexões cerebrais. Atualmente neurocientistas desenvolveram métodos para mensurar e delimitar vias cerebrais presentes na substância branca que interconectam os corpos celulares de neurônios da substância cinzenta com outros neurônios presentes em núcleos subcorticais, núcleos talâmicos, do tronco encefálico, da própria medula espinhal, etc.
O estudo destas vias nervosas presentes na substância branca são essenciais para o diagnóstico e o entendimento de patologias como por exemplo: distúrbios da linguagem, do aprendizado, da fala. Recentemente uma técnica de estudo destas vias, não invasiva tem motivado neurologistas, neurocirurgiões e neurocientistas que almejam um maior entendimento do funcionamento cerebral, trata-se da imagem por tensão difusional ou DTI (diffusion tensor imaging). Esta técnica é baseada no estudo por ressonância nuclear magnética onde a difusão da água percorre as fibras nervosas por seus limites como que marcando as fibras nervosas. A técnica de tratografia por ressonância magnética avalia as fibras nervosas através dos traços da difusão da água revelada por um tensor, conectando pontos e formando a imagem de uma via nervosa.
Claramente, a técnica de tratografia por RM não nos mostra fibra a fibra mas sim um conjunto delas, indicando possíveis rotas nervosas pela substância branca. Os neurocientistas imaginam existir dezenas de milhares de conexões através da substância branca, sendo identificadas apenas centenas delas através da tratografia por RM. Esta moderna técnica não invasiva mostra-se muito relevante no estudo da neuroanatomia, nos esclarecendo diversas interconexões cerebrais até então desconhecidas.
A partir do DTI realiza-se o STT (streamline tracking) para o desenho das vias nervosas presentes na substância branca de acordo com o fluxo de água (difusão). Diversas outras técnicas para obtenção mais fidedigna destas vias vem sendo propostas como por exemplo, o FACT (uma variação do STT) e o TEND (tensor-deflection algorithm) promovendo maior precisão na definição anatômica das vias.
As vias neuronais formam uma ampla rede de conexões que compõem a substância branca cerebral. Um único neurônio pode realizar de 1000 a 10000 conexões cerebrais. Atualmente neurocientistas desenvolveram métodos para mensurar e delimitar vias cerebrais presentes na substância branca que interconectam os corpos celulares de neurônios da substância cinzenta com outros neurônios presentes em núcleos subcorticais, núcleos talâmicos, do tronco encefálico, da própria medula espinhal, etc.
O estudo destas vias nervosas presentes na substância branca são essenciais para o diagnóstico e o entendimento de patologias como por exemplo: distúrbios da linguagem, do aprendizado, da fala. Recentemente uma técnica de estudo destas vias, não invasiva tem motivado neurologistas, neurocirurgiões e neurocientistas que almejam um maior entendimento do funcionamento cerebral, trata-se da imagem por tensão difusional ou DTI (diffusion tensor imaging). Esta técnica é baseada no estudo por ressonância nuclear magnética onde a difusão da água percorre as fibras nervosas por seus limites como que marcando as fibras nervosas. A técnica de tratografia por ressonância magnética avalia as fibras nervosas através dos traços da difusão da água revelada por um tensor, conectando pontos e formando a imagem de uma via nervosa.
Claramente, a técnica de tratografia por RM não nos mostra fibra a fibra mas sim um conjunto delas, indicando possíveis rotas nervosas pela substância branca. Os neurocientistas imaginam existir dezenas de milhares de conexões através da substância branca, sendo identificadas apenas centenas delas através da tratografia por RM. Esta moderna técnica não invasiva mostra-se muito relevante no estudo da neuroanatomia, nos esclarecendo diversas interconexões cerebrais até então desconhecidas.
A partir do DTI realiza-se o STT (streamline tracking) para o desenho das vias nervosas presentes na substância branca de acordo com o fluxo de água (difusão). Diversas outras técnicas para obtenção mais fidedigna destas vias vem sendo propostas como por exemplo, o FACT (uma variação do STT) e o TEND (tensor-deflection algorithm) promovendo maior precisão na definição anatômica das vias.
Doente com avaliação N mesmo após muitos anos de doença
“A reserva cognitiva pode ser entendida como o conjunto de circuitos alternativos do cérebro que, na falta súbita de algum circuito, permite que outros sejam recrutados para dar conta do recado. Isso explica, por exemplo, por que algumas pessoas permanecem em forma e pensando com clareza ao longo de toda a vida enquanto outras pessoas não”, afirma Ricardo Marchesan, sócio-fundador do Cérebro Melhor.
Ainda recentemente, um estudo publicado por uma equipe do Instituto Duke para Ciências do Cérebro, em Durham (EUA), apontou que é a falta de reservas cognitivas, e não simplesmente a idade, que contribui para o declínio das habilidades de tomada de decisão financeiras. Ou seja, exemplificando, a pesquisa sugere que pode ser que um idoso seja na realidade melhor do que um jovem quando se trata de tomar decisões financeiras prudentes, desde que este idoso tenha formado reservas cognitivas.
Outro estudo, desta vez feito na Universidade de Rush, em Chicago (EUA), concluiu que a reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida rico em estímulos cognitivos ajudam as pessoas a compensar as perdas cognitivas nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer, permitindo-as, desta forma, desfrutar de uma vida normal por um período maior de tempo.
“Essas novas descobertas lançam mais luz na importância da reserva cognitiva para manter nossos cérebros saudáveis em qualquer idade. À medida que envelhecemos, aumenta nosso risco de declínio cognitivo, ou seja, a velocidade de raciocínio e memória devem naturalmente diminuir na maioria de nós. Então, é importante e até imprescindível mantermos um estilo de vida saudável e o cérebro constantemente estimulado, como por exemplo, através de um treinamento sistematizado, para desenvolvermos nossas reservas cognitivas. Esse é o melhor remédio, e que não tem contra-indicação, para garantir a qualidade de vida ao longo dos anos.”, finaliza Marchesan.
As reservas mentais, portanto, precisam, podem, e devem ser mantidas ao longo da vida, já que esses circuitos têm o poder de serem desfeitos, refeitos e fortalecidos o tempo todo de acordo com o uso ou a falta dele. Por isso, nunca é tarde para investir em formar reservas cerebrais.
“A reserva cognitiva pode ser entendida como o conjunto de circuitos alternativos do cérebro que, na falta súbita de algum circuito, permite que outros sejam recrutados para dar conta do recado. Isso explica, por exemplo, por que algumas pessoas permanecem em forma e pensando com clareza ao longo de toda a vida enquanto outras pessoas não”, afirma Ricardo Marchesan, sócio-fundador do Cérebro Melhor.
Ainda recentemente, um estudo publicado por uma equipe do Instituto Duke para Ciências do Cérebro, em Durham (EUA), apontou que é a falta de reservas cognitivas, e não simplesmente a idade, que contribui para o declínio das habilidades de tomada de decisão financeiras. Ou seja, exemplificando, a pesquisa sugere que pode ser que um idoso seja na realidade melhor do que um jovem quando se trata de tomar decisões financeiras prudentes, desde que este idoso tenha formado reservas cognitivas.
Outro estudo, desta vez feito na Universidade de Rush, em Chicago (EUA), concluiu que a reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida rico em estímulos cognitivos ajudam as pessoas a compensar as perdas cognitivas nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer, permitindo-as, desta forma, desfrutar de uma vida normal por um período maior de tempo.
“Essas novas descobertas lançam mais luz na importância da reserva cognitiva para manter nossos cérebros saudáveis em qualquer idade. À medida que envelhecemos, aumenta nosso risco de declínio cognitivo, ou seja, a velocidade de raciocínio e memória devem naturalmente diminuir na maioria de nós. Então, é importante e até imprescindível mantermos um estilo de vida saudável e o cérebro constantemente estimulado, como por exemplo, através de um treinamento sistematizado, para desenvolvermos nossas reservas cognitivas. Esse é o melhor remédio, e que não tem contra-indicação, para garantir a qualidade de vida ao longo dos anos.”, finaliza Marchesan.
As reservas mentais, portanto, precisam, podem, e devem ser mantidas ao longo da vida, já que esses circuitos têm o poder de serem desfeitos, refeitos e fortalecidos o tempo todo de acordo com o uso ou a falta dele. Por isso, nunca é tarde para investir em formar reservas cerebrais.
“A reserva cognitiva pode ser entendida como o conjunto de circuitos alternativos do cérebro que, na falta súbita de algum circuito, permite que outros sejam recrutados para dar conta do recado. Isso explica, por exemplo, por que algumas pessoas permanecem em forma e pensando com clareza ao longo de toda a vida enquanto outras pessoas não”, afirma Ricardo Marchesan, sócio-fundador do Cérebro Melhor.
Ainda recentemente, um estudo publicado por uma equipe do Instituto Duke para Ciências do Cérebro, em Durham (EUA), apontou que é a falta de reservas cognitivas, e não simplesmente a idade, que contribui para o declínio das habilidades de tomada de decisão financeiras. Ou seja, exemplificando, a pesquisa sugere que pode ser que um idoso seja na realidade melhor do que um jovem quando se trata de tomar decisões financeiras prudentes, desde que este idoso tenha formado reservas cognitivas.
Outro estudo, desta vez feito na Universidade de Rush, em Chicago (EUA), concluiu que a reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida rico em estímulos cognitivos ajudam as pessoas a compensar as perdas cognitivas nos estágios iniciais da Doença de Alzheimer, permitindo-as, desta forma, desfrutar de uma vida normal por um período maior de tempo.
“Essas novas descobertas lançam mais luz na importância da reserva cognitiva para manter nossos cérebros saudáveis em qualquer idade. À medida que envelhecemos, aumenta nosso risco de declínio cognitivo, ou seja, a velocidade de raciocínio e memória devem naturalmente diminuir na maioria de nós. Então, é importante e até imprescindível mantermos um estilo de vida saudável e o cérebro constantemente estimulado, como por exemplo, através de um treinamento sistematizado, para desenvolvermos nossas reservas cognitivas. Esse é o melhor remédio, e que não tem contra-indicação, para garantir a qualidade de vida ao longo dos anos.”, finaliza Marchesan.
As reservas mentais, portanto, precisam, podem, e devem ser mantidas ao longo da vida, já que esses circuitos têm o poder de serem desfeitos, refeitos e fortalecidos o tempo todo de acordo com o uso ou a falta dele. Por isso, nunca é tarde para investir em formar reservas cerebrais.
1º estudo: doentes com EDSS entre 2 e 8
Questionários que avaliam a frequencia semanal, mensal, annual que realizam as diferentes actividades
1º estudo: doentes com EDSS entre 2 e 8
Questionários que avaliam a frequencia semanal, mensal, annual que realizam as diferentes actividades