2. INTRODOÇÃO
Esta disciplina tem por objetivo apresentar os
conhecimentos teóricos para desenvolver a assistência
de enfermagem na fase pré-operatória na unidade de
clínica cirúrgica e atuar no centro de material
esterilizado.
3. CLÍNICA CIRÚRGICA
A aplicação do processo de enfermagem para o cuidado
com o paciente cirúrgico garantindo uma assistência
integral continuada, participativa e individualizada com o
objetivo de ajudar o paciente e a família, faz parte da
assistência de enfermagem em clínica cirúrgica.
A enfermagem cirúrgica é aquela que trata dos cuidados
gerais de enfermagem prestados ao paciente no período
perioperatório. Estes cuidados visam minimizar os riscos
cirúrgicos, dar maior segurança ao paciente e reabilitá-lo
para se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido
possível.
4. CLÍNICA CIRÚRGICA
Classificação cirúrgica quanto: Finalidade :
• Curativa: com objetivo de curar o paciente e devolver a
saúde ao mesmo. Exemplo: retirada de um tumor.
• Corretiva ou reparativa: com objetivo de reparar um
defeito. Exemplo: reparação e múltiplas feridas.
• Paliativa: com objetivo de aliviar a dor e prolongar a vida
do paciente. Exemplo: sonda de gastrostomia.
• Diagnóstica: com objetivo de diagnosticar um problema.
Exemplo: biopsia.
5. CLÍNICA CIRÚRGICA
Classificação cirúrgica quanto: Ordem de
Prioridade :
• Emergencial: realizada imediatamente a admissão do
paciente. Exemplo: sangramento grave, ferida por arma de
fogo.
• Urgente: realizada dentro de 12 a 24 horas. Exemplo:
cálculos renais.
• Eletiva: realizada de acordo com uma programação. Pode
ser requerida ou opcional. Exemplo: Hérnia simples.
• Diagnóstica: procedimento invasivo.
6. CLÍNICA CIRÚRGICA
Classificação cirúrgica quanto: Potencial de
Contaminação:
• Limpa: cirurgias cardíacas.
• Potencialmente contaminada: histerectomia abdominal.
• Contaminada: cirurgias de orofaringe.
• Infectada: cirurgia do reto.
7. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PRÉ-OPERATÓRIO
• Antes da cirurgia o paciente ou responsável deve assinar
um termo de responsabilidade, autorizando o hospital a
realizar o procedimento cirúrgico, que tem por finalidade
proteger o paciente contra uma cirurgia indesejada,
proteger o hospital e sua equipe contra uma ação legal do
paciente ou família sobre uma cirurgia sem consentimento.
• A assistência no pré-operatório objetiva um preparo
psicossocial e físico, identificando assim os fatores físicos
como também emocionais do paciente, pois interferem nas
condições para o ato cirúrgico, podendo comprometer o
bom êxito
da cirurgia ou mesmo provocar sua suspensão.
8. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PRÉ-OPERATÓRIO
• Antes da cirurgia o paciente ou responsável deve assinar
um termo de responsabilidade, autorizando o hospital a
realizar o procedimento cirúrgico, que tem por finalidade
proteger o paciente contra uma cirurgia indesejada,
proteger o hospital e sua equipe contra uma ação legal do
paciente ou família sobre uma cirurgia sem consentimento.
• A assistência no pré-operatório objetiva um preparo
psicossocial e físico, identificando assim os fatores físicos
como também emocionais do paciente, pois interferem nas
condições para o ato cirúrgico, podendo comprometer o
bom êxito
da cirurgia ou mesmo provocar sua suspensão.
9. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Imediato:
• Posicionar adequadamente o paciente no leito;
• Conectar sondas e drenos;
• Manter vias aéreas permeáveis;
• Proporcionar alívio da dor de acordo com medicação
prescrita;
• Verificar SSVV;
• Observar curativo cirúrgico e sangramento;
• Mudar decúbito.
10. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Mediato:
• Monitorizar SSVV e drenagens;
• Estimular exercícios e respiração profunda;
• Controlar eliminações;
• Realizar curativo;
• Dar orientações quanto à alta hospitalar.
11. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Desconforto no Pós-operatório:
• Dor - pode estar relacionada com traumatismo, infecção
ou inflamação. É um dos primeiros sintomas do pós-
operatório. Gera ansiedade e tensão. A deambulação e a
ventilação pulmonar podem ficar limitadas favorecendo a
ocorrência de tromboembolismo e consequências
cardiovasculares.
• A capacidade de suportar a dor varia em cada paciente e
depende: do estado emocional, do tipo de anestesia, da
imobilidade e da natureza cirúrgica.
12. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Desconforto no Pós-operatório:
• Cuidados: avaliar constantemente o paciente, identificar o
local e o tipo de dor, posicionar corretamente o paciente
no leito, administrar analgésico prescrito, registrar no
prontuário as queixas e horários das medicações.
13. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Distensão abdominal: é o aumento do abdome pelo
acúmulo de ar aspirado e de gases no trato intestinal pós
cirurgia abdominal. Pode provocar dor e desconforto
respiratório.
• Cuidados: manter decúbito elevado, observar a distensão
abdominal, proporcionar conforto ao paciente, administrar
medicação prescrita.
14. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Retenção Urinária: é a incapacidade de urinar, apesar da
vontade. Ocorre geralmente em cirurgias abdominais e vias
baixas. É causada por espasmos do esfíncter da bexiga
causado por compressão da bexiga nas cirurgias
abdominais, além de estresse ou vergonha do paciente na
utilização de aparadeiras ou papagaios.
15. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Outras causas:
• Espasmo do esfíncter externo por medo ou vergonha;
• Anestesia de longa duração;
• Cistite por uso de sondas vesicais;
• Hipertrofia da próstata;
• Estenose uretral;
• Perfuração da uretra por cálculos;
• Cálculos;
• Paralisia da bexiga por lesão na medula ou compressão
devido a tumores ou fraturas medicamentos (morfina).
16. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Cuidados: promover massagem abdominal, deambulação
precoce, observar eliminações e anotar no prontuário, criar
ambiente favorável para estimular o paciente a urinar,
realizar cateterismo de alivio de acordo com prescrição
médica.
17. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Incontinência urinária: causada pela perda do tônus do
esfíncter da bexiga por traumatismo durante a cirurgia ou
na retirada da sonda.
• Cuidados: ter cuidado com a higiene do paciente com
sonda, providenciar fraldas ou absorventes, deambulação,
realizar exercícios com a sonda vesical.
18. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Insônia: pode estar relacionada pela dor, cefaleia, sede,
curativo compressivo, barulho, ansiedade, distensão
abdominal, posição inadequado no leito.
• Cuidados: proporcionar ambiente confortável e mudança
de decúbito se não houver contra indicação.
19. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NO PÓS-OPERATÓRIO
Soluço: espasmos intermitentes do diafragma provocando
curto ruído causado pela irritação do nervo frênico,
distensão do estomago e abdominal, peritonite toxemia e
uremia, exposição ao frio, beber líquidos muito quentes ou
muito frios e obstrução intestinal.
• Cuidados: manter paciente bem aquecido, controlar SSVV,
ensinar o paciente a fazer respiração profunda e pausada.
20. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS CARDIOVASCULARES
Pré-operatório:
• Fornecer as orientações gerais do pré-operatório;
• Avaliar o paciente quanto às diabetes, hipertensão,
doenças respiratórias, doenças gastrintestinais e
hematológicas;
• Esclarecer sobre o uso de medicamentos como: diminuir os
corticosteroides, interromper os anticoagulantes, manter o
medicamento da pressão arterial, diabetes e angina;
• Realizar exame físico geral com ênfase nos SSVV e
aparelho cardiovascular, assim como, observar a presença
de edema periférico.
21. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS CARDIOVASCULARES
Pós-operatório:
• Realizar exame físico geral;
• Avaliar nível de consciência;
• Avaliar pulsos periféricos;
• Monitorar SSVV;
• Monitorar débito urinário e registrar no prontuário;
• Realizar balanço hidroeletrolítico;
• Realizar curativo;
• Cuidado com SVD e SNG;
• Realizar aspiração sempre que necessário;
• Monitorar drenagens;
• Monitorar exames laboratoriais;
22. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS CARDIOVASCULARES
Pós-operatório:
• Observar a presença de dor diferenciando a dor incisional
da dor anginosa;
• Observar tubo endotraqueal, ventilador, monitor cardíaco,
dispositivos e equipo de infusão intravenosa, drenos
torácicos e drenagem urinária;
• Observar sinais de cianose, coloração e temperatura da
pele, coloração dos lábios e unhas;
• Observar o monitor cardíaco e os parâmetros do
ventilador;
• Administrar medicação prescrita;
• Registrar todos os cuidados realizados, as alterações e
intercorrências no prontuário.
24. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Laringectomia: é a retirada total ou parcial da laringe e
estruturas circunvizinhas realizada para tratar o câncer de
laringe.
Cuidados de Enfermagem:
• Esclarecer as dúvidas do paciente e da família;
• Esclarecer sobre o procedimento cirúrgico e seu efeito sobre
a fala;
• Esclarecer sobre programa de reabilitação;
• Oferecer apoio psicológico;
• Orientar sobre os exercícios de tosse e de respiração
profunda;
• Orientar o paciente para não tentar falar no pós-operatório
imediato;
• Orientar o paciente quanto à diminuição do paladar e do
olfato depois da cirurgia.
25. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Pós-operatório:
• Manter vias aéreas permeáveis;
• Manter paciente em posição de semi-fowler ou de fowler;
• Identificar problemas respiratórios e circulatórios
observando sinais de agitação, respiração laboriosa e
aumento da frequência de pulso;
• Orientar o paciente quanto ao aumento de secreção e
frequência da tosse informando que com o tempo o
problema diminuirá;
• Orientar paciente quanto ao repouso da voz;
• Solicitar a presença de um fonoaudiólogo;
• Cuidados com a traqueostomia;
26. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Pós-operatório:
• Realizar curativo;
• Administra medicação prescrita;
• Realizar aspiração sempre que necessário;
• Observar SNG;
• Promover higiene oral;
• Promover meios alternativos de comunicação para o
paciente;
• Estimular e ensinar o auto cuidado ao paciente.
27. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Traqueostomia: é um procedimento cirúrgico onde é
realizada uma abertura para dentro da traqueia.
Cuidados de Enfermagem:
• Fornecer informação sobre o procedimento ao paciente;
• Preparar o ambiente e o material;
• Colocar o paciente em posição de semi-fowler para facilitar
a respiração;
• Administrar analgésico prescrito para alivio da dor;
• Fornecer um meio alternativo de comunicação;
28. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Cuidados de Enfermagem:
• Aspirar ao tubo de traqueostomia sempre que necessário;
• Realizar curativo;
• Observar balão de traqueostomia que deve estar
insuflado;
• Promover higiene oral;
• Estimular exercícios respiratórios;
• Realizar limpeza da cânula.
29. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Cirurgias Torácicas:
As cirurgias torácicas podem ser realizadas para aliviar
algumas condições patológicas como: câncer de pulmão,
abscessos pulmonares, tumores benignos, para
diagnosticar uma doença pulmonar ou torácica.
Os tipos de procedimentos cirúrgicos torácicos podem
ser:
• Pneumonectomia: retirada de um pulmão;
• Lobectomia: retirada de um lobo de um pulmão:
• Segmentectomia: ressecção segmentar;
• Videotoracoscopia: procedimento endoscópio para
observar o interior do tórax.
30. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Pré-operatório:
• Realizar exame físico completo com ênfase na ausculta
torácica para avaliar os sons respiratórios;
• Verificar SSVV;
• Orientar sobre os exames: radiografia de tórax, ECG,
glicemia, de ureia e creatinina, gasometria arterial,
hemograma, entre outros;
• Administrar antibióticos prescritos;
• Apoio psicológico;
• Orientar o paciente a respeito de uso de dreno torácico e
ventilação mecânica;
• Orientar e ensinar os exercícios respiratórios;
• Orientar e ensinar o esquema de tosse no pós-operatório
para eliminar secreções.
31. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Pós-operatório:
• Monitorar SSVV;
• Observar nível de consciência;
• Administrar oxigênio;
• Manter cabeceira do leito em 30° a 45°
• Mudança de decúbito cuidadosamente e de acordo com o
procedimento ao qual foi submetido e conforme
prescrição;
• Administrar medicação prescrita;
• Reforçar o ensino de técnica de tosse e exercícios
respiratórios;
• Observar sinais de cianose, dispneia, e dor torácica;
• Observar sinais de sangramento;
32. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Pós-operatório:
• Realizar curativo;
• Observar sinais de infecção;
• Monitorar os parâmetros da ventilação mecânica;
• Realizar balanço hidroeletrolítico;
• Realizar aspiração sempre que necessário;
• Monitorar débito urinário;
• Cuidado com sistema de drenagens;
• Observar possíveis complicações.
33. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS DO APARELHO
RESPIRATÓRIO
Complicações nas Cirurgias Torácicas:
• Angústia respiratória;
• Atelectasia;
• Pneumotórax;
• Hemorragia;
• Edema pulmonar.
34. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Gastrostomia:
• É a abertura do estômago onde será introduzido uma
sonda para administrar alimentos e líquidos.
Pré-operatório:
• Orientar o paciente e a família sobre o procedimento
cirúrgico e as modificações no padrão alimentar;
• Oferecer apoio psicológico;
• Cuidados gerais do pré-operatório.
35. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Pós-operatório:
• Observar a posição da sonda;
• Observar sinais de infecção na incisão cirúrgica;
• Realizar curativo da incisão cirúrgica e saída da sonda;
• Observar o local de saída da sonda quanto a sinais de
ruptura, irritação, escoriação e presença de drenagem ou
extravasamento gástrico;
• Lavar a sonda com água mineral ou destilada após cada
alimentação, a fim de evitar sua obstrução e, também para
hidratar o paciente;
• Deixar a sonda fechada após cada alimentação;
36. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Pós-operatório:
• Antes de alimentar o paciente, realizar uma aspiração na
sonda com uma seringa, a fim de verificar se a alimentação
anterior foi digerida (caso ocorra resíduo, comunicar ao
enfermeiro responsável);
• Observar o funcionamento intestinal (constipação ou
diarreia);
• Qualquer sinal de vômito ou regurgitação, suspender a
dieta imediatamente;
• Orientar o paciente e a família como manipular a sonda,
nos casos de gastrostomia definitiva.
37. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Gastrectomia:
• Retirada parcial ou total do estômago.
Pré-operatório:
• Cuidados gerais de pré-operatório;
• Tricotomia desde a região axilar até o períneo;
• No dia anterior à cirurgia o médico poderá prescrever SNG
e lavagem gástrica;
• O período de jejum deve ser, no mínimo, de 12 horas;
• Orientar sobre a sonda nasogástrica no pós-operatório.
38. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Pós-operatório:
• Cuidados gerais de pós-operatório;
• Observar o tipo e a quantidade de líquido drenado pela
SNG;
• Observar a aceitação da dieta e o retorno do
funcionamento intestinal, uma vez que após a retirada da
SNG o paciente começa a receber alimentos líquidos, em
pequenas quantidades. O jejum será absoluto nas
primeiras 24 horas;
• Higiene oral frequente;
• Realizar balanço hídrico;
• Estimular a deambulação precoce;
• Realizar curativo;
39. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Pós-operatório:
• O paciente deverá ficar em posição de fowler, para expelir
gases;
• Observar reações de náuseas e vômitos;
• Observar volta da peristalse.
Complicações nas cirurgias gástricas:
• Hemorragia;
• Distensão abdominal;
• Síndrome de Dumping;
• Refluxo da bile;
• Deficiências nutricionais.
40. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Colecistectomia
• procedimento cirúrgico para a retirada da vesícula biliar
devido à colecistite, colelitíase, tumores de vesícula biliar;
Pré-operatório:
• Realizar tricotomia, se necessário;
• Administrar medicação conforme prescrição médica;
• Repor líquidos intravenosos de acordo com prescrição.
41. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Pós-operatório:
• Manter o paciente em posição de Fowler;
• Promover higiene oral;
• Observar sinais de distensão abdominal, náusea, vômitos;
• Realizar mudança de decúbito; Verificar SSVV;
• Administrar analgésico prescrito;
• Observar e registrar aspecto da urina e fezes;
• Estimular respiração profunda e ensinar a proteger a
incisão cirúrgica durante os exercícios respiratórios;
• Realizar curativo diariamente e observar aspecto da ferida
operatória e drenagem;
• Ter cuidado com a SNG e verificar o conteúdo;
• Observar sinais de choque.
42. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Complicações nas cirurgias gástricas:
• Complicações respiratórias;
• Icterícia;
• Distensão abdominal.
43. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Apendicectomia:
• Procedimento cirúrgico realizado para retirar o apêndice.
Existem dois tipos de apendicectomia: sem drenagem e
com drenagem.
Pré-operatório:
• Orientar quanto ao jejum;
• Administrar medicação prescrita como antibiótico;
• Realizar tricotomia;
• Realizar punção venosa para promover hidratação e
administrar medicação;
• Estimular o paciente a urinar antes do procedimento.
44. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS
Pós-operatório:
• Realizar curativo da incisão cirúrgica;
• Administrar analgésicos e antibióticos;
• Estimular a deambulação precoce;
• Observar o dreno de penrose e registrar aspecto e
quantidade de secreção drenada;
• Observar sinais de abscesso e distensão abdominal;
• Observar sinais de hemorragia;
• Monitorar SSVV;
• Trocar curativo sempre que necessário.
45. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
NEUROCIRURGIA
Craniotomia:
• Abertura cirúrgica do crânio para ter acesso às estruturas
intracranianas para remoção de tumor, aliviar a Pressão
Intracraniana (PIC) elevada, controlar hemorragia e retirar
coágulo sanguinolento.
Pré-operatório:
• Fornecer as orientações gerais do pré-operatório;
• Fornecer informações sobre a cirurgia;
• Realizar exame físico dando ênfase ao nível de consciência
função motora e sensitiva; Verificar e monitorar SSVV;
• Orientar jejum de no mínimo 8 horas;
• Orientar o paciente a não lavar a cabeça no dia da cirurgia.
46. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
NEUROCIRURGIA
Pós-operatório:
• Manter o decúbito do paciente em Fowler;
• Verificar SSVV rigorosamente;
• Mudança de decúbito;
• Realizar controle hidroeletrolítico;
• Observar o curativo cirúrgico quanto a sangramento;
• Anotar aspecto e quantidade do líquido drenado (se
houver inserção de um dreno de sucção);
• Observar nível de consciência: resposta a estímulos
verbais, capacidade motora, resposta a estímulos
dolorosos;
• Observar presença de crises convulsivas e prestar
assistência devida;
• Manter grades da cama levantadas;
47. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
NEUROCIRURGIA
Pós-operatório:
• Realizar aspiração sempre que necessário para manter vias
aéreas permeáveis;
• Manter paciente aquecido;
• Controlar infusões venosas, medicamentos prescritos e
realizar balanço hídrico rigoroso;
• Realizar cuidado com sondas;
• Comparar sintomas do paciente com os do pré-operatório;
• Auxiliar na deambulação, quando liberada e também com
a dieta.
• Observar a presença de edema, hiperemia, dor e calor.
48. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
NEUROCIRURGIA
Complicações em neurocirurgia:
• Hipertensão intracraniana;
• Desequilíbrios hidroeletrolítico;
• Hemorragia;
• Convulsão;
• Trombose venosa profunda.
49. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Prostatectomia:
É a retirada total ou parcial da próstata nos casos de
hipertrofia prostática ou de tumores localizados na
próstata. Após o procedimento cirúrgico, o paciente
retorna da sala de cirurgia com uma sonda uretral de três
vias e um sistema de irrigação vesical contínua.
O soro entra por uma das vias, lava a bexiga e sai, junto
com a urina, por outra via que está conectada a uma bolsa
coletora estéril, de sistema fechado. A terceira via serve
apenas para insuflar o balonete que fixa a sonda dentro da
bexiga. A finalidade da irrigação contínua é evitar a
formação
de coágulos que obstruem a sonda, causando muita dor.
50. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Prostatectomia:
É a retirada total ou parcial da próstata nos casos de
hipertrofia prostática ou de tumores localizados na
próstata. Após o procedimento cirúrgico, o paciente
retorna da sala de cirurgia com uma sonda uretral de três
vias e um sistema de irrigação vesical contínua.
O soro entra por uma das vias, lava a bexiga e sai, junto
com a urina, por outra via que está conectada a uma bolsa
coletora estéril, de sistema fechado. A terceira via serve
apenas para insuflar o balonete que fixa a sonda dentro da
bexiga. A finalidade da irrigação contínua é evitar a
formação
de coágulos que obstruem a sonda, causando muita dor.
51. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Pré-operatório:
• Orientações e cuidados gerais do pré-operatório.
Pós-operatório:
• Manter sistema de drenagem gravitacional;
• Observar a coloração e o aspecto da urina;
• Manter a urina drenando livremente e evitar dobras na
tubulação;
• Realizar balanço hídrico e registrar na folha;
52. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Pós-operatório:
• Deixar a irrigação correr em gotejamento rápido, em
especial nas primeiras horas, quando o sangramento é
mais abundante. O gotejamento pode ser diminuído
quando a drenagem se torna clara e assume um aspecto
de urina. Este procedimento geralmente é realizado sob a
supervisão de um enfermeiro, mas o fechamento e a
retirada da irrigação são determinados pelo cirurgião;
• Conectar a sonda de cistostomia (abertura na bexiga
geralmente feita através de um orifício na parte inferior do
abdome, quando a operação é feita por via abdominal) em
bolsa estéril e trocar seu curativo frequentemente, caso o
paciente venha da cirurgia com ela.
53. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Complicações na prostatectomia
• Hemorragia;
• Infecção;
• Obstrução da sonda;
• Impotência sexual.
54. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Drenos:
• Os drenos são tubos que tem por finalidade drenar fluidos
do interior de uma cavidade ou ferida após um
procedimento cirúrgico. Eles podem ser de látex, borracha,
plástico e silicone. Os tipos de drenos cirúrgicos mais
utilizados são: dreno de penrose, Jackson-Pratt, Hemovac e
de kehr.
55. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Cuidados com Cateteres, Drenos e Curativos:
• Observar e registrar aspecto, tipo e quantidade da
secreção drenada;
• Observar característica do sítio de inserção do dreno para
sinais de infecção;
• Verificar SSVV;
• Observar a quantidade de drenagem no curativo;
• Realizar curativo sempre que necessário;
• Manter curativo limpo e seco;
• Ter cuidado ao manipular ou transportar o paciente para
não deslocar o dreno.
56. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Drenos torácicos:
• Ligar o dreno torácico ao tubo longo mergulhado em selo
d’água, utilizando uma conexão de borracha;
• Observar a oscilação do dreno através do selo d’água,
qualquer alteração comunicar ao enfermeiro;
• Observar, se for o caso de drenagem por aspiração, a
função do segundo frasco (estabilizador), que é controlar a
pressão do aspirador. Quando o sistema está em
funcionamento, deve haver borbulhamento no segundo
frasco e oscilação da coluna líquida em selo d’água no
primeiro frasco;
• Evitar entrada de ar no sistema, vedando tampas e
conexões com esparadrapo, no caso de drenagem por
aspiração;
57. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Drenos torácicos:
• Manter os frascos abaixo do nível do tórax do paciente
deve-se pinçar o dreno durante a troca dos frascos e
curativos;
• Observar se há dobras e alças no equipo de drenagem;
• Colocar o sistema de drenagem abaixo do nível do tórax,
principalmente se o paciente for transportado;
• No caso de transporte do paciente, não clampear o dreno;
• Se for utilizada a drenagem por aspiração, conectar o
equipo da câmara de controle de aspiração na unidade de
aspiração;
• Realizar mudança de decúbito de 2 em 2 horas. A posição
deve ser a mais confortável possível e evitar compressão
do equipo;
• Estimular movimentos com o braço e ombro afetados.
58. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Drenos torácicos:
• Ordenhar o equipo na direção da câmara de drenagem sempre
que necessário para evitar obstrução no equipo;
• Observar se há borbulhamento constante na câmara, pois
indicam
que há extravasamento de ar no sistema de drenagem, caso
isso
ocorra comunicar imediatamente ao médico;
• Verificar SSVV;
• Observar cianose, sintomas de hemorragia, respiração rápida e
superficial;
• Encorajar o paciente a respirar e a tossir frequentemente;
• Realizar curativo rigorosamente com técnica asséptica a fim
de evitar infecção;
• Registrar o aspecto e a quantidade de secreção drenada.
59. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Cateter:
• Observar o sitio de inserção do cateter para sinais de
rubor, calor, edema e dor e saída de secreção;
• Inspecionar área ao redor do sitio de inserção para sinais
de irritação da pele;
• Verificar SSVV e observar se o paciente apresenta
Hipertermia;
• Realizar curativo diariamente seguindo rigorosamente
técnica asséptica. Limpar ao redor do sitio de inserção com
soro fisiológico;
• Manter o cateter limpo para evitar infecção. Limpar o
cateter com álcool a 70% ou com soro fisiológico sempre
na direção do sitio de inserção para fora;
60. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
CIRURGIAS GENITURINÁRIAS
Cateter:
• Cobrir totalmente o local de inserção do cateter com gaze
estéril para evitar infecção;
• Manter curativo limpo e seco e utilizar esparadrapo
antialérgico se disponível na instituição;
• Qualquer sinal de infecção comunicar imediatamente;
• Registrar aspecto do curativo e as alterações observadas.
61. CURATIVO CIRÚRGICO
O curativo tem como objetivo proporcionar ambiente
adequado para cura da ferida operatória, imobilizar a
ferida, absorver drenagem, proteger a ferida operatória
contra a contaminação por microrganismos e sujeira,
promover hemostasia (curativo compressivo) e fornecer
conforto.
62. CURATIVO CIRÚRGICO
Cuidados de Enfermagem:
• Realizar troca de curativo diariamente e de acordo com a
necessidade. Geralmente após o banho;
• Realizar lavagem das mãos corretamente;
• Remover curativo antigo cuidadosamente e observar o
aspecto de drenagem de secreção e características da
ferida. Ter cuidado para não mexer no dreno e sondas caso
eles existam;
• Observar área ao redor da ferida cirúrgica para sinais de
irritação da pele e reação ao esparadrapo;
• Observar as suturas para sinais de rubor, calor, edema e
secreção;
63. CURATIVO CIRÚRGICO
Cuidados de Enfermagem:
• Promover a limpeza seguindo as técnicas assépticas.
Limpar da área menos contaminada para mais
contaminada, ou seja, da ferida operatória ou incisão para
área ao redor da pele, sempre em um único sentido, nunca
realizar movimentos de vai e vem.
• Nunca utilizar a mesma gaze duas vezes para limpar a
ferida;
• Cobrir a ferida operatória com gaze estéril e esparadrapos
antialérgico se disponível na instituição. Reforçar o curativo
com ataduras em caso de grande quantidade de drenagem
e realizar curativo compressivo; Manter o curativo limpo e
seco;
• Registrar aspecto do curativo, material utilizado e
alterações na ferida operatória;
• Recolher todo material utilizado.
64. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM (SAE)
Tem como objetivo ajudar o paciente e a família na
compreensão de todo processo anestésico cirúrgico,
reduzir ao máximo os riscos do ambiente cirúrgico,
diminuir a ansiedade do paciente e família devido ao
procedimento, identificar e analisar as necessidades
individuais do paciente para a realização do planejamento
da assistência.
É composta por algumas etapas que servem para orientar
as ações da enfermagem para uma assistência eficaz ao
paciente; São elas: histórico, diagnostico de enfermagem,
prescrições de enfermagem e evolução de enfermagem.
65. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM (SAE)
No pré-operatório é realizada uma entrevista com o
paciente e sua família levantando os dados pessoais do
paciente, as doenças associadas, as alergias, uso de álcool,
drogas e fumo, uso de medicamentos e exames realizados.
É feita também uma avaliação quanto à condição física,
porte da cirurgia, duração da cirurgia e tipo de anestesia,
estado nutricional do paciente, exame físico geral
verificando os SSVV com especial atenção para a
hipertensão arterial, ansiedade e medo.
Após essa etapa é importante realizar as prescrições de
enfermagem para o preparo no pré-operatório e fornecer
as orientações desta fase.
66. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM (SAE)
uma avaliação e evolução. Os dados nesta fase são obtidos
através do prontuário com especial atenção para o estado
fisiológico, exame físico e SSVV, nível de ansiedade e
medo, estado físico, alergias e preocupações éticas como
preenchimento do termo de consentimento da cirurgia.
É importante realizar as anotações durante o
procedimento cirúrgico como: intercorrências, balanço
hídrico, alterações hemodinâmicas, utilização de sondas,
cateteres e drenos. Os diagnostico desta fase podem ser:
ansiedade, risco de lesão por posicionamento cirúrgico,
risco relacionado à anestesia e cirurgia.
67. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM (SAE)
No pós-operatório o histórico do paciente é realizado através
de uma monitoração dos SSVV e revisão da condição clínica
da paciente e de todos os sistemas. Nesta fase a equipe de
enfermagem realiza os cuidados voltados para a recuperação
do paciente. É importante realizar uma avaliação do estado
respiratório, nível de dor e de consciência, os desconfortos,
observar as condições do curativo, sondas, drenos e cateter,
checar se houve intercorrências durante o procedimento.
Os diagnósticos desta fase podem ser: de dor, integridade da
pele prejudicada, risco de lesão devido ao procedimento,
ansiedade, entre outros. As prescrições de enfermagem desta
fase podem ser realizadas a fim de prevenir as complicações
respiratórias, aliviar a dor, promover a cura da ferida
operatória, estimular a atividade.