O documento discute os conceitos e objetivos da enfermagem cirúrgica, o bloco cirúrgico e as responsabilidades dos profissionais no centro cirúrgico e pré-operatório, incluindo a preparação do paciente e os cuidados no pós-operatório imediato.
3. CONCEITOS E OBJETIVOS DA ENFERMAGEM CIRÚRGICA
É a unidade hospitalar onde permanecem os indivíduos nos
períodos pré e pós-operatórios, e onde são preparados para o
ato cirúrgico e auxiliados, após eles, onde monitoramos A
recuperação e o equilíbrio hemodinâmico.
Hemodinâmico: respeito à pressão arterial, frequência
cardíaca, fluxo sanguíneo, entre outros...
69. O bisturi monopolar é composto por uma unidade
geradora onde são conectados a caneta do bisturi e
uma placa neutralizadora da corrente. A caneta é a
parte estéril do bisturi que entra em contato com o
campo operatório e passa a corrente elétrica para a
placa. Este tipo de bisturi é utilizado quando há
necessidade de corte ou de coagulação, ou de
ambos. No corte, a caneta entra em contato com o
tecido, provocando o seu aquecimento até as células
se desintegrarem. Na coagulação, o tecido recebe
uma quantidade de calor apenas suficiente para
secar as células.
70. O bisturi bipolar também é composto de uma
unidade geradora, mas de menor potência que a
do bisturi monopolar, e de uma caneta ou pinça
bipolar. Esse tipo de aparelho é indicado apenas
para a coagulação, e tem a vantagem de
dispensar o uso da placa neutralizadora, pois a
corrente só passa entre as duas pontas da
pinça. O uso do bisturi bipolar é indicado para
tecidos sensíveis, em áreas pequenas e
localizadas, preservando os tecidos vizinhos no
local da coagulação.
71. EQUIPE
A equipe multiprofissional que participa do ato cirúrgico é composta
por cirurgião, anestesista e equipe de enfermagem (enfermeiro,
instrumentador, circulante, técnicos e auxiliares), cabendo a todos,
atividades específicas,
73. Compete ao Técnico de Enfermagem do Centro Cirúrgico:
● I- Receber o paciente no CC.
● II- Participar da reuniões com seu enfermeiro quando solicitado.
● III- Colaborar com o enfermeiro nos treinamentos de funcionários.
● IV- Desenvolver procedimento técnico, conforme orientação do enfermeiro.
● V- Conservar seu ambiente limpo e em ordem.
● VI- Manter uma boa relação interpessoal com a equipe interdisciplinar.
● VII- Zelar pelo correto manuseio dos equipamentos.
● VIII- Estar ciente sobre as cirurgias marcadas para a sala de sua responsabilidade.
● IX- Dar prioridade aos procedimentos de maior complexidade, conforme
● orientação do enfermeiro.
● X- Prover as salas com matérias e equipamentos adequados, de acordo com cada
● tipo de cirurgia e com a necessidade individuais do paciente descritas pelo
planejamento do enfermeiro.
74. ● XI-Remover as sujidades dos equipamentos levando em consideração as
● orientações feitas pela CCIH e verificar a limpeza das paredes, pisos e mobiliários
realizada
● pela higienização comunicando qualquer intercorrência ao enfermeiro.
● XII- Checar o funcionamento de gases e equipamentos.
● XIII- Notificar possíveis Intercorrências ao enfermeiro.
● XIV- Colaborar com a conferência do Check list.
● XV- Utilizar-se da roupa privativa somente no setor;
● XVI- Apresentar-se corretamente segundo as medidas que possibilitam a maior,
● segurança para o paciente, tais como a utilização da touca/gorro, máscara
cobrindo boca e nariz,
● do pro pé, evitando sempre a utilização de adornos e adereços durante qualquer
procedimento
● de enfermagem no Centro Cirúrgico, SRPA e Central de Material e Esterilização;
75. Técnico de Enfermagem: Auxiliar direto da
enfermeira, a este profissional
são delegadas também tarefas especiais, como: verificar o
funcionamento, a conservação e manutenção dos equipamentos
necessários ao funcionamento do Centro Cirúrgico:
responsabilizar-se pelo encaminhamento das peças cirúrgicas ao
laboratórios especializados de Patologia e controlar o material
esterilizado, verificando seus prazos de validade. Pode também
exercer as atividades de circulante de sala, responsabilizando-se
pelo cumprimento das rotinas de controle de material da Unidade
e de cada Sala de Operação.
76. Circulante de sala: papel normalmente exercido pelo auxiliar
de enfermagem (rever porque não formamos mais Auxiliar de
Enfermagem. Sugestão: incluir nas atividades do Técnico de
Enfermagem), embora as unidades fechadas como UTI e
Centro Cirúrgico, por Legislação, que a equipe de saúde
tenha nível médio com Habilitação Profissional Técnica.
Atribuições: atendimento direto das solicitações da equipe
médica no decorrer do ato cirúrgico; posicionamento
adequado do paciente e sua assistência o pré operatório e
controle de todos os equipamentos exigidos pela cirurgia.
77. ATRIBUIÇÕS DO CIRCULANTE EM UMA SALA DE OPERAÇÕES:
1. Montagem de uma sala de cirurgia
A) Saber quais são as operações marcadas para a sala sob sua responsabilidade, os respectivos
horários e a existência ou não de solicitação de equipamento ou material especifico;
B) Verificar a limpeza os pisos e paredes da sala;
C) Equipar a sala com aparelhos solicitados;
D) Remover o pó dos equipamentos com tecido embebido em álcool etílico a
70%;
E) Testar o funcionamento dos aparelhos elétricos, inclusive os focos, pontos e gás, luz e
aspirador, regular temperatura da sala;
F) Verificar se o lavabo está equipado para lavagem e antissepsia das mãos e
antebraços;
G) Revisar os materiais existentes na sala, tais como: Medicações, antisépticos e impressos,
complementando o que falta e providenciar o material específico de cada operação.
H) Verificar as medicações e os impressos;
I) Equipar o carro de anestesia e colocá-lo à cabeceira da mesa cirúrgica;
J) Colocar o pacote de campos e o de aventais, as luvas e a caixa de instrumental em local
acessível para sua utilização;
K) Preparar soro morno, se necessário
78. Cuidados após Cirurgia Simples:
A) Desligar o foco e aparelhos elétricos;
B) Remover os campos e pinças que estão sobre o
paciente;
C) Transferir o paciente para maca;
D) Providenciar o transporte do paciente, encaminhando
com o prontuário completo;
E) Separar a roupa utilizada na cirurgia e encaminhar;
F) Separar o material de vidro, cortante, borracha e
instrumentais, as pinças dever ser abertas e colocadas em
uma bacia com solução desencrostante;
G) Encaminhar a peça anatômica identificada.
●
79. Sala de Recuperação Pós Anestésica (RPA):
Destina-se a receber e prestar assistência à pacientes sob ação anestésica. É a unidade onde o
paciente é observado intensivamente até que as possibilidades de desenvolvimento de asfixia,
choque ou outras complicações, requerendo ressuscitação ventilatória ou circulatória já não
existam. Deve localizar-se o mais próximo das salas cirúrgicas, permitindo o fácil acesso ao
atendimento dos cirurgiões, dos anestesistas e da equipe de enfermagem.
É composta basicamente de:
● Macas com grades laterais de proteção com suporte de soro e
● movimento(s);
● Esfigmomanômetro e estetoscópio individual por leito;
● Aspiração de secreção de parede / Vácuo (1 por leito);
● Aspirador de secreção móvel;
● Dispositivo de oxigênio com fluxômetro em cada leito;
● Ar Comprimido;
● Mesa de cabeceira com suporte;
● Carro para parada cardio-respiratória (desfibrilador, material para
● entubação);
● Armário(s);
● Monitor Cardíaco;
● Oxímetro de pulso;
● Outros
80. Assistência ao pré-operatório
De um modo geral, o objetivo do pré-operatório é garantir adequada
preparação do doente para cirurgia, promovendo assim a segurança cirúrgica
e o bem estar do paciente. Aqui é de total importância ter um tempo para
fazer todas as perguntas, sem induzi-lo.
Cuidados gerais
Os cuidados começam quando recebe o paciente na porta do CC,
PRIMEIRAMENTE, conferir todos os dados do paciente NÃO FALA O NOME
(deixa que ele fale), tenha sensibilidade em perceber o estado emocional do
paciente; não fale alto, seja gentil. Se possível senta o paciente antes de
colocá-lo na maca de cirurgia; depois que estiver na maca (afira a PA, por
favor não esqueça), se tem alergia a algum medicamento; anota tudo que
puder (respaldo)
Preparo da pele: esse procedimento tem como finalidade eliminar ao máximo
a flora bacteriana que normalmente habita a pele do paciente.
.
81. ● Preparar psicologicamente o paciente;
● Controlar de SSVV.
● Preparar e orientar sobre a cirurgia ;
● Observar e orientar quanto à higiene
● ATENTE PARA ESTE ÍTEM, POIS
DEPENDENDO DA MANEIRA DE COMO SE FALA O
PACIENTE
PODE FICAR MAIS APREENSIVO.
82. Preparo intestinal/lavagem intestinal:
Para a maioria das cirurgias, principalmente as realizadas sob
anestesia geral, é importante o reto estar vazio, evitando, assim,
que o que o paciente evacue durante o ato cirúrgico. Em função
do tipo de cirurgia a ser realizada, o médico prescreverá o
preparo adequado, que pode variar desde ouso de laxante até a
aplicação de clister (clister de glicerina é uma solução reta,
usado via retal) ou lavagem intestinal. Uma cirurgia de intestino
grosso, por exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar
o mais vazio e limpo possível. Nesses casos, o laxante é
administrado dias antes, mas o clister e a lavagem são feitos na
véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte, pode-
se dispensar a execução desse preparo, desde que o paciente
tenha evacuado normalmente na manhã do dia da cirurgia.
83. Um intestino limpo permite a visualização acurada do sitio cirúrgico e
previne traumas intestinais ou contaminação acidental do peritônio
por fezes. Um enema evacuador ou um laxante é prescrito para a noite
que antecede a cirurgia, e pode ser repetido na manhã do dia da
cirurgia.Quando uma cirurgia intestinal é programada,antibióticos
também podem ser prescritos para reduzir a microbiota intestinal.
As vezes usamos o clister que é a lavagem do intestino e feitos na
véspera da operação.
Já em cirurgias de pequeno porte, pode-se dispensar a execução desse
preparo, desde que o paciente tenha evacuado normalmente na manhã
do dia da cirurgia. Um intestino limpo permite a visualização acurada
do sitio cirúrgico e previne traumas intestinais ou contaminação
acidental do peritônio por fezes. Um enema evacuador ou um laxante é
prescrito para a noite que antecede a cirurgia, e pode ser repetido na
manhã do dia da cirurgia.
●
84. O cateterismo vesical de alívio
● É o esvaziamento completo e imediato da bexiga,
recomendado somente para casos de retenção urinária
temporária. Para isso, um cateter estéril é introduzido
através da uretra até a bexiga, assim a urina é eliminada
causando alívio ao paciente.
Obs.: SVD é privativo do enfermeiro
85. SONDA NASOGÁSTRICA E ORIENTAÇÃO DIETÉTICA
● É introduzida a sonda por via nasal ou oral e chega até o
estômago. Esse procedimento é indicado para
descomprimir o estômago, eliminar gases e líquidos.
● Obs. É um procedimento privativo do enfermeiro
86. OS CUIDADOS IMPORTANTE
Fixação
● Para evitar retrações e o deslocamento da sonda, ela
deve ser fixada à pele do paciente com um esparadrapo
ou uma fita hipoalergênica. A fita deve ser trocada com
regularidade, ou sempre que estiver descolando.
● Lave o nariz com água e sabão e seque bem, antes de
colar novamente, mas sem esfregar, tomando cuidado
para não deixar o tubo dobrar e nem passar na frente dos
olhos ou da boca.
87. Aspiração
●
Antes de administrar qualquer substância via sonda, é necessário
aspirar o líquido que está dentro do estômago. Dobre a ponta da
sonda e aperte, evitando a entrada de ar no tubo e, então, retire a
tampa.
●
Encaixe a seringa, desdobre o tubo e puxe o êmbolo, aspirando o
conteúdo gástrico. Caso o volume aspirado corresponda a mais da
metade da refeição anterior, é recomendado aguardar para alimentá-
la mais tarde. O conteúdo aspirado deve sempre ser reposto.
●
Ao término, dobre novamente a ponta da sonda, repetindo o
procedimento para que não entre ar no tubo e retire a seringa,
voltando a tampá-la
88. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES E
DESCONFORTOS NO PÓS - OPERATÓRIO
Complicações Imediatas:
● Náuseas e Vômitos: São transtornos frequentes no pós-operatório
imediato. O grande problema é a aspiração que pode causar asfixia e
levar ao óbito ou pneumonia aspirativa. Em caso de SNG deve-se
desobstruí-la. As principais causas são:
● Efeitos dos anestésicos principalmente os utilizados em anestesia geral;
● Deglutição de sangue e secreções nas cirurgias de nariz e garganta;
Cuidados de enfermagem:
● Lateralizar a cabeça para escoamento do vômito, evitando aspiração;
● Suspender ingestão V.O;
● Administrar antiemético via parenteral conforme prescrição médica;
●
Anotar e comunicar o número de vezes e a quantidade eliminada;
● Manter o paciente e o ambiente higienizado.
89. COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Conceito: É o período que vai desde o término do ato cirúrgico até a alta hospitalar.
●
Podem também ser gerais, especiais ou específicas. A complicação geral é aquela que pode
acontecer com qualquer paciente, independentemente do tipo de procedimento cirúrgico como
hemorragia, atelectasia pulmonar (é um distúrbio esofágico neurogênico, afeta o mecanismo de
funcionamento da cárdia (esfíncter esofágico inferior), resultando em dificuldade de passagem de
alimento do esôfago para o estômago), insuficiência renal aguda e doença tromboembólica.
● Obs. Quando o paciente sai da sala de cirurgia, levamos para SRPA sala de Recuperação pós
anestésica, nos técnicos que preparamos, averiguamos se tudo esta funcionando, caso não esteja, a
nossa obrigação é comunicar o enfermeiro...a sala deve estar montada sempre, com todos os
equipamentos funcionando, OXIGÊNIO, APARELHO PARA ASPIRAÇÃO, ETC... aqui não podemos
achar que esta funcionando temos que ter certeza.
● Obs.: SINAIS VITAIS COMPLETO, não copie e cole. È uma vida que precisa dos seus cuidados
90. CIRURGIAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO
Assistir psicologicamente, alguns não conseguem falar e ficam curiosos com os resultados do
tratamento, temem o câncer e a morte;
● Verificar sinais vitais;
● Higiene oral criteriosa e com uso de anti-sépticos orais para reduzir a flora bacteriana;
●
Cuidados com hidratação venosa;
●
Atentar para a higiene oral;
●
Umidificar o ambiente, pois o ar frio e seco é irritante às mucosas.
●
Aspirar secreções sempre que necessário;
● Transmitir confiança, fazer reforço positivo
● Trocar recipiente de nebulizador, latéx silicone ou PVC e máscara a cada 24h
●
OBS> SINAIS VITAIS
.
91. ● COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Limitação na expansão pulmonar acumulo de secreção traqueobronquica e dificuldade do
cliente em elimina-la. Atelectasia: colabamento dos alvéolos .
- Ações: pulmonares pela obstrução dos brônquios por tampão mucoso. Manutenção da
ventilação (artificial) Manifestações: aumento na frequência Permeabilidade das vias
respiratória. Dispnéia, hipoventilação. Estimulação da tosse, Estimulação de exercícios
respiratórios, Realizar nebulização, mudança de decúbito.
- Complicações urinárias. Complicações urinárias: infecção urinária e a retenção
urinária(bexigoma), é geralmente causada por falhas na técnica de sondagem vesical e refluxo
da urina. Manifestação: hipertermia, disúria e alterações nas características da urina.
- Ações: higiene íntima adequada do cliente, bem como técnica asséptica na passagem da
sonda e sempre utilizar extensões, conectores e coletores esterilizados com sistema fechado de
drenagem.
- Retenção urinária: medicando o cliente contra a dor, promovendo sua privacidade, mudando-
lhe de posição (se não houver contra-indicação) e avaliando a presença de dobraduras e grumos
nas extensões das sondas e drenos nas proximidades da bexiga.
92. COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
Náuseas e vômito Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição do peristaltismo ocasionam
distensão abdominal, acúmulo de líquidos e restos alimentares no trato digestório; em consequência, o
cliente pode apresentar náuseas e vômito.
- Ações: clientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em decúbito lateral ou com
a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem do vômito pela boca.
- Ações: clientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, mantendo-a aberta, proceder à aspiração
para esvaziar a cavidade gástrica. Administrar antieméticos, passar a sonda nasogástrica (mantendo- a
aberta) e aspirar mais frequentemente o conteúdo gástrico, de acordo com as orientações da
enfermeira e/ou médico.
- Constipação intestinal: Diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do anestésico,
imobilidade prolongada no leito, quadro inflamatório, exposição e manipulação do intestino durante as
cirurgias abdominais e o medo da dor. Como resultado, ocorre retenção de fezes acompanhada ou não
de dor, desconforto abdominal e flatulência.
- Ação: movimentação no leito, deambulação precoce, ingestão de líquidos e aceitação de alimentos
ricos em celulose. A aplicação de calor na região abdominal e a orientação, ao cliente, para que degluta
menos ar ao beber ou ingerir alimentos pode ajudar no retorno do movimento peristáltico e diminuir o
acúmulo de gases. promover sua privacidade para que possa eliminar os gases e, o médico pode
prescrever laxante no período noturno e/ou lavagem intestinal.
- Sede: Provocada pela ação inibidora da atropina, perdas sanguíneas e de líquidos pela cavidade
exposta durante o ato operatório, sudorese e hipertermia.
- Ação: A equipe de enfermagem deve observar a presença de sinais de desidratação (alteração no
turgor da pele e da PA e diminuição da diurese), manter a hidratação por via oral e, nos Clientes
impossibilitados de hidratar-se por via oral, umidificar os lábios e a boca, realizar higiene oral e manter
hidratação endovenosa.
93. As feridas cirúrgicas, durante o processo de cicatrização,
podem apresentar complicações como o hematoma,
infecções e deiscências. O hematoma é uma coleção de
sangue sob a pele, na ferida cirúrgica, que resulta em
formação de coágulo que pode levar horas.
A deiscência da sutura cirúrgica, é uma complicação
grave na qual os bordos da ferida, que estão unidos por
uma sutura, acabam abrindo e se afastando, aumentando
o risco de infecção e dificultando a cicatrização
94. Os sinais vitais é de extrema importância pós cirurgia
● Eutermia ou normotermia: valor dentro da normalidade
● = 36°C a 37°C
● Febril ou febrícula: valor de 37,5°C a 38°C
● Febre: valor de 38,1°C a 39°C
● Pirexia: de 39,1°C a 40°C
● Hiperexia ou hipertermia: acima de 40°C
● Hipotermia: abaixo de 36°C
95.
96. CUIDADOS DE ENFERMAGEM (GENITAL, URINÁRIO)
Hemorragia Interna: os cuidados de enfermagem nesse caso visam a detecção e a
prevenção do agravamento:
● Deixar o paciente em repouso absoluto;
●
Manter o paciente aquecido;
● Avisar o médico imediatamente;
●
Controlar SSVV frequente e rigorosamente.
●
Hemorragia Externa: pode ser de maior facilidade de controle por ser visível. Os
cuidados
incluem:
● Repouso no leito; evitando o aumento do sangramento;
●
Fazer compressão direta sobre o local que está sangrando utilizando compressas
estéreis;
97. O QUE É ESTOMA E QUAIS OS CUIDADOS COM ESTOMAS?
● Exitem vários. São orifícios abertos intencionalmente, através
de intervenção cirúrgica, para comunicar órgãos ocos à
superfície corporal dos pacientes. Favorece a administração
de oxigênio, de alimentos e drenagem de efluentes.
Há três tipos de estoma. Os três tipos de estoma são:
Colostomia, ileostomia e urostomia. Em uma operação de
colostomia, parte do seu cólon é trazido para a superfície de
seu abdome para formar o estoma.
99. ● GASTROSTOMIA (GTT)
●
É um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à
luz do estômago através da parede abdominal. As
técnicas empregadas para realização da gastrostomia
são: cirurgia através de laparotomia, via endoscópica ou
através de laparoscopia.
CUIDADOS: Assim, é necessário realizar a limpeza da
sonda após o uso. Aplique 30 ml de água filtrada antes e
após cada utilização, para assepsia. Injete com cuidado
para que a pressão da água não rompa a sonda. Limpe
também a parte externa do tubo, com gaze, água e álcool
70%, pelo menos, uma vez ao dia.
100.
101. ILEOSTOMIA
Ileostomia é quando essa abertura cirúrgica é feita
especificamente no intestino delgado. As fezes passam a ser
coletadas por uma bolsa de ostomia (ou bolsa de ileostomia),
que deve ser esvaziada várias vezes durante o dia.
●
●
102. TRAQUEOSTOMIA
● O tubo de traqueostomia é colocado entre a segunda e
terceira cartilagem traqueal
● A traqueostomia (ou estoma traqueal) é um procedimento
cirúrgico realizado para possibilitar a entrada de oxigênio em
situações em que a passagem de ar está obstruída. Para
isso, é feita uma abertura (estoma) na parede da traqueia,
que é mantida afastada por meio de um tubo de metal ou de
plástico, chamado de cânula.
103. NOÇÕES DE ANESTESIA E ANALGESIA
● Analgesia - as drogas usadas têm o objetivo apenas de aliviar ou
minimizar a dor. Ou seja, elas provocam a ausência ou o
amortecimento da dor sem perda de consciência.
● Anestesia - são usadas drogas anestésicas no paciente para que o
cérebro dele não reaja à dor durante um procedimento cirúrgico.
Obs.: Por CAUSA da correria às vezes os médicos pedem que faz
para administrar medicamento sem prescrever, muito cuidado.
104. ● TIPOS DE ANESTÉSIA
Objetivo: Estado de relaxamento, perda da sensibilidade e dos reflexos, deforma parcial ou
total, provocada pela ação de drogas anestésicas, é evitar a dor e facilitar o ato operatório
pela equipe cirúrgica.
Anestesia geral ( inconsciência.) Anestesia geral: administra-se o anestésico por via inalatória,
endovenosa ou combinado (inalatória e endovenosa), com o objetivo de promover um estado
reversível de ausência de sensibilidade, relaxamento muscular, perda de reflexos e inconsciência
devido à ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso
.Raqui anestesia é indicada para as cirurgias na região abdominal e de membros inferiores,
porque o anestésico é depositado no espaço subaracnóide da região lombar, produzindo
insensibilidade aos estímulos dolorosos por bloqueio da condução nervosa.
Anestesia peridural: o anestésico é depositado no espaço peridural, ou seja, o anestesista não
perfura a duramater. O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia
as raízes nervosas.
Anestesia local: infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos ao local da incisão cirúrgica.
Utilizam-se anestésicos associados com a adrenalina, com o objetivo de aumentar a ação do
bloqueio por vasoconstrição e prevenir sua rápida absorção para a corrente circulatória .
Anestesia tópica: está indicada para alívio da dor da pele lesada por feridas, úlceras e
traumatismos, ou de mucosas das vias aéreas e sistema geniturinário.
105. POSIÇÕES CIRÚRGICAS
● São manobras que merecem alguns comentários pois, destinadas a facilitar a
execução do ato cirúrgico, podem dificultar as condições de observação e controle
por parte dos anestesista, bem como ter repercussões no período pós- operatório.
● OBS: a escolha da posição cirúrgica cabe ao cirurgião enquanto que o anestesista
devera fazer os ajustes necessários para a administração dos anestésicos e
observação dos seus efeitos. Facilidade dos movimentos respiratórios
● Não comprimir terminações nervosas ou vasos sanguíneos, para isso deve-se
● proteger com panos ou faixas qualquer parte do corpo que exija restrições, que
● devem ser relativamente confortáveis.
● Não deixar os membros do cliente pendentes na mesa operatória.
● Evitar, sempre que possíveis distensões musculares em qualquer parte do corpo.
106.
107.
108.
109.
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111.
112.
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114.
115. POSIÇÃO DE TRENDELENBURG OU TRENDELENBURG
MODIFICADA
● São geralmente usadas para cirurgia do abdome inferior
(permite que a gravidade
● ajude a manter as alças intestinais na parte superior da
cavidade abdominal) e em algumas cirurgias nos membros
inferiores ajudando na hemostasia. O paciente é colocado em
posição supina e toda a mesa de operação é levemente
inclinada para que a cabeça do paciente fique mais baixo que
seus pés em alguns graus. Esta posição as vezes pode
interferir na respiração porque o peso adicional dos órgãos
internos comprime o diafragma, o que pode ocasionar em
dificuldades respiratórias
116. POSIÇÃO DE TRENDELENBURG REVERSA OU PROCLIVE
● Esta posição é geralmente usada para a cirurgias da cavidade abdominal superior
e da cabeça e pescoço, permite uma exposição operatória melhor porque a
gravidade mantêm as alças intestinais na parte inferior do abdome. Também,
como a cabeça elevada levemente, a hemostasia se torna mais fácil nas
operações deste sangramento.
OBS: Quando for usada para cirurgia de pescoço e face, o dorso da mesa deve ser
elevado e um coxim roliço pesado sob os ombros do paciente para hiperestender o
pescoço, apenas o suficiente para facilitar o ato cirúrgico.
O paciente é colocado em supina e toda a mesa é inclinada para que a cabeça fique
mais alta que os pés, eventualmente um apoio para os pés pode ser usado se a
inclinação da mesa for muito grande.
117. ●
A posição de Fowler: modificada ou posição sentada, é usada na
maioria das vezes para cirurgias neurocirurgias, mamoplastias e
abdominoplastias. O paciente deve ser cuidadosamente
posicionado sobre as dobras da mesa, o dorso fica elevado e um
suporte para os pés deve ser colocado.
●
A posição lateral: geralmente é utilizada nas operações nos rins,
pulmões ou quadril. O paciente a indução da anestesia na posição
supina e é cuidadosamente virado para a posição lateral após o
anestesista dar permissão. Posicionadores como coxins podem ser
usados para manter o paciente lateralizado. Em alguns casos, uma
fita longa de 5 a 10cm de esparadrapo é passada pelo quadril e pelo
ombro para imobilizá-lo com
●
segurança na mesa operatória, a perna interior é flexionada e a
levemente flexionada, separadas por um travesseiro que previne
compressões vasculares e nervosas entre ambas.
118. DECUBITO VENTRAL OU POSIÇÃO DE PRONA
● Usadas em pacientes que serão submetidos a cirurgia na
parte posterior do corpo.
● A indução da anestesia geral é feita na posição de supina,
após o anestesista autorizar, o paciente pode ser mobilizado
cuidadosamente pela equipe. São colocados dois coxins
debaixo das axilas e aos lados do tórax, que permitem melhor
expansão pulmonar e diminuem a pressão na mamas das
pacientes femininas, os braços são colocados em braçadeiras
bem almofadadas, estendidos para fora e com as palmas
voltadas para baixo, a cabeça do paciente deve
119. POSIÇÃO GINECOLOGICA
É usada em cirurgias que requerem uma abordagem perineal ou anal.
O paciente deve ser colocado em posição supina após a indução
anestésica, com as nádegas próximas a dobra inferior da mesa de
operações, após o anestesista permitir duas pessoas (cada uma
movendo uma perna) dobram-nas e colocam as panturrilhas utensílios
com o nome de perneira, que devem ser protegidas com pano para
que o paciente não tenha contatos com metal, ambos as perneiras
devem ser colocadas na mesma altura e no mesmo ângulo de
afastamento, em seguida, o segmento inferior da mesa é retirado ou
abaixado em ângulo reto, ficando exposto a região perineal, as mãos
do paciente são colocados em braçadeiras laterais.