1. O documento descreve os principais pontos da anamnese e exame físico para avaliação de questões cardiovasculares. Inclui detalhes sobre sinais e sintomas como dor no peito, palpitações, dispneia e outros, assim como a abordagem da ausculta cardíaca.
2. Fornece uma lista detalhada de itens a serem observados na anamnese de pacientes, incluindo idade, sexo, etnia, hábitos de vida e antecedentes pessoais. Também explica os tipos de
1. SEMIOLOGIA – SISTEMA CARDIOVASCULAR
ANAMNESE: A importância da Anamnese para questões cardiovasculares; observar:
1- Idade: Anomalias genéticas, reumáticas, Chagas, HAS, IAM;
2- Sexo: Acometimento mais em mulheres. Ex. Estenose Mitral é associados em Mjovem;
3- Etnia: Anemia Falciforme e HAS é comum em morenos;
4- Profissão: Esforços físicos frequente em pcts com problemas cardiovascular;
5- Naturalidade: Focos endêmicos; Ex. Doença de Chagas;
6- Ant.Pessoais:avaliarpossibilidades Valvopatiaspósinfecções;Alimentação gordurosa e
placas de ateroma; lesões renais e HAS;
7- Hábitosde Vida: Tabagismo, Etilismo, sedentarismo e sua associação com aterosclerose e
HAS;
SINAIS E SINTOMAS:
1- DOR PRECORDIAL: relacionar com coração, aorta, origem isquêmica, pericárdica... avaliar:
ALICCIAAF = Aparição, localização, irradiação, caráter, concomitantes, intensidade,
atenuantes, agravantes, frequência.
Aparição Localização Irradiação Carater Concomitantes Intensidade Atenuantes Agravantes Frequência
Dor na
Isquemia
Cardíaca
- Retroesternal +
a esq. Podendo
ser a direita
em peq. Área
ou em toda
área precordial
Intensa para os
pavilhões
auriculares, maxilar
inferior, nuca,
cervical, MMSS,
epigástrica e
intraescapular
Construtivo;
aperto no
tórax, aperto,
peso,
sufocação
Náuseas,
vômito,
sudorese fria
Leve
Moderada
Intensa
Repouso
Taquicardia
Esforços físicos,
emoções, frio,
taquicardia
2 a 3 m
IAM > 20 m até
a horas
Parede torácica
(músculos)
- Superficial e
percebida na
pele
Localizada Ao movimento - Leve
Moderada
Ficar quieto - Contínuo
Pericárdica - + Aguda,
retroesternal
junto ao
rebordo
esterno E
Pescoço e costas Contrutivos,
peso, opressão,
queimação
Não relaciona-
se aos
exercícios
Inclinar tórax
para frente
Respiração;
decúbito dorsal
mov. Tronco
deglutição
Horas
Aórtica - Retroesternal
face anterior
do tórax
Pescoço,
interescapular,
ombros
Muito intenso Pcts. Ficam
inquieto
Lacinante Início súbito
Psicogênica Emoções e
contracidades
Ápice do
coração
Limitada Surda , e ansiedade e
depressão
Analgésicos,
tranquilizantes,
placebo
Palpitações,
dispneia susp.,
dormência
Horas/semanas
2- PALPITAÇÕES: Alt. Rítmicas, esforços e transtornos emocionais; é REFERIDA como:
batimento + forte, tremor no coração, coração s/ bater, coração aos pulos.
DESENCADEANTES: emoções e exercícios; CAUSAS: transtornos rítmicos ou frequência
cardíaca, ↑ Débito Cardíaco, Hipertrofia Ventricular, Bloqueio completo.
3- DISPNEIA: surge em pcts. com lesão cardíaca que causam congestão; é REFERIDA como:
cansaço, canseira, faltade ar; TIPOS:Subjetiva(é a diferença respiratória que o pct é capaz
de sentir) e Objetiva(aceleraçãodosmovimentosrespiratório –taquipnéia;participaçãoda
musculação acessória). Na anamnese perguntar: ALICCIAAF
TIPOS:
a. Dispneia ao Esforço: comum em IVE; surge ao exercício físico; rápida progressão.
CLASSIFICAÇÃO: Grandes Esforços ao subir escadas, correr, subir rampas;
Médios Esforços Exercícios rotineiros: andar, subir degraus;
Pequenos Esforços Tomar banho, trocar de roupa...
b. Dispneia Paroxística: comum a noite, pct acorda suforcado, tosse seca, opressão torácica
sendo obrigado a levantar. Tem pele fria, as vezes cianótica, tórax expandido, sudoreses,
taquicardia e expectoração (espumosa branca ou rosada) são pcts propensos ao
desenvolvimentode edema de pulmão agudo: IAM, obstrução valvar (estenose) podendo
causar IVE.
2. c. DispnéiaPeriódicaouCheyne-Stokes:Apneiaque começacommovimentosuperficiais que
evolui para profundos até o máximo e depois tem um período de apnéia (15 a 30s).
Associado à HAS, IVE e doenças coronarianas, afecções de tronco cérebro-espinal,
hipertensão intracraniana, hemorragia cerebral, uremia.
4- TOSSE E EXPECTORAÇÃO: Associadaá IVE com aspecto seco e decorrente da congestão do
pulmão; por isso comumente é associada com dispneia; CAUSAS: Aneurismas de Aorta,
Pericardite, ↑ AE podem ser causas devido ao fato de causar uma irritação do Vago ou
ramo ascendente.Temumcaráterexpectorativoserosode ↓ consistência,espumoso(pois
tem ar). Diferencial é dado com base na análise de afecções do Sistema Respiratório.
5- SINCOPEE LIPOTÍMIA: Saberdiferenciar:Sincopeé súbitaperdadaconsciência e do tônus;
Lipotímia: perda parcial da consciência. Causas: Emoções fortes ou medo intenso ↓
fluxo cerebral; DEVIDO: Transtornos RitmicoS Condução de Estímulo ↓ DC
alterações de vasodilatadores ↓ retorno venoso ↓ volume sanguíneo circulante
(hipovolemia) ouhipoglicemia. IMPORTANTE ANALISAR: Tempo, presença de convulsões,
incontinência, mordedura da língua, sudorese e palidez.
6- CIANOSE: Azulaçãodevido ↑ hemoglobinareduzidadosangue capilar.ComumnaInfância.
Analisarpioracomexercíciose presençade baqueteamentodigital.TIPOS:Generalizada
Todo corpo e Localizada. PODEM APRENSENTAR: irritabilidade, sonolência, turbor,
convulsões...
TIPOS:
a. CENTRAL:↓ tensãode O2 noar (grandesaltitudes, transtornos de ventilação – obstrução,
bronquite, enfisema, ↓ sistema respiratório, IVE, Embolias pulmonar, destruição
brônquica... ou seja tudo relacionada ao pulmão.
b. PERIFÉRICO: áreas distais como MMII e sempre acompanhada de pele fria. Causa mais
comum:VasoconstriçãogeneralizadaemdecorrênciadaexposiçãoaoArou Águafria; pode
serpor ICC, flebite,flebotrombose. Se houver obstáculo no mediastino haverá cianose no
rosto, pescoço e parte sup. do tórax.
c. MISTA: misturado mecanismodacentral e periférica;típicode ICC grave. O diferencial das
duas pode serfeitocomteste de água quente e da elevação dos membros para desfazer a
cianose periférica. A Central anemiza com inalação de O2.
7- EDEMA: Chamado de anasarca; referida como inchaço ou inchume; comum em várias
doenças; pode ser localizado ou generalizado; resultante de afecções cardíacas, renais,
hepáticas,carenciaisoumedicamentos.Edemarecente =lisoe brilhante;Edema + tempo =
aspecto casca de laranja. CAUSA CARDIACA: IVD por ↑ pressão hidrostática associado
retenção de sódio; primeiro começa nos MMII em torno dos maléolos; é bilateral e
assimétrico;cheganamáximaintensidade atarde;empcts acamados predomina na região
sacral, glútea e abdominal; é comum outros sinais: ingurgitamento da jugular, reflexo
hepatojugular e hepatomegalia.
8- ASTENIA: Fraqueza generalizada; pcts com Insuficiência Cardíaca e IAM; é associado a
patologias que ↓ DC e com oxigenação insuficiente dos musc. Esqueléticos. Cardiopatas
relaciona-se com atrofia muscular devido a insuficiência ou falta de exercícios físicos.
9- POSIÇÃO DE COCORAS: pct. Com cardiopatias cianóticas com ↓ fluxo pulmonar; essa
posiçãoaliviaadispneia Atresia Pulmonar, Tretalogia de Fallot) considerar na HDA: dor
torácica, cansaço ou falta de ar; cianose, presença de sopros e HAS.
3. EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO
1- INSPEÇÃO E PALPAÇÃO:
a. Abaulamentos:empé e deitado;pode indicaraneurismade aorta, cardiomegalia, derrame
pericárdico e alterações na parede torácica;
b. Ictuscordis: verlocalização,extensão,mobilidadee intensidadee tipode impulsão,ritmo e
frequência;pctscomenfisema, musculatura hipertrofiada e obesos pode não ser visível e
impalpável; o deslocamento indica hipertrofia do VE; ictus difuso (>3 polpas digital) =
dilatação e ictus propulsivo (mao apalpada é levantada na contração) = hipertrofia.
c. Batimentos ou movimentos: surgem batimentos visíveis e palpáveis retração sistólica
apical = hipertrofia direita; pulsações epigástricas são transmitidas em aorta e parede
abdominal pode denunciar hipertrofia VD (intenso na região do xifoide); estenose
tricúspide pré-sistólica ou da insuficiência quando é a pulsação sistólica.
d. Frêmito cardiovascular: sensação determinada por vibrações no coração ou vaso; deve-se
investigar: localização, situação do ciclo cardíaco e intensidade) correspondem aos
sopros e tem grande importância.
2- AUSCULTA CARDÍACA:
a. Focos ou Áreas de ausculta:
i. MITRAL: 5EIC, linha hemiclavicular – ictus cordis;
ii. PULMONAR: 2 EIC, junto esterno, problemas valvares audíveis aqui;
iii. AORTICO: 2 EICD, juntaesternal, melhor audível de fenômenos aórticos: 3 e 4 espaço;
temos aqui tb o aórtico acessório;
iv. TRICUSPIDE: base do apêndice xifoide; ligeiramente a esquerda.
b. Semiotécnica:
i. Considerar estetoscópio, ambiente, posição do pct e examinador;
ii. Padrão é decúbito dorsal com a cabeça sobre um travesseiro e o tórax descoberto;
iii. Falar ordens bem claramente;
iv. Observar:bulhas,ritmo,frequência,ritmos tríplices,alt.Bulhas,cliques,estalos,ruídose
atritos pericárdicos, rumor venoso.
c. Bulhas Cardíacas: vibrações da aceleração ou diminuição do sangue e das estruturas
cardiovasculares.
Identificarsístole e diástole: pct normais a sístole (peq. silencio) e a diástole (> silencio) o
que torna mais fácil identificação; entretanto nem sempre isso é possível então usa-se o
pulso carotídeo que surge logo após a sístole ou o ictus tb que surge após sístole. Usar o
radial pode dar erro pois ocorre mais tarde que a sístole.
Caracterizar sístole e diástole: sístole inicia com breve som (b1) e termina com outro som
(b2): caracteriza-se como TUM-TÁ;
Ciclo do som: pro – inicio; meso – meio; tele – final;
B1 = fechamentos das valvas AV; som é resultado da vibração dos folhetos após seu
fechamento; observar intensidade, se há variações nos ciclos e tb se há som
acompanhando;
i. Desdobramento: indica atraso no fechamento da Valva Tricuspide = bloqueio de ramo
direito essa é a causa de um real desdobramento;
ii. Hipere Hipofonese:é diretamentorelacionadaaograu de separação dos folhetos no inicio
da sístole ventricular;↑ distanciamaisbruscaa desaceleração e mais intensa B1; se forem
↓ distancia a B1 será hipofonética. A intensidade depende tb da contrabilidade e do
volume ventricularocorrendohipofonese em miocardiopatias (↓ contração), aumento de
Volume Ventriculares Esquerdo (↑ diâmetro ↓ pressão com o encurtamento da fibra).
4. B2 = fechamentosdassemilunares;é geradapeladesaceleração do sangue sobre as valvas
aórticas e pulmonares já fechadas.
i.Desdobramento:fisiológico considerardoisfenômenos – Aortico e Pulmonar: durante
inspiração ↓ pressão intra torácica ↑ RV para coração D e a capacitância da vasculatura
pulmonar o que incrementea o enchimento e o tempo de ejeção do ventrículo direito,
resultandoematrasodo componente pulmonar B2; ↑ capacitância dos vasos pulmonares
↓ enchimentoventricularE↓ tempoejeçãoe fazendoque ocomponente aórtico de B2 se
antecipe resultando em aumento da distancia dos componentes em B2. Então durante a
inspiração escutamos os componentes de forma distinta “Tum-Tra” já na expiração seria
(Tum-tá).Esse fenômenodecorre por ↑ do tempo de ejeção do VD causando fechamento
tardioda ValvaPulmonar.Pode ocorrerdesdobramentoparadoxaldevidouma doença que
encurtao tempode ejeção do ventrículo direito ou por doenças que aumenta o tempo de
ejeção do ventrículo esquerdo; esse fenômeno associado com presença de sopo sistólico
em área aórtica pode indicar estenose aortica.
B3 = ocorre entre protoe mesodiástole;é geradapelabruscadesaceleraçãodosangue com
as paredes ventriculares no final do rápido enchimento. Pode ser normal em crianças;
quandopatológicaindicadiminuição da complacência ventricular, em idosos pode indicar
sobrecarga volumétrica ao ventrículo E. Ausculta da B3 indicar graves problemas de
insuficiênciacardíaca.Mecanismosfisiológicosque podem causar: quadros hipercinéticos,
hiperfluxo do coração e em insuficiências AV, comunicações interatriais e
interventriculares.
B4 = situa em telediástole gerada pela desaceleração do sangue com a parede dos átrios
(final da diástole). É achado comum em isquemias do coração, anginas e infartos pois há
diminuição da complacência ventricular por isquemia. O sangue ejetado sofre pouca
complacência e sofre rápida desaceleração gerando B4. Hipertrofia VE (por HAS ou
Estenose Aórtica).Pode sergeradapeloladodireitoemcasosde Hipertensão Pulmonar ou
Estenose Pulmonar dos quais geram hipertrofia ventricular direita.
D. SOPROS CARDÍACOS: som decorrente de regurgitações do fluxo sanguíneo
(turbilhonamento). Ocorre devido seguinte mecanismo: ↑ Vel. Corrente sanguínea ↓
viscosidade do sangue sangue passa para zona estreita, passagem do sangue por zona
dilatada ou passagem de sangue por uma membrana de borda livre.
I. Classificação:segundosuaocorrência:sistólicooudiastólico; pode ser também consciente
(varia muito com manobras semiológicas – é fisiológico) e orgânicos (decorrente da
presença de doenças ou alterações estruturais cardiovasculares.
E. MANOBRAS SEMIOLÓGICAS: Manobras que alteram o retorno venoso ou a resistência
periférica:
I. Posiçãode Cócoras (squatting): ↑ retorno venoso (RV) ao coração por comprimir os vasos
dos membrosinferiorese abdominais;é útil paradetectarcardiomiopatia hipertrófica pois
o sopro diminui (ao ficar de cócoras) e se voltar para ortostática aumenta o sopro.
II. Posição decúbito dorsal: ↑ RV ao coração comparado com ortostática;
III. InspiraçãoProfunda(Rivero-Carvalho):↑ RV ao coração D, causando maior volume e fluxo
para o coração D, pela redução da pressão intratorácica Intensifica o sopro de
insuficiência tricúspide, diferenciando-a da mitral e pode intensificar o da estenose
pulmonar.
IV. Valsalva (exala contra a glote fechada por 20s): ↑ pressão intra-torácica e diminui o
retorno venoso ao coração. Efeito oposto ao cócoras.
V. Elevação das Pernas: ↑ RV
5. VI. Preensão Isométrica “Handgrip”: (mão para apertar os dedos do examinador e
sustentadamente por 1m): ↑ a resistência vascular periférica pós carga, reduz ejeção do
sangue pelavalvaaórticae ↑ volume noVE.É útil para aumentara intensidade dos sopros
da regurgitação mitral e da CIV e reduz sopro da cardiomiopatia hipertrófica.
F. GRADUAÇÃO DOS SOPROS:
1+ Muito suave: auscultado somente com o examinador concentrado;
2+ Baixo: auscultado imediatamente após colocar o estetoscópio no tórax;
3+ Moderadamente intenso
4+ Intenso associado com frêmito;
5+ Muito intenso com frêmito, auscultado somente com a ponta do estetoscópio;
6+ Muito intenso com frêmito também intenso; auscultado com esteto levemente afastado.
F. SOPROS:
GALERA FIZ ATÉ AQUI; A PROFESSORA NÃO LEMBRO DE TER FALADO SOBRE SOPROS; PORÉM
IREI FAZER O RESTANTE DO RESUMO, ENTRETANTO ESSA PARTE É MUITO GRANDE.