2. Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central: Encéfalo
(cérebro, cerebelo e tronco encefálico)
e medula espinhal;
Sistema Nervoso Periférico:
constituído pelos nervos e gânglios
nervosos.
o conectar o sistema nervoso
central às diversas partes do
corpo humano.
o Sistema Nervoso Somático e
Autónomo.
3. Função do SNC: controlar todas as atividades motoras,
sensoriais, autônomas, cognitivas e comportamentais.
Encoberto por 3 membranas MENINGES
Protege Sustenta Irriga o encéfalo
Reveste o cérebro e a medula
espinhal.
Extremamente fina e delicada.
Possui o plexo coróide = Líquido
cefalorraquidiano – LCR.
Camada mais fina e transparente,
que se adere ao cérebro.
4. O cérebro:
o consome cerca de 20% do O2 disponível e necessita de 15 a 20
do débito cardíaco.
o O2, sangue e glicose não podem faltar.
o Órgão mais vulnerável do corpo.
Comprometimento estrutural ou metabólico do cérebro:
o AVE;
o Aneurisma.
Disfunções Neurológicas
5. Acidente Vascular Encefálico - AVE
AVE: 3ª causa mais frequente de morte;
30% dos sobreviventes tornam-se dependentes;
Classificados em:
o Acidente Isquêmico Transitório: AIT;
o Acidente Vascular Encefálico Isquêmico: AVE I;
o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico: AVE H
Fatores de risco: HAS, Doenças cardíacas, Dislipidemia,
Tabagismo, Alcoolismo, DM, Contraceptivos orais, Sexo,
Obesidade, Sedentarismo, Antecedentes familiares.
7. AVE Isquêmico
Trombose e embolia
cerebral.
Hemorragia intracerebral
e subaracnóidea.
AVE
Hemorrágico
8. AIT
Isquemia passageira, que se revertida, não chega a ocasionar
lesão.
Pode ser recuperada em minutos ou até 24 horas.
Sinal de alerta para isquemias severas.
9. AVE I
Quando não há passagem de sangue através dos vasos
sanguíneos devido a uma obstrução ou redução do fluxo
sanguíneo no corpo em consequência de:
o Trombose Arterial: acomete artérias de médio e grande calibre –
coagulo de sangue. Ocorre em 40% dos casos.
o Embolia Cerebral: coagulo, ar, células cancerosas ou fragmento
de ateroma se desprende e corre através de uma artéria ate
encontrar um ponto mais estreito e obstruir a passagem de sangue.
Ocorre em 16% dos casos.
o Redução do Fluxo Sanguíneo: PCR ou
Hemorragia intensa.
10. Extravasamento sanguíneo ou ruptura de vaso cerebral.
Podem ser ocasionados por:
o Malformação arteriovenosa;
o Ruptura de aneurisma;
o HAS não controlada.
AVE H
11. Manifestações mais comuns
Manifestações que merecem atenção especial:
o Cefaleia na região da nuca;
o Náusea e vômitos;
o Vertigem;
o Desmaio;
o Formigamento de extremidades;
o Dormência;
o Epistaxe;
o Agitação;
o Mudanças no comportamento.
12. Histórico e Achados Diagnósticos
A anamnese e o exame físico são fundamentais
nesses casos.
Os exames diagnósticos iniciais incluem: TC e RM.
Exames complementares: ECG, Ecocardio, Eco
Doppler de carótidas e Angiografia cerebral.
13. Tratamento e Cuidados de
Enfermagem
AVE I: terapia trombolítica;
AVE H: craniotomia.
Observar, comunicar e registrar alterações no nível de consciência –
Agitação psicomotora, confusão e déficits verbais;
Observar , comunicar e registrar alterações motoras – paresias,
parestesias, plegias;
Manter ambiente calmo e tranquilo;
Orientar quanto a importância da fisioterapia;
Manter ambiente livre de empecilhos;
Facilitar e estimular atividades de auto cuidado;
14. Manter controle rigoroso de sinais vitais e comunicar alterações;
Manter controle hídrico rigoroso;
Manter controle de PVC e Monitorização da PIC (sn).
Administrar medicações prescritas obedecendo gotejo e horário;
Mudança de decúbito;
Observar e comunicar sangramentos em pacientes com uso de
anticoagulantes;
Observar e registrar frequência das eliminações intestinais;
Estimular familiares a participar do cuidado;
Manter contenção mecânica (sn).
Cuidados de Enfermagem
16. Aneurisma Cerebral
Dilatação das paredes das artérias cerebrais;
Os sintomas são produzidos quando o aneurisma aumenta e
pressiona os nervos cranianos ou tecido cerebral próximo, ou
quando o aneurisma rompe, provocando hemorragia.
18. Tratamento
Permitir que o cérebro se recupere da agressão, evitar ou
minimizar riscos de novo sangramento, evitar ou tratar outras
complicações.
Métodos:
o Craniotomia;
o Embolização cerebral.
19.
20. Cuidados de enfermagem
Manter cabeceira elevada;
Aspirar VAS e TOT;
Manter Oxigênioterapia;
Manter acesso venoso;
Administrar medicações conforme prescrito;
Anotar e comunicar reações do paciente;
Verificar sinais vitais e comunicar se estiverem alterados;
Manter cuidados na administração de dietas;
Manter a pele limpa, seca e livre de pressões;
Mudança de decúbito;
Controlar diurese e eliminações intestinais;
Manter conforto;
Realizar higiene corporal, oral e ocular;
Aplicar Escala de Coma de Glasgow.
23. Distúrbios Cardiovasculares
Aterosclerose/Arteriosclerose Coronariana
Síndrome Coronariana Aguda – SCA:
o Angina – Instável e Estável
o Infarto Agudo do Miocárdio – IAM
Distúrbios Cardiológicos
Insuficiência Cardíaca Congestiva – ICC
Pericardite
Miocardite
Endocardite
Trombose Venosa Profunda - TVP
24. Aterosclerose/Arteriosclerose
Coronariana
Deposição de lipídios nas artérias coronárias, podendo fibrosar
e tornar-se calcificações.
Fatores de Risco:
o Hereditariedade;
o Idade (50-60 anos);
o Sexo masculino;
o Tabagismo;
o Hipertensão;
o Hiperlipidemia;
o Diabetes;
o Obesidade;
o Sedentarismo;
o Alcoolismo.
Tratamento: mudança
no estilo de vida!
26. Angina
Angina pectoris ou angina do peito;
Dor ou desconforto localizada no centro
do peito, quando o aporte de oxigênio é
inadequado.
Descrita como: peso, aperto,
desconforto ou pressão atrás do
esterno.
A dor pode se estender pelos braços,
pescoço, queixo e raramente nas
costas.
Quando ocorre?? durante o exercício
físico ou estresse emocional, pois nessas
situações a FC e a PA aumentam, e o
coração necessita de mais oxigênio.
27. Angina Estável
Tem duração de 30 segundos a 15 minutos, aliviada pelo
repouso ou uso de Nitrato sublingual, e que não muda suas
características por pelo menos 2 meses.
Manifestações clínicas:
o Dor precordial;
o Sudorese;
o Palidez;
o Imobilidade;
o Discreta hipertensão e taquicardia.
28. Fatores de risco:
o Sedentarismo;
o Diabetes;
o HAS;
o Tabagismo;
o Dislipidemia;
o Estresse;
o Obesidade;
o Drogas.
Angina Estável
Tratamento:
oVasodilatadores (Isordil SL, Nitroglicerina EV);
oBeta bloqueadores (Propanolol;
oAgentes anti-agregante-plaquetários (Aspirina);
oAnsiolíticos (Diazepan).
Diagnóstico:
oHistória prévia do paciente;
oBusca de fatores de risco para doenças
coronarianas;
oAtravés da semiologia da dor;
oExames laboratoriais (enzimas
cardíacas);
oRX de tóxax;
oECG.
29. Condição intermediária entre Angina Estável e IAM;
Apresenta-se no repouso, sem fatores desencadeantes;
Fatores de risco:
o Sedentarismo;
o Diabetes;
o HAS;
o Tabagismo;
o Dislipidemia;
o Estresse;
o Obesidade.
Angina Instável
30. Quadro Clínico – Angina Instável
Tem alívio com repouso ou com nitratos – origem da dor
isquêmica cardíaca;
Dor irradiada para MMSS e pescoço com presença de
dispneia, náuseas e vômitos.
Pode apresentar estertores pulmonares, hipotensão e
taquicardia.
ECG: realizar em menos de 10 minutos.
Marcadores séricos (CK e CK-MB): liberadas pelas células do
miocárdio lesadas.
31. Diagnóstico:
o Mesmos métodos da
Angina Estável.
Angina Instável
Tratamento:
o Prevenir o IAM;
o Mesmo esquema
medicamentoso que a AE;
o Indicação de UTI;
o Manejo Clínico.
Manejo Clínico:
o Controlar os sintomas, abolir ou diminuir os episódios de
isquemia, diminuir a incidência de IAM e outros eventos isquêmicos
e aumentar a sobrevida.
32. Observar e comunicar dor precordial;
Observar e comunicar se há alterações na FC, e PAS;
Observar e comunicar se há alterações na ausculta cardíaca;
Observar e comunicar a presença de náuseas e vômitos;
Realizar ECG – CPM ou da Enfermagem;
Manter paciente em repouso absoluto no leito;
Administrar medicações prescritas;
Instalar oxigenioterapia CPM.
Angina – Cuidados de Enfermagem
33. IAM
Processo onde áreas e células miocárdicas são destruídas de
maneira permanente.
Causada pela diminuição do fluxo sanguíneo em uma artéria
devido a aterosclerose ou alterações anatômicas.
Manifestações Clínicas:
o Dor torácica intensa (não cessa com
Repouso ou medicação);
o Palpitação;
o Hipo ou Hipertensão;
o Alteração no ECG;
o Dispneia e taquipneia;
o Náuseas e vômitos;
o Sinais de choque;
o Ansiedade, agitação, tonturas.
34. I. Quadro clínico: historia pregressa, alterações enzimáticas e
alterações no ECG.
II. Monitorização Eletrocardiográfica: deve ficar
obrigatoriamente sob monitorização contínua por pelo menos
48hs.
III. Acesso venoso: calibroso, permeável e funcional.
IV. Exames laboratoriais: dosagem de enzimas cardíacas.
V. Oxigenioterapia: por cateter nasal se sat > que 92% O2.
VI. Analgesia: controle da dor e alívio da ansiedade, CPM.
IAM – Abordagem Inicial
35. VII. Recanilização coronária: farmacológica (trombolíticos) ou
mecânica (angioplastia).
VIII. Antiagregantes plaquetários: normalmente para o resto da vida;
IX. Beta-bloqueadores: usados nas primeiras horas do IAM, seguido
por tratamento a longo prazo;
X. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA):
quando administrados nas primeiras horas do IAM, reduzem a
mortalidade tanto na fase aguda, quanto a longo prazo.
XI. Nitratos: indicado para pacientes com dor anginosa persistente.
XII. Anticoagulantes: eficaz na prevenção de trombose venosa
profunda (TVP) e embolia pulmonar.
IAM – Abordagem Inicial
36. Avaliação da dor – tipo, localização, presença de irradiação,
intensidade, fator desencadeante e duração;
Manter paciente em repouso;
Instituir medidas para o alívio da dor;
Avaliar o padrão respiratório;
Manter monitorização cardíaca contínua;
Manter acesso venoso periférico;
Avaliar sinais e sintomas para evento isquêmico agudo;
Controle de sinais vitais;
Controle de diurese (volume e hematúria);
Controle de eliminações intestinais.
IAM – Cuidados de Enfermagem
37. Insuficiência Cardíaca Congestiva –
ICC
Síndrome de reações
fisiológicas que ocorrem pela
incapacidade do coração de
manter um débito cardíaco
adequado – após um IAM;
O coração é incapaz de
bombear sangue suficiente para
o organismo;
IC Esquerda e Direita.
38. Forma mais comum de ICC, e é causada pela lesão do músculo
do Ventrículo Esquerdo;
Manifestações clínicas:
o Dispneia de esforço, tosse seca e ortopneia,
fadiga, ansiedade, taquicardia e edema
agudo de Pulmão.
Diagnóstico: Exame clínico, RX de tóxax, Ecocardiograma e
exames laboratoriais.
Tratamento: O2, diuréticos, digitálicos, sentar com as pernas
para baixo.
IC Esquerda
39. Falha do VD, com consequente congestão das víceras e dos
tecidos periféricos.
Manifestações clínicas:
o Edema de MMII, Hepatomegalia, Distenção
Abdominal, Dilatação das veias do pescoço,
Anorexia, náuseas e vômitos, nictúria.
Diagnóstico: Exame clínico e físico, RX de tórax,
ecocardiograma, exames laboratoriais.
Tratamento: O2, diuréticos, digitálicos.
IC Direita
40. Manter repouso;
Manter posicionamento da cabeceira – 30 a 40º;
Manter oxigenioterapia;
Redução do estresse;
Controles hemodinâmicos;
Dieta;
Educação em saúde;
Medicamentos.
ICC – Cuidados de Enfermagem
41. Pericardite
Inflamação do pericárdio.
Etiologia: doença bacteriana ou viral,
secundária a doenças do tecido conjuntivo,
reações imunológicas ou medicamentosas, associada a doenças
renais, neoplasias.
Manifestações clínicas: dor retroesternal, que pode irradiar
para a clavícula e pescoço, dispneia, febre e outras
manifestações como da ICCD.
Complicações: Derrame pericárdico, tamponamento cardíaco
(compressão do coração pelo seu estiramento).
42. Determinar a causa e fazer administrações da terapêutica
específica;
Quando tratamento medicamentoso não apresentar resultados é
indicada a pericardiotomia.
Cuidados:
o Manter repouso no leito em posição de fowler;
o Administrar analgésicos CPM;
o Estar atento aos sinais de
tamponamento cardíaco.
Pericardite – Tratamento e Cuidados de
Enfermagem
43. Inflamação do miocárdio.
Etiologia: doença bacteriana, viral, micótica e protozoária
(doença de chagas), ou por reações de hipersensibilidade.
Manifestações clínicas: taquicardia, ritmo de galope, ICC,
febre.
Complicações: IC, arritmias e bloqueio cardíaco.
Miocardite
44. O tratamento compreende o uso de antibióticos (de acordo
com o agente causal) e antinflamatórios.
Cuidados: mesmas medidas mencionadas na ICC
Pericardite – Tratamento e Cuidados de
Enfermagem
45. Inflamação do endocárdio.
Etiologia: doença bacteriana ou micótica e pela complicação
da febre reumática
Manifestações clínicas:
o Agudas: febre, mal estar, anorexia, artralgia e sopro cardíaco;
o Crônicas: cardiomegalias e sinais de ICC.
Complicações: embolias e valvulopatias degenerativas.
Endocardite
46. O tratamento compreende o uso de antibióticos por período
prolongado, mesmas medidas mencionadas na ICC, e pode
ser necessário intervenção cirúrgica para troca de válvulas.
Cuidados: mesmas medidas mencionadas na ICC
Endocardite – Tratamento e Cuidados de
Enfermagem
47. Trombose Venosa Profunda - TVP
A TVP consiste na presença de um trombo nas veias
profundas, formado no interior dos músculos.
Esse trombo irá provocar uma inflamação na veia, podendo
permanecer restrito ao local inicial ou se estender ao longo da
veia, provocando obstrução parcial ou total.
Fatores que favorecem:
o Estase (diminuição da
velocidade da circulação);
o Traumatismo na veia;
o Coagulação fácil.
48. Manifestações clínicas:
o Dor;
o Edema;
o Rubor;
o Calor;
o Integridade da pele prejudicada.
Diagnóstico: Exame físico, Eco Doppler de MMII, Exame de
sangue (Dímeros).
Tratamento:
o Anticoagulante, tombectomia e angioplastia.
Trombose Venosa Profunda - TVP
49. Complicações:
o Complicações imediatas ou agudas: Embolia Pulmonar;
o Complicações tardias: Insuficiência Venosa Crônica (IVC).
Prevenção:
o Caminhadas regulares;
o Procurar movimentar os MMII quando necessitar ficar sentado por
muito tempo;
o Mover-se quando necessitar ficar em pé;
o Quando estiver acamado, fazer movimentos com os MMII;
o Evitar tabagismo e sedentarismo;
o Controlar peso;
o Usar meia elástica.
Trombose Venosa Profunda - TVP
50. Referências
SOUZA, C.C.A. Emfermagem Cirúrgica. Vol 1. Goiania: AB,
2003.
Anatomia cardíaca.
http://www.webciencia.com/11_29snp.htm#ixzz32fwatzz7;
Polígrafo da professora Angélica;
Imagens: coletadas do Google Imagens.