1. Hipertensão PulmonarHipertensão Pulmonar
Bárbara de Alencar Viana
Paula Veloso Aquino
Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)
Internato em Pediatria
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF
Coordenação: Sueli R. Falcão/Paulo R. Margotto
2. IntroduçãoIntrodução
Década de 90
Grandes avanços em epidemiologia,
etiopatogenia, biopatologia, conhecimento de
história natural, fatores de risco e formas
convencionais de tratamento.
Estudos de genética e pela aquisição de
novas opções de terapêutica medicamentosa
Classificações
1ª Conferência Mundial, Genebra 1973
2ª Conferência Mundial, Evian 1998
3º Simpósio Mundial, Veneza 2003
3. DefiniçãoDefinição
Pressão sistólica pulmonar e pressão média
pulmonar excedem 30 e 25 mmHg
respectivamente em repouso OU
Pressão sistólica pulmonar excede 35 mmHg
e a pressão média pulmonar é superior a 30
mmHg durante o esforço.
Diagnóstico hemodinâmico.
5. Classificação funcional (New YorkClassificação funcional (New York
Heart Association) para HAP / OMSHeart Association) para HAP / OMS
CLASSE I: pacientes com HAP, mas sem
limitação das atividades físicas. Atividades
físicas habituais não causam dispnéia ou
fadiga excessiva, dor torácica ou pré-síncope.
CLASSE II: pacientes com HAP resultando em
discreta limitação das atividades físicas. Estes
pacientes estão confortáveis ao repouso, mas
atividades físicas habituais causam dispnéia
ou fadiga excessiva, dor torácica ou pré-
síncope.
6. Classificação funcional (New YorkClassificação funcional (New York
Heart Association) para HAP / OMSHeart Association) para HAP / OMS
CLASSE III: pacientes com HAP resultando em
importante limitação das atividades físicas. Estes
pacientes estão confortáveis ao repouso, mas
esforços menores que as atividades físicas
habituais causam dispnéia ou fadiga excessiva,
dor torácica ou pré-síncope.
CLASSE IV: pacientes com HAP resultando em
incapacidade para realizar qualquer atividade
física sem sintomas. Estes pacientes manifestam
sinais de falência ventricular direita. Dispnéia e/ou
fadiga podem estar presentes ao repouso, e o
desconforto aumenta em qualquer esforço.
8. Fisiopatologia - VasoconstriçãoFisiopatologia - Vasoconstrição
Tendência a vasoconstrição
↑ substâncias vasoconstritoras (tromboxane
A2, endotelina-1)
↓ substâncias vasodilatadoras (prostaciclina,
óxido nítrico sintase endotelial – eNOS)
Hipóxia – inibe canais de potássio → entrada
de cálcio intracelular.
Vasoconstrição pulmonar X Vasodilatação
sistêmica
Efeito final – ↑ cálcio nas células musculares
lisas vasculares
9. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Células endoteliais → produção de substâncias
como citocinas e fatores de crescimento →
grandes alterações nas células musculares lisas
da túnica média.
Processo de aumento de espessura dessa
camada → hipertrofia de células e ↑ deposição
de componentes da matriz extracelular
(colágeno, elástica e proteoglicanos) → vaso
mais resistente e reativo.
↑ túnica adventícia → absorve maior pressão
presente no território arterial.
10. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Hipertrofia da túnica médiaHipertrofia da túnica média
Espessamento fibrosoEspessamento fibroso
da adventíciada adventícia
CÉLULA PRÉ-ACINARCÉLULA PRÉ-ACINAR
11. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Desdiferenciação
células musculares lisas da túnica média passam do
fenótipo contrátil para o secretor → produção de
substâncias como as da matriz extracelular.
Mediado pelos mesmos fatores de crescimento gerados
nas células endoteliais
↑ organelas responsáveis pela síntese protéica e
↓ concentração da actina específica do músculo liso ou
a1-actina.
Produção de substâncias promotoras de proliferação
celular e metaloproteinases (quebram as proteínas da
matriz extracelular e propiciam a migração de algumas
das células desdiferenciadas para a túnica íntima)
Células desdiferenciadas na íntima (‘miofibroblastos’) –
oclusão parcial ou total da luz vascular por deposição de
proteínas da matriz.
12. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
RN – algumas arteríolas distais não são
completamente muscularizadas – 1ª alteração
evidenciada será a transformação desses pequenos
vasos, antecipando o processo de muscularização
distal → resposta vascular semelhante à do adulto.
Estímulo promotor das alterações presente no
período neonatal (ex: hiperfluxo em cardiopatias
congênitas) – comprometimento do ↑ numérico dos
vasos pulmonares.
↓ proporção númerica alvéolos pulmonares/arteríola
→ elevação persistente da pressão arterial pulmonar
mesmo depois da correção cirúrgica do defeito
cardíaco congênito.
14. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Lesões dilatadas ou “complexas”
Lesão plexiforme
Aglomerado ou tufo de células endoteliais que
delimitam capilares.
Tufo ocupa em geral a luz de uma artéria
dilatada, aparecendo preferencialmente em
locais de bifurcação.
Conseqüência da reparação de um processo de
necrose fibrinóide da parede.
Lesão angiomatóide
presença de numerosos vasos de diferentes
diâmetros, congestos e com paredes delgadas,
circundando uma artéria muscular.
15. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Infiltrado inflamatório na adventícia e
parede de vasos
Evidências de que inflamação possui papel no
desenvolvimento e manutenção das lesões
morfológicas das artérias nos casos de
hipertensão pulmonar de diferentes etiologias.
Linfócitos, histiócitos e polimorfonucleares
permeando parede de vasos
Citocinas no processo de remodelamento
muscular.
Agentes infecciosos (ex: HIV)?
16. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Lesões em veias e linfáticos
Dificuldade no efluxo venoso pulmonar (por
lesões em valvas cardíacas, disfunção
ventricular esquerda ou obstruções congênitas
ou adquiridas no trajeto das veias pulmonares)
→ “hipertensão pulmonar passiva”.
Veias – espessamento de sua túnica média,
duplicação da lâmina elástica e por vezes
espessamento fibroso e acelular da túnica
íntima.
Linfáticos – dilatam-se em graus variáveis.
18. Fisiopatologia - RemodelamentoFisiopatologia - Remodelamento
Trombose in situ e
tromboembolismo
Lesões morfológicas
→ modificações locais
no padrão de fluxo
sangüíneo.
Lentidão do fluxo +
alterações na
superfície do endotélio
e anormalidades do
sistema de coagulação
→ formação local de
trombos.
19. Classificação histológica (1950)Classificação histológica (1950)
Grau I = Hipertrofia da túnica média
Grau II = Hipertrofia da túnica média
acompanhada de espessamento intimal
Grau III = Espessamento intimal com fibrose
oclusiva da luz vascular
Grau IV = Lesões plexiformes
Grau V = Lesões angiomatóides
Grau VI = Arterite necrotizante
20. Diagnóstico ClínicoDiagnóstico Clínico
História clínica detalhada desde a infância
Sintoma mais comum – intolerância ao esforço
(dispnéia de esforço) e fadiga, baixo débito cardíaco
progressivo e indicativo de disfunção ventricular
direita secundária.
Ortopnéia – HAP pós-capilar ou mista
Dispnéia paroxística noturna – venocapilar
Dor precordial tipo anginosa, aos esforços – ↓ fluxo e
pressão de perfusão coronariana de VD
Palpitações – arritmias
Síncope ou pré-síncope – baixo débito cardíaco
Hemoptise ou hemoptóicos – tromboembolismo
21. Diagnóstico ClínicoDiagnóstico Clínico
Hiperfonese de 2ª bulha – P2
Pulsação sistólica no 2º EIE – dilatação do tronco
pulmonar.
Estase jugular, sopro de insuficiência tricúspide e
sopro de insuficiência pulmonar
Impulsões sistólicas no precórdio e 3ª bulha de VD –
dilatação e insuficiência
Cianose – baixo débito e vasoconstrição periférica,
forame oval pérvio, cardiopatias com shunt D-E,
microfístulas A-V pulmonares ou inadequação de
ventilação/perfusão por doenças da vasculatura ou
parênquima pulmonar e mais raramente por doenças
hipoventilatórias.
22. Exames ComplementaresExames Complementares
ECG
Sinais de sobrecarga de câmaras direitas
Desvio do eixo de QRS para direita (>90o)
Bloqueio de ramo direito
Ondas R amplas em V1, V2 e profundas em V5,
V6 com alterações da onda T e segmento ST.
Sugestão de algumas etiologias para HAP
(estenose mitral, cardiopatias congênitas e
miocardiopatias).
23. Exames ComplementaresExames Complementares
Radiografia de tórax
Pouco sensível – normal, principalmente nos
pacientes assintomáticos.
Achados sugestivos – ↑ diâmetro dos ramos
da artéria pulmonar, abaulamento do arco
médio e pobreza vascular periférica.
Pode afastar ou sugerir causas pulmonares
como DPOC, fibrose pulmonar, doença
intersticial e doenças granulomatosas.
24. Exames ComplementaresExames Complementares
Prova ventilatória
Avaliação da função pulmonar, obstrução de
vias aéreas, capacidade de difusão, hipoxemia
e hipercapnia – doenças parenquimatosas ou
bronquiolar pulmonar.
HAP pré-capilar ou pós-capilar – habitualmente
demonstra um componente restritivo leve e
reduzida capacidade de difusão do CO2.
25. Exames ComplementaresExames Complementares
Polissonografia
Avaliação de pacientes com possível doença
apnéica do sono ou síndromes de
hipoventilação alveolar acompanhadas de
hipertensão pulmonar
Quantificação do índice de apnéia e grau de
insaturação periférica.
26. Exames ComplementaresExames Complementares
Cintilografia de ventilação/perfusão pulmonar
Permite suspeita de HAP secundária ao TEP
crônico – defeitos perfusionais lobares,
segmentares e subsegmentares, porém com
ventilação preservada.
Cintilografia normal – diagnóstico de TEP crônico
hipertensivo improvável.
27. Exames ComplementaresExames Complementares
Ecocardiodoppler
Existência da HAP, sua quantificação, variabilidade,
repercussões para câmaras direitas e avaliações
seriadas após intervenções terapêuticas.
Achados freqüentes – dilatação das cavidades
direitas, hipertrofia do VD, movimento paradoxal do
septo e insuficiência tricúspide.
Estimativa da pressão pulmonar – análise da
velocidade de fluxo na válvula pulmonar e do jato
regurgitante pela válvula tricúspide – ótima
correlação com medida pressórica invasiva.
Ecocardiografia transtorácica + transesofágica –
caracterização de alterações cardíacas estruturais,
disfunções valvares e defeitos congênitos com
causas de hipertensão pulmonar.
28. Exames ComplementaresExames Complementares
TC helicoidal / RNM
TC
Dilatação, compressão ou obstruções de artéria
pulmonar e ramos
Muito útil na suspeita de tromboembolismo
pulmonar crônico
CT de cortes finos – grande valia na avaliação de
doença intersticial pulmonar.
RNM
Auxilia no diagnóstico não invasivo de algumas
cardiopatias congênitas que comprometem a
anatomia da circulação pulmonar.
29. Exames ComplementaresExames Complementares
Exames laboratoriais
Elucidação da etiologia ou doenças coexistentes.
Hb, Ht – policitemia
Eletroforese de hemoglobina – anemia falciforme
Anticorpos, antinucleares, fator reumatóide –
colagenoses
Função tiroideana
Função hepática
Testes de coagulação (fator anticoagulante lúpico,
antitrombina III, proteínas C e S)
Sorologias para vírus HIV, vírus da hepatite B e C.
Suspeita de esquistossomose – EPF, sorologia, biópsia
de válvula retal e presença de hipertensão portal.
30. Estudo hemodinâmicoEstudo hemodinâmico
Cateterização cardíaca direita e esquerda –
complementação diagnóstica na HAP
HAP pode ser quantificada em
HAP leve (PAP média de 25-40 mmHg)
HAP moderada (41-55 mmHg)
HAP severa (>55 mmHg) (2,5)
Classificação hemodinâmica
Pré-capilar – PAP e RVP são elevadas e PCP normal.
Pós-capilar – PAP elevada e RVP normal
Cardiopatias de hiperfluxo – avaliação obrigatória da
resistência vascular pulmonar; se for > que a
sistêmica e não se modificar com provas
vasodilatadoras – contra-indicação para correções
cirúrgicas e transplante cardíaco.
PAP-pressão arterial pulmonar
RVP- resistência vascular periférica
PCP - pressão capilar pulmonar
31. Diagnóstico – HAP provável ouDiagnóstico – HAP provável ou
discretadiscreta
PSVD- pressão sistólica de ventrículo direito
PSAP- pressão sistólica de artéria pulmonar
PMAP- pressão média de artéria pulmonar
33. TratamentoTratamento
Definição da estratégia terapêutica em HAP
depende da identificação correta dos fatores
etiológicos.
Medidas gerais
Tratamento convencional
Novos tratamentos e drogas em estudo
Cirurgia
Transplante
34. Tratamento – Medidas geraisTratamento – Medidas gerais
Evitar condições que levem a um agravamento da
patologia já instalada
Atividade físicaAtividade física
Deve ser limitada pela sintomatologia.
Sedentarismo não desejável – evitar involução muscular
que leve a limitação funcional;
Atividades físicas intensas – dispnéia, precordialgia, pré-
síncope ou síncope
AltitudeAltitude
Evitar altitude acima de 800 m e cabines de avião não
pressurizadas –surgimento ou piora da hipóxia –
vasoconstricção pulmonar e ↑ da sobrecarga de VD.
35. Tratamento – Medidas geraisTratamento – Medidas gerais
GravidezGravidez
Formalmente contra-indicada
Mudanças hemodinâmicas (↑ volemia → ↑ DC)
e hormonais → precipitação de falência
ventricular direita, especialmente durante o
terceiro trimestre.
Contraceptivos orais proscritos – ↑ risco de
fenômenos tromboembólicos
Orientação de uso de métodos contraceptivos
de barreira eficazes ou esterilização cirúrgica.
36. Tratamento – Medidas geraisTratamento – Medidas gerais
Anestesia e cirurgia
Procedimentos invasivos (ex: cateterismo,
biópsia pulmonar) → ativação do SNA simpático
– descompensação hemodinâmica aguda e
risco de vida.
Indicação de qualquer procedimento deve ser
cuidadosamente discutida
Monitorização hemodinâmica e ventilatória
rigorosas – evitar hipovolemia, hipotensão,
hipóxia e choque.
38. Tratamento convencionalTratamento convencional
TRATAMENTO DA DISFUNÇÃOTRATAMENTO DA DISFUNÇÃO
VENTRICULAR DIREITAVENTRICULAR DIREITA
↑ importante da pós-carga do VD e ↑ da pressão
e da resistência vascular em território pulmonar
→ hipertrofia de VD → dilatação de VD →
falência secundária.
Terapêutica – drogas inotrópicas, diuréticos e
vasodilatadores.
39. Tratamento convencionalTratamento convencional
DigoxinaDigoxina
↑discreto do débito cardíaco e ↓ níveis de
noradrenalina plasmática.
Tratamento a longo prazo controverso.
↑ risco de intoxicação em pacientes hipoxêmicos
ou com distúrbios eletrolíticos secundários ao
uso de diuréticos.
40. Tratamento convencionalTratamento convencional
DiuréticosDiuréticos
HAP → disfunção ventricular direita → congestão
sistêmica → hepatoesplenomegalia, congestão venosa e
edema de MMII.
↓ pressão de perfusão renal → hipovolemia arterial
sistêmico → ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona → retenção de sal e água → ↑ congastão.
Objetivo – ↓ volume intravascular e sinais congestivos,
com ↓ da pré-carga do VD, otimização do mecanismo de
Frank-Starling e melhora hemodinâmica.
Uso rigorosamente monitorizado
↓ excessiva da pré-carga imposta ao VD → piora do débito
cardíaco.
Pacientes hipoxêmicos – hemoconcentração → fenômenos
trombóticos.
Principais diuréticos – furosemida e espironolactona.
41. Tratamento convencionalTratamento convencional
Terapia vasodilatadoraTerapia vasodilatadora
Vasoconstrição – importante na HAP.
Uso crônico de bloqueadores de canal de cálcio – eficaz,
com ↑ sobrevida e ↓ morbidade.
Resposta clínica – doses elevadas (tituladas
individualmente)
Nifedipina – 180 mg/dia até 240 mg/dia
Diltiazem – 720 mg/dia até 960 mg/dia
Apenas 20% dos pacientes respondem ao tratamento.
Pacientes sem resposta satisfatória – efeitos colaterais
importantes com situações de risco de vida
Vasodilatação sistêmica induzida sem a vasodilatação
pulmonar e sem ↑ pré-carga do VE → hipotensão e choque
42. Tratamento convencional -Tratamento convencional - TerapiaTerapia
vasodilatadoravasodilatadora
Teste de vasodilatação pulmonarTeste de vasodilatação pulmonar
Forma segura de identificar pacientes que respondem à
terapêutica.
↓ pressão arterial pulmonar em 10 mmHg, redução da
pressão arterial pulmonar média e/ou resistência vascular
em 20% ou mais ou a diminuição de 30% tanto na pressão
quanto na resistência vascular pulmonar.
Testes em ambiente de UTI ou laboratório de
hemodinâmica, com o paciente monitorizado.
Cateter de Swan-Ganz, permitindo as medidas de débito
cardíaco, pressões da artéria pulmonar, resistência
vascular pulmonar, pressão capilar pulmonar e pressão
venosa central.
Droga ideal – a mais específica possível para a circulação
pulmonar, ter meia vida curta.
43. Tratamento convencional -Tratamento convencional - TerapiaTerapia
vasodilatadoravasodilatadora
Teste de vasodilatação pulmonarTeste de vasodilatação pulmonar
Adenosina
Apresenta grande variedade de ações fisiológicas –
indução de vasodilatação pulmonar.
Meia vida extremamente curta – 5 a 10 segundos
Ação seletiva quando injetada diretamente na artéria
pulmonar.
ProstaciclinaProstaciclina
Vasodilatador pulmonar endógeno produzido pelo
endotélio pulmonar
Ação vasodilatadora – ↑ AMPc em células musculares
lisas
Importante antiagregante plaquetário
44. Teste de vasodilatação pulmonarTeste de vasodilatação pulmonar
Óxido nítrico
Produzido pelo endotélio vascular pulmonar
através da enzima óxido nítrico sintetase.
Difunde-se para dentro da célula muscular lisa
subjacente → cataliza produção de GMPc →
relaxamento celular.
Administrado por via inalatória, com meia-vida de
15 a 30 segundos
Resposta positiva – ↓ resistência vascular
pulmonar de no mínimo 20% em relação ao valor
basal, associada a aumento correspondente no
índice cardíaco.
Tratamento convencional - TerapiaTratamento convencional - Terapia
vasodilatadoravasodilatadora
45. Tratamento convencionalTratamento convencional
OxigenoterapiaOxigenoterapia
HAP secundária à DPOC + PaO2 < a 60 mmHg
– vasoconstrição pulmonar secundária à
hipóxia.
Uso crônico domiciliar de O2 – melhora clínica e da
sobrevida.
Uso de O2 – ↓ progressão da eritrocitose → ↓
necessidade de hemodiluições.
O2 – 8 a 10 horas diárias, fluxo de 2 a 3 L/min, por
cateter nasal.
46. Tratamento convencionalTratamento convencional
AnticoagulaçãoAnticoagulação
Uso de anticoagulação oral está indicado.
HAP com estilo de vida sedentário + congestão passiva
crônica → ↑ risco de TVP e TEP
Modificações nas condições de fluxo + disfunção
endotelial (perda das propriedades anticoagulantes e
antitrombóticas dos vasos + deficiência do sistema
fibrinolítico) → trombose in situ em pequenos e grandes
vasos pulmonares.
Anticoagulante mais utilizado – warfarin, derivado
cumarínico que inibe a ativação dos fatores da
coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX, X).
INR – manter entre de 2,0 a 3,0.
47. Novos TratamentosNovos Tratamentos
Análogos da prostaciclina
Epoprostenol
Treprostinil
Iloprost
Beraprost
Inibidor de receptor de endotelina-1
(Bosentan)
Inibidor de fosfodiesterase-5 (Sildenafil)
Suplementação oral com L-arginina.
48. Novos TratamentosNovos Tratamentos
Análogos da prostaciclinaAnálogos da prostaciclina
Potentes vasodilatadores
Inibem a agregação plaquetária
↓ proliferação das células musculares lisas
Epoprostenol
HAP idiopática ou associada à doença do colágeno.
↓ pressão da artéria pulmonar média e da
resistência vascular pulmonar, e ↑ capacidade ao
exercício.
Meia-vida curta (3 a 5 minutos), via intravenosa
(cateter venoso central de longa permanência), de
forma continua através de bomba de infusão.
Complicações – risco de morte (interrupção abrupta
49. Novos TratamentosNovos Tratamentos
Análogos da prostaciclinaAnálogos da prostaciclina
Treprostinil
Infusão subcutânea – dor no local da infusão.
Pequeno ganho na capacidade ao exercício, no grau
de dispnéia e nos parâmetros hemodinâmicos.
Iloprost
Via inalatória – minimiza vasodilatação sistêmica –
6 a 9x/dia
Melhora na capacidade ao exercício e diminuição do
grau de dispnéia nas classes funcionais III e IV.
50. Novos TratamentosNovos Tratamentos
Inibidor de receptor de endotelina-1Inibidor de receptor de endotelina-1
Endotelina-1 das células endoteliais – potente vasoconstritor
e indutor de mitose em células musculares lisas.
Dois receptores (ETA e ETB) → vasoconstrição, inflamação,
fibrose e broncoconstrição.
HAP – ↑ concentrações no plasma e em tecido pulmonar de
endotelina-1.
BosentanBosentan
↑ qualidade de vida, capacidade física ao exercício e
variáveis hemodinâmicas.
125 mg/dia VO por 4 semanas → ↑ para 250 mg/dia.
Efeito colateral – ↑ transaminases hepáticas (dose
dependente), geralmente revertido com descontinuidade do
tratamento, porém normalização das transaminases pode
acontecer no decorrer do tratamento.
51. Novos TratamentosNovos Tratamentos
Inibidor de fosfodiesterase-5 (Sildenafil)Inibidor de fosfodiesterase-5 (Sildenafil)
Fosfodiesterases – enzimas que degradam o AMP
cíclico e o GMP cíclico intracelulares.
Ação – ↑ GMP cíclico, prolongando o efeitoAção – ↑ GMP cíclico, prolongando o efeito
vasodilatador do óxido nítrico.vasodilatador do óxido nítrico.
Efeito benéfico na HAP e no TEP crônicoEfeito benéfico na HAP e no TEP crônico
Efeitos colaterais – alterações retinianas e sinaisEfeitos colaterais – alterações retinianas e sinais
de neuropatia periférica.de neuropatia periférica.
DosesDoses
Adulto -Adulto - 60 mg/dia (3x 20 mg), podendo ↑↑ até 225 ou
300 mg/dia (3x 75 ou 100 mg).
Criança -Criança - até 3 mg/kg/dia (3x 1 mg/kg/dose).
52. Novos TratamentosNovos Tratamentos
Suplementação oral com L-argininaSuplementação oral com L-arginina
Óxido nítrico forma-se a partir da L-arginina em uma
reação mediada pela enzima NO sintase.
Administração EV aguda (500 mg/Kg em 30 minutos) –
↓ pressão arterial pulmonar média e resistência vascular
pulmonar (↑ produção endógena de óxido nítrico).
0,5 g/10 Kg de peso/dia (VO) – ↓ mesmas variáveis
hemodinâmicas, com tendência ao aumento do índice
cardíaco.
1,5 g/10 Kg de peso/dia (VO) 3x/dia – ↑ capacidade do
paciente ao exercício.
Efeitos de baixa magnitude quando comparados com
outras drogas.
53. Tratamento cirúrgico paliativoTratamento cirúrgico paliativo
Pacientes refratários a todas as medidas
clinicas apresentadas
Septostomia
Pacientes com forame oval patente, em fila para
o transplante pulmonar – maior sobrevida.
“Ponte” para a realização do transplante
pulmonar, com melhora funcional dos pacientes.
Indicação segue critérios específicos – realizada
apenas em centros com experiência em sua
realização
Mortalidade alta (até 13%)
Transplante
55. Referências Bibliográficas
1. Diagnóstico, avaliação e terapêutica da hipertensão
pulmonar. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
2005.
2. BARRETO, A.C., FRANCHI, S.M., PEREIRA, A.C. et al.
Pulmonary arterial hypertension: physiopathology, genetic
aspects and response to the chronic use of sildenafil. Arq.
Bras. Cardiol., Aug. 2005, vol.85, no.2, p.147-154
3. MANO, R. Manuais de Cardiologia. Livro virtual ano 8.
http://www.manuaisdecardiologia.med.br/. Acesso em 23 de
novembro de 2006.
4. MELO, K. Hipertensão Pulmonar. <
http://www.ucmf.com.br/caduceus/Sem_Hiper.htm>. Acesso em
23 de novembro de 2006.
5. WHITE, B. Pulmonary Hypertension. University of Maryland. <
http://www.scleroderma.org/pdf/Medical
%20Brochures/Portuguese/Portuguese_PH.pdf>. Acesso em 20
de novembro de 2006.
56. Consultem:
Uso do sildenafil na hipertensão pulmonar
persistente do recém-nascido
(Atualização/2006)
Autor: Paulo R. Margotto
Novas terapias para a hipertensão
pulmonar em recém-nascidos e crianças
Autor: Judy Aschner (EUA).Reproduzido por
Paulo R. Margotto
57. Consultem:
Uso de vasodilatadores no tratamento da
síndrome de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido
Autor: Jacques Belik (Canadá)