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Arte e Estética
Aula 5 – Arte Medieval
  Prof. Ms. Elizeu N. Silva
Arte Medieval - influências
A arte da primeira parte da Idade Média, séculos V ao XI, reflete
ainda a grande influência da cultura romana e do cristianismo.
A Europa em formação busca uma expressão cultural e artística
próprias, porém influenciada por quatro matrizes artísticas:
a) Herança clássica grego-romana: soluções
   arquitetônicas, concepções de uso dos
   espaços, colunas, capitéis etc.
b) Cristianismo: oferece temas
   religiosos como nova
   abordagem para a arte, que
   até então ocupava-se ora de
   temas seculares, ora pagãos.
                                       Pintura cristã em catacumba
                                       romana. Século III
Arte Medieval - influências
c) Influência oriental: a partir de Bizâncio,
   que dominou boa parte das penínsulas
   itálica e ibérica, com suas cruzes
   gregas, cúpulas de templos e mosaicos
   dourados.
d) Elementos decorativos dos povos
   bárbaros: joias, armas e outros objetos
   ricamente decorados. Difundem a arte
   em metais e as pedrarias.
                  Fíbula




                           Coroa votiva visigoda. Séc. VII
Arte Medieval – período carolíngio
Domínio da península itálica e de quase
toda a Europa Ocidental e Central pelos
francos, sob o comando de Carlos Magno.
Promoveu o
Renascimento
Carolíngio, entre os
séculos VIII e fim do
X.
Desenvolvimento da
arquitetura, das
abóbadas, dos arcos.

                         Interior da Capela de Aix-la-Chapelle. Alemanha, séc. VIII
Arte Medieval – período carolíngio




                               Interior da Capela de Aix-la-Chapelle.
                               Alemanha, séc. VIII
Arte Medieval – período carolíngio

Carlos Magno transforma sua
corte num importante centro de
arte e cultura. Tal projeto era
parte importante de um projeto
político muito mais amplo e
ambicioso, de renovação do
império romano.




                                     Imperador Carlos Magno. 742 a 814
                                     d.C.
Arte Medieval – arte românica

Após a morte de Carlos Magno, a arte deixa de ser
monopolizada pela corte e se difunde nos mosteiros.
A produção intelectual mais importante ocorre nas bibliotecas dos
mosteiros. O surgimento de novas ordens monásticas ajuda a
distribuir a produção intelectual e artística por toda a Europa.
A regra beneditina prescrevia ocupação intelectual e manual –
com maior ênfase nas atividades manuais.
O trabalho do campo estava destinado aos camponeses.
Restava aos religiosos todo tipo de artesanato, artes e
invenções.
Arte Medieval – arte românica

No início da Idade Média, a maioria das famílias aristocratas
tinha algum membro residindo nos mosteiros, onde o trabalho
criativo ocorria sob rígida organização e com divisão de trabalho.
Desta forma, pessoas privilegiadas e de alta formação intelectual
participaram diretamente da produção arquitetônica, artística e
literária da época.

Copiar e ilustrar
manuscritos eram
importantes atividades
monásticas.


                                   Monges copistas
Arte Medieval – arte românica

Arte românica: monástica e aristocrática. Constituída
principalmente de arquitetura e escultura.
Igrejas: grandes dimensões e ricamente adornadas.




                                                 Igreja de
                                                 Póvoa,
                                                 Portugal. Séc.
                                                 XI e XII
Arte Medieval – arte românica

Valores da religião cristã permeiam todos os aspectos da vida.
Concepção teocêntrica: Deus como centro do universo e medida
de tudo. Igrejas representam presença física de Deus na terra.
Constituem-se no centro em torno do qual tudo devia gravitar.




                                                  Catedral de
                                                  Saint-
                                                  Trophime,
                                                  França. Séc.
Arte Medieval – arte românica




Tímpano do portal da Catedral de Saint-Trophime, França. Séc. XII
Arte Medieval


Arte românica era monástica e aristocrática, o que demonstra
a
associação entre o clero e a nobreza. Entre as duas classes
prevalecia uma relação de lealdade e reciprocidade – embora
às vezes velada.
Os poderosos abades mantinham-se tão distantes do povo
como os senhores feudais. O poder é exercido por uma
soberba nobreza hereditária. A arte concebida nos mosteiros
é, portanto, aristocrática.
Arte Medieval


Arte canônica: a Idade Média desconhece a ideia de
progresso. Ao contrário, as aristocracias secular e clerical se
esforçam por manter as tradições. A produção artística,
portanto, é cercada de regras que deviam ser seguidas
rigidamente.


Toda a ciência e arte, todo pensamento, toda vontade tinham
relação de dependência direta da suprema autoridade da
igreja. Cultura autoritária e coerciva.
Arte Medieval


A Reforma de Cluny: movimento moralizador atuante entre os
séculos X e XII, liderado pela Ordem de Cluny, visando
combater a liberalidade de costumes na Igreja.


É a partir do século X, portanto, que a Igreja consolida a
cultura medieval: o clero produz uma tendência apocalíptica
de escapismo do mundo e premente anseio de morte.
Mantém o espírito dos homens em constante excitação
religiosa, pregando sobre o fim do mundo e o Juízo Final.
Arte Medieval
Arte Medieval




A Virgem e o Menino - Giotto
Arte Medieval


Arte românica se caracteriza por um abstracionismo
estereotipado, de tendências emocionais e expressionistas.
As personagens exibem poses quase de marionetes.


Pietro Cavallini (1273–1308) > O Juízo Final
Arte Medieval




Filippo Rusuti (séc. XIII–XIV) > História do Gênesis. Basílica São Francisco de Assis
Arte Medieval




Jacopo Torriti (séc. XIII > Mosaicos Coroação de Virgem. Igreja Santa Maria Maior,
Roma. (1295)
Arte Medieval




                Herrad de Landsberg
                (1130–1195).
                Autorretrato - 1180
Bibliografia


FERNÁNDEZ, A.; BARNECHEA, E.; HARO, J. Historia del arte.
Barcelona, Ed. Vicens-Vives, 1998
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo,
Martins Fontes, 2000
VENTURI, Lionello. História da crítica de arte. Lisboa, Ed. 70, 2007

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Aula 05 arte medieval

  • 1. Arte e Estética Aula 5 – Arte Medieval Prof. Ms. Elizeu N. Silva
  • 2. Arte Medieval - influências A arte da primeira parte da Idade Média, séculos V ao XI, reflete ainda a grande influência da cultura romana e do cristianismo. A Europa em formação busca uma expressão cultural e artística próprias, porém influenciada por quatro matrizes artísticas: a) Herança clássica grego-romana: soluções arquitetônicas, concepções de uso dos espaços, colunas, capitéis etc. b) Cristianismo: oferece temas religiosos como nova abordagem para a arte, que até então ocupava-se ora de temas seculares, ora pagãos. Pintura cristã em catacumba romana. Século III
  • 3. Arte Medieval - influências c) Influência oriental: a partir de Bizâncio, que dominou boa parte das penínsulas itálica e ibérica, com suas cruzes gregas, cúpulas de templos e mosaicos dourados. d) Elementos decorativos dos povos bárbaros: joias, armas e outros objetos ricamente decorados. Difundem a arte em metais e as pedrarias. Fíbula Coroa votiva visigoda. Séc. VII
  • 4. Arte Medieval – período carolíngio Domínio da península itálica e de quase toda a Europa Ocidental e Central pelos francos, sob o comando de Carlos Magno. Promoveu o Renascimento Carolíngio, entre os séculos VIII e fim do X. Desenvolvimento da arquitetura, das abóbadas, dos arcos. Interior da Capela de Aix-la-Chapelle. Alemanha, séc. VIII
  • 5. Arte Medieval – período carolíngio Interior da Capela de Aix-la-Chapelle. Alemanha, séc. VIII
  • 6. Arte Medieval – período carolíngio Carlos Magno transforma sua corte num importante centro de arte e cultura. Tal projeto era parte importante de um projeto político muito mais amplo e ambicioso, de renovação do império romano. Imperador Carlos Magno. 742 a 814 d.C.
  • 7. Arte Medieval – arte românica Após a morte de Carlos Magno, a arte deixa de ser monopolizada pela corte e se difunde nos mosteiros. A produção intelectual mais importante ocorre nas bibliotecas dos mosteiros. O surgimento de novas ordens monásticas ajuda a distribuir a produção intelectual e artística por toda a Europa. A regra beneditina prescrevia ocupação intelectual e manual – com maior ênfase nas atividades manuais. O trabalho do campo estava destinado aos camponeses. Restava aos religiosos todo tipo de artesanato, artes e invenções.
  • 8. Arte Medieval – arte românica No início da Idade Média, a maioria das famílias aristocratas tinha algum membro residindo nos mosteiros, onde o trabalho criativo ocorria sob rígida organização e com divisão de trabalho. Desta forma, pessoas privilegiadas e de alta formação intelectual participaram diretamente da produção arquitetônica, artística e literária da época. Copiar e ilustrar manuscritos eram importantes atividades monásticas. Monges copistas
  • 9. Arte Medieval – arte românica Arte românica: monástica e aristocrática. Constituída principalmente de arquitetura e escultura. Igrejas: grandes dimensões e ricamente adornadas. Igreja de Póvoa, Portugal. Séc. XI e XII
  • 10. Arte Medieval – arte românica Valores da religião cristã permeiam todos os aspectos da vida. Concepção teocêntrica: Deus como centro do universo e medida de tudo. Igrejas representam presença física de Deus na terra. Constituem-se no centro em torno do qual tudo devia gravitar. Catedral de Saint- Trophime, França. Séc.
  • 11. Arte Medieval – arte românica Tímpano do portal da Catedral de Saint-Trophime, França. Séc. XII
  • 12. Arte Medieval Arte românica era monástica e aristocrática, o que demonstra a associação entre o clero e a nobreza. Entre as duas classes prevalecia uma relação de lealdade e reciprocidade – embora às vezes velada. Os poderosos abades mantinham-se tão distantes do povo como os senhores feudais. O poder é exercido por uma soberba nobreza hereditária. A arte concebida nos mosteiros é, portanto, aristocrática.
  • 13. Arte Medieval Arte canônica: a Idade Média desconhece a ideia de progresso. Ao contrário, as aristocracias secular e clerical se esforçam por manter as tradições. A produção artística, portanto, é cercada de regras que deviam ser seguidas rigidamente. Toda a ciência e arte, todo pensamento, toda vontade tinham relação de dependência direta da suprema autoridade da igreja. Cultura autoritária e coerciva.
  • 14. Arte Medieval A Reforma de Cluny: movimento moralizador atuante entre os séculos X e XII, liderado pela Ordem de Cluny, visando combater a liberalidade de costumes na Igreja. É a partir do século X, portanto, que a Igreja consolida a cultura medieval: o clero produz uma tendência apocalíptica de escapismo do mundo e premente anseio de morte. Mantém o espírito dos homens em constante excitação religiosa, pregando sobre o fim do mundo e o Juízo Final.
  • 16. Arte Medieval A Virgem e o Menino - Giotto
  • 17. Arte Medieval Arte românica se caracteriza por um abstracionismo estereotipado, de tendências emocionais e expressionistas. As personagens exibem poses quase de marionetes. Pietro Cavallini (1273–1308) > O Juízo Final
  • 18. Arte Medieval Filippo Rusuti (séc. XIII–XIV) > História do Gênesis. Basílica São Francisco de Assis
  • 19. Arte Medieval Jacopo Torriti (séc. XIII > Mosaicos Coroação de Virgem. Igreja Santa Maria Maior, Roma. (1295)
  • 20. Arte Medieval Herrad de Landsberg (1130–1195). Autorretrato - 1180
  • 21. Bibliografia FERNÁNDEZ, A.; BARNECHEA, E.; HARO, J. Historia del arte. Barcelona, Ed. Vicens-Vives, 1998 HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo, Martins Fontes, 2000 VENTURI, Lionello. História da crítica de arte. Lisboa, Ed. 70, 2007