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MÓDULO 4
A CULTURA DA CATEDRAL
ESCULTURA E PINTURA
A ARTE GÓTICA
A Escultura
• A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à arquitetura das Igrejas e está
presente (mais pousada que integrada) nas fachadas, tímpanos e portais das
catedrais, que foram o espaço ideal para sua realização.
• As construções góticas possuem, assim, uma grande riqueza decorativa. Por
dentro mas, especialmente, por fora, apresentam uma verdadeira renda em
pedra que ornamenta os arcos, as molduras das janelas e portais…
• Os edifícios góticos enriquecem-se ainda com: baixos-relevos de narrativas
bíblicas; estátuas-coluna e de vulto redondo; temas religiosos e decoração
esculpida em elementos arquitetónicos.
• A escultura e a pintura começam-se a desligar da arquitetura, surgindo como
uma verdadeira arte por si mesmas.
A escultura
• No Gótico inicial as estátuas, colocadas em nichos ou em colunelos dos portais,
mostravam ainda uma grande rigidez na posição, embora os rostos surgissem
cada vez mais individualizados numa expressividade serena.
• As estátuas eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um
acentuado predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia
desaparecer.
• No Gótico pleno, a escultura assumiu
uma feição mais naturalista e realista,
quer na estatuária, quer no relevo. As
obras apresentam corpos mais
volumosos e posições algo curvilíneas,
onde o requebro da anca, acentua a
sinuosidade da figura.
Pág. 203
• A escultura decorativa gótica concentra-se nas fachadas e nos portais das
catedrais.
• São múltiplos os elementos usados de forma arquitetónica, como: pináculos;
rosáceas; florões; gárgulas…
• Ao contrário do românico, agora privilegia-se a decoração exterior. Todo o
trabalho escultórico é realizado em oficinas e depois levado para os locais em
que iria ficar exposto.
• As peças eram objeto de enriquecimento com as cores convencionais e função
decorativa e simbólica (rosto e mãos naturais; cabelos louros, vestes
policromadas…).
• A escultura apresenta uma evolução ao nível da composição, da expressão, da
monumentalidade das obras e uma aproximação progressiva ao real.
A escultura decorativa/ Estatuária
Pág. 204
• Muda ainda a temática. As cenas mostram:
• Cristo em majestade;
• o Juízo Final (agora retratado com carácter não de terror, mas esperança);
• a vida da Virgem;
• o nascimento de Cristo;
• a vida dos santos…
• Mãos, rostos, corpos são tratados com maior correção anatómica. A Virgem,
Cristo ou os santos são tratados com mais detalhe, mostrando o seu semblante
uma maior verdade e sensibilidade. É a “humanização dos Céus”.
• Há a divulgação do culto mariano, incentivado como forma de suavizar os
costumes (ex. Nossa Senhora do Leite e N. Senhora do Ó).
• Esta conceção reflete o pensamento de S. Tomás de Aquino (“a sensibilidade
como fonte do conhecimento”).
• No século XIV, são recorrentes as esculturas que transmitem sofrimento
e que representam feridas exageradas ou um Cristo esquelético.
• Esta expressividade é estimulada pela crise económica e
social. A constante presença da morte reflete-se na arte
e representa-se tanto o homem comum com os santos e
Cristo em sofrimento.
Pág. 205
• A escultura tumular gótica está baseada em estátuas jacentes – representação
do defunto em alto-relevo, com olhos abertos e mãos sobre o peito em oração -
que refletem o individualismo e desejo de notoriedade, bem como um
profundo respeito pela morte, típico de uma época marcada por crises e grande
mortandade (ilustrada pelas obras de Ars Moriendi).
A escultura tumular
Roberto II o Piedoso e sua esposa,
Constança de Arles
• Tal como a restante escultura, a forma de representar o morto sofre uma
evolução:
• Inicialmente, visava apenas a evocação do defunto, logo, não possuía
pormenores.
• Em meados do séc. XIII, dá-se prioridade ao retrato do morto de forma
idealizada, representado com um leve sorriso no rosto.
• Em finais do séc. XIV, inícios do séc. XV, a representação toma a forma de
um cadáver em decomposição, numa tentativa de consciencializar para a
condição humana.
Pág. 205
Guillaume de Harcigny
Vanitas
Gregor Erhart, c. 1500 Kunsthistorisches Museum, Viena
Cadeiral de Spitalkirche, Baden-Baden (Alemanha), 1512
• Os testemunhos mais interessantes da estatuária gótica nacional encontram-se
na escultura tumular: os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro (em Alcobaça)
e o de D. João I e D. Filipa de Lencastre (na Batalha).
• Para além da arquitetura e da escultura, a arte gótica portuguesa está também
representada na pintura, na tapeçaria (realce para as tapeçarias de Pastrana que
comemoram a tomada de Arzila por D. Afonso V), na ourivesaria (cálices,
cofres, relicários) e na iluminura.
Pág. 205
Gótico Primitivo Gótico Radiante Gótico Flamejante
Exemplos Chartres
Reims / Notre
Dame de Paris
Strasburg/
Westmistrer
Corpo X Alma
Só alma – importância
para o rosto, corpo
coluna
Corpo e alma
Só corpo
Curvas
Sem ondulações
Dobras rasas
Paralelas
estilizadas
Dobras profundas e
majestosas
Curvas e contra
curvas, caracóis
com muitas dobras
Emoções
Frieza, sem emoções
Impassibilidade
Sorriso, Emoções
equilibradas, sem
excessos, tristeza
esperançosa
Gargalhada,
desespero, pranto,
dor
Movimento Sem movimento
Com movimentos
equilibrados
Muito movimento,
agitadas pelo vento
Altura
Desproporcionalmente
altas
Proporcionais (7-8
cabeças)
Muito baixas
Em comparação – as virgens :
Românico
• Rigidez, cânones fixos;
• Simetria axial;
• Distribuição dos volumes e formas
segundo um plano geométrico;
• Mensagem a transmitir:
• Eternidade,
• Solenidade,
• Majestade,
• Simbolismo,
• Distanciamento.
• Mãe e filho apresentam uma severidade
reciproca e para com os outros.
Gótico
• Proporcionalidade;
• Gestos humanizados;
• Pragueados naturais;
• Naturalismo;
• Liberdade de traçado, de modelado e de
composição;
• Mensagem a transmitir:
• Doçura,
• Beleza,
• Graciosidade,
• Desejo de viver.
• Mãe e filho demonstram carinho, nos gestos e
no olhar.
A ARTE GÓTICA
A Pintura
A pintura gótica
• A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu transmitir
não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a
pureza da religiosidade, com o nítido objetivo de emocionar o espectador.
• Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbolismo, nos seus inícios utilizou
principalmente cores claras.
• Em estreito contacto com a iconografia cristã, a linguagem das cores era
completamente definida: o azul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e o
castanho, a de São João Batista.
• A manifestação da ideia de um espaço sagrado e temporal, alheio à vida do
mundo, foi conseguida com a substituição da luz por fundos dourados.
• Essas técnicas e conceitos foram aplicados tanto na pintura mural como,
principalmente, nos vitrais, nos retábulos e na iluminação de livros.
Pintura românica: pouca liberdade criativa
Cristo em Majestade, (séc XII)
Capela de Berzé La Ville, na França.
Pintura gótica: muito mais criativa e
interpretativa.
A lamentação de Cristo, Giotto do
Bondone, 1305. Capela Scrovegni,Itália
• A pintura mural passa a ser relegada para as salas capitulares e edifícios civis.
• As igrejas góticas enchem-se de vitrais, que transformam os efeitos luminosos
em jogos pictóricos.
• Também ganhou especial expansão a arte da miniatura e a pintura de cavalete
sobre madeira, mais fácil de transportar e destinada à composição de retábulos.
• Durante os séculos XIII e XIV, a pintura era
linear, muito estilizada, de ritmo sinuoso e
dominada pelo desenho e pela elegância
formal. Pouco a pouco, a plenitude do
românico cedeu lugar a figuras com algum
sentido do volume, colocadas sobre fundos
planos, quase sempre dourados, e, mais
tarde, com certa sugestão de paisagem.
Bonaventura Berlinghieiri, S. Francisco
A Itália e a Flandres: Gótico e Humanismo
• Na Flandres, o desenvolvimento do gótico foi mais tardio o que possibilitou a
adopção de técnicas inovadoras.
• Os artistas executavam retratos físicos e psicológicos, de interesse social, com
grande realismo e enquadrados por paisagens naturalistas e arquitetónicas.
• Esta forma de representar as figuras e os temas estendeu-se às cenas sagradas
que são tratadas como cenas do quotidiano.
• A minuciosa pintura flamenga a óleo chegou a ser o estilo mais apreciado no
mundo gótico. A utilização do óleo possibilitou cores mais vivas e brilhantes e
maior detalhe. Os iniciadores dessa escola foram os irmãos Hubert e Jan van
Eyck (procurava registrar os aspetos da vida urbana e da sociedade de sua
época).
Pág. 207
• As características fundamentais das pinturas flamengas deste período são:
• o tratamento perspético do espaço;
• O naturalismo das figuras e objetos;
• O retrato psicológico das personagens;
• A expressão realista da cena (muitas vezes o artista enquadra-se na própria
pintura.
Na Flandres Jan van Eyck celebriza-se
pela perícia e minúcia do seu desenho,
pela luminosidade da cor e domínio da
técnica da pintura a óleo.
• Na Itália, a maior parte das grandes cidades como Florença, Veneza, Milão e
Pisa, adquiriram grande autonomia e constituíram-se cidades-estado,
prosperando economicamente e obtendo um enorme desenvolvimento nas
artes.
• Esse desenvolvimento conjugou humanismo e espiritualidade e libertou-se
definitivamente das influências românicas e bizantinas, antecipando a arte do
Renascimento. Entre os seus principais representantes contam-se: Cimabue e
Giotto, em Florença e Duccio di Buoninsegna e Simone Martini, em Siena.
• A existência de uma importante tradição de pintura em madeira, na região da
Toscânia terá servido de base ao trabalho de Giotto e de Cimabue. As pinturas
mostravam retábulos de madeira com a Virgem em Majestade, rodeada de
santos e anjos.
Pág. 206
• As obras de Duccio di Buoninsegna revelam uma maior influência da iluminura
gótica francesa, dando à representação um aspeto mais livre e fluído. Existe
uma harmonia da cor e da luz, refletida por um fundo dourado. Duccio foi
seguido por Simone Martini e Pietro Ambrogio Lorenzetti.
• É a fase da pintura à “maniera greca”, ou seja, relacionada com a influência
bizantina, através da pintura de ícones, e por via dos contactos comerciais com
o oriente.
• Cimabue é um dos pintores
que denota esta forte
influência bizantina.
• No entanto, a sua obra evolui
sobretudo no tratamento dos
movimentos das figuras. Estas
perdem a rigidez hierática para
adotarem um sentido mais
vivo e próximo da realidade.
• Giotto foi discípulo de Cimabue. Realizou obras muito mais humanizadas,
onde as figuras contam histórias de sofrimento e de desejo. As obras de Giotto
revelam um naturalismo expressivo fantástico.
• A característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura dos
santos com seres humanos de aparência bem comum.
• Assim, a pintura de Giotto vem ao
encontro de uma visão humanista
do mundo, que se vai cada vez mais
firmando até ganhar plenitude no
Renascimento.
• As composições de Giotto, que se encontram um pouco por toda a Itália (Assis,
Roma, Pádua, Florença, Nápoles), são autênticas narrativas, plenas de espírito
criador.
• Giotto pintou em Assis as cenas da vida de S. Francisco, cinquenta anos depois
da sua morte, num momento em que a devoção popular já o considerava Santo.
As pinturas narram as diferentes etapas da vida do monge, desde que rompe
com o pai até à morte, momento em que o seu corpo foi entregue à monja Santa
Clara.
Pág. 207
Crucificação, Giotto
• A pintura gótica teve assim o seu período mais importante no séc. XIV e no séc.
XV, época em que o Papado se fixou em Avinhão e as repúblicas italianas e o
Sacro Império Romano Germânico se encontravam fragmentados.
• Como características da renovação técnica e plástica do trecento italiano
podemos apontar:
• A reprodução realista com preocupação pelo detalhe e integração
paisagística;
• A representação perspética das formas e dos espaços arquitetónicos;
• O sentido narrativo das cenas;
• A expressividade emotiva e o carácter humano das figuras;
• O valor simbólico dos elementos presentes na obra.
Pág. 207
• Os temas pictóricos procediam das hagiografias, das Sagradas Escrituras e dos
relatos cavalheirescos. Tal como sucedeu com a arquitetura e a escultura, esse
primeiro estilo da pintura gótica também se originou na França, motivo pelo
qual foi chamado franco-gótico.
• Aumentou a produção de tapeçarias, que decoravam as paredes de palácios e
casas senhoriais, e ganharam especial expansão a arte da miniatura e a pintura
de cavalete sobre madeira, mais fácil de transportar e destinada à composição
de retábulos.
• O refinado mundo cortesão, que concedia uma singular importância à mulher,
produziu no século XV um novo estilo, conhecido como internacional, que
unia a estética franco-gótica às influências dos mestres de Siena de tradição
bizantina.
O Gótico cortesão
• Na produção deste Gótico Internacional (composição e colorido de tradição
bizantina conjugada com o linearismo do gótico ocidental) destacam-se, entre
outras obras, as miniaturas do livro: “As riquíssimas horas do duque de Berry”,
de autoria dos irmãos Limbourg.
• As características do chamado estilo internacional ou estilo “1400” são:
• as influências bizantinas (dourados e tons brilhantes);
• preocupação pelo realismo dos rostos e velaturas,;
• a inclusão de paisagens e espaços arquitetónicos num tratamento mais
correto dos espaços;
• o desenvolvimento da técnica da perspetiva;
• as imagens ganham volume e Jesus, a Virgem Maria e os Santos ganham
uma expressão mais humanizada .
• Sobressaiem nomes como o de Gentile de Fabriano ou Simone Martini.
Pág. 210
Simone Martini
• Outros artistas destacados foram Roger van der Weyden; Hans Memling, cuja
pintura era suave, gentil e delicada e de um grande sentido de humanidade;
Robert Campin, que construiu espaços reais de profundidade e coerência.
• Dimensões, cores, matérias, texturas e iluminação de subtis efeitos de luz e
sombra em conjunto com as diferentes gradações e brilhos, resultaram em
obras de profunda veracidade.
• Destacaram-se ainda na pintura da Flandres, Matias Grünewald que executou
obras de grande expressividade, vigorosas e de sofrimento, como a Crucificação
de Cristo; Hieronymus Bosch, cujas obras representam uma visão apocalíptica e
macabra como o Jardim das Delícias ou o Navio dos Loucos e Van Der Goês,
autor do Tríptico de Portinari.
Pág. 208
“A Criação do Mundo”, tríptico fechado, de Bosch. Quando aberto, revela o “Jardim das Delícias”
• Representa o último dia da criação: Deus
criara as flores, os frutos e os seres humanos.
• Os animais, irracionais,
alimentam-se uns dos
outros.
• A fonte da vida,
inacessível, simboliza a
tentação e a falsidade
• O jardim da luxúria, o
verdadeiro jardim das delícias,
está entre o Paraíso onde foi
cometido o primeiro pecado e
o Inferno, onde estão todos os
pecados.
• O pecado original está aqui
simbolizado pelos morangos
gigantes (“apanhar frutos” era,
na Idade Média, equivalente
ao ato sexual).
• A única figura vestida é Adão.
• O banho de Vénus,
expressão medieval para
estar apaixonado.
• O ovo equilibrado na
cabeça do cavaleiro. A
moral é que a beleza tem
duas caras: é bela mas
mortal – o prazer conduz à
condenação eterna.
• As torturas e tormentos do inferno:
homens empalados, soldados comidos
por dragões…
• Os culpados de luxúria são crucificados
em instrumentos musicais gigantes…
• Castigo infernal: a
criatura que come os
humanos e depois os
defeca para um poço.
”Cristo no Limbo”, de Bosch
A Iluminura
• A iluminura gótica sofre influências da arte românica e bizantina.
• Época de maior secularização, aparecem agora iluminadores laicos, a partir de
encomendas de nobres e religiosos.
• A representação do espaço tem agora novas regras:
• fundo repleto de figuras humanas e animais;
• apontamentos da natureza e arquitetura;
• riqueza cromática, dominando os azuis, em
contraste com vermelhos .
• A iluminura prevaleceu até ao séc. XVI, embora
durante a fase da Peste Negra tenha sofrido um
duro golpe com a morte de muitos dos seus praticantes (o que também explica
o espírito mais religioso dessas obras). Pág. 210
Os vitrais
• O Vitral tem o seu apogeu entre 1200-1260.
• Surge como consequência directa da estrutura do edifício gótico, ocupando o
lugar dos murais a fresco.
• Integra-se na nova forma de celebrar a fé através da Luz: rosáceas e janelas
rasgadas (as “igrejas de vidro”).
Pág. 198
• Os temas permanecem os
religiosos: a vida de Cristo;
Cenas do Antigo e do Novo
testamento; Culto da Virgem.
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A cultura da catedral escultura e pintura

  • 1. MÓDULO 4 A CULTURA DA CATEDRAL ESCULTURA E PINTURA
  • 2. A ARTE GÓTICA A Escultura
  • 3. • A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à arquitetura das Igrejas e está presente (mais pousada que integrada) nas fachadas, tímpanos e portais das catedrais, que foram o espaço ideal para sua realização. • As construções góticas possuem, assim, uma grande riqueza decorativa. Por dentro mas, especialmente, por fora, apresentam uma verdadeira renda em pedra que ornamenta os arcos, as molduras das janelas e portais… • Os edifícios góticos enriquecem-se ainda com: baixos-relevos de narrativas bíblicas; estátuas-coluna e de vulto redondo; temas religiosos e decoração esculpida em elementos arquitetónicos. • A escultura e a pintura começam-se a desligar da arquitetura, surgindo como uma verdadeira arte por si mesmas. A escultura
  • 4. • No Gótico inicial as estátuas, colocadas em nichos ou em colunelos dos portais, mostravam ainda uma grande rigidez na posição, embora os rostos surgissem cada vez mais individualizados numa expressividade serena. • As estátuas eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. • No Gótico pleno, a escultura assumiu uma feição mais naturalista e realista, quer na estatuária, quer no relevo. As obras apresentam corpos mais volumosos e posições algo curvilíneas, onde o requebro da anca, acentua a sinuosidade da figura. Pág. 203
  • 5. • A escultura decorativa gótica concentra-se nas fachadas e nos portais das catedrais. • São múltiplos os elementos usados de forma arquitetónica, como: pináculos; rosáceas; florões; gárgulas… • Ao contrário do românico, agora privilegia-se a decoração exterior. Todo o trabalho escultórico é realizado em oficinas e depois levado para os locais em que iria ficar exposto. • As peças eram objeto de enriquecimento com as cores convencionais e função decorativa e simbólica (rosto e mãos naturais; cabelos louros, vestes policromadas…). • A escultura apresenta uma evolução ao nível da composição, da expressão, da monumentalidade das obras e uma aproximação progressiva ao real. A escultura decorativa/ Estatuária Pág. 204
  • 6. • Muda ainda a temática. As cenas mostram: • Cristo em majestade; • o Juízo Final (agora retratado com carácter não de terror, mas esperança); • a vida da Virgem; • o nascimento de Cristo; • a vida dos santos…
  • 7. • Mãos, rostos, corpos são tratados com maior correção anatómica. A Virgem, Cristo ou os santos são tratados com mais detalhe, mostrando o seu semblante uma maior verdade e sensibilidade. É a “humanização dos Céus”. • Há a divulgação do culto mariano, incentivado como forma de suavizar os costumes (ex. Nossa Senhora do Leite e N. Senhora do Ó). • Esta conceção reflete o pensamento de S. Tomás de Aquino (“a sensibilidade como fonte do conhecimento”). • No século XIV, são recorrentes as esculturas que transmitem sofrimento e que representam feridas exageradas ou um Cristo esquelético. • Esta expressividade é estimulada pela crise económica e social. A constante presença da morte reflete-se na arte e representa-se tanto o homem comum com os santos e Cristo em sofrimento. Pág. 205
  • 8. • A escultura tumular gótica está baseada em estátuas jacentes – representação do defunto em alto-relevo, com olhos abertos e mãos sobre o peito em oração - que refletem o individualismo e desejo de notoriedade, bem como um profundo respeito pela morte, típico de uma época marcada por crises e grande mortandade (ilustrada pelas obras de Ars Moriendi). A escultura tumular Roberto II o Piedoso e sua esposa, Constança de Arles
  • 9. • Tal como a restante escultura, a forma de representar o morto sofre uma evolução: • Inicialmente, visava apenas a evocação do defunto, logo, não possuía pormenores. • Em meados do séc. XIII, dá-se prioridade ao retrato do morto de forma idealizada, representado com um leve sorriso no rosto. • Em finais do séc. XIV, inícios do séc. XV, a representação toma a forma de um cadáver em decomposição, numa tentativa de consciencializar para a condição humana. Pág. 205 Guillaume de Harcigny
  • 10. Vanitas Gregor Erhart, c. 1500 Kunsthistorisches Museum, Viena Cadeiral de Spitalkirche, Baden-Baden (Alemanha), 1512
  • 11. • Os testemunhos mais interessantes da estatuária gótica nacional encontram-se na escultura tumular: os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro (em Alcobaça) e o de D. João I e D. Filipa de Lencastre (na Batalha). • Para além da arquitetura e da escultura, a arte gótica portuguesa está também representada na pintura, na tapeçaria (realce para as tapeçarias de Pastrana que comemoram a tomada de Arzila por D. Afonso V), na ourivesaria (cálices, cofres, relicários) e na iluminura. Pág. 205
  • 12. Gótico Primitivo Gótico Radiante Gótico Flamejante Exemplos Chartres Reims / Notre Dame de Paris Strasburg/ Westmistrer Corpo X Alma Só alma – importância para o rosto, corpo coluna Corpo e alma Só corpo Curvas Sem ondulações Dobras rasas Paralelas estilizadas Dobras profundas e majestosas Curvas e contra curvas, caracóis com muitas dobras Emoções Frieza, sem emoções Impassibilidade Sorriso, Emoções equilibradas, sem excessos, tristeza esperançosa Gargalhada, desespero, pranto, dor Movimento Sem movimento Com movimentos equilibrados Muito movimento, agitadas pelo vento Altura Desproporcionalmente altas Proporcionais (7-8 cabeças) Muito baixas
  • 13. Em comparação – as virgens : Românico • Rigidez, cânones fixos; • Simetria axial; • Distribuição dos volumes e formas segundo um plano geométrico; • Mensagem a transmitir: • Eternidade, • Solenidade, • Majestade, • Simbolismo, • Distanciamento. • Mãe e filho apresentam uma severidade reciproca e para com os outros. Gótico • Proporcionalidade; • Gestos humanizados; • Pragueados naturais; • Naturalismo; • Liberdade de traçado, de modelado e de composição; • Mensagem a transmitir: • Doçura, • Beleza, • Graciosidade, • Desejo de viver. • Mãe e filho demonstram carinho, nos gestos e no olhar.
  • 14. A ARTE GÓTICA A Pintura
  • 15. A pintura gótica • A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu transmitir não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade, com o nítido objetivo de emocionar o espectador. • Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbolismo, nos seus inícios utilizou principalmente cores claras. • Em estreito contacto com a iconografia cristã, a linguagem das cores era completamente definida: o azul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e o castanho, a de São João Batista. • A manifestação da ideia de um espaço sagrado e temporal, alheio à vida do mundo, foi conseguida com a substituição da luz por fundos dourados. • Essas técnicas e conceitos foram aplicados tanto na pintura mural como, principalmente, nos vitrais, nos retábulos e na iluminação de livros.
  • 16. Pintura românica: pouca liberdade criativa Cristo em Majestade, (séc XII) Capela de Berzé La Ville, na França. Pintura gótica: muito mais criativa e interpretativa. A lamentação de Cristo, Giotto do Bondone, 1305. Capela Scrovegni,Itália
  • 17. • A pintura mural passa a ser relegada para as salas capitulares e edifícios civis. • As igrejas góticas enchem-se de vitrais, que transformam os efeitos luminosos em jogos pictóricos. • Também ganhou especial expansão a arte da miniatura e a pintura de cavalete sobre madeira, mais fácil de transportar e destinada à composição de retábulos. • Durante os séculos XIII e XIV, a pintura era linear, muito estilizada, de ritmo sinuoso e dominada pelo desenho e pela elegância formal. Pouco a pouco, a plenitude do românico cedeu lugar a figuras com algum sentido do volume, colocadas sobre fundos planos, quase sempre dourados, e, mais tarde, com certa sugestão de paisagem. Bonaventura Berlinghieiri, S. Francisco
  • 18. A Itália e a Flandres: Gótico e Humanismo • Na Flandres, o desenvolvimento do gótico foi mais tardio o que possibilitou a adopção de técnicas inovadoras. • Os artistas executavam retratos físicos e psicológicos, de interesse social, com grande realismo e enquadrados por paisagens naturalistas e arquitetónicas. • Esta forma de representar as figuras e os temas estendeu-se às cenas sagradas que são tratadas como cenas do quotidiano. • A minuciosa pintura flamenga a óleo chegou a ser o estilo mais apreciado no mundo gótico. A utilização do óleo possibilitou cores mais vivas e brilhantes e maior detalhe. Os iniciadores dessa escola foram os irmãos Hubert e Jan van Eyck (procurava registrar os aspetos da vida urbana e da sociedade de sua época). Pág. 207
  • 19. • As características fundamentais das pinturas flamengas deste período são: • o tratamento perspético do espaço; • O naturalismo das figuras e objetos; • O retrato psicológico das personagens; • A expressão realista da cena (muitas vezes o artista enquadra-se na própria pintura. Na Flandres Jan van Eyck celebriza-se pela perícia e minúcia do seu desenho, pela luminosidade da cor e domínio da técnica da pintura a óleo.
  • 20. • Na Itália, a maior parte das grandes cidades como Florença, Veneza, Milão e Pisa, adquiriram grande autonomia e constituíram-se cidades-estado, prosperando economicamente e obtendo um enorme desenvolvimento nas artes. • Esse desenvolvimento conjugou humanismo e espiritualidade e libertou-se definitivamente das influências românicas e bizantinas, antecipando a arte do Renascimento. Entre os seus principais representantes contam-se: Cimabue e Giotto, em Florença e Duccio di Buoninsegna e Simone Martini, em Siena. • A existência de uma importante tradição de pintura em madeira, na região da Toscânia terá servido de base ao trabalho de Giotto e de Cimabue. As pinturas mostravam retábulos de madeira com a Virgem em Majestade, rodeada de santos e anjos. Pág. 206
  • 21. • As obras de Duccio di Buoninsegna revelam uma maior influência da iluminura gótica francesa, dando à representação um aspeto mais livre e fluído. Existe uma harmonia da cor e da luz, refletida por um fundo dourado. Duccio foi seguido por Simone Martini e Pietro Ambrogio Lorenzetti.
  • 22. • É a fase da pintura à “maniera greca”, ou seja, relacionada com a influência bizantina, através da pintura de ícones, e por via dos contactos comerciais com o oriente. • Cimabue é um dos pintores que denota esta forte influência bizantina. • No entanto, a sua obra evolui sobretudo no tratamento dos movimentos das figuras. Estas perdem a rigidez hierática para adotarem um sentido mais vivo e próximo da realidade.
  • 23. • Giotto foi discípulo de Cimabue. Realizou obras muito mais humanizadas, onde as figuras contam histórias de sofrimento e de desejo. As obras de Giotto revelam um naturalismo expressivo fantástico. • A característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura dos santos com seres humanos de aparência bem comum. • Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que se vai cada vez mais firmando até ganhar plenitude no Renascimento.
  • 24. • As composições de Giotto, que se encontram um pouco por toda a Itália (Assis, Roma, Pádua, Florença, Nápoles), são autênticas narrativas, plenas de espírito criador. • Giotto pintou em Assis as cenas da vida de S. Francisco, cinquenta anos depois da sua morte, num momento em que a devoção popular já o considerava Santo. As pinturas narram as diferentes etapas da vida do monge, desde que rompe com o pai até à morte, momento em que o seu corpo foi entregue à monja Santa Clara. Pág. 207
  • 26. • A pintura gótica teve assim o seu período mais importante no séc. XIV e no séc. XV, época em que o Papado se fixou em Avinhão e as repúblicas italianas e o Sacro Império Romano Germânico se encontravam fragmentados. • Como características da renovação técnica e plástica do trecento italiano podemos apontar: • A reprodução realista com preocupação pelo detalhe e integração paisagística; • A representação perspética das formas e dos espaços arquitetónicos; • O sentido narrativo das cenas; • A expressividade emotiva e o carácter humano das figuras; • O valor simbólico dos elementos presentes na obra. Pág. 207
  • 27. • Os temas pictóricos procediam das hagiografias, das Sagradas Escrituras e dos relatos cavalheirescos. Tal como sucedeu com a arquitetura e a escultura, esse primeiro estilo da pintura gótica também se originou na França, motivo pelo qual foi chamado franco-gótico. • Aumentou a produção de tapeçarias, que decoravam as paredes de palácios e casas senhoriais, e ganharam especial expansão a arte da miniatura e a pintura de cavalete sobre madeira, mais fácil de transportar e destinada à composição de retábulos. • O refinado mundo cortesão, que concedia uma singular importância à mulher, produziu no século XV um novo estilo, conhecido como internacional, que unia a estética franco-gótica às influências dos mestres de Siena de tradição bizantina. O Gótico cortesão
  • 28. • Na produção deste Gótico Internacional (composição e colorido de tradição bizantina conjugada com o linearismo do gótico ocidental) destacam-se, entre outras obras, as miniaturas do livro: “As riquíssimas horas do duque de Berry”, de autoria dos irmãos Limbourg. • As características do chamado estilo internacional ou estilo “1400” são: • as influências bizantinas (dourados e tons brilhantes); • preocupação pelo realismo dos rostos e velaturas,; • a inclusão de paisagens e espaços arquitetónicos num tratamento mais correto dos espaços; • o desenvolvimento da técnica da perspetiva; • as imagens ganham volume e Jesus, a Virgem Maria e os Santos ganham uma expressão mais humanizada . • Sobressaiem nomes como o de Gentile de Fabriano ou Simone Martini. Pág. 210
  • 30. • Outros artistas destacados foram Roger van der Weyden; Hans Memling, cuja pintura era suave, gentil e delicada e de um grande sentido de humanidade; Robert Campin, que construiu espaços reais de profundidade e coerência. • Dimensões, cores, matérias, texturas e iluminação de subtis efeitos de luz e sombra em conjunto com as diferentes gradações e brilhos, resultaram em obras de profunda veracidade. • Destacaram-se ainda na pintura da Flandres, Matias Grünewald que executou obras de grande expressividade, vigorosas e de sofrimento, como a Crucificação de Cristo; Hieronymus Bosch, cujas obras representam uma visão apocalíptica e macabra como o Jardim das Delícias ou o Navio dos Loucos e Van Der Goês, autor do Tríptico de Portinari. Pág. 208
  • 31. “A Criação do Mundo”, tríptico fechado, de Bosch. Quando aberto, revela o “Jardim das Delícias”
  • 32.
  • 33. • Representa o último dia da criação: Deus criara as flores, os frutos e os seres humanos. • Os animais, irracionais, alimentam-se uns dos outros. • A fonte da vida, inacessível, simboliza a tentação e a falsidade
  • 34. • O jardim da luxúria, o verdadeiro jardim das delícias, está entre o Paraíso onde foi cometido o primeiro pecado e o Inferno, onde estão todos os pecados. • O pecado original está aqui simbolizado pelos morangos gigantes (“apanhar frutos” era, na Idade Média, equivalente ao ato sexual). • A única figura vestida é Adão.
  • 35. • O banho de Vénus, expressão medieval para estar apaixonado. • O ovo equilibrado na cabeça do cavaleiro. A moral é que a beleza tem duas caras: é bela mas mortal – o prazer conduz à condenação eterna.
  • 36. • As torturas e tormentos do inferno: homens empalados, soldados comidos por dragões… • Os culpados de luxúria são crucificados em instrumentos musicais gigantes… • Castigo infernal: a criatura que come os humanos e depois os defeca para um poço.
  • 38. A Iluminura • A iluminura gótica sofre influências da arte românica e bizantina. • Época de maior secularização, aparecem agora iluminadores laicos, a partir de encomendas de nobres e religiosos. • A representação do espaço tem agora novas regras: • fundo repleto de figuras humanas e animais; • apontamentos da natureza e arquitetura; • riqueza cromática, dominando os azuis, em contraste com vermelhos . • A iluminura prevaleceu até ao séc. XVI, embora durante a fase da Peste Negra tenha sofrido um duro golpe com a morte de muitos dos seus praticantes (o que também explica o espírito mais religioso dessas obras). Pág. 210
  • 39. Os vitrais • O Vitral tem o seu apogeu entre 1200-1260. • Surge como consequência directa da estrutura do edifício gótico, ocupando o lugar dos murais a fresco. • Integra-se na nova forma de celebrar a fé através da Luz: rosáceas e janelas rasgadas (as “igrejas de vidro”). Pág. 198 • Os temas permanecem os religiosos: a vida de Cristo; Cenas do Antigo e do Novo testamento; Culto da Virgem. Catedral de Aachen