1) O documento descreve a arte cristã primitiva dos primeiros séculos após a morte de Jesus Cristo, quando os cristãos eram perseguidos no Império Romano.
2) A arte cristã primitiva se desenvolveu inicialmente nas catacumbas, onde os cristãos se escondiam e enterravam seus mortos, deixando pinturas e símbolos nas paredes.
3) Posteriormente, com a legalização do cristianismo, a arte cristã passou a ser produzida nas basílicas, com mosaicos e pint
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3. • Após a morte de Jesus seus discípulos
passaram a divulgar seus ensinamentos.
• Inicialmente na Judéia, onde ele viveu e morreu e
mais tarde estendeu-se a várias regiões do Império
Romano.
• No ano de 64 ,deu-se a 1º grande perseguição aos
cristãos.(Nero)
• Num espaço de 249 anos eles foram perseguidos
nove vezes, a última e mais violenta ocorreu entre
303 e 305.(Diocleciano)
4. Arte Cristã Primitiva
• Por arte cristã primitiva,
ou arte paleocristã, deve –
se entender, muito mais que
um “estilo”, mas sim um
período histórico, que abrange
os primeiros cinco séculos do
surgimento do cristianismo.
• Arte produzida pelos
primeiros cristãos para seu
próprio povo.
1)Fase da arte das
Catacumbas
2) Fase da arte nas
Basílicas
5. ARTE CRISTÃ PRIMITIVA
NERO: proíbe o cristianismo e por
sua vez, persegue os cristãos, que
manifestavam a sua fé em locais
mais afastados.
CATACUMBAS: galerias
subterrâneas, onde eram enterrados
os mortos e onde os cristãos
puderam manifestar a sua fé,
desenhando símbolos referentes a
vida de Cristo.
Catacumbas de São Calisto. Roma
6. 1 – Fase da arte das Catacumbas ou
arte Catacumbária
• Longo período de perseguição aos
primeiros cristãos, devido a propagação de
sua religião;
• Utilizam – se as catacumbas para enterrar
os mortos e mártires;
• Refugiam – se nas catacumbas para a
celebração de cultos religiosos;
• Surgem, nas catacumbas, as
primeiras manifestações da arte
cristã primitiva;
• Arte realizada por homens comuns, sem
preparo artístico, que a produzem de
forma simples e rudimentar ;
• Arte simbólica, ornamental e figurativa.
14. Símbolos cristãos
• A cruz: Símbolo do sacrifício de
Cristo.
• A palma: Símbolo do martírio.
• A âncora: Símbolo da salvação.
• O peixe: Símbolo preferido dos
artistas.
15. Pintura mural das catacumbas de
São Calixto,em Roma ( século II )
• As letras da palavra
“peixe” em grego
(ichtys),concidiam
com a letra incial de
cada uma das palavras
da expressão: Iesous
Christos , Theou Yios,
Soter, que significa:
“Jesus Cristo, Filho de
Deus, Salvador”
16. • Peixe
• O peixe é um símbolo
primitivo do Cristianismo.
Ele começou a ser usado
como símbolo secreto para
proteger os cristãos dos
romanos, por quem eram
perseguidos.
• Pomba
• A pomba é universalmente o
símbolo da paz.
• Foi uma pomba que trouxe um
ramo de oliveira a Noé
indicando que o Dilúvio havia
acabado. Como símbolo
cristão, ela é o símbolo do
Espírito Santo.
17. • Cruz Latina
• A Cruz latina apresenta a
parte horizontal curta e a
parte vertical longa.
• Os protestantes preferem a
cruz sem Cristo, enquanto
entre os católicos é mais
comum nela constar a figura
de Jesus crucificado.
• Uma variação da Cruz Latina é a
Cruz de São Pedro.
• Esta cruz tem este formato, em
homenagem ao apóstolo Pedro,
que segundo a tradição pediu para
ser crucificado de cabeça para
baixo por se considerar indigno de
morrer da mesma maneira que
seu Mestre.
A Cruz de São Pedro é um dos
símbolos do Papado.
18. • Alfa e Ômega
• Os termos Alfa e ômega são
usados para descrever Deus,
cujos cristãos acreditam que
seja o princípio e fim de todas
as coisas. Assim, as letras
correspondem respectivamente
à primeira e à última letras do
alfabeto grego.
• O lábaro
• é um dos primeiros
símbolos do Cristianismo.
É um monograma
composto das primeiras
letras gregas do nome de
Cristo,
X (chi) e P (rho).
20. Mais tarde, as pinturas evoluíram e passaram a
representar cenas do antigo e novo testamento.
O Bom Pastor. Catacumba de Santa Priscila.
21. A pintura paleo-cristã é bastante escassa e
totalmente simbólica. Restaram alguns afrescos,
encontrados nos muros das catacumbas; seus
temas eram sempre baseados no Cristianismo,
podiam representar orações, figuras humanas e de
animais, símbolos cristãos , passagens dos
Evangelhos e cenas típicas da vida religiosa da
época.
23. ARTE CRISTÃ PRIMITIVA
Toda Arte Cristã Primitiva, primeiramente tosca e simples
nas catacumbas e depois mais rica e amadurecida,
prenuncia as mudanças que marcaram uma nova época na
história da humanidade.
As perseguições aos cristãos foram aos poucos diminuindo ,
até que em 313, o Imperador Constantino permitiu que o
cristianismo fosse livremente professado e converte-se á
religião cristã.
Sem as restrições de Roma o cristianismo expandiu-se muito,
principalmente nas cidades e em 391, o Imperador Teodósio
oficializou-o como religião do Império.
24. 2 – Fase da arte nas Basílicas
• Surgimento dos primeiros templos
cristãos (basílicas);
• As basílicas mantêm externamente
características das construções gregas
e romanas;
• Internamente, apresentam amplo
espaço para acolher o grande número
de adeptos da nova religião;
• Paredes internas foram
ornamentadas com mosaicos e
pinturas, que tinham finalidade de
Educar seus novos seguidores
segundo seus preceitos da fé cristã.
• BASÍLICA DE SANTA SABINA, EM
ROMA (422-432)
26. • A afirmação do Cristianismo coincidiu
históricamente com o momento de esplendor
da arte bizantina, que era popular e simples.
• Depois da oficilização do Cristianismo assume
um caráter majestoso, que exprime poder e
riqueza.
• A arte bizantina se manifestou principalmente
através do mosaico, da pintura em afresco, das
iluminuras, dos ícones e da arquitetura.
27. ARTE BIZANTINA: permanece profundamente ligada à
religião.
Em 313, o imperador Constantino concebe liberdade de culto aos
cristãos, através do Édipo de Milão;
Em 330, Constantino funda a cidade de Constantinopla;
Em 391, o Imperador Teodósio torna o cristianismo a religião
oficial do Império Romano;
Em 395, o Imperador Teodósio dividiu em duas partes o imenso
território Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente;
Em 476, Roma sofre vários ataques e acontece a queda do Império
romano do Ocidente; finalizando a Antiguidade iniciando a
Idade Média.
28. Entre 527 e 565, apogeu político e cultural
Bizantino, no governo Justiniano.
A cidade de Ravena, na Itália, torna – se o
centro do Império Bizantino na Europa
Ocidental.
Em 1453, queda do Império Romano do Oriente,
com a tomada de Constantinopla pelos turcos;
Na arte, influência de Roma, Grécia e do Oriente,
refletindo grandiosidade de estilo.
29. ARTE BIZANTINA
• A Arte Bizantina possuía um
caráter majestoso que exprimia
poder e riqueza
• Tinha o objetivo de expressar a
autoridade absoluta do
Imperador, considerado
sagrado, representante de
Deus, com poderes temporais e
espirituais.
• Tal como ocorrera na arte
egípcia a Frontalidade , leva o
observador a uma atitude de
respeito e veneração.
• Além da frontalidade, outras
regras minuciosas foram
impostas aos artistas pelos
sacerdotes.
30. • Ícones e Afrescos.
• Representação através da frontalidade;
• Determinação das posições que cada pessoa ou objeto deve ocupar na
composição;
• Processo simbólico entre traços e costumes das personagens
soberanas com as sagradas;
• As pinturas são Simbólicas, ornamentais e figurativas
• Representação “simbiótica” ou seja a inter-relação entre as
personagens reais e as sagradas através de seus objetos
caracterizadores: soberanos com ares divinos e personagens sagradas
com ares reais.
• O afresco era uma alternativa artística mais
barata que o mosaico.
Pintura:
Apresenta um conjunto de regras muito claras
32. Ícones
• Os artistas bizantinos criaram os
Ícones,uma nova forma de
expressão artística na pintura:
• A palavra ícone é grega e significa
imagem.
• Os ícones são quadros que
representam figuras sagradas
como Cristo,os apóstolos,santos e
mártires, geralmente são bastante
luxuosos conforme o gosto
oriental.
• Pequenos painéis de madeira
supostamente com poderes
sobrenaturais,acreditava-se que
realizavam milagres.
35. ARTE BIZANTINA
TÊMPERA: pigmentos em pó,
misturados a uma goma orgânica,
geralmente a gema de ovo, para
facilitar a fixação das cores à
superfície dos objetos pintados,
possui uma aparência brilhante e
luminosa.
ENCÁUSTICA: pigmentos em
pó, diluídos em cera derretida e
aquecida na hora da pintura.
Possuía aspecto semi fosco.
38. A Virgem e o Menino entre
São Teodoro e São Jorge
39. MOSAICOS
Composição plástica, feita sobre uma superfície de gesso ou
argamassa, onde eram colocados lado a lado, pequenos
pedaços de pedras coloridas ou preciosas.
40. Mosaicos: Apresenta a mais alta expressão da arte bizantina.
Não se destina apenas à ornamentação, apresenta cenas do evangelho
e ensinamentos dos imperadores, para a doutrinação dos cristãos.
Mosaico com imagem de
Justiniano na Basílica de São
Vital em Ravenna
• Usadas em paredes e tetos – cúpulas,
domos e absides;
• Janelas feitas de vidro brilhante;
• Retratam temas religiosos;
• Fundo abstrato;
• Utilizam a cor ouro e o azul
preferencialmente;
• Figuras são chapadas e sem volume e
perspectiva;
• Rígida simetria sem qualquer
menção de movimento;
• Figuras altas e esguias, com enormes
olhos em amendoadas faces,
olhavam com expressão solene,
diretamente para a frente.
41. Mosaicos – Santa Maria A
Maior
• Os mosaicos geralmente
representavam a imagem
de Jesus e as demais figuras
a ele associadas, bem como
membros das famílias
imperiais
43. Arquitetura
Características
predominantes:
• Também iluminada e conduzida pela
religião, atinge sua representação
mais completa na edificação das
igrejas.
• Planta de eixo central – também
chamada de planta de cruz grega
( quatro braços iguais)
• Cúpula (parte superior e
côncava dos edifícios)
44. Igreja de Santa Sofia
(532-536)
Istambul, Turquia.
• O caráter majestoso da arte
bizantina pode ser
observado tanto na
arquitetura , nos mosaicos e
nas pinturas que decoram o
interior das igrejas.
• Um dos melhores exemplos
disso é a basílica de Santa
Sofia, construída e
ornamentada de acordo com
o gosto das classes mais
ricas.
45. • Santa Sofia, contém
uma cúpula sobre uma
planta quadrada,
composta por arcos,
absides e colunas com
capitéis coríntios.
• A cúpula é formada por
quatro arcos e ampliadas
por mais cinco pequenas
absides.
• O revestimento em
mármore e mosaicos,as
janelas e arcos criam um
espaço de grande beleza.
46.
47.
48.
49.
50. • No entanto, as igrejas
que revelam uma arte
bizantina mais madura,
são as da época de
Justiano, como a de São
Vital, em Ravena.
• Devido á sua planta
octogonal, o espaço
interno apresenta
possibilidades de
ocupação diferentes das
outras igrejas
55. O Mausoléu da Imperatriz Gala Plácida
(século V)
• No século VI,Justiniano
tentou reunificar o Império
Romano, a cidade de Ravena
era um ponto
estratégico,dominada a muito
tempo pelos ostrogodos, a
cidade foi reconquistada em
540 e é dessa época o
monumento mais conhecido e
significativo de sua
arquitetura.
67. Escultura Bizantina (330 a 1450 d.C.)
• – Até o século IV, a escultura cristã primitiva tinha sido quase
exclusivamente relevos de túmulos para sarcófagos em Roma.
• A arte do Império Romano do Oriente, com sede em Bizâncio, foi
quase totalmente religiosa, porém com exceção de alguns relevos
rasos em marfim e ourivesaria.
• A marca ortodoxa do cristianismo não permitia obras
tridimensionais, como estátuas e altos-relevos.
• Foi um período não muito propício para a escultura.
68. • Escultura da Idade das
Trevas (500 a 800 d.C.)
– Foi um tempo escuro e silencioso
para os escultores europeus. A
Igreja era fraca e os bárbaros
dominavam, estes não eram
grandes escultores. Na Irlanda,
contudo, entre 800 a 1.100 d.C., a
igreja monástica encomendou
uma série de cruzes de pedra
decoradas com cenas do
Evangelho e outros padrões de
estilo celta.
69. Esculturas:
Encontraremos dois modelos: o de esculturas muito grandes ou de
pequenas, ambos escassos.
• Pouca atenção ao
semblante;
• Apresentam – se de
frente, solenes e
formais;
• Grandes olhos voltados
para o alto;
• Dípticos de marfim –
pequeno altar portátil;
• Relevos – cenas das
vitórias dos soberanos,
priorizava a postura
frontal e austera;
70. • Questão Iconoclasta, que em 726, por decreto do
Imperador Leão III , alem de proibir o uso de imagens
nos cultos religiosos, manda quebrar as existentes,
provocando, assim, uma ruptura no programa cultural da
escultura.
• Iconoclastia ou Iconoclasmo foi um movimento político-
religioso contra a veneração de ícones e imagens religiosas
no Império Bizantino que começou no início do sec VIII e
perdurou até ao século IX.
• Os iconoclastas acreditavam que as imagens sacras seriam
ídolos , e a veneração e o culto de ícones por
consequência , idolatria.
• O resultado foi a destruição de milhares de ícones pelos
iconoclastas, bem como mosaicos e afrescos , estátuas de
santos, pinturas, ornamentos nos altares de igrejas, livros com
gravuras e inumeráveis obras de arte.
76. • Teodósio, não apenas tornou o cristianismo oficial, mas proibiu os cultos pagãos
greco-romanos, de modo que, pouco a pouco, todo o simbolismo pagão passou a ser
assimilado pelo cristianismo, como a data do Natal.
• Entretanto, Teodósio pensava e agia como herdeiro das estirpes de imperadores e,
em um caso de insensatez e fúria cometeu uma atrocidade.
• Uma pessoa foi presa na Tessalônia, em 388 d.C., acusada de pederastia (relação
homossexual entre pessoas do sexo masculino – prática condenada moralmente
pelo cristianismo e legalmente pelo Império).
• A população (de maioria pagã) exigiu que o sujeito fosse libertado. Não ocorrendo
isso, entraram na prisão, liberam-no e acabaram por linchar o general que o havia
encarcerado.
• Em represália, Teodósio ordenou que o exército massacrasse a população de
Tessalônia. Milhares de pessoas foram mortas quando assistiam às corridas de
bigas no circo da cidade.
• Após esse acontecimento, o imperador foi a Milão com o objetivo de ir à missa,
celebrada pelo então bispo Ambrósio (que depois seria canonizado como santo).
Ambrósio, entretanto, em um ato de coragem em defesa dos princípios de sua
religião, impediu que o imperador adentrasse a igreja de Milão e disse que não
admitiria a presença do imperador na missa enquanto este não se arrependesse
publicamente do massacre de Tessalônia.
• Depois de alguns meses, o imperador, ameaçado de excomunhão por Santo
Ambrósio, colocou uma veste de penitência e humilhou-se pedindo perdão pelo
massacre e outros pecados cometidos. Ambrósio, com sua autoridade de bispo,
absolveu Teodósio.