Trabalho realizado pelas alunas Catarina Reis e Ana Nunes no ano lectivo 2010/2011 na Escola Secundária da Portela no âmbito da disciplina de História da Cultura das Artes.
Trabalho realizado pelas alunas Catarina Reis e Ana Nunes no ano lectivo 2010/2011 na Escola Secundária da Portela no âmbito da disciplina de História da Cultura das Artes.
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3Hca Faro
História da Cultura e das Artes
Caso prático 3 - Cultura do salão - cursos profissionais.
Agradecimentos:
https://pt.slideshare.net/abaj/pintura-e-escultura-neoclssica (seguido e adaptado)
http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2013/05/analise-da-obra-morte-de-marat-de.html seguido e adaptado)
A Morte de Marat, David - A Cultura do Salão: caso prático 3Hca Faro
História da Cultura e das Artes
Caso prático 3 - Cultura do salão - cursos profissionais.
Agradecimentos:
https://pt.slideshare.net/abaj/pintura-e-escultura-neoclssica (seguido e adaptado)
http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2013/05/analise-da-obra-morte-de-marat-de.html seguido e adaptado)
aThe Baroque period was a cultural movement that flourished in Europe from the late 16th century to the early 18th century, roughly spanning from the end of the Renaissance to the beginning of the Enlightenment. Here are some key points about the Baroque period, particularly in the context of art and architecture
3. O século XVIII foi um século de algumas ambiguidades e indefinições,
caracterizado por várias mudanças:
• Políticas: Revoluções liberais - Movimentações político-militares que, em
cada país, derrubaram o Absolutismo monárquico e implantaram a nova
ordem político-social do liberalismo;
• Económicas: novo dinamismo produtivo; novo comercio colonial; oficinas
domesticas; grandes manufaturas;
• Sociais: Crescimento populacional;
• Académicas: Desenvolvimento científico-técnico.
4. As consequências dessas mudanças foram:
• Ascensão social e política da burguesia: junto com a aristocracia política e
administrativa, esta classe formou a elite do Antigo Regime que beneficiou
do enriquecimento geral da época;
• Maior interesse pela educação e pela cultura: consequência da propagação
do pensamento iluminista, dominante no século XVIII. Considerava-se que
só pela educação seria possível levar os homens a perceber os erros em que
viviam e a reformar as sociedades segundo leis mais conformes à ordem
natural e à Razão.
5. AS LUZES (rupturas culturais e científicas):
No século XVIII, designou-se por Luzes o conhecimento racional, o saber
esclarecido, o único capaz de tornar claro (iluminar) todas as coisas. Aqueles que
aplicavam o conhecimento racional eram os iluministas, homens que ousavam
saber. Este valorizava o indivíduo por aquilo que ele possuía de mais valioso: a
sua Razão, único meio fidedigno para desvendar os segredos do Universo e
construir o conhecimento sobre a Natureza, os homens e as sociedades.
Concebia o conhecimento como o único meio de libertar o Homem da servidão,
dos preconceitos, dos erros e injustiças. O único caminho através do qual se
poderia construir o progresso e o bem-estar das populações, conduzindo-as à
felicidade , considerada como um direito natural de todos os homens e supremo
objectivo da sua existência.
6. O SALÃO
O Salão tornou-se o novo espaço de conforto e intimidade. A aristocracia começou
a passar mais tempo nas suas mansões privadas, que procurou tornar tão
confortáveis como a corte. A estética da moda privilegiava, na decoração dos
interiores, a beleza requintada e elegante, o luxo e a exuberância, a frivolidade, a
sensualidade e o intimismo. Assim, nasceu o Rococó que floresceu em ambientes
alegres, de bom viver. O crescente interesse das elites pelas coisas do espírito
tornou usuais as reuniões que tinham por objectivo o debate por áreas do saber, a
discussão literária, o exercício linguístico e a divulgação das línguas vivas ou a
apresentação de personalidades em voga - músicos, cantores de ópera, escritores,
filósofos e cientistas - à alta sociedade da época. Deste modo, o salão tornou-se o
centro de dinamização cultural!
8. O Rococó foi um movimento estético que floresceu na Europa entre o início e o
fim do século XVIII. Nasceu em Paris por volta de 1715-20 como uma reação
da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado
no período de Luís XIV. Atingiu o seu apogeu em 1730 e entrou em declinio após
a morte de Luis XV (1774).
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9. Caracterizou-se acima de tudo pela sua índole hedonista e aristocrática, e na
preferência por temas leves e sentimentais, estando nele impregnado um
espirito tolerante, crítico, irreverente, intimista e individualista que caracterizou
o Homem do Século das Luzes. Fugiu assim às imposições canónicas apelando à
criatividade individual, excentricidade e a improvisação constante.
d
10. Da França, onde assumiu a sua feição mais típica e onde mais tarde foi
reconhecido como patrimônio nacional, o Rococó difundiu-se pela Europa e teve
como importantes centros de cultivo a Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália, com
alguma representação também em outros locais, como a Península Ibérica, os
países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo às Américas.
d
11. O rococó tem como principais características:
• Cores claras e suaves;
• Linhas delicadas, sinuosas e informais;
• Tons pastel e douramento;
• Representação da vida profana da aristocracia;
• Representação de Alegorias;
• Estilo decorativo;
• Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
• Texturas suaves;
13. Na arquitetura o rococó teve grande aceitação e desenvolvimento na Alemanha
e na Austria. Esta é marcada pela sensibilidade, percebida na distribuição dos
ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida individual e
caprichoso. Dando-se principalmente nos espaços interiores ao nível de
adornação.
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14. Princípios:
• Diferenciação dos edificios dando atenção à sua função;
• Traçado exterior simples;
• Espaço interior que deve proporcionar conforto, comodida e intimidade;
• Uso de elementos decorativos barrocos, mais exagerados mas também mais
libertinos e sensuais;
• Novos elementos decorativos ( conchas, algas marinhas, rocalhos, etc);
• Utilização de materiais fingidos: falsos mármores (escariola), madeiras e estuques
pintados;
• Decoração excessiva, tanto nas fachadas quanto nos interiores;
• Curvas e contra curvas animam as paredes e os ritmos decorativos, afirmando a
assimetria;
• Artificialidade dos detalhes, mas sem a grandiosidade nem a religiosidade do barroco;
• Exagero formal.
15. Devido a isto a arquitetura civil foi a mais previligiada, aparacendo o hôtel e o château
(palácio campestre).
16. Caracteristicas exteriores dos edificios:
• Perde-se a monumentalidade – edifícios baixos;
• Fachadas são mais alinhadas, nelas banem-se os elementos clássicos de decoração e
os ângulos retos sao suavizados por curvas;
• Os tetos apresentam ser de duas àguas;
• Porta e janelas são agora de maiores dimensões, encontram-se alinhadas na vertical
e na horizontal emolduradas com arcos de volta perfeita ou abatidos;
• Uso abundante do ferro furjado.
21. Os jardins seguem o exemplo do Barroco tendo um grande impacto na integração do
cenário arquitetónico.
“É o tempo do efémero e do folguedo”
m
Palácio de Queluz, Lisboa
22. Caracteristicas interiores dos edifícios:
• O plano das habitações centra-se no salão
principal;
• Divisões baixas, pequenas, independentes
e arredondadas;
• Paredes cobertas de exagerada decoração
pintadas em cores claras e ténues onde
sobressai o dourado e o prateado das
molduras dos painéis.
26. Arquitetura Relegiosa:
• Plantas longitudinais complexas;
• Exteriores simples mas cheios de janelas;
• Uso e abuso da concha como elemento decorativo;
• Decoração interior onde a pintura e a escultura se misturam com a arquitetura.
33. Próxima da estética barroca pela expressão plástica, mas igualmente oposta a
ela pelas novas formas, objectivos e materiais, a escultura deste período
apresenta características inovadoras.
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34. Características específicas:
• Novos cânones estéticos – linhas curvas e contracurvas mais delicadas e fluidas;
• Na figura humana, utilizaram o cânone anatómico maneirista, de corpos alongados e
silhuetas caprichosas;
• Nos grupos escultóricos, as composições possuíam movimento e ritmo e um elevado
sentido cénico, fazendo o enquadramento perfeito da escultura com o cenário.
35. Podemos referir dois géneros:
• Escultura decorativa, parte integrante da arquitectura, cobrindo quase todas as
estruturas e superfícies construídas com rebuscados e movimentados relevos de
inspiração naturalista;
• Estatuária de pequeno porte, destinada sobretudo a interiores, com funções
decorativas e/ou de entretenimento.
36. Os materiais mais usados foram:
• A pedra e o bronze (esculturas grandes de exterior);
• O ouro e a prata (esculturas de pequena dimensão e objetos ornamentais);
• A madeira, a argila, o estuque e o gesso;
• A porcelana - biscuit (“O verdadeiro e inato material do Rococó”).
37. Abandono dos temas “nobres” e preferência por temas “menores”.
Temas da pequena escultura:
• Irónicos
• Jocosos
• Sensuais
Temas da estatuário monumental:
• Mitológica
• Profana
• Religiosa
44. A pintura do Rococó divide-se em dois campos nitidamente diferenciados. Um
deles forma um documento visual intimista e despreocupado do modo de vida e
da concepção de mundo das elites européias do século XVIII, e o outro,
adaptando elementos constituintes do estilo à decoração monumental de igrejas
e palácios, serviu como meio de glorificação da fé e do poder civil.
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45. Temáticas:
• Cenas pastoris;
• Amor, sedução e erotismo;
• Hedonismo;
• Retrato.
Todos os temas foram tratados de forma ligeira
e superficial. Composições ritmicas,
exuberantes, ornamentados com elementos
ligados ao mundo marinho, nos quais o
cromatismo varias entre os brancos, azuis e
rosas.
46. A pintura moral foi quase inexistente pois a decoração moral era feita através de
pequenos painéis de tela colocados sobre os paineis decorativos fixos.
48. Antoine Watteau
Jean-Antoine Watteau (1684
– 1721) foi um grande pintor
francês do movimento
rococó era um homem
inteligente e bastante
esperto. Tendo sido uma das
principais figuras deste
período artístico, destacou-
se pelas suas pinturas de
temas galantes e pastorais.
Brueghel, Bosch e Rubens
foram suas principais
inspirações, artistas que
reconhecidamente se
utilizavam da luz, sombra e
de cores fortes nas suas
obras.
53. François Boucher
François Boucher (1703 —
1770) foi um pintor francês,
um dos pintores que melhor
soube interpretar o espírito
do Rococó. É muito
conhecido pelas suas
pinturas idílicas (ambiente
campestre e pelo amor
suave e terno), plenas de
volume e carisma, que
vulgarmente recorriam a
temas mitológicos e
evocavam a Antiguidade
Clássica.