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História A - Módulo 8
Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial
ao início da década de 80 – Opções Internas e
Contexto Internacional
Unidade 3
As transformações sociais e culturais do
terceiro quartel do século XX
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
2017_2018
Módulo 8, História A 2
3.1 Artes, Letras, Ciência e Técnica (não é de aprofundamento)
3.1.1 A importância dos polos culturais anglo-americanos
O fim da Segunda Guerra Mundial levou a uma mudança de
consciência no homem ocidental depois de assistir à crueldade da
guerra;
A liderança mundial da Europa começou a desbotar em 1914-1918,
os totalitarismos dos anos 20 e 30 e a Segunda Guerra Mundial
destruíram-na quase completamente;
Módulo 8, História A 3
Os EUA assumiram o papel de condução do Ocidente num mundo
bipolarizado;
O protagonismo cultural das grandes cidades europeias (Paris,
Londres, Berlim, Milão, etc.) é substituído pela cidade de Nova
Iorque;
Doravante as grandes inovações provêm dessa cidade americana;
Muitos artistas, intelectuais e cientistas europeus procuraram
refúgio nos EUA durante os anos 30;
Módulo 8, História A 4
A prosperidade económica dos EUA incentivou um generoso
mecenato, surgem colecionadores, museus, galerias, espaços
culturais;
Einstein, Brecht, André Breton, Chagal, Mondrian, Gropius, Salvador
Dalí, são algumas dos artistas e cientistas que se exilaram nos EUA;
Conjuntamente com os artistas e intelectuais americanos irão
transformar Nova Iorque na grande dinamizadora da cultura e arte
mundiais;
Módulo 8, História A 5
3.1.2 A Reflexão sobre a Condição Humana nas Artes e nas Letras
O expressionismo abstrato (1945-1960)
A pintura expressionista de tipo
informalista surgiu nos EUA nos finais
dos anos 40;
Resulta da fusão do Surrealismo com o
Abstracionismo;
É uma pintura que procura as emoções e
estados de espírito, angústias, raiva,
etc.;
Pollock, Forma Livre
Dentro do Expressionismo Abstracto
distingue-se Jackson Pollock (1912-
1956);
Criou a “action painting”, pintura de
accção;
Desenvolve o conceito surrealista de
automatismo psíquico;
É uma pintura gestualista;
Módulo 8, História A 6
Módulo 8, História A 7
https://www.youtube.com/watch?v=EncR_T0faKM
As técnicas de Jackson Pollock
Pollock, Convergência
O resultado final, não é uma representação, mas o conjunto dos
gestos que o artista imprime na tela para exprimir as suas pulsões
emotivas e que, pelo menos nas intenções, não são ditados por
uma ideia premeditada;
É uma pintura não geométrica e de carácter gestualista, trata-se
geralmente de telas de grandes dimensões que os pintores
realizam no próprio chão do atelier;
8Módulo 8, História A
Pollock a pintar
O termo ”action painting”, criado em 1952 pelo crítico americano
Harold Rosenberg, designa uma pintura não-descritiva, cujo
tema é o próprio ato de pintar;
Módulo 8, História A 9
A action paiting retoma o conceito central da teoria surrealista,
ou seja, a definição de automatismos de André Breton;
Utilizam as descobertas da psicanálise, o automatismo psíquico;
Estabelecem uma relação direta entre o inconsciente e o gesto
criativo, sem qualquer controlo ético ou estético;
Módulo 8, História A 10
Módulo 8, História A 11
Jackson Pollock, costumava pintar em telas de grandes dimensões
estendidas no chão, para estabelecer com elas um contacto mais
envolvente;
Andando à volta da tela e fazendo jorrar a tinta diretamente de
latas perfuradas, Pollock, renuncia à relação frontal com a obra,
característica da pintura de cavalete, e instaura com a tela uma
relação mais física;
Pollock, nº 3
Módulo 8, História A 12
Pollock: “a mão, o braço e o corpo do artista não dependiam da
vontade nem da mente mas eram o instrumento de uma espécie
de furor e euforia, desligadas de quaisquer normas compositivas
ou estéticas;
A execução da obra era uma espécie de ritual e a tela ficava toda
coberta de riscos de tinta, de uma forma caótica;
Utilizam a técnica do dripping; A obra de arte será tanto mais
autêntica quanto menos a sua execução for racionalmente
controlada;
Dripping: deixar cair a tinta sobre a tela;
Módulo 8, História A 13
Pollock, Ritmos de Outono
Módulo 8, História A 14
Gorky, Os Esponsais, Vermelho e Crista de Galo
Módulo 8, História A 15
Kooning, Excavations
Módulo 8, História A 16
Kooning, Duas Mulheres, Mulher I, Mulher VI
Módulo 8, História A 17
Rothko, vermelho-claro sobre preto,Nº8
Módulo 8, História A 18
Rothko, Terra Verde
Módulo 8, História A 19
Motherwell, Elegia à República Espanhola
Módulo 8, História A 20
A abstração geométrica
nasceu nos EUA, nos
anos 50, são
influenciados por Josef
Albers (1888-1976)
(professor da Bauhaus,
naturalizado americano),
pelo Neoplasticismo;
21Módulo 8, História A
Albers, Abertura ao Exterior
Homenagem ao Quadrado curioso
Módulo 8, História A 22
A cor sobrepõe-se à forma;
Procuram realizar uma pintura
estritamente pictórica;
É a pintura despojada de todo o
significado extra visual, a recusa
de tudo o que não seja pictórico;
23Módulo 8, História A
Newman, Covenant
Módulo 8, História A 24
Newman, Tundra
Módulo 8, História A 25
Reinhardt, Pintura
Abstrata
Módulo 8, História A
26
Reinhardt, Pintura
Vermelha
Módulo 8, História A
27
Numa sociedade caracterizada
pelo consumo surge uma arte
que é o reflexo das novas
formas de relacionamento
social, onde determinados
objetos, imagens ou pessoas se
impõem como ícones;
Módulo 8, História A 28
A Pop Art,
um movimento iconoclasta
A arte do século XX, a partir dos
anos 60, muda radicalmente,
quer na forma quer no
pensamento;
Opondo-se ao abstracionismo
intelectualizado e hermético
dos anos 50, surge uma arte
virada para o concreto e o
quotidiano;
Módulo 8, História A 29
A Pop Art (Popular Art)
é um movimento que
instaura o seu
programa na cultura da
civilização urbana, nos
mass media, nos
objetos e imagens
produzidos pela
sociedade de consumo;
Módulo 8, História A 30
Oldenburg, Hamburger
Gigante, 1962, 2,13 m x
1,32 m
A Pop Art nasceu em meados dos anos 50, sobretudo nos
grandes núcleos urbanos como Nova Iorque e Londres;
Utilizou uma linguagem figurativa recorrendo a símbolos, figuras
e objectos próprios da cidade e do seu quotidiano;
Não se baseou em teorias, não teve atitudes programáticas
Módulo 8, História A 31
A sua temática esteve ligada à “cultura popular” constituída por
imagens do quotidiano, retiradas da BD, das revistas e dos jornais,
da fotografia, do cinema e da televisão;
Os mitos da vida diária, que se manifestam na cultura de consumo,
os meios de comunicação de massas e a euforia tecnológica
manifestam-se na Pop Art
Módulo 8, História A 32
Utilizou recursos mecânicos ou
semimecânicos como a
serigrafia, fotografia e a
fotomontagem;
Foi influenciada pelo dadaísmo
utilizando a descontextualização
de objetos de uso quotidiano,
tornando-os ícones da sociedade
de consumo;
Módulo 8, História A 33
Warhol, Caixa de sabão Brillo
Módulo 8, História A 34
O movimento nasceu em Inglaterra, onde desenvolve-se uma
atitude mais crítica em relação à sociedade de consumo, do que nos
EUA;
Hamilton, O que é que faz
exatamente os lugares de hoje
tão diferentes, tão atrativos?,
1956
Módulo 8, História A 35
Em Inglaterra os artistas de maior renome são:
Richard Hamilton (1922);
Peter Blake (1932);
David Hockney (1937);
Allen Jones (1937);
Módulo 8, História A 36
Blake, A varanda
Módulo 8, História A 37
Foi nos EUA que a Pop Art exprimiu completamente o seu
significado;
Desenvolve-se em duas vertentes, uma “neodadaísta” que
incluiu artistas como:
Robert Rauschenberg (1925-1997);
Jasper Jones (1930);
O artista mais conhecido foi Andy Warhol (1928-1987);
Módulo 8, História A 38
Rauschenberg, Cama, 1959
Módulo 8, História A 39
Jones, Três bandeiras, 1958
Módulo 8, História A 40
A outra vertente é composta por artistas como:
Roy Lichtenstein (1923), que utilizou personagens retiradas da
BD (banda desenhada), pintadas com cores lisas onde é quase
impossível ver as pinceladas;
Módulo 8, História A 41
Lichtenstein, Wham
Módulo 8, História A 42
Lichtenstein,
Rapariga lavada em
lágrimas
Módulo 8, História A 43
Wesselmann, The
Great American
Nude, 1963
Tom Wesselmann (1931-2004) que utilizou a assemblage para criar
ambientes de tipo “classe média”;
Módulo 8, História A 44
Módulo 8, História A 45
Coca-Cola (1961)
Andy Warhol (1928-1987)
Cronologia:
1928 – Nasce Andrew Warhola;
1949 – Depois de concluídos os estudos parte para Nova Iorque
para trabalhar como artista comercial;
1952 – realiza uma exposição do seu trabalho;
Warhol, Auto-retrato, 1964
Módulo 8, História A 46
1961 – Série de pinturas baseadas em produtos comerciais (Sopa
Campbell, detergente Brillo, Coca-Cola);
1963 – Criação do atelier “Factory”, local de reunião de pintores,
músicos, filosofos, etc.;
1964 – Exposição de serigrafias com o tema das Flores
(relacionados com a ideologia hippie);
1966 – Exposição de serigrafias cujo tema é a vaca;
1975 – Publica obras literárias;
1987 – Morre após uma operação à vesícula;
Módulo 8, História A 47
Warhol, 100 latas de
sopa Campbell
Filho de emigrantes eslovacos,
Andy Warhol é a figura mais
conhecida e controversa da
Pop Art;
Utilizou imagens da BD, de
objetos de consumo e retratos
de personalidades (conhecidas
são as suas séries das sopas
Campbell e as garrafas de Coca-
Cola);
Módulo 8, História A 48
Warhol,
Marylin,
díptico
Este artista não quis só converter em arte algo de trivial e vulgar,
mas também trivializar e vulgarizar a própria arte;
Os temas pictóricos da Pop são motivados pela vida quotidiana,
reflectem as realidades de uma época;
Módulo 8, História A 49
Warhol, 16 Jackies
Os grandes símbolos da época, os
mitos produzidos pelos mass
media (as grandes marcas, os
produtos de consumo, as estrelas
de cinema, etc.) vão integrar o
programa do movimento cujo
propósito é evidenciar a extrema
vulgaridade, o kitsch e o mau
gosto que a crescente cultura de
massas e a globalização
conduziram o homem;
Módulo 8, História A 50
Warhol, Sopas
Campbell
Nos inícios dos anos 60 começa a criar, sobretudo serigrafias,
representando objectos da sociedade de consumo;
Reproduziu-as continuamente, introduzindo alterações;
Módulo 8, História A 51
Warhol, Coca-Cola, serigrafia
As suas garrafas de Coca-Cola tornaram-se num ícone da cultura
pop;
A Coca-Cola, quer pela bebida, quer pela conceção da garrafa, era já
um símbolo de consumismo;
Tornam-se um símbolo do “american way of life”;
Módulo 8, História A 52
Warhol, Coca-Cola
Verdes, 1962
A serigrafia permitia desmultiplicação da imagem, tornando-a
acessível a um público numeroso, tornando-a num produto
comercial como qualquer outro;
Módulo 8, História A 53
Warhol, Coca-
Cola, serigrafia,
1961
As imagens eram representadas sem qualquer conotação intelectual,
elevando os objetos comuns à categoria de arte;
Módulo 8, História A 54
Warhol, Coca-Cola, 1960
Usando a arte como a vida, tão fugaz quanto os “quinze minutos
de fama” que considerava ao alcance de todos, Warhol concebeu a
arte mais popular de todo o movimento;
Módulo 8, História A 55
No seu livro de 1975, A Filosofia de Andy Warhol afirmava: “Foi a
América que atingiu a verdadeira democratização da sociedade, os
consumidores ricos compram essencialmente a mesma coisa que os
pobres. Podes ver TV e pensar, eu também posso beber uma Coca-
Cola; o presidente bebe Coca-Cola, Liz Taylor bebe Coca-Cola (…).
Todas as Coca-Colas são iguais e igualmente boas”;
Módulo 8, História A
Warhol, Coca-Cola, serigrafia
Módulo 8, História A 57
A Arte Conceptual iniciou-se nos anos 60 e implicou uma profunda
revisão dos processos criativos;
O mais importante é a ideia, o conceito, ou seja, a conceção do
objeto mais do que a sua realização;
Arte Conceptual
Magritte, A Traição das Imagens,1929,
obra surrealista demonstra um carácter
conceptual, Magritte é um precursor da
arte conceptual
Módulo 8, História A 58
Kosuth, Uma e três cadeiras, 1966. Mostra três tipos de
linguagem: a cadeira, a fotografia da cadeira e a definição
de cadeira. O artista interroga-se acerca da relação que
existe entre um objeto, a representação dele e a linguagem.
Módulo 8, História A 59
Valoriza o processo
mental e a reflexão
sobre o trabalho, a
teoria ocupa o lugar da
prática;
Kosuth, Luz eléctrica de néon, Inglês, Letras de vidro, 1966
Recorreu a referências e bases teóricas questionando:
Os fundamentos da arte;
A colocação da obra de arte na sociedade;
O reconhecimento público do artista;
Põe em causa a razão de existir e a função da arte;
Módulo 8, História A 60
Arnatt, Autofuneral, 1969, fotografias sobre cartão
Atribui à arte um papel de
documento;
Afirmam: “A arte é uma
coisa mental, é reflexão
filosófica desprovida de
aplicação prática”;
“O artista da sociedade
multimédia e da era da
informática trata
exclusivamente de
problemas filosóficos”;
Módulo 8, História A 61
Kosuth, Alinhamento, Transparente, Vidro, Quadrado, 1965, 4
quadrados de vidro (1mx1m)
Este movimento inspirou-se em Magritte e Duchamp, no
Abstraccionismo, na Action Paiting e no Informalismo;
A arte é uma acção linguística como comunicação e formação do
pensamento;
Utilizaram suportes pouco comuns: fotografia, vídeo, documentos
escritos, vidro, etc.;
Módulo 8, História A 62
Módulo 8, História A 63
A literatura existencialista
As vanguardas artísticas criaram o conceito de “não arte”, o
Expressionismo Abstrato tornou-a a pulsão do irracional, a Pop Art
vulgarizou-a e a Arte Conceptual desmaterializou-a;
Na literatura, sob a influência da filosofia existencialista, colocava-se
a tónica na existência humana;
Módulo 8, História A 64
O Homem é um ser responsável? Pode escolher o seu destino?
A resposta a estas questões levou filósofod como Karl Jasper (1883-
1969), Martin Heidegger (1889-1976) e Jean Paul Sartre (1905-1980)
a pensarem que o Homem, antes de pensar, existe e é em torno da
existência que surge a vontade de comunicar, de saber e de
procurar a verdade;
Módulo 8, História A 65
Para Sartre o Homem é obra de si próprio, produto das suas ações,
um ser absolutamente livre que elabora o seu projeto pessoal como
reação aos seus problemas pessoais;
Sartre afirma que num Mundo sem Deus o indivíduo estava
condenado à liberdade de encontrar um sentido para a vida;
O existencialismo tornou-se uma teoria atraente nos anos 40 e 50;
A contingência da existência, a culpa, a morte e o absurdo passam a
fazer parte de obras literárias de Sartre, Simone Beauvoir (1908-
1986) e Albert Camus (193-1960);
Módulo 8, História A 66
O existencialismo influenciou as artes, o cinema, a música;
Afetou os hábitos de vida dos jovens incentivando a crítica aos
valores tradicionais e à busca da liberdade pessoal;
Módulo 8, História A 67
3.1.3 O Progresso Científico e a Inovação Tecnológica
No pós-guerra assiste-se a um desenvolvimento dos avanços
científicos e tecnológicos;
A competição entre empresas, o mundo bipartido incentiva a
pesquisa tecnológica;
A Física, a Biologia e a Química foram as áreas onde se deram os
maiores progressos;
Módulo 8, História A 68
Após o lançamento das bombas atómicas em Hiroxima e
Nagasáqui, na década 50 a energia nuclear é aplicada na produção
de eletricidade;
Constroem-se navios e submarinos nucleares;
A energia é aplicada na Medicina, Tomografia Axial Computorizada
(TAC);
A utilização da energia nuclear levanta problemas e riscos bastante
elevados;
Módulo 8, História A 69
A invenção do transístor (1948) permite substituir as válvulas
eletrónicas a torna possível a miniaturização dos aparelhos
eletrónicos;
Na década de 50 é inventado o chip (circuito integrado);
Este invento levou ao desenvolvimento do rádio, televisão,
telefones, eletrodomésticos e do computador;
Módulo 8, História A 70
Módulo 8, História A 71
O primeiro computador (ENIAC) é criado em 1948 por uma
universidade americana;
O primeiro computador era de válvulas, os primeiros computadores
pessoais vão ser criados em meados da década de 70;
Módulo 8, História A 72
Módulo 8, História A 73
Módulo 8, História A 74
Na década de 40 surge a
robótica;
Em 1928, Ian Fleming
descobre a penicilina que
começou a ser produzida
comercialmente na década de
40 e vai levar à descoberta de
novos antibióticos;
Módulo 8, História A 75
As vacinas também se desenvolvem;
Em 1967, um médico sul africano, Christian Barnard, realizou a
primeira transplantação de um coração;
Em 1978 é realizada a primeira “fertilização in vitro”, isto é. Fora do
corpo humano;
Em 1953 descobre-se a estrutura do ADN e do código genético;
Dão-se progressos na agronomia e são cultivadas variedades de
milho, trigo e arroz mais resistentes às pragas;
Módulo 8, História A 76
3.2 Media e Hábitos Socioculturais (não é de aprofundamento)
3.2.1 Os Novos Centros de Produção Cinematográfica
O cinema, no pós guerra tornou-se um espetáculo de massas: a
cores, e projetados em grandes ecrãs panorâmicos;
A produção norte-americana é afetada pela concorrência da
televisão e pela perseguição movida pela Comissão de Atividades
Antiamericanas (criada em 1947 pelo senador Joseph McCarthy) e
que perseguia todos os que fossem minimamente suspeitos de
simpatias comunistas, foi a época do macarthismo;
Módulo 8, História A 77
Surgem as grandes produções de Hollywood direcionadas para o
público mais jovem;
Surgem outros centros de produção cinematográfica:
Índia, em Bollywood desenvolve-se a indústria cinematográfica que
conhece nos anos 50 a sua idade de ouro;
Nos anos 50 desenvolve-se o cinema no Japão;
Módulo 8, História A 78
Em Itália desenvolve-se uma corrente neorrealista do cinema com
Roberto Rossellini e Vittorio de Sica;
Em França surge a “Nouvelle Vague” de realizadores, François
Truffaut e Jean Luc Godard que lutou pelo “cinema como arte”, e
os realizadores “como autores de filmes”;
Em Portugal surge Manoel de Oliveira que em 1942 realiza o seu
primeiro filme Aniki Bobó;
Módulo 8, História A 79
3.2.2 O Impacto da Televisão e da Música no Quotidiano
Após 1945 a televisão torna-se um meio de comunicação de
massas;
Rapidamente assume-se como um veículo privilegiado de
entretenimento;
É uma forte manifestação de massificação cultural e de
padronização de comportamentos;
É também um veículo de informação e influente nos
comportamento socias e políticos das massas;
É também uma forte orientador do consumo;
Módulo 8, História A 80
Nos anos 50 o “rock & roll”
torna-se um enorme sucesso;
Em 1956 emerge a primeira
grande estrela, Elvis Presley,
em 1962 surgem os Beatles e
os Rolling Stones;
A música tornou-se um
instrumento de irreverência e
de demonstração de rebeldia
da juventude;
Módulo 8, História A 81
O Festival de Woodstock, 1969, tornou-se um símbolo dos anos 60;
Por vezes assume a contestação social como nos casos, nos anos 60
de Bob Dylan ou Joan Baez;
Módulo 8, História A 82
3.2.3 A Hegemonia dos Hábitos Socioculturais Norte-Americanos
Os filmes de Hollywood, os programas de televisão, a música
difundem os valores e os estereótipos do “american way of life”;
É a americanização do Mundo;
Os produtos e os hábitos americanos invadem todos os lares do
mundo;
Módulo 8, História A 83
3. 3 Alterações na Estrutura Social nos Comportamentos (não é de
aprofundamento)
3.3.1 A terciarização da sociedade
O desenvolvimento económico dos “Trinta Gloriosos” provocou a
mecanização do setor produtivo e a alteração da estrutura da
população ativa;
A mecanização da agricultura levou a que cada vez menos gente
trabalhe nos campos, o êxodo rural acelerou;
Cresceu a população urbana;
Módulo 8, História A 84
A população empregue no setor secundário não cresceu de modo
significativo devido à mecanização da indústria;
A terciarização da sociedade é uma característica da sociedade do
pós-guerra;
Cada vez mais pessoas têm emprego na educação, saúde, turismo,
transportes, comunicação, comércio, funcionalismo privado e
público, etc.;
Módulo 8, História A 85
Esta situação exige uma maior escolarização;
A classe média cresce nas sociedades capitalistas;
Aumentam os níveis salariais que provocam uma alteração dos
padrões de consumo e comportamentos sociais;
Há uma melhoria generalizada da qualidade de vida;
Módulo 8, História A 86
3.3.2 Os Anos 60 e a Gestação de uma Nova Mentalidade
A sociedade dos anos 60 procura novas referências ideológicas;
É na juventude que mais se encontra o inconformismo;
É a geração do “baby boom”, a geração nascida no pós-guerra que
não passou por dificuldades económicas e viveu a adolescência em
pleno;
Aderiu ao pacifismo e à ecologia, ao idealismo revolucionário, à
afirmação da mulher;
A Igreja Católica também passou por algumas alterações;
Módulo 8, História A 87
A proliferação de centrais nucleares levou ao nascimento do
movimento antinuclear;
Nos anos 60 surge o movimento hippie cujo slogan mais conhecido
é “façam amor e não a guerra”;
Em 1971, no Canadá é fundada a Greenpeace;
Nos anos 80, em muitos países surgem os partidos políticos
denominados os “Verdes”, com preocupações ecológicas;
Módulo 8, História A 88
Ainda nos anos 60 desenvolvem-se a contestação do sistema por
parte dos jovens;
Nos EUA contra a guerra do Vietname, o racismo, contra a corrida
ao armamento nuclear e a exploração dos povos do Terceiro
Mundo;
Na URSS denunciam a corrida ao nuclear, o centralismo
democrático, a falta de liberdade;
Nas democracias ocidentais também surgem movimentos contra o
nuclear, a exploração dos povos do Terceiro Mundo, etc.;
Módulo 8, História A 89
Surgem movimentos revolucionários empenhados na
transformação do Mundo:
Movimentos antirracistas;
Movimento de luta contra o imperialismo americano;
Movimentos feministas;
Módulo 8, História A 90
Em França, em maio de 1968 surgiu uma contestação estudantil que
rapidamente se espalhou a vários setores do trabalho e levou à
contestação do próprio regime político;
Surgem movimentos feministas que lutam pela igualdade de direitos
civis e políticos das mulheres;
O afastamento dos setores jovens da tradição levou a uma perda de
influência da Igreja Católica;
O Papa João XXIII, eleito em 1958, convocou um concílio que ficou
conhecido como o Concílio do Vaticano II que pretendeu modificar a
atuação da Igreja.
Módulo 8, História A 91
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 12, Areal Editores, 2015
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da
História 12, Porto Editora, 2013
Antão, António, Preparação para o Exame Nacional 2014, História A,
Porto Editora 2015
Catarino, António Luís, Preparar o Exame Nacional de História A,
Areal Editores, 2015
2017/2018

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8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx

  • 1. História A - Módulo 8 Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 80 – Opções Internas e Contexto Internacional Unidade 3 As transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século XX http://divulgacaohistoria.wordpress.com/ 2017_2018
  • 2. Módulo 8, História A 2 3.1 Artes, Letras, Ciência e Técnica (não é de aprofundamento) 3.1.1 A importância dos polos culturais anglo-americanos O fim da Segunda Guerra Mundial levou a uma mudança de consciência no homem ocidental depois de assistir à crueldade da guerra; A liderança mundial da Europa começou a desbotar em 1914-1918, os totalitarismos dos anos 20 e 30 e a Segunda Guerra Mundial destruíram-na quase completamente;
  • 3. Módulo 8, História A 3 Os EUA assumiram o papel de condução do Ocidente num mundo bipolarizado; O protagonismo cultural das grandes cidades europeias (Paris, Londres, Berlim, Milão, etc.) é substituído pela cidade de Nova Iorque; Doravante as grandes inovações provêm dessa cidade americana; Muitos artistas, intelectuais e cientistas europeus procuraram refúgio nos EUA durante os anos 30;
  • 4. Módulo 8, História A 4 A prosperidade económica dos EUA incentivou um generoso mecenato, surgem colecionadores, museus, galerias, espaços culturais; Einstein, Brecht, André Breton, Chagal, Mondrian, Gropius, Salvador Dalí, são algumas dos artistas e cientistas que se exilaram nos EUA; Conjuntamente com os artistas e intelectuais americanos irão transformar Nova Iorque na grande dinamizadora da cultura e arte mundiais;
  • 5. Módulo 8, História A 5 3.1.2 A Reflexão sobre a Condição Humana nas Artes e nas Letras O expressionismo abstrato (1945-1960) A pintura expressionista de tipo informalista surgiu nos EUA nos finais dos anos 40; Resulta da fusão do Surrealismo com o Abstracionismo; É uma pintura que procura as emoções e estados de espírito, angústias, raiva, etc.; Pollock, Forma Livre
  • 6. Dentro do Expressionismo Abstracto distingue-se Jackson Pollock (1912- 1956); Criou a “action painting”, pintura de accção; Desenvolve o conceito surrealista de automatismo psíquico; É uma pintura gestualista; Módulo 8, História A 6
  • 7. Módulo 8, História A 7 https://www.youtube.com/watch?v=EncR_T0faKM As técnicas de Jackson Pollock
  • 8. Pollock, Convergência O resultado final, não é uma representação, mas o conjunto dos gestos que o artista imprime na tela para exprimir as suas pulsões emotivas e que, pelo menos nas intenções, não são ditados por uma ideia premeditada; É uma pintura não geométrica e de carácter gestualista, trata-se geralmente de telas de grandes dimensões que os pintores realizam no próprio chão do atelier; 8Módulo 8, História A
  • 9. Pollock a pintar O termo ”action painting”, criado em 1952 pelo crítico americano Harold Rosenberg, designa uma pintura não-descritiva, cujo tema é o próprio ato de pintar; Módulo 8, História A 9
  • 10. A action paiting retoma o conceito central da teoria surrealista, ou seja, a definição de automatismos de André Breton; Utilizam as descobertas da psicanálise, o automatismo psíquico; Estabelecem uma relação direta entre o inconsciente e o gesto criativo, sem qualquer controlo ético ou estético; Módulo 8, História A 10
  • 11. Módulo 8, História A 11 Jackson Pollock, costumava pintar em telas de grandes dimensões estendidas no chão, para estabelecer com elas um contacto mais envolvente; Andando à volta da tela e fazendo jorrar a tinta diretamente de latas perfuradas, Pollock, renuncia à relação frontal com a obra, característica da pintura de cavalete, e instaura com a tela uma relação mais física;
  • 12. Pollock, nº 3 Módulo 8, História A 12
  • 13. Pollock: “a mão, o braço e o corpo do artista não dependiam da vontade nem da mente mas eram o instrumento de uma espécie de furor e euforia, desligadas de quaisquer normas compositivas ou estéticas; A execução da obra era uma espécie de ritual e a tela ficava toda coberta de riscos de tinta, de uma forma caótica; Utilizam a técnica do dripping; A obra de arte será tanto mais autêntica quanto menos a sua execução for racionalmente controlada; Dripping: deixar cair a tinta sobre a tela; Módulo 8, História A 13
  • 14. Pollock, Ritmos de Outono Módulo 8, História A 14
  • 15. Gorky, Os Esponsais, Vermelho e Crista de Galo Módulo 8, História A 15
  • 17. Kooning, Duas Mulheres, Mulher I, Mulher VI Módulo 8, História A 17
  • 18. Rothko, vermelho-claro sobre preto,Nº8 Módulo 8, História A 18
  • 19. Rothko, Terra Verde Módulo 8, História A 19
  • 20. Motherwell, Elegia à República Espanhola Módulo 8, História A 20
  • 21. A abstração geométrica nasceu nos EUA, nos anos 50, são influenciados por Josef Albers (1888-1976) (professor da Bauhaus, naturalizado americano), pelo Neoplasticismo; 21Módulo 8, História A
  • 22. Albers, Abertura ao Exterior Homenagem ao Quadrado curioso Módulo 8, História A 22
  • 23. A cor sobrepõe-se à forma; Procuram realizar uma pintura estritamente pictórica; É a pintura despojada de todo o significado extra visual, a recusa de tudo o que não seja pictórico; 23Módulo 8, História A
  • 24. Newman, Covenant Módulo 8, História A 24
  • 25. Newman, Tundra Módulo 8, História A 25
  • 28. Numa sociedade caracterizada pelo consumo surge uma arte que é o reflexo das novas formas de relacionamento social, onde determinados objetos, imagens ou pessoas se impõem como ícones; Módulo 8, História A 28 A Pop Art, um movimento iconoclasta
  • 29. A arte do século XX, a partir dos anos 60, muda radicalmente, quer na forma quer no pensamento; Opondo-se ao abstracionismo intelectualizado e hermético dos anos 50, surge uma arte virada para o concreto e o quotidiano; Módulo 8, História A 29
  • 30. A Pop Art (Popular Art) é um movimento que instaura o seu programa na cultura da civilização urbana, nos mass media, nos objetos e imagens produzidos pela sociedade de consumo; Módulo 8, História A 30
  • 31. Oldenburg, Hamburger Gigante, 1962, 2,13 m x 1,32 m A Pop Art nasceu em meados dos anos 50, sobretudo nos grandes núcleos urbanos como Nova Iorque e Londres; Utilizou uma linguagem figurativa recorrendo a símbolos, figuras e objectos próprios da cidade e do seu quotidiano; Não se baseou em teorias, não teve atitudes programáticas Módulo 8, História A 31
  • 32. A sua temática esteve ligada à “cultura popular” constituída por imagens do quotidiano, retiradas da BD, das revistas e dos jornais, da fotografia, do cinema e da televisão; Os mitos da vida diária, que se manifestam na cultura de consumo, os meios de comunicação de massas e a euforia tecnológica manifestam-se na Pop Art Módulo 8, História A 32
  • 33. Utilizou recursos mecânicos ou semimecânicos como a serigrafia, fotografia e a fotomontagem; Foi influenciada pelo dadaísmo utilizando a descontextualização de objetos de uso quotidiano, tornando-os ícones da sociedade de consumo; Módulo 8, História A 33
  • 34. Warhol, Caixa de sabão Brillo Módulo 8, História A 34
  • 35. O movimento nasceu em Inglaterra, onde desenvolve-se uma atitude mais crítica em relação à sociedade de consumo, do que nos EUA; Hamilton, O que é que faz exatamente os lugares de hoje tão diferentes, tão atrativos?, 1956 Módulo 8, História A 35
  • 36. Em Inglaterra os artistas de maior renome são: Richard Hamilton (1922); Peter Blake (1932); David Hockney (1937); Allen Jones (1937); Módulo 8, História A 36
  • 37. Blake, A varanda Módulo 8, História A 37
  • 38. Foi nos EUA que a Pop Art exprimiu completamente o seu significado; Desenvolve-se em duas vertentes, uma “neodadaísta” que incluiu artistas como: Robert Rauschenberg (1925-1997); Jasper Jones (1930); O artista mais conhecido foi Andy Warhol (1928-1987); Módulo 8, História A 38
  • 39. Rauschenberg, Cama, 1959 Módulo 8, História A 39
  • 40. Jones, Três bandeiras, 1958 Módulo 8, História A 40
  • 41. A outra vertente é composta por artistas como: Roy Lichtenstein (1923), que utilizou personagens retiradas da BD (banda desenhada), pintadas com cores lisas onde é quase impossível ver as pinceladas; Módulo 8, História A 41
  • 44. Wesselmann, The Great American Nude, 1963 Tom Wesselmann (1931-2004) que utilizou a assemblage para criar ambientes de tipo “classe média”; Módulo 8, História A 44
  • 45. Módulo 8, História A 45 Coca-Cola (1961) Andy Warhol (1928-1987)
  • 46. Cronologia: 1928 – Nasce Andrew Warhola; 1949 – Depois de concluídos os estudos parte para Nova Iorque para trabalhar como artista comercial; 1952 – realiza uma exposição do seu trabalho; Warhol, Auto-retrato, 1964 Módulo 8, História A 46
  • 47. 1961 – Série de pinturas baseadas em produtos comerciais (Sopa Campbell, detergente Brillo, Coca-Cola); 1963 – Criação do atelier “Factory”, local de reunião de pintores, músicos, filosofos, etc.; 1964 – Exposição de serigrafias com o tema das Flores (relacionados com a ideologia hippie); 1966 – Exposição de serigrafias cujo tema é a vaca; 1975 – Publica obras literárias; 1987 – Morre após uma operação à vesícula; Módulo 8, História A 47
  • 48. Warhol, 100 latas de sopa Campbell Filho de emigrantes eslovacos, Andy Warhol é a figura mais conhecida e controversa da Pop Art; Utilizou imagens da BD, de objetos de consumo e retratos de personalidades (conhecidas são as suas séries das sopas Campbell e as garrafas de Coca- Cola); Módulo 8, História A 48
  • 49. Warhol, Marylin, díptico Este artista não quis só converter em arte algo de trivial e vulgar, mas também trivializar e vulgarizar a própria arte; Os temas pictóricos da Pop são motivados pela vida quotidiana, reflectem as realidades de uma época; Módulo 8, História A 49
  • 50. Warhol, 16 Jackies Os grandes símbolos da época, os mitos produzidos pelos mass media (as grandes marcas, os produtos de consumo, as estrelas de cinema, etc.) vão integrar o programa do movimento cujo propósito é evidenciar a extrema vulgaridade, o kitsch e o mau gosto que a crescente cultura de massas e a globalização conduziram o homem; Módulo 8, História A 50
  • 51. Warhol, Sopas Campbell Nos inícios dos anos 60 começa a criar, sobretudo serigrafias, representando objectos da sociedade de consumo; Reproduziu-as continuamente, introduzindo alterações; Módulo 8, História A 51
  • 52. Warhol, Coca-Cola, serigrafia As suas garrafas de Coca-Cola tornaram-se num ícone da cultura pop; A Coca-Cola, quer pela bebida, quer pela conceção da garrafa, era já um símbolo de consumismo; Tornam-se um símbolo do “american way of life”; Módulo 8, História A 52
  • 53. Warhol, Coca-Cola Verdes, 1962 A serigrafia permitia desmultiplicação da imagem, tornando-a acessível a um público numeroso, tornando-a num produto comercial como qualquer outro; Módulo 8, História A 53
  • 54. Warhol, Coca- Cola, serigrafia, 1961 As imagens eram representadas sem qualquer conotação intelectual, elevando os objetos comuns à categoria de arte; Módulo 8, História A 54
  • 55. Warhol, Coca-Cola, 1960 Usando a arte como a vida, tão fugaz quanto os “quinze minutos de fama” que considerava ao alcance de todos, Warhol concebeu a arte mais popular de todo o movimento; Módulo 8, História A 55
  • 56. No seu livro de 1975, A Filosofia de Andy Warhol afirmava: “Foi a América que atingiu a verdadeira democratização da sociedade, os consumidores ricos compram essencialmente a mesma coisa que os pobres. Podes ver TV e pensar, eu também posso beber uma Coca- Cola; o presidente bebe Coca-Cola, Liz Taylor bebe Coca-Cola (…). Todas as Coca-Colas são iguais e igualmente boas”; Módulo 8, História A
  • 58. A Arte Conceptual iniciou-se nos anos 60 e implicou uma profunda revisão dos processos criativos; O mais importante é a ideia, o conceito, ou seja, a conceção do objeto mais do que a sua realização; Arte Conceptual Magritte, A Traição das Imagens,1929, obra surrealista demonstra um carácter conceptual, Magritte é um precursor da arte conceptual Módulo 8, História A 58
  • 59. Kosuth, Uma e três cadeiras, 1966. Mostra três tipos de linguagem: a cadeira, a fotografia da cadeira e a definição de cadeira. O artista interroga-se acerca da relação que existe entre um objeto, a representação dele e a linguagem. Módulo 8, História A 59 Valoriza o processo mental e a reflexão sobre o trabalho, a teoria ocupa o lugar da prática;
  • 60. Kosuth, Luz eléctrica de néon, Inglês, Letras de vidro, 1966 Recorreu a referências e bases teóricas questionando: Os fundamentos da arte; A colocação da obra de arte na sociedade; O reconhecimento público do artista; Põe em causa a razão de existir e a função da arte; Módulo 8, História A 60
  • 61. Arnatt, Autofuneral, 1969, fotografias sobre cartão Atribui à arte um papel de documento; Afirmam: “A arte é uma coisa mental, é reflexão filosófica desprovida de aplicação prática”; “O artista da sociedade multimédia e da era da informática trata exclusivamente de problemas filosóficos”; Módulo 8, História A 61
  • 62. Kosuth, Alinhamento, Transparente, Vidro, Quadrado, 1965, 4 quadrados de vidro (1mx1m) Este movimento inspirou-se em Magritte e Duchamp, no Abstraccionismo, na Action Paiting e no Informalismo; A arte é uma acção linguística como comunicação e formação do pensamento; Utilizaram suportes pouco comuns: fotografia, vídeo, documentos escritos, vidro, etc.; Módulo 8, História A 62
  • 63. Módulo 8, História A 63 A literatura existencialista As vanguardas artísticas criaram o conceito de “não arte”, o Expressionismo Abstrato tornou-a a pulsão do irracional, a Pop Art vulgarizou-a e a Arte Conceptual desmaterializou-a; Na literatura, sob a influência da filosofia existencialista, colocava-se a tónica na existência humana;
  • 64. Módulo 8, História A 64 O Homem é um ser responsável? Pode escolher o seu destino? A resposta a estas questões levou filósofod como Karl Jasper (1883- 1969), Martin Heidegger (1889-1976) e Jean Paul Sartre (1905-1980) a pensarem que o Homem, antes de pensar, existe e é em torno da existência que surge a vontade de comunicar, de saber e de procurar a verdade;
  • 65. Módulo 8, História A 65 Para Sartre o Homem é obra de si próprio, produto das suas ações, um ser absolutamente livre que elabora o seu projeto pessoal como reação aos seus problemas pessoais; Sartre afirma que num Mundo sem Deus o indivíduo estava condenado à liberdade de encontrar um sentido para a vida; O existencialismo tornou-se uma teoria atraente nos anos 40 e 50; A contingência da existência, a culpa, a morte e o absurdo passam a fazer parte de obras literárias de Sartre, Simone Beauvoir (1908- 1986) e Albert Camus (193-1960);
  • 66. Módulo 8, História A 66 O existencialismo influenciou as artes, o cinema, a música; Afetou os hábitos de vida dos jovens incentivando a crítica aos valores tradicionais e à busca da liberdade pessoal;
  • 67. Módulo 8, História A 67 3.1.3 O Progresso Científico e a Inovação Tecnológica No pós-guerra assiste-se a um desenvolvimento dos avanços científicos e tecnológicos; A competição entre empresas, o mundo bipartido incentiva a pesquisa tecnológica; A Física, a Biologia e a Química foram as áreas onde se deram os maiores progressos;
  • 68. Módulo 8, História A 68 Após o lançamento das bombas atómicas em Hiroxima e Nagasáqui, na década 50 a energia nuclear é aplicada na produção de eletricidade; Constroem-se navios e submarinos nucleares; A energia é aplicada na Medicina, Tomografia Axial Computorizada (TAC); A utilização da energia nuclear levanta problemas e riscos bastante elevados;
  • 69. Módulo 8, História A 69 A invenção do transístor (1948) permite substituir as válvulas eletrónicas a torna possível a miniaturização dos aparelhos eletrónicos; Na década de 50 é inventado o chip (circuito integrado); Este invento levou ao desenvolvimento do rádio, televisão, telefones, eletrodomésticos e do computador;
  • 71. Módulo 8, História A 71 O primeiro computador (ENIAC) é criado em 1948 por uma universidade americana; O primeiro computador era de válvulas, os primeiros computadores pessoais vão ser criados em meados da década de 70;
  • 74. Módulo 8, História A 74 Na década de 40 surge a robótica; Em 1928, Ian Fleming descobre a penicilina que começou a ser produzida comercialmente na década de 40 e vai levar à descoberta de novos antibióticos;
  • 75. Módulo 8, História A 75 As vacinas também se desenvolvem; Em 1967, um médico sul africano, Christian Barnard, realizou a primeira transplantação de um coração; Em 1978 é realizada a primeira “fertilização in vitro”, isto é. Fora do corpo humano; Em 1953 descobre-se a estrutura do ADN e do código genético; Dão-se progressos na agronomia e são cultivadas variedades de milho, trigo e arroz mais resistentes às pragas;
  • 76. Módulo 8, História A 76 3.2 Media e Hábitos Socioculturais (não é de aprofundamento) 3.2.1 Os Novos Centros de Produção Cinematográfica O cinema, no pós guerra tornou-se um espetáculo de massas: a cores, e projetados em grandes ecrãs panorâmicos; A produção norte-americana é afetada pela concorrência da televisão e pela perseguição movida pela Comissão de Atividades Antiamericanas (criada em 1947 pelo senador Joseph McCarthy) e que perseguia todos os que fossem minimamente suspeitos de simpatias comunistas, foi a época do macarthismo;
  • 77. Módulo 8, História A 77 Surgem as grandes produções de Hollywood direcionadas para o público mais jovem; Surgem outros centros de produção cinematográfica: Índia, em Bollywood desenvolve-se a indústria cinematográfica que conhece nos anos 50 a sua idade de ouro; Nos anos 50 desenvolve-se o cinema no Japão;
  • 78. Módulo 8, História A 78 Em Itália desenvolve-se uma corrente neorrealista do cinema com Roberto Rossellini e Vittorio de Sica; Em França surge a “Nouvelle Vague” de realizadores, François Truffaut e Jean Luc Godard que lutou pelo “cinema como arte”, e os realizadores “como autores de filmes”; Em Portugal surge Manoel de Oliveira que em 1942 realiza o seu primeiro filme Aniki Bobó;
  • 79. Módulo 8, História A 79 3.2.2 O Impacto da Televisão e da Música no Quotidiano Após 1945 a televisão torna-se um meio de comunicação de massas; Rapidamente assume-se como um veículo privilegiado de entretenimento; É uma forte manifestação de massificação cultural e de padronização de comportamentos; É também um veículo de informação e influente nos comportamento socias e políticos das massas; É também uma forte orientador do consumo;
  • 80. Módulo 8, História A 80 Nos anos 50 o “rock & roll” torna-se um enorme sucesso; Em 1956 emerge a primeira grande estrela, Elvis Presley, em 1962 surgem os Beatles e os Rolling Stones; A música tornou-se um instrumento de irreverência e de demonstração de rebeldia da juventude;
  • 81. Módulo 8, História A 81 O Festival de Woodstock, 1969, tornou-se um símbolo dos anos 60; Por vezes assume a contestação social como nos casos, nos anos 60 de Bob Dylan ou Joan Baez;
  • 82. Módulo 8, História A 82 3.2.3 A Hegemonia dos Hábitos Socioculturais Norte-Americanos Os filmes de Hollywood, os programas de televisão, a música difundem os valores e os estereótipos do “american way of life”; É a americanização do Mundo; Os produtos e os hábitos americanos invadem todos os lares do mundo;
  • 83. Módulo 8, História A 83 3. 3 Alterações na Estrutura Social nos Comportamentos (não é de aprofundamento) 3.3.1 A terciarização da sociedade O desenvolvimento económico dos “Trinta Gloriosos” provocou a mecanização do setor produtivo e a alteração da estrutura da população ativa; A mecanização da agricultura levou a que cada vez menos gente trabalhe nos campos, o êxodo rural acelerou; Cresceu a população urbana;
  • 84. Módulo 8, História A 84 A população empregue no setor secundário não cresceu de modo significativo devido à mecanização da indústria; A terciarização da sociedade é uma característica da sociedade do pós-guerra; Cada vez mais pessoas têm emprego na educação, saúde, turismo, transportes, comunicação, comércio, funcionalismo privado e público, etc.;
  • 85. Módulo 8, História A 85 Esta situação exige uma maior escolarização; A classe média cresce nas sociedades capitalistas; Aumentam os níveis salariais que provocam uma alteração dos padrões de consumo e comportamentos sociais; Há uma melhoria generalizada da qualidade de vida;
  • 86. Módulo 8, História A 86 3.3.2 Os Anos 60 e a Gestação de uma Nova Mentalidade A sociedade dos anos 60 procura novas referências ideológicas; É na juventude que mais se encontra o inconformismo; É a geração do “baby boom”, a geração nascida no pós-guerra que não passou por dificuldades económicas e viveu a adolescência em pleno; Aderiu ao pacifismo e à ecologia, ao idealismo revolucionário, à afirmação da mulher; A Igreja Católica também passou por algumas alterações;
  • 87. Módulo 8, História A 87 A proliferação de centrais nucleares levou ao nascimento do movimento antinuclear; Nos anos 60 surge o movimento hippie cujo slogan mais conhecido é “façam amor e não a guerra”; Em 1971, no Canadá é fundada a Greenpeace; Nos anos 80, em muitos países surgem os partidos políticos denominados os “Verdes”, com preocupações ecológicas;
  • 88. Módulo 8, História A 88 Ainda nos anos 60 desenvolvem-se a contestação do sistema por parte dos jovens; Nos EUA contra a guerra do Vietname, o racismo, contra a corrida ao armamento nuclear e a exploração dos povos do Terceiro Mundo; Na URSS denunciam a corrida ao nuclear, o centralismo democrático, a falta de liberdade; Nas democracias ocidentais também surgem movimentos contra o nuclear, a exploração dos povos do Terceiro Mundo, etc.;
  • 89. Módulo 8, História A 89 Surgem movimentos revolucionários empenhados na transformação do Mundo: Movimentos antirracistas; Movimento de luta contra o imperialismo americano; Movimentos feministas;
  • 90. Módulo 8, História A 90 Em França, em maio de 1968 surgiu uma contestação estudantil que rapidamente se espalhou a vários setores do trabalho e levou à contestação do próprio regime político; Surgem movimentos feministas que lutam pela igualdade de direitos civis e políticos das mulheres; O afastamento dos setores jovens da tradição levou a uma perda de influência da Igreja Católica; O Papa João XXIII, eleito em 1958, convocou um concílio que ficou conhecido como o Concílio do Vaticano II que pretendeu modificar a atuação da Igreja.
  • 91. Módulo 8, História A 91 Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte bibliografia: FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da História 12, Areal Editores, 2015 COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da História 12, Porto Editora, 2013 Antão, António, Preparação para o Exame Nacional 2014, História A, Porto Editora 2015 Catarino, António Luís, Preparar o Exame Nacional de História A, Areal Editores, 2015 2017/2018