1. O documento descreve as transformações políticas e econômicas na Europa no início do século XX após a Primeira Guerra Mundial, incluindo a formação de novos estados e o colapso de impérios. 2. Discute o surgimento da União Soviética após a Revolução de Outubro de 1917 e o estabelecimento do regime comunista na Rússia sob a liderança de Lenin. 3. Detalha as dificuldades econômicas na Europa no pós-guerra e a ascensão dos Estados Unidos como potência domin
Síntese informativa sobre a primeira república - período entre 1910 e 1926. Aborda a situação política, económica e social nesse período da História de Portugal.
Tem como público alvo os alunos de História A, do 12.º ano de escolaridade.
Foca a Revolução Soviética e as fases porque passa a implantação do marxismo-leninismo na Rússia - construção do modelo soviético Aborda as características gerais da democracia dos sovietes, do comunismo de guerra e da NEP.
Tem como público alvo os alunos de História A, de 12º ano.
Síntese de informações sobre o panorama político europeu após a Primeira Guerra Mundial. Contextualização do aparecimento de correntes autoritárias, na Europa, nos anos 20.
Tem como público alvo os alunos do 12.º ano de escolaridade de História A.
Síntese informativa sobre a cultura (arte e literatura) em Portugal nas primeiras décadas do século XX. Aborda em particular o modernismo.
Destina-se preferencialmente a alunos de História A, de 12º ano.
Síntese informativa sobre a primeira república - período entre 1910 e 1926. Aborda a situação política, económica e social nesse período da História de Portugal.
Tem como público alvo os alunos de História A, do 12.º ano de escolaridade.
Foca a Revolução Soviética e as fases porque passa a implantação do marxismo-leninismo na Rússia - construção do modelo soviético Aborda as características gerais da democracia dos sovietes, do comunismo de guerra e da NEP.
Tem como público alvo os alunos de História A, de 12º ano.
Síntese de informações sobre o panorama político europeu após a Primeira Guerra Mundial. Contextualização do aparecimento de correntes autoritárias, na Europa, nos anos 20.
Tem como público alvo os alunos do 12.º ano de escolaridade de História A.
Síntese informativa sobre a cultura (arte e literatura) em Portugal nas primeiras décadas do século XX. Aborda em particular o modernismo.
Destina-se preferencialmente a alunos de História A, de 12º ano.
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7 01 as transformações das primeiras décadas do século xx blogue
1. História A - Módulo 7
Crises, embates ideológicos e mutações culturais
na primeira metade do século XX
Unidade 1
As transformações das primeiras décadas do
século XX
Apresentação atualizada em
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
2. Módulo 7, História A 2
1.1 Um novo equilíbrio global
A Primeira Guerra Mundial terminou em 11 de novembro de 1918;
A Conferência de Paz iniciou-se em janeiro de 1919; São assinados
vários acordos, entre eles o Tratado de Versalhes;
Surge uma nova geografia política e uma nova ordem internacional;
3. Módulo 7, História A 3
1.1.1 A geografia política após a Primeira Guerra Mundial. A
Sociedade das Nações
Os diversos tratados assinados provocaram uma profunda
transformação do mapa político da Europa e do Médio Oriente.
5. Módulo 7, História A 5
O Império Russo desapareceu e foi substituído para URSS (União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas;
O Império Alemão, que tinha perdido a guerra perdeu várias
regiões e territórios (Alsácia e Lorena, territórios para a Polónia,
Checoslováquia, Bélgica, Dinamarca;
O Império Austro-Húngaro morreu e em seu lugar nasceu a Áustria,
Hungria e Checoslováquia;
O Império Otomano foi amputado de alguns territórios e aí
nasceram novos estados, como a Síria e o Líbano (protetorado
francês);
Surge o Iraque, dominado pela Inglaterra, bem como o Egito e a
Palestina;
A Arábia Saudita torna-se um reino independente;
6. Módulo 7, História A 6
Muitos do novos países que surgiram no Leste e Sul da Europa
tinham regimes políticos baseados na representação parlamentar;
Multiplicam-se os estados-nação que surgiram do desmembramento
dos impérios (Finlândia, Estónia, Letónia, Lituánia, Polónia, Hungria)
e outros são formados por várias nacionalidades (Checoslováquia,
Jugoslávia);
O que é um estado-nação?
Um estado é uma entidade política e geopolítica;
Uma nação é uma unidade étnica e cultural;
Estado-nação implica em uma situação onde os dois são
coincidentes.
Wikipédia (adaptado)
7. Módulo 7, História A 7
Os estados vencidos (Áustria e Turquia) sofreram perdas territoriais
muito fortes;
A Alemanha perdeu 1/7 do seu território, a Prússia Oriental ficou
separada (corredor de Dantzig);
Ficou sem 1/10 da sua população;
Perdeu as suas colónias e marinha de guerra, as minas de carvão do
Sarre foram entregues, por um período de 15 anos, à França;
Foi condenada a pagar pesadas indeminizações aos vencedores;
Parte do seu território foi desmilitarizado;
O exército foi reduzido a 100 mil homens;
8. Módulo 7, História A 8
A Sociedade das Nações e a nova ordem internacional
9. Módulo 7, História A 9
O Presidente norte-americano, Thomas Woodrow Wilson, propõe,
em 1919, a criação de uma liga de nações, a Sociedade das Nações
(SDN);
Os seus principais objetivos consistiam em promover a cooperação
e a paz entre as nações, subordinadas ao Direito Internacional;
Uma agressão a um dos membros obrigava os outros a intervirem;
Assegurar a independência e integridade territorial dos estados;
A sua sede estabeleceu-se na cidade suíça de Genebra;
A SDN constituiu uma razão de esperança para os povos;
10. Módulo 7, História A 10
No entanto logo de início surgiram vários problemas na constituição
da SDN;
Na SDN falta uma pedra?
EUA
11. Módulo 7, História A 11
A nova ordem internacional saída da Primeira Guerra Mundial
não favoreceu o êxito da SDN:
Os EUA não ratificaram o Tratado de Versalhes e não participaram
na SDN, os republicanos dominando o Congresso defendiam uma
política isolacionista, apoiando-se nas ideias económicas de
Keynes, estavam contra a reconstrução dos países vencedores à
custa dos vencidos;
Os vencidos sentiam-se humilhados pelas condições impostas
pelos vencedores e obrigados a pagar pesadas indeminizações aos
vencedores;
Entre os vencedores surgiram novamente as rivalidades e lutas
pela hegemonia do Mundo;
Muitos países vencedores sentiam que não tinham recebido a justa
recompensa monetárias, o caso de Portugal, outros que não
tinham sido recompensados com territórios suficientes, o caso da
Itália;
12. Módulo 7, História A 12
Na redefinição de fronteiras muitas pretensões de minorias
nacionais não foram atendidas;
Surgiram novos países que não respeitaram as identidades éticas e
culturais de alguns povos;
Na Checoslováquia, na região dos Sudetas, ficaram cerca de 6
milhões de alemães;
A Jugoslávia agrupava vários povos submetidos à Sérvia;
Territórios ucranianos e bielorussos passaram para a Polónia;
A Áustria ficou proibida de se juntar à Alemanha;
13. Módulo 7, História A 13
A difícil recuperação económica da Europa e a dependência em
relação aos Estados Unidos
A Primeira Guerra Mundial teve consequências muito diferenciadas
sobre os diversos países.
Pela análise destes dados quais os países mais afetados e os mais
beneficiados?
15. Módulo 7, História A 15
Uma das consequências do conflito mundial foi o declínio dos países
europeus e a elevação dos Estados Unidos à categoria de maior
potência mundial;
Perdas europeias:
Demográficas: perdas humanas durante a guerra, diminuição da
mão de obra, envelhecimento da população, excedente da
população feminina;
Materiais: a Europa, sobretudo a Central em ruínas (cidades,
fábricas, quintas e vias de comunicação destruídas);
16. Módulo 7, História A 16
Perdas europeias:
Económicas:
Racionamento dos bens essenciais;
Inflação galopante (os estados emitiram moeda, provocando a sua
desvalorização);
Perda de poder de compra da classe média;
Os países europeus recorreram a empréstimos estrangeiros, como
não os podiam pagar recorriam a mais empréstimos,
desequilibrando a balança de pagamento dos estados, agrava-se o
défice dos países;
A partir de meados da década de 20 existe alguma recuperação
económica, dando origem aos “Loucos Anos Vinte”, que no entanto
seriam de curta duração;
17. Módulo 7, História A 17
A Europa transformou-se em compradora de bens e serviços dos
EUA;
As moedas europeias desvalorizam-se e é abandonado o padrão-
ouro (Gold Standard);
O padrão-ouro foi o sistema monetário cuja primeira fase vigorou
desde o século XIX até a Primeira Guerra Mundial. Os bancos eram
obrigados a converter as notas bancárias por eles emitidos
em ouro (ou prata), sempre que solicitado pelo cliente.
Cada país comprometia-se em fixar o valor da sua moeda em
relação a uma quantidade específica de ouro;
Wikipédia (adaptado)
18. Módulo 7, História A 18
Em 1922, a Áustria declarou falência;
Em 1923, a inflação na Alemanha torna-se galopante;
19. Módulo 7, História A 19
A desvalorização da moeda obrigava a uma constante emissão de
novas notas, formavam-se filas à porta dos bancos para trocar as
notas antigas;
20. Módulo 7, História A 20
A ascensão dos EUA e a recuperação europeia
A economia americana passou a dominar as trocas comerciais a
nível mundial;
Durante a guerra os americanos forneceram à Europa todo o tipo de
produtos, o que causou a dependência da economia europeia dos
EUA;
Deste modo metade dos stocks de ouro mundiais concentraram-se
em território americano, Nova Iorque torna-se no principal centro
financeiro mundial;
Apesar de uma pequena crise entre 1920-21, a economia americana
apresentava-se pujante;
21. Módulo 7, História A 21
Desenvolvem-se os métodos de racionalização do trabalho
(taylorismo) nos EUA e Europa;
Cresce a concentração capitalista empresarial;
Em maio de 1922, na Conferência de Génova, o padrão-ouro é
substituído pelo Gold Exchange Standard – na falta de reservas de
ouro, uma moeda passaria a ser convertida noutra moeda
considerada forte e por isso convertível em ouro;
Em 1925, a libra voltava a ser convertível em ouro (o dólar nunca
tinha deixado de o ser);
22. Módulo 7, História A 22
COUTO, Célia Pinto, ROSAS,
Maria Antónia Monterroso,
O tempo da História 12,
Porto Editora, 2013
23. Módulo 7, História A 23
A recuperação económica europeia foi alicerçada no crédito
concedido pelos EUA;
Os americanos concederam imensos créditos a países europeus;
Agrava-se a dependência económica da Europa em relação aos
EUA;
A partir de 1925, viveram-se anos de prosperidade (felizes anos
vinte);
Renasce uma grande confiança no capitalismo liberal e desenvolve-
se um clima de confiança;
Nasce, sobretudo nos EUA, o consumismo que levou a um grande
desenvolvimento comercial e industrial;
Em 1929 este clima otimista irá modificar-se completamente;
24. Módulo 7, História A 24
1.2 A implantação do marxismo-leninismo na Rússia. A construção
do modelo soviético
No início de 1917, a Rússia era governada por um monarca absoluto,
o czar Nicolau II;
A situação económica e social era muito precária;
25. Módulo 7, História A 25
Os camponeses (85% da população) reivindicavam terras que
estavam na posse da aristocracia;
O proletariado exigia melhores salários e condições de trabalho;
A burguesia e, mesmo, parte da aristocracia pretendiam a
modernização do país e uma maior abertura política;
Várias organizações políticas opunham-se ao absolutismo:
Socialistas-revolucionários;
Sociais-democratas (bolcheviques e mencheviques);
Constitucionais-democratas (defensores da democracia liberal);
Após a revolução de 1905 a frágil tentativa do czar de liberalizar o
regime falhou completamente;
26. Módulo 7, História A 26
A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial agravou as
dificuldades económicas do país;
A fome generaliza-se provocando manifestações e revoltas;
As derrotas nos campos de batalha fomentam a deserção e levam os
opositores do czar a acusá-lo de incompetência;
27. Módulo 7, História A 27
Da Revolução de fevereiro à Revolução de outubro
No início de 1917, a frágil situação económica da Rússia abria
caminho à difusão das ideias de contestação do regime czarista;
Constituem-se sovietes;
Soviete - é a designação atribuída aos conselhos de operários,
trabalhadores, camponeses que, a partir de 1905, foram
constituídos na Rússia.
Estavam organizados de forma hierárquica: de fábrica, de cidade, de
distrito de província, etc.;
28. Módulo 7, História A 28
Entre 22 e 28 de fevereiro de 1917, Petrogrado (Sampetersburgo) é
palco de grandes manifestações que se alastram a outras cidades
russas;
Operários, uma grande parte da classe média, e até alguns
aristocratas apoiavam esta luta contra o absolutismo;
Os Sovietes instigam o derrube do Czar;
Nicolau II abdica no dia 2 de março;
A Rússia torna-se uma república;
29. Módulo 7, História A 29
É instituído um governo provisório, primeiro dirigido por Lvov, e
depois por Kerensky, que procura desenvolver uma democracia
parlamentar na Rússia e a continuação da participação de Rússia na
Primeira Guerra Mundial;
Lvov e Kerensky eram mencheviques;
O Partido Operário Social-Democrata Russo estava dividido entre
mencheviques e bolcheviques;
Menchevique (minoria em russo, defendiam a democracia
parlamentar e uma via reformista da sociedade);
Bolchevique (maioria em russo, defendiam a revolução e as teses
marxistas, e a revolução como forma de conquistar o poder, irão
dar origem ao Partido Comunista);
30. Módulo 7, História A 30
Os sovietes continuam a crescer e a fomentar a agitação social
contra o governo provisório e a Duma (parlamento russo);
Em abril, Vladimir Lenine, líder dos bolcheviques e exilado em
Paris, regressa à Rússia;
No seu regresso divulga um documento, “Teses de abril”, onde
defende a retirada imediata da Rússia da guerra, a tomada do
poder pelo proletariado, através dos sovietes que eram dominados
pelos bolcheviques;
31. Módulo 7, História A 31
O objetivo central dos bolcheviques era o derrube do Governo
Provisório e a instituição da ditadura do proletariado;
A Rússia agita-se e os sovietes constituem-se num poder paralelo;
A guerra é cada vez menos popular e os bolcheviques pretendem
abandoná-la, afirmam que é uma guerra capitalista, onde se
disputam os interesses capitalistas dos diversos países;
O caos económico continua e o governo provisório mostra-se
incapaz de resolver a situação;
32. Módulo 7, História A 32
Nos dias 24 e 25 de outubro desencadeia-se revolução bolchevique;
As milícias bolcheviques (Guardas Vermelhos), em Sampetersburgo,
controlam os pontos estratégicos da cidade e assaltam o Palácio de
Inverno e derrubam o Governo Provisório;
O II Congresso dos Sovietes entregou o poder ao Conselho de
Comissários do Povo, composto por bolcheviques;
Lenine foi nomeado presidente, Trotsky, ministro da guerra e
Estaline, ministro das nacionalidades;
Pela primeira vez os representantes do proletariado tomaram o
poder político num país;
Triunfavam as ideias de Karl Marx, de luta de classes e de processo
revolucionário como forma de alcançar o poder;
34. Módulo 7, História A 34
1.2.2 Da democracia dos sovietes ao centralismo democrático
O novo governo iniciou negociações com a Alemanha para a retirada
russa da guerra;
Foram publicados vários decretos;
Sobre a paz, exorta-se os povos à paz;
Sobre a terra, as grandes propriedades agrícolas foram a sovietes de
camponeses;
Sobre o controlo operários, atribuía a gestão das fábricas aos
sovietes operários;
Sobre as nacionalidades, concedia a todos os povos do antigo
Império Russo o estatuto de igualdade e o direito à
autodeterminação;
35. Módulo 7, História A 35
Os sovietes tornaram-se na pedra angular do novo regime, e por isso
esta fase da revolução russa é denominada democracia dos
sovietes;
Em finais de 1917 são organizadas eleições para uma Assembleia
Constituinte, perante o fracasso eleitoral dos bolcheviques (25%),
Lenine dissolveu a Assembleia e o poder foi transferido para o
Congresso dos Sovietes (assembleia representante dos diversos
sovietes);
A Constituição de 1918 considerou o Congresso dos Sovietes o órgão
máximo de soberania, surgia a República Soviética;
Todos os partidos políticos foram proibidos, com a exceção do
Partido Comunista;
36. Módulo 7, História A 36
Em Brest-Litovsk, depois de demoradas negociações, é assinado, em
março de 1918, a paz com a Alemanha;
Neste tratado a Rússia perdeu a Polónia, Ucrânia, Finlândia, Estónia,
Lituánia e Letónia;
Lenine afirmou que tinha sido “uma paz desastrosa mas necessária”,
pois a Rússia perdeu ¼ da sua população e das suas terras
cultiváveis, ¾ das minas de ferro;
37. Módulo 7, História A 37
O governo bolchevique começa a sentir grandes dificuldades:
A resistência dos grandes proprietários e empresários;
O regresso de 7 milhões de soldados da frente de batalha, sem
emprego ;
A inflação continuava a subir;
Surgiam por todo o território fenómenos de banditismo;
Nas eleições para a Assembleia Constituinte só obtiveram 25% dos
votos;
39. Módulo 7, História A 39
Desencadeou-se uma guerra civil em março de 1918 e que se
prolongou até 1920 que causou a morte a 10 milhões de pessoas;
O Exército Branco (opositores aos bolchevistas) são apoiados pelos
Estados Unidos, Inglaterra, França e Japão);
O Exército Vermelho, organizado por Trotsky, demonstrou ser um
eficiente corpo de combate;
Os “brancos” demonstraram grandes dificuldades de união e as
populações foram, em grande parte hostis, pois receavam o
regresso dos grandes proprietários;
A guerra, foi extraordinariamente violenta e terminou com a vitória
do Exército Vermelho;
40. Módulo 7, História A 40
O comunismo de guerra (1918-1921)
Numa primeira fase da Revolução de Outubro viveu-se na
democracia dos sovietes;
No entanto cedo o governo bolchevique começou a passar por
sérias dificuldades:
a resistências dos proprietários,
a perda das eleições para a Assembleia Constituinte,
o tratado de paz com a Alemanha desastroso,
as dificuldades económicas
e, sobretudo, a guerra civil;
Estas dificuldades levaram à implantação de uma nova fase da
revolução que ficou conhecida como “comunismo de guerra”;
41. Módulo 7, História A 41
O objetivo central dos bolcheviques era a construção de uma
sociedade comunista (uma sociedade sem classes, democrática e
onde o estado seria abolido, e o Homem alcançaria a liberdade e a
felicidade);
Mas para chegar a esse estádio final, teorizado por Karl Marx, no
século XIX, era necessário passar pela etapa da ditadura do
proletariado;
Ditadura do proletariado – fase de transição na construção de uma
sociedade comunista que se caracteriza pelo proletariado retirar à
burguesia todos os meios de produção e centralizá-los no Estado
que é considerado o legítimo representante do proletariado;
42. Módulo 7, História A 42
Na Rússia é instaurada a ditadura do proletariado, com algumas
especificidades diferentes da teorização de Marx;
A conceção marxista de proletariado era sinónima de operariado,
Lenine acrescentou-lhe os camponeses (a Rússia era um país
atrasado onde a maior parte dos habitantes era constituída por
camponeses);
Outra diferença tem que ver com o facto de a ditadura do
proletariado ter sido instaurada numa fase de guerra civil;
43. Módulo 7, História A 43
A fase do comunismo de guerra coloca um fim na democracia dos
sovietes;
As leis que tinham concedido a terra aos camponeses e a direção das
fábricas aos operários foram abolidos;
Toda a economia foi nacionalizada (controlada e dirigida pelo
Estado);
Os camponeses são obrigados a entregar as colheitas ao estado,
todas as fábricas com mais de 5 operários passaram a ser dirigidas
pelo Estado;
O Estado repartia os bens do seguinte modo: primeiro o Exército
Vermelho, depois os operários e camponeses e, no final, a burguesia;
44. Módulo 7, História A 44
Era necessário aumentar a produção para salvar a revolução;
O trabalho passou a ser obrigatório entre os 16 e os 50 anos;
Foi estimulado o culto do herói da produção;
O horário de trabalho foi aumentado, a indisciplina era
violentamente reprimida;
O salário era atribuído conforme o rendimento do trabalhador;
45. Módulo 7, História A 45
Em março de 1918, o partido bolchevique é renomeado e passou a
designar-se Partido Comunista;
A Tcheca (polícia política criada em dezembro de 1917) passou a
perseguir implacavelmente todos os suspeitos de estarem contra a
revolução;
A Tcheca tinha plenos poderes, as pessoas eram presas, eram
julgados sumariamente e depois enviados para campos de
concentração ou executados;
Bastava uma simples suspeita de um individuo ser
contrarrevolucionários para cair nas malhas da polícia;
Os membros socialistas-revolucionários e mencheviques foram
expulsos dos sovietes;
É a época do Terror Vermelho;
46. Módulo 7, História A 46
O centralismo democrático
Para os marxistas-leninistas, o poder só é democrático quando
emana do proletariado, mesmo que seja apenas exercido por um
único partido. As outras forças partidárias, na Rússia, foram
excluídas por não representarem o povo;
Em 1922, a Rússia, transforma-se na União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS), um Estado multinacional e federal,
onda as diversas repúblicas dispunham de uma Constituição e
alguma autonomia;
Na URSS, Lenine cria um novo conceito de democracia, o
centralismo democrático;
47. Módulo 7, História A 47
Todo o poder emanava dos sovietes de base, escolhidos por sufrágio
universal;
Havia sovietes locais e regionais, representavam as diversas
nacionalidades no Congresso dos Sovietes que reunia anualmente;
O Congresso dos Sovietes designava o Comité Executivo Central, um
tipo de parlamento, dividido em duas câmaras: o Conselho da União
e o Conselho das Nacionalidades;
Estes escolhiam o Presidium, órgão com poderes executivos e
legislativos e o Conselho de Comissários do Povo (conselho de
ministros);
48. Módulo 7, História A 48
Esta estrutura, teoricamente democrática, era controlada, pelos
órgãos do Estado, cujas ordens eram executadas sem questionar, e
pelo Partido Comunista, que se tornou numa hierarquia paralela ao
Estado, e que, na maior parte da vezes, dirigia o Estado;
Muitas vezes os órgãos do Partido e do estado confundiam-se, e as
pessoas eram as mesmas;
Na URSS, Estado e Partido Comunista identificavam-se e
confundiam-se;
Os sovietes transformaram-se em simples elementos de
transmissão das diretivas do Partido Comunista para a população;
50. Módulo 7, História A 50
Para Lenine esta estrutura era democrática, pois apesar de só
existir um partido este representava os interesses do proletariado;
Era a democracia dos pobres que implicava existirem restrições da
liberdade dos inimigos contrarrevolucionários;
Na URSS, não existia uma democracia tipo ocidental, pluripartidária
que era apelidada de “democracia burguesa”;
51. Módulo 7, História A 51
A Nova Política Económica (NEP) (1921-1927)
A guerra civil (1918-1920) devastou a Rússia;
A produção de cereais descera para metade da de 1913;
Obrigados a entregar a produção ao Estado muitos camponeses
escondiam parte da produção e não tinham qualquer motivação
para se esforçarem na produção;
O Inverno de 1920/21 foi extremamente rigoroso e foi seguido de
uma seca que originou 3 milhões de mortos de fome;
A produção industrial também diminuiu para níveis inferiores aos de
1913;
Os transportes estavam, em grande parte, paralisados;
52. Módulo 7, História A 52
Em fevereiro de 1921, Lenine, muda a sua estratégia económica;
O comunismo de guerra vai dar lugar à Nova Política Económica
(NEP);
O objetivo da NEP era recuperar economicamente o país e
aumentar os níveis de produção;
Há um recuo das nacionalizações, a iniciativa privada é aceite para
as empresas com menos de 20 operários, só ficam no Estado os
setores industriais considerados fundamentais;
O investimento estrangeiro é fomentado, são criadas empresas de
capitais mistos (privado e do estado);
Incentivou-se a vinda de técnicos estrangeiros, máquinas a
matérias-primas;
53. Módulo 7, História A 53
O trabalho obrigatório foi abolido, e foram atribuídos prémios de
produtividade;
Na agricultura as requisições foram substituídas por impostos em
géneros e a coletivização dos campos parou;
Os camponeses podiam vender parte da sua colheita;
Lenine criou uma economia mista, em parte socialista em parte
capitalista;
Os bancos, a grande e média indústria e os transportes
permaneceram no estado;
54. Módulo 7, História A 54
A NEP deu resultados e a produção industrial, comercial e agrícola
aumentou;
Surge uma nova pequena e média burguesia ligada aos negócios e à
indústria (nepman) e pequenos proprietários rurais (kulaks);
Em 1927 já tinham ultrapassado os níveis de produção anteriores à
Primeira Guerra Mundial;
Em 1924, faleceu Lenine;
55. Módulo 7, História A 55
1.3 A regressão do demoliberalismo (não é de aprofundamento)
1.3.1 O impacto do socialismo revolucionário; dificuldades
económicas e a radicalização dos movimentos sociais; emergência
dos autoritarismos.
No pós-guerra os países europeus atravessaram graves
dificuldades económicas;
Neste contexto desenvolvem-se as contestações, greves e
movimentos revolucionários;
A vitória do Partido Comunista na Rússia serviu de incentivo a
muitos movimentos na Europa;
56. Módulo 7, História A 56
A crise económica levou a que a burguesia industrial e financeira
visse os seus patrimónios desvalorizados, nalguns casos até
abriram falência;
Muitos camponeses ficaram arruinados;
As classes médias urbanas, dependentes de um salário, viram os
seus rendimentos diminuírem, alguns caíram na proletarização que
tanto temiam;
O operariado fabril e agrícola mergulhou na miséria e no
desemprego;
Agravam-se as tensões sociais e o descontentamento:
De um lado, o conservadorismo da burguesia,
Do outro os movimentos revolucionários proletários;
57. Módulo 7, História A 57
Os sindicatos reivindicavam melhorias salariais e denunciavam os
excessos do capitalismo;
Surgem novos partidos, muitos deles ligados às ideias socialistas;
Em março de 1919, em Moscovo, formou-se a III Internacional,
também chamada de Internacional Comunista ou Komintern;
Este organismo pretendia coordenar as atividades dos
movimentos proletários a nível mundial, lutava pelo triunfo das
ideias dos marxismo-leninismo;
Punha em prática uma ideia de Karl Marx: “Proletários de todos os
países uni-vos”;
58. Módulo 7, História A 58
Para a Rússia, que sofria o boicote dos países capitalistas, a
internacionalização da revolução comunista era muito importante;
Lenine e Trotsky estabeleceram as regras para a revolução se
desencadear na Europa, que deveria ser liderada pelos partidos
comunistas;
Nos anos vinte a Europa foi sacudida por uma vaga de movimentos
revolucionários;
Na Alemanha e na Hungria houve tentativa de tomada do poder;
A violência alastrou a muitos países europeus, com greves e
manifestações;
59. Módulo 7, História A 59
Estas ações revolucionárias provocaram o pânico nos setores mais
conservadores da Europa;
Surgem os movimentos fascistas como uma reação ao eclodir do
movimento operário;
A burguesia (alta, média e baixa) treme perante o avanço do
bolchevismo;
Muitos atribuem este caos à incapacidade da democracia liberal, os
partidos discutem no parlamento e não conseguem chegar a cordo;
Defendem soluções autoritárias para o governo de forma a garantir
a paz, a segurança e o desenvolvimento económico;
60. Módulo 7, História A 60
Surgem movimento autoritários de direita que se armam e
organizam milícias que espalham o terror entre os adeptos do
socialismo;
Estes movimento são fortemente nacionalistas e prometem
autoridade, a paz e o progresso social;
Procuram o apoio dos oficiais do exército;
Grande parte da burguesia é atraída por estes movimentos, pois
veem nestes a única forma de derrotar o comunismo;
61. Módulo 7, História A 61
Um dos primeiros movimentos a triunfar foi o de Mussolini, em
Itália, em 1922;
Este vai ser um regime fascista de referência para outros que se vão
instalar em diversos países europeus
62. Módulo 7, História A 62
O avanço dos movimentos de extrema-direita levou à instauração
de ditaduras em diversos países europeus:
Hungria (1920), Itália (1922), Turquia (1923), Espanha (1923),
Albânia (1925), Lituânia, Portugal e Polónia (1926), Jugoslávia
(1929);
No final dos anos vinte, na Alemanha, o partido nazi, liderado por
Hitler, ganhava cada vez mais adeptos;
Assiste-se, nos anos vinte, à regressão do demoliberalismo e ao
desenvolvimento de regimes autoritários.
63. Módulo 7, História A 63
1.4. Mutações nos comportamentos e na cultura
No século XX surgem grandes cidades com milhões de habitantes,
nos países mais industrializados a população urbana ultrapassou a
rural;
Esta massificação da urbanização vai contribuir decisivamente para
grandes transformações na cultura e vida da civilização oriental;
64. Módulo 7, História A 64
Nas grandes metrópoles os indivíduos tornam-se anónimos no
meio da multidão;
A cultura tende para a estandardização e massificação;
Nos tempos livres a população dirige-se para os cafés, os cinemas,
os estádios, salões de baile, etc.;
A proliferação da classe média levou ao desenvolvimento de uma
nova cultura do ócio, a cidade fomenta esta cultura fornecendo
alternativas diversificadas;
65. Módulo 7, História A 65
A sociedade urbana vive uma na ânsia do consumo e do
divertimento;
A convivência entre os sexos torna-se mais livre e ousada;
66. Módulo 7, História A 66
A Primeira Guerra Mundial contribuiu para uma mudança na
condição feminina;
O desenvolvimentos dos transportes públicos e do automóvel
tornam as deslocações mais fáceis;
O desporto entra nos hábitos do quotidiano;
A vida acelera;
67. Módulo 7, História A 67
O trabalho desumaniza-se;
A racionalização do trabalho tende a transformar o Homem num
escravo da atividade profissional e dos valores materiais que esta
pode proporcionar;
68. Módulo 7, História A 68
Nos Anos Vinte surge a cultura do lazer;
As populações urbanas procuram viver de forma frenética e
ruidosa;
69. Módulo 7, História A 69
Surge um novo conceito de família:
O casamento como um contrato é substituído pelo casamento por
amor;
A institucionalização do divórcio torna o casamento mais instável;
Divulgam-se as práticas anticoncecionais, o número de filhos por
casal diminui;
70. Módulo 7, História A 70
A crise dos valores tradicionais
Os habitantes das cidades perderam as suas raízes rurais;
Submetem-se a novos ritmos de trabalho;
O mundo urbano não favorece o enraizamento das populações, o
emprego é precário e os transportes favorecem as deslocações;
Desaparecem as solidariedades tradicionais do mundo rural;
A vida urbana é condicionada pelo individualismo e pelo
anonimato;
71. Módulo 7, História A 71
A Primeira Guerra Mundial terminou com a época de otimismo e
de crença no desenvolvimento científico interrupto e colocou em
causa os valores morais e culturais herdados do século XIX;
O conflito mundial tenha causado a morte a 10 milhões de pessoas
e ao desencadear de uma grave crise económica;
Surge um sentimento de pessimismo e de descrença no futuro;
Oswald Spengler publica o livro “A decadência do Ocidente” onde
prevê o fim inevitável da civilização ocidental;
72. Módulo 7, História A 72
A guerra levou muitos a pensarem que nunca mais voltaria a ser o
que era;
Surge uma profunda crise espiritual que coloca em causa os valores
tradicionais e que deixam de seguir um padrão rígido:
Da família e da indissolubilidade do casamento;
A moral sexual, o papel da mulher, os conceitos e práticas religiosas;
As condutas sociais;
73. Módulo 7, História A 73
Os Anos Vinte colocaram em causa os valores da sociedade do
século XIX:
Os aspetos materiais da vida sobrepõe-se à moral cristã;
Os valores humanistas são dilacerados pela violenta ascensão dos
movimentos fascistas e autoritários;
A democracia liberal é posta em causa pelos movimentos
comunistas e fascistas;
Desenvolve-se o espírito de anomia social;
Anomia social – ausência de normas aceites pelo grupo social. Os
valores que ditam a regra de conduta são relativos. É uma
característica das sociedades em mudança.
74. Módulo 7, História A 74
A evolução da condição feminina
As primeira reivindicações femininas surgiram em meados do século
XIX, consistiam na luta pelo direito à propriedade, à tutela dos filhos
em caso de viuvez, ao acesso à educação;
No inicio do século XX surgem as primeiras reivindicações
sufragistas;
Surgem movimentos que lutam pelo direito a votar das mulheres;
Destacou-se, em Inglaterra, o papel desempenhado por Emmeline
Pankhurst;
Lutam também pelo acesso a cargos públicos e a igualdade no
trabalho e na família;
75. Módulo 7, História A 75
O movimento sufragista inglês organizou várias formas de protesto;
Em Portugal, em 1909, surgiu a Liga Republicana das Mulheres
Portuguesas e em 1911, a Associação de Propaganda Feminina;
Carolina Beatriz Ângelo, em 1911, e aproveitando uma omissão da
lei foi a primeira mulher a votar em Portugal;
A legislação foi imediatamente corrigida;
76. Módulo 7, História A 76
Apesar das reivindicações feministas, e apenas com algumas
exceções, até à primeira Guerra Mundial a mulheres continuaram
arredadas do sufrágio;
A guerra alterou esta situação, com os homens na frente de batalha,
muitas mulheres acederam a empregos;
77. Módulo 7, História A 77
As mulheres demonstraram que podiam substituir os homens nas
mais variadas profissões;
Por outro lado passaram a auferir um salário, o que lhe dá a
independência económica;
78. Módulo 7, História A 78
Nos anos a seguir à guerra, as mulheres vão ganhando o direito de
participação na vida política pelo menos em grande parte dos
países ocidentais;
Frequentam festas, vivem e viajam sozinhas, usam o cabelo curto
“à garçonne”;
A luta pela completa igualdade foi longa e difícil e ainda hoje não
está completa;
79. Módulo 7, História A 79
1.4.2 A descrença no pensamento positivista e as novas conceções
científicas
O século XIX foi dominado pelas ideias do positivismo. A ciência
seria capaz de desvelar toda a Natureza. O Universo era regido por
leis claras e racionais;
No século XX esta conceção, de estrita racionalidade, é posta em
causa, dão-se avanços em outras áreas do conhecimento;
A física quântica demonstra que o conhecimento é sempre parcial;
Henri Bergson fala da intuição que não tem que ver com a
inteligência;
80. Módulo 7, História A 80
No início do século XX descobre-se que o átomo não é a mais
pequena partícula da matéria;
A teoria quântica, desenvolvida por físicos como Max Planck e Niels
Bohr, teve um enorme impacto ao afirmar que nunca é possível
determinar com exatidão o que está a ocorrer e o que acontecerá.
Transforma o conhecimento, não numa certeza, mas numa
probabilidade;
81. Módulo 7, História A 81
Albert Einstein publica em 1905 a “Teoria da Relatividade Restrita” e
em 1915, a Teoria da Relatividade Geral;
O decorrer do tempo deixa de ser imutável e varia conforme a
velocidade dos corpos;
O tempo é relativo;
Nos inícios do século XX a certeza objetiva e positivista é substituída
pelo princípio da incerteza e do relativismo do conhecimento;
Descobre-se que o conhecimento é subjetivo;
82. Módulo 7, História A 82
Sigmund Freud vai contestar que a mente do Homem é
estritamente racional;
Freud chegou à conclusão que os comportamentos humanos
também são dirigidos por impulsos inconscientes, escondidos na
profundeza da mente. Os impulsos sexuais seriam os dominantes;
Segundo os seus estudos muitos dos comportamentos anormais
resultavam de complexos provocados pelo recalcamento, no
inconsciente, de recordações ou desejos que as pessoas não
teriam podido satisfazer, no passado, devido às limitações e
proibições de ordem moral;
Freud, criou a psicologia analítica ou psicanálise;
83. Módulo 7, História A 83
Segundo a psicanálise, o psiquismo humano estrutura-se em 3
níveis: o consciente, o subconsciente e o inconsciente;
O indivíduo, por causa da moral, tem tendência para bloquear os
desejos indecorosos ou culpabilizantes no inconsciente;
Estes desejos aparecem no inconsciente sobre a forma de neuroses;
A terapêutica freudiana passa pela análise dos pensamentos e dos
sonhos tornando-os conscientes, e, por isso, libertando o paciente
das suas neuroses;
A psicanálise teve uma grande influência, não só na psicologia e
psiquiatria, mas até na arte;
84. Módulo 7, História A 84
1.4.3 As vanguardas: ruturas com os cânones das artes e da
literatura
O desenvolvimento das novas ideias filosóficas e científicas teve um
efeito na cultura e no início do século XX desenvolve-se uma
estética nova;
Este movimento cultural e artístico ficou conhecido pelo nome de
Modernismo;
85. As convenções académicas são derrubadas e surge uma estética
nova na sequência das experiências estéticas iniciadas nos finais do
século XIX;
Módulo 7, História A 85
86. Nos inícios do século XX surgiram em vários países europeus
movimentos de vanguarda que quiseram fazer da arte um incentivo
à transformação radical da cultura e do costume social;
Criando o lado estético da “civilização das máquinas”;
Mas também surgem correntes para as quais não é possível
qualquer relação entre a “criação artística” e a “produção
industrial”, chegando a negar-se a si própria;
Este movimento cultural foi conhecido como modernismo. Paris é o
centro de toda a atividade artística, era o cerne da vanguarda
cultural europeia;
Módulo 7, História A 86
87. As primeiras vanguardas do século XX surgiram na França, Fauvismo
e na
Alemanha, Expressionismo: Die Brücke (A ponte) e Der Blaue Reiter
(O Cavaleiro Azul);
Procuraram inovar, contrariar a tradição, chocar os
contemporâneos;
Módulo 7, História A 87
88. Nesta época vive-se num grande dinamismo artístico e
desenvolve-se o comércio da arte, exposições, leilões, revistas e
publicações sobre arte difundem-se;
Estes movimentos artísticos são uma reação as novas condições
de vida (industrialização, urbanização, desenvolvimento
tecnológico, desenvolvimento das comunicações e da
publicidade;
Estes movimentos artísticos procuram fugir da tradição
académica;
Procuram a pureza dos meios de expressão;
Desligar a arte da realidade concreta;
Valorizar os impulsos, sentimentos e criatividade dos artistas;
Módulo 7, História A 88
90. Matisse: “O pintor já não precisa de se preocupar com
pormenores insignificantes; para isso lá está a fotografia, que é
melhor e mais rápida (…);
Ideias originais: construir com superfícies de cor, procurar mais
intensos efeitos de cor; o assunto é indiferente.
Matisse, A janela de Colliure, 1905
Módulo 7, História A 90
91. O meu sonho é uma arte plena de equilíbrio, de pureza, (…).
Uma arte que seja um lenitivo para todo aquele que trabalha com o
espírito, um tranquilizante espiritual, que signifique um descanso
das canseiras de um dia de trabalho”;
Dérain, L’Estaque
Módulo 7, História A 91
92. No Salão de Outono, de 1905, em Paris;
São reconhecidos, pejorativamente, pelo crítico de arte, Louis
Vauxcelles, como fauves (feras);
Refere-se à violenta expressão cromática das telas:
Marcadas pela agressividade cromática, autonomia da cor, aplicada
sobre a tela em tons puros, pela intervenção direta das emoções dos
pintores;
Módulo 7, História A 92
93. Matisse, A cigana
As cores eram intensas e aplicadas de forma arbitrária, isto é, não
correspondiam às cores da realidade, tornava-as estranhas,
selvagens, de feras…
Módulo 7, História A 93
94. Primeira revolução artística do século XX;
Afirmam a autonomia da cor;
Entendem a pintura como instinto, como veículo de expressão
das suas emoções;
Recusam qualquer convencionalismo;
Distorcem os volumes;
Exaltam as cores fortes;
Dérain, Retrato de
Matisse, 1905
Módulo 7, História A 94
95. O Fauvismo pretende transmitir ao espectador emoções
estéticas profundas;
Através da exaltação das cores que delimitam e definem as
formas planificadas,;
Onde a ilusão da terceira dimensão se perde;
Vlaminck, Port Marley
Módulo 7, História A 95
96. A expressão é dada pelas linhas e pelas cores, onde se ressaltam
os efeitos contrastantes destas;
pela pincelada direta e emotiva;
pelo empastamento das tintas;
pela ausência de modelado;
Matisse, Mulher com
chapéu
Módulo 7, História A 96
97. A perspetiva é rejeitada e os artistas, sujeitam-se à
bidimensionalidade da tela,
respeitando o comprimento e a largura da mesma, exprimindo-se
dentro dela;
Vlaminck, Jardins
de Chatou
Módulo 7, História A 97
98. A temática não é relevante para os fauvistas e não tem qualquer
conotação social, política ou outra - é apenas pretexto para a
realização plástica ;
Mesmo as "deformações" introduzidas foram concebidas, apenas,
para transmitir sensações de alegria ou tristeza;
Roualt, Carmencita
Módulo 7, História A 98
99. Matisse, Retrato da Risca
Verde,1905
Os fauves libertam a cor da sua sujeição ao mundo real;
As sombras desaparecem;
A risca verde neste retrato marca a transição entre as zonas de luz e
sombra;
Os pormenores e acabamentos são omitidos;
A perspetiva e o modelado são negligenciados;
Módulo 7, História A 99
100. A primeira exposição foi em 1905. Em 1908 o grupo desfez-se:
Principais representantes do Fauvismo:
Henri Matisse (1869-1954); Fundador do grupo. Assume a
pintura pela cor e bidimensionalidade essencialmente como um
exercício técnico e estético com a função de comunicar
emocionalmente com o espectador;
André Dérain (1880-1954);
Maurice Vlaminck (1876-1958);
Módulo 7, História A 100
101. O termo Expressionismo designa uma corrente artística que nasceu
na Alemanha, no início do século XX;
Põe a tónica na expressão, na vontade de comunicar, de exprimir
sentimentos, sensações e emoções;
Heckel, Moinho
Módulo 7, História A 101
102. O significado do termo Expressionismo em arte evoluiu:
Primeiro designou toda a arte moderna oposta ao Impressionismo;
Depois aplicou-se à arte na qual a forma não nasce diretamente da
realidade observada, mas de reações emocionais e subjetivas à
realidade;
Munch, O grito
Módulo 7, História A 102
103. Nos finais do século XIX e princípios do século XX, pintores como
Van Gogh, Edvard Munch e James Ensor podem ser considerados
pré-expressionistas;
Ensor, As máscaras e
a morte
Van Gogh, Noite estrelada
Munch, O grito
Módulo 7, História A 103
104. O expressionismo não procura representar a realidade visível mas a
realidade invisível (espiritual), é uma arte executada de dentro para
fora;
O Expressionismo é o reflexo dos tempos conturbados que
antecederam e acompanharam a 1ª Guerra Mundial: rivalidades
imperialistas, industrialização, urbanização, crise de valores, etc.;
Módulo 7, História A 104
105. Até 1914-18 o Expressionismo Alemão foi desenvolvido por 2
grupos:
Die Brücke (A Ponte), fundado na cidade de Desda (Dresden);
Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) fundado em Munique;
Módulo 7, História A 105
106. Nasceu da associação de artistas alemães, em 1905, em Dresda:
Ernest Lüdwig Kirchener (o líder do grupo),
Erich Heckel, Karl Schmidt-Rottluff, Otto Müller, Max Pechstein,
Emil Nolde, etc.;
O grupo do Die Brücke realizou várias exposições. A 1ª Guerra
Mundial provocou o desaparecimento do grupo;
Kirchner, Auto-retrato com Modelo
Die Brücke (A Ponte)
Módulo 7, História A 106
107. Afirmavam-se contra o Impressionismo e o academismo;
Pretendiam uma arte mais pura e instintiva, ligada à expressão
de realidades interiores;
Uma arte impulsiva, fortemente individual;
Que fosse “a ponte que leva do visível para o invisível”;
Pretendem expressar os sentimentos e traumas da alma humana
com vigor, dramatismo, angústia e até violência;
Pretendem ter uma atitude de crítica, denúncia e contestação
político-social;
Módulo 7, História A 107
109. Kirchner, Nus ermelhos,1912
A estética deste movimento foi
marcada:
Por uma linguagem figurativa,
De formas simplificadas,
Deformadas e aguçadas,
Muitas vezes contornadas por
linhas negras.
Preenchidas por cores ora
violentas e contrastadas ora
sombrias, anti naturalistas,
Aplicadas em pinceladas rápidas;
Módulo 7, História A 109
110. Kirchner, Busto de
Mulher, 1911
A execução foi espontânea e temperamental, irrefletida;
As obras parecem esboços toscos, inacabados;
Procuravam uma linguagem plástica arcaizante, primitiva, infantil;
Que traduzisse as realidades interiores do artista;
Módulo 7, História A 110
111. As suas obras tinham um forte pendor social, criticando o mundo
moderno e as suas “perversidades e injustiças”;
Usam grandes manchas de cor, intensas e contrastantes:
Uma temática pesada;
Formas primitivas, simples
Kirchner, Visita ao Zoo
Módulo 7, História A 111
112. Redescobriram as técnicas da xilogravura e da gravura sobre
metal, que acentuam as linhas simplificadas das formas;
Xilogravura: técnica de gravura em madeira que consiste em
imprimir com pranchas de madeira em relevo;
Módulo 7, História A 112
113. Temáticas mais importantes:
Vida íntima, a sexualidade, o
erotismo, cenas de rua, café ou
cabaret, o mundo da
prostituição e da miséria urbana,
os retratos e autorretratos, a
marginalidade;
Os seja a atualidade social do
artista;
Módulo 7, História A 113
114. Os seus quadros expressam uma forte tensão emocional, obtidas
por formas distorcidas e cores intensas e contrastantes
Nolde, Cruxificação
O Expressionismo não se
confinou apenas à pintura e à
Alemanha;
Alargou-se a outros povos da
Europa e da América e teve na
literatura, na escultura e, em
particular, na música altos
expoentes artísticos;
Módulo 7, História A 114
115. O Cavaleiro Azul (Der Blaue
Reiter), surge em 1910, em
Munique;
Fundado pelo pintor russo
Wassily Kandinsky e Auguste
Macke, Franz Marc e Paul Klee;
Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul)
Módulo 7, História A 115
116. Representa um estilo menos brutal e mais harmonioso do que o
Die Brücke;
O objetivo era unir sob um mesmo ideal artístico, o da vanguarda da
arte europeia, criadores de várias nacionalidades e de diferentes
expressões, ultrapassando barreiras culturais e ideológicas;
Módulo 7, História A 116
117. A arte era o produto da unidade existencial entre o Homem e a
Natureza;
Pretendem construir obras de arte a partir das experiências
pessoais,
Dos sentimentos subjetivos, e das sensações de cada um,
Atribuindo-lhes ao mesmo tempo um sentido global e válido para
todos os homens;
Macke, Caminho ensolarado
Módulo 7, História A 117
118. Macke, No Jardim de
Oberhofen, 1912
Procuravam a criação de uma arte livre, não dirigida a um público
especial, que nascesse da meditação, da necessidade interior
(Kandinsky);
Na procura pessoal de harmonia espiritual. O tema não é
importante;
Módulo 7, História A 118
119. Estes ideais foram publicados em revistas e no almanaque do
grupo, O Cavaleiro Azul, que saiu em 1912;
Organizaram duas exposições em que participaram artistas como:
Delaunay, Picasso, Braque, Nolde, etc.;
Macke, Raparigas
debaixo de árvore
Módulo 7, História A 119
120. Klee, Vento Quente no
Jardim de Marc, As portas de
Kairowan
Módulo 7, História A 120
121. Kandinsky, A Montanha Azul
Valorização da mancha cromática;
Utilização de cores antinaturais e arbitrárias;
Composições equilibradas e harmoniosas, orientadas, muitas
vezes, por linhas circulares e sinuosas;
Expressividade, emotividade, explorando o sentido mágico e
místico dos conteúdos;
Módulo 7, História A 121
122. Preferência por temáticas naturalistas, paisagens naturais ou
urbanas;
Execução refletida e pensada (menos intuitiva e imediata que o Die
Brücke);
Simplificação dos meios utilizados;
Simplificação e geometrização das formas, com tendência para uma
crescente abstratização dos motivos;
Módulo 7, História A 122
124. Principais autores:
Wassily Kandisky (1866-1944), líder e teórico do grupo, as suas
pesquisas levá-lo-ão à descoberta da arte abstrata. Escreveu: “O
artístico reduzido ao mínimo deve ser identificado como o
abstrato levado ao máximo. (…) Quando, no quadro, uma linha
se liberta do objetivo de exprimir uma coisa objetiva, real, atua
por si só como coisa (…);
Franz Marc (1880-1916), Paul Klee (1879-1940), August Macke
(1879-1914);
O grupo dispersou-se com a 1ª Guerra Mundial, Marc e Macke,
morreram na guerra;
A sua arte irá continuar, nomeadamente na Escola de Artes da
Bauhaus, onde Kandinsky e Klee foram professores;
Módulo 7, História A 124
125. Braque, Parque
de Cárrierres
O cubismo foi um dos movimentos mais importantes da arte do
século XX;
Os seus criadores foram: Pablo Picasso (1881-1973), em Horta del
Hebro; Georges Braque, em L’Éstaque (1882-1963)
Módulo 7, História A 125
126. Procuraram novos métodos e técnicas de representação formal e
espacial que ultrapassassem as regras clássico-renascentistas (três
dimensões, representação em perspetiva);
Picasso, Fábrica
Em Horta del hebro
Módulo 7, História A 126
127. O motivo (objeto, pessoa, paisagem) não é representado de um
único ponto de vista, mas sob vários pontos de vista na mesma
representação (perspetivas múltiplas), introduzindo a dimensão
tempo às outras três;
Módulo 7, História A 127
128. Vão criar uma autonomia maior
da obra de arte em relação à
Natureza;
Estabelecem simultaneidade dos
pontos de vista;
Inspiração na Teoria da
Relatividade de Einstein;
Os cubistas separaram o mundo
da representação, do aspeto
natural do objeto representado,
pela anulação do ilusionismo
herdado da pintura naturalista do
Renascimento;
Módulo 7, História A 128
129. Picasso e Braque iniciaram uma das maiores revoluções da Arte:
Derrubando os conceitos tradicionais da forma e do espaço;
Abrindo caminho à arte abstrata e outros movimentos
artísticos;
Módulo 7, História A 129
131. Para muitos “Les Demoiselles
d’Avigon” (Meninas de Avinhão) foi o
primeiro quadro a caminho do
cubismo;
O quadro é marcado pela
geometrização da forma, figuras
angulosas, corpos distorcidos pela
perspetiva;
As duas figuras da direita,
posteriormente foram acrescentadas
máscaras de influência africana;
Figuras e fundo confundem-se;
Módulo 7, História A 131
133. O Cubismo conheceu três fase principais:
a cézanniana ou cezannista de 1907, a 1909;
a analítica ou hermética, de 1910 a 1912
a sintética, de 1913 a 1914
Módulo 7, História A 133
134. Braque, Casas em
L’Estaque,1908
A fase Cézanniana (1907-1909);
Resulta da influência da obra de Cézanne e da escultura africana;
Picasso e Braque, em 1906, visitaram uma exposição da obra de
Cézanne;
Módulo 7, História A 134
135. As obras desta fase caracterizam-se:
Temática da paisagem e da figura humana;
Representação racional e geométricas das formas;
Linha de contorno quebrada;
Início do desdobramento dos planos;
Rostos simplificados ou em máscaras (influência africana);
Redução da paleta cromática;
Picasso, A cabeça
Módulo 7, História A 135
136. Fase analítica ou hermética (1910-1912);
Foi a mais característica do cubismo;
Visão simultânea e multifacetada dos vários aspetos do motivo
observado, fazendo com que o objeto aparecesse na tela como
que quebrado ou explodido;
Um grande número de planos geométricos e achatados,
confundindo-se com os fundos (bidimensionalidade), destruição
da perspetiva renascentista;
Quase monocromia;
Estatismo;
Temática: retratos e naturezas-mortas;
Módulo 7, História A 136
137. Picasso, O poeta, 1912
A ideia é representar a realidade
visual total do objecto;
O artista não representa apenas o
que vê mas também o que dele
conhece;
Picasso: “perguntei a mim mesmo
se não se deviam pintar as coisas
como as conhecemos e não como
as vemos”;
Módulo 7, História A 137
138. Picasso, O guitarrista, 1910
O processo de representação faz com o que está representado se
afaste da imagem real que lhe deu origem;
Torna-se irreconhecível (hermético) para o público;
Aproxima-se do abstracionismo;
Módulo 7, História A 138
139. Foi a fase de teorização do
cubismo:
Braque e Picasso organizam
tertúlias no atelier de Picasso
(Bateau Lavoir);
A identidade de princípios e
processos entre estes dois
artistas é perfeita, as obras não
se distinguem das do outro;
Não assinam as obras;
Picasso, Retrato de
Amboise
Módulo 7, História A 139
140. Picasso, O aficionado, 1912
Cerca de 1912, Picasso e Braque começam a introduzir na tela
alguns elementos estranhos à pintura (letras, pedaços de jornal,
bilhetes, etc.)
Procuravam tornar a pintura mais inteligível, menos abstrata,
para o espectador;
Retorno à policromia;
Esta fase das colagens deu-se na passagem do Cubismo Analítico
para o Cubismo Sintético;
Módulo 7, História A 140
141. Fase sintética, (1912-1914);
Retorno à realidade;
Redução dos pontos de vista e do número de planos;
Formas simplificadas (sintéticas);
Cor vibrante;
Sobreposições e transparências de planos;
Picasso, Cadeira
Módulo 7, História A 141
142. O objetivo é “religar” o quadro à realidade;
Tornar o motivo representado menos hermético;
A policromia e as colagens visavam estimular visualmente o
espectador;
Picasso, Suze
Módulo 7, História A 142
144. Braque, Mesa
de Músico, 1913
As colagens revolucionaram o conceito de obra pictórica, diluindo as
fronteiras entre a pintura e a escultura;
O Dadaísmo irá explorar esta técnica;
Módulo 7, História A 144
145. Nesta fase do Cubismo sintético participou outro pintor
espanhol, Juan Gris (1887-1927);
Gris, A janela
Módulo 7, História A 145
146. Picasso, Cabeça de Mulher, Guitarra
Picasso também realizou obras escultóricas onde procurou
desenvolver os princípios do cubismo
Módulo 7, História A 146
147. Os princípios cubistas influenciaram todas as artes (pintura,
escultura, arquitetura e design);
Deram origem a novas correntes como o Orfismo e o Purismo e a
Secção de Ouro;
Influenciaram correntes como o Abstracionismo e o Futurismo;
Módulo 7, História A 147
148. O abstracionismo concretizou-se através de várias tendências:
Abstracionismo Lírico ou Expressivo;
Abstracionismo Geométrico:
A) Suprematismo;
B) Construtivismo;
C) Neoplasticismo.
Módulo 7, História A 148
150. O abstracionismo nasceu em 1910 a partir de uma experiência de
Kandinsky e teve o seu desenvolvimento maior entre 1918 e 1933;
Arte abstrata: toda a arte que não contém nenhuma relação com a
realidade, quer essa realidade tenha sido ou não o ponto de partida
do artista;
Módulo 7, História A 150
151. A arte abstrata anula o tema e o objeto na criação plástica;
Foi encarada como a expressão mais pura da arte;
Liberta-se de programas culturais ou ideológicos;
Torna-se o símbolo da arte moderna, sem referências ao passado;
Módulo 7, História A 151
152. É um ponto de chegada natural das tendências que arte
europeia vinha a explorar desde o pós-impressionismo, que
tinham evoluído no sentido de:
Progressiva libertação da arte em relação à Natureza, autonomia
total da arte em relação à realidade;
Tinham provocado uma verdadeira revolução técnica e estética,
concretizada na crescente simplificação e sintetização dos
objetos representados;
Módulo 7, História A 152
153. Kandinsky, Primeira
obra abstrata,
aguarela, 1910
O abstracionismo já tinha sido intuído pelo Simbolismo,
Expressionismo, Cubismo, Orfismo e Futurismo;
O grande teorizador e iniciador do Abstracionismo foi Wassily
Kandinsky;
Módulo 7, História A 153
154. O Abstracionismo Lírico é a expressão abstrata das pulsões
espirituais do Homem;
Deriva diretamente do Expressionismo do Cavaleiro Azul;
Inspira-se na intuição, no instinto, na imaginação, está ligada às
emoções, à necessidade interior, é uma arte mística;
Módulo 7, História A 154
156. O Abstracionismo Lírico vive das formas orgânicas, das manchas
cromáticas;
Da dinâmica das linhas, formas e cores;
Que substituem a representação de objetos;
A pintura aproxima-se da música;
Módulo 7, História A 156
157. Kandinsky, Com o arco
negro
“A cor é o meio de exercer uma influência directa na alma. A cor
é a tecla. O olhar o martelo. A alma é o piano de muitas cordas.
O som musical tem acesso directo à alma, e aí encontra de
imediato uma ressonância, porque o Homem tem música em si
mesmo, que pode negar que isso também pode ser válido para a
pintura”.
Kandinsky
Módulo 7, História A 157
158. Kandinsky,
Improvisação V
“A cor assim como afecta os animais, também afecta, com igual
força e vigor, as reacções humanas”
Kandinsky
Módulo 7, História A 158
159. Kandinsky acreditava na maior pureza da arte abstracta, atribui-
lhe um significado espiritual;
Pensava que uma grande mudança espiritual se estava a
desenvolver no novo século com o abandono das doutrinas
materialistas do século XIX;
O artista foi percorrendo várias fases até, desligando-se
progressivamente da realidade concreta até atingir a abstração
pura;
Módulo 7, História A 159
160. Constrói os seus quadros com linhas e cores;
Refletiu sobre a arte publicou 3 livros:
Do espiritual na arte, 1912, expõe a sua teoria sobre o valor
psicológico das cores e das formas;
Um olhar sobre o passado, 1913;
Ponto, linha sobre o Plano, publicado na fase da Bauhaus;
Para ele, a pintura devia constituir o alimento da alma e não
somente o dos olhos;
Pintar significava organizar as formas e as cores, de modo a
provocar sensações;.
Módulo 7, História A 160
161. Kandinsky, Improvisação X
Nunca mais a arte deveria ser a representação de qualquer
realidade;
Libertado da obrigação de representar a realidade, o quadro
materializa-se numa sensação, numa emoção;
Abstrair será pintar formas independentes da realidade, que não
se assemelhem a nada, só a elas próprias, propondo uma
sensação inédita cada vez que aparecem;
Módulo 7, História A 161
163. Malevitch,
Composição
Suprematista
No abstraccionismo geométrico está patente a racionalização
nascida da análise científica e intelectual;
Foi influenciado pelo Cubismo e pelo Futurismo;
O Suprematismo foi um movimento pictórico completamente
novo, nascido na Rússia por volta de 1915-1916, na sequência do
Raionismo;
O seu criador foi Casimir Malevitch (1878-1935);
Módulo 7, História A 163
164. Procurou na pintura a realização plástica pura;
Baseou-se na necessidade (extraída do Cubismo Sintético) de
animação do espaço pela forma;
E na movimentação plástica do Futurismo;
Módulo 7, História A 164
165. Fotografia de Malevitch
“A composição torna-se um acordo de ritmos que se concretizam no
espaço da tela, tal como uma frase musical se concretiza no tempo”;
Dora Valier
Módulo 7, História A 165
166. Malevitch, Pintura
Suprematista
Características:
Formas geométricas puras, construídas pela cor, sem modelado;
Paleta cromática restrita, constituída pelas cores primárias e
secundárias, o branco e o preto;
O branco simboliza o princípio e o negro o fim;
Módulo 7, História A 166
167. Malevitch, Quadrado
Negro sobre fundo Branco
A pureza plástica levada ao extremo levou a dois quadros pintados
entre 1918 e 1920: Quadrado Negro sobre fundo Branco e
Quadrado Branco sobre Fundo Branco;
Módulo 7, História A 167
168. Para o Suprematismo, a verdade e pureza, seriam procuradas num
novo mundo através do aniquilamento e negação do mundo
presente;
Esta procura levou Malevitch até à negação da própria pintura;
Outros autores que aderiram ao Suprematismo foram os raionistas
e Lazar El Lissitzky (1890-1941);
El Lissitzky, sem titulo
Módulo 7, História A 168
170. O Neoplasticismo foi um movimento holandês que se desenvolveu
nas artes plásticas, arquitetura, design, literatura;
Nasceu em 1917, ligado à revista De Stijl (O Estilo);
Principais artistas: Piet Mondrian (1872-1944) e Teo van Doesburg
(1883-1931);
Módulo 7, História A 170
171. Revista De Stijl
Preconizavam uma arte pura, clara, objetiva, não ilusória, não
representativa, anti naturalista;
Utilizaram as formas geométricas (quadrados e retângulos)
estáticas, pintadas a branco, preto e cores primárias, limitadas
por linhas verticais e horizontais negras;
Que formavam planos geométricos puros e ortogonais;
Módulo 7, História A 171
172. Mondrian, Vermelho,
Amarelo e Azul
As formas e as linhas estabelecem múltiplas relações espaciais que
assentam no equilíbrio, harmonia e serenidade do ângulo recto;
O ângulo recto e a harmonia estiveram presentes em todas as
actividades artísticas;
Módulo 7, História A 172
173. Mondrian, Vermelho,
Amarelo e Azul
A vertical e a horizontal são a expressão de duas forças opostas;
A cor deve ser plana e primária;
A arte não deve ter qualquer relação com o aspeto natural das
coisas;
Módulo 7, História A 173
174. Mondrian, Vermelho,
Amarelo e Azul
Utilizavam uma simbologia universal, um código, com um número
limitado de formas e cores, que no entanto podem transmitir um
número infinito de mensagens;
Módulo 7, História A 174
175. Procuravam uma visão impessoal e objetiva da arte, através de uma
estética nova (neo) e universal;
Procuravam a perfeição e a verdade suprema;
Procuravam ultrapassar o mundo físico e emotivo para atingir o
mundo mental;
Procuravam eliminar o
“trágico da vida”;
Contestaram as artes do
passado e o Expressionismo;
Módulo 7, História A 175
176. Piet Mondrian foi o grande teórico do grupo;
Evoluiu no sentido de uma progressiva depuração plástica, a
sintetização das formas e das cores;
Atribuiu, a uma e outras, significados místicos e esotéricos;
Módulo 7, História A 176
177. “A pouco e pouco descobri que o Cubismo não tinha deduzido a
consequência lógica das suas próprias descobertas, pois não
desenvolveu a abstração até ao objetivo extremo – a expressão da
realidade pura. “
“Enquanto a realização se servir de uma “forma”, seja ela qual for,
é impossível realizar relações puras. Por isso a nova Realização se
libertou de toda a forma.”
Mondrian
Módulo 7, História A 177
178. “A linha vertical e horizontal são a expressão de duas forças
opostas (…), elas formam cruzes.
Este equilíbrio de contrastes existe por toda a parte dominando
tudo.
Na pintura a abstração da cor natural é conseguida pela cor
primária no estado mais puro possível. Para que a cor esteja
certa, deve ser:
Plana e puramente primária (só as três cores fundamentais).”
Mondrian
Módulo 7, História A 178
179. “A arte abstrata é concreta e, pelos seus meios de expressão
especiais, é até mais concreta do que a arte naturalista.”
Mondrian
Módulo 7, História A 179
180. Mondrian, Broadway Boogie-Woogie e Victory Boogie-Woogie
Na última fase, em Nova Iorque (cidade de traçado ortogonal),
compôs os quadros, Broadway Boogie-Woogie e Victory Boogie-
Woogie (inacabado);
Segmentos cromáticos ritmados, assinalam o domínio do Homem
sobre a Natureza, objetivo máximo do Neoplasticismo;
Módulo 7, História A 180
181. O construtivismo pretende colocar a criação
artística ao serviço da sociedade, de acordo com
uma tendência oposta à dos Suprematistas;
Para os construtivistas, a arte deve apoiar-se na
tecnologia;
Os artistas devem empenhar-se em grandes
projetos que visem introduzir a arte na vida;
Foi no período entre as duas guerras que a
escultura realizou a passagem do figurativo para
o abstrato, coube ao Construtivismo e a Vladimir
Tatlin (1885-1953) o papel de pioneiro;
Módulo 7, História A 181
183. Tatlin, justapôs materiais anti-tradicionais, como o cimento,
cobre vidro, chapa e criou relevos que não reproduziam o quer
que fosse, não imitavam nada, tinham um valor autónomo;
Módulo 7, História A 183
184. A escultura deixou de ser uma massa ou volume fechado para se
tornar numa intersecção de planos onde o nosso olhar penetra e
onde o ar circula, atribuindo ao vazio um valor construtivo;
Módulo 7, História A 184
185. Anton Pevsner, Construção Superfície “desenvolvível”,
Desenvolvimento da coluna da Vitória, Mundo
Módulo 7, História A 185
187. El Lissitzky, Como a garra vermelha golpeia a branca, Rodchenko,
foto montagem
Módulo 7, História A 187
188. Naum Gabo (1890-1977) e o seu irmão Anton Pevsner (1886-
1962) foram os autores do Manifesto Realista, 1920, onde se
defendia a arte pura;
Os dois irmãos apoiaram-se em conhecimentos técnicos e
matemáticos para conceber as suas obras;
Valorizaram as formas abertas e a linha geradora de superfícies;
o espaço, tempo e a luz;
Entre 1920-22, Gabo, executou as primeiras construções com
movimento – construção cinética;
Estas peças foram construídas em materiais leves e translúcidos
(vidro, plástico), conseguindo obras muito leves, rigorosamente
construídas e que utilizavam jogos de luz elaborados;
Módulo 7, História A 188
192. Boccioni, Estados de
Espírito I, Os Adeuses,
1911
O Futurismo nasceu em Itália, mas oficialmente apareceu em 1909,
com a publicação do Manifesto Futurista, de Filippo Tommaso
Marinetti (poeta), no jornal Le Fígaro, de Paris;
Primeiro surge na literatura e estende-se às artes plásticas,
arquitetura, música e cinema;
Módulo 7, História A 192
193. Define-se o futurismo no
Manifesto Futurista como uma
nova poética;
Combate à arte tradicional;
Exaltação da vida moderna, da
civilização industrial, da
máquina, da velocidade, das
cidades modernas, dos novos
meios de transporte, etc.;
Módulo 7, História A 193
194. Carro de corrida do início do século XX,
Vitória de Samotrácia
No Manifesto afirma-se: “Um automóvel de corrida com o seu
adorno de grossos tubos semelhantes a serpentes de hálito explosivo
(…) é mais belo que a Vitória de Samotrácia”;
Módulo 7, História A 194
195. Em 1910 surge o Manifesto dos Pintores Futuristas:
O Futurismo assume-se como um movimento de rebelião ativa;
Afirmação das novas e modernas energias da existência;
Aproximando-se em termos emocionais dos expressionistas e em
termos plásticos do cubismo (que atacavam pelo seu estatismo);
Fazem a apologia da máquina, da velocidade, da luz, da sensação
dinâmica;
A temática inspirava-se nos assuntos que implicassem
modernidade, velocidade e dinamismo;
Negam os valores do passado, reivindicando exclusivamente o
futuro;
Módulo 7, História A 195
196. Severini, A Dançarina Azul
Recorrem à decomposição geométrica das formas (em ângulos
agudos e em curvas sinuosas – dinamismo);
Exploram a simultaneidade, interpenetração dos planos;
Repetem as imagens, de maneira sobreposta, construindo uma
espécie de sequência fílmica;
Criam o efeito de movimentação no tempo (4ª dimensão);
Carrá, Ritmos
Módulo 7, História A 196
198. Boccioni, Dinamismo de um
ciclista
Usam linhas de cor pura, que atravessam a tela à maneira de raios
de luz;
Usam o divisionismo da cor, aplicando cores fortes e contrastadas;
Procuram transmitir emoções fortes como a velocidade, força,
ação;
Valorizam a cor e a luz;
Módulo 7, História A 198
200. Principais artistas do movimento:
Umberto Boccioni (1882-1916);
Giacomo Balla (1871-1958);
Carlo Carrá (1881-1966);
Gino Severini (1883-1966);
Módulo 7, História A 200
É possível distinguir três fases na evolução do Futurismo:
1ª fase: 1909-1ª Guerra Mundial, formação e definição do
movimento em Itália e a sua divulgação)
Vai influenciar o Raionismo na Rússia e o Vorticismo em Inglaterra;
E o Construtivismo;
201. O Manifesto Raionista, Rússia, 1913, define a tela raionista como
devendo “dar a impressão de escapar ao tempo e ao espaço” e
“sugerir a sensação da quarta dimensão”;
Para que este objetivo se cumprisse, recomendavam aos pintores a
utilização de raios de cor paralelos ou cruzados, simbolizando raios
de luz;
Módulo 7, História A 201
Lorionov, Interior
Raionista
202. Vorticismo, movimento nascido em Inglaterra, em 1914,
apresentado na revista Blast;
A arte deve ser mais visionária que os inventores das máquinas
modernas; O passado é para esquecer. O futuro não se pode
conhecer, resta o presente que se situa no vórtex (turbilhão),
desaparece em 1915;
Módulo 7, História A 202
Percy Windham Lewis, capa da
revista Blast e desenho abstrato
203. Entre as duas grandes guerras -1918-1944);
O Futurismo alarga-se a outras modalidades plásticas (design
industrial, moda, cinema);
O movimento é aproveitado por Mussolini para fazer
propaganda ao regime fascista italiano o que afastou muitos
artistas, sobretudo fora de Itália;
Módulo 7, História A 203
204. Ernest, Fruto de uma longa
experiência, assemblage
Módulo 7, História A 204
Dadaísmo
Movimento Dada
205. O dadaísmo foi um movimento cultural, artístico e filosófico;
Abrangeu a literatura, o cinema, o teatro, a fotografia, a música, a
pintura, a escultura;
Surgiu durante a 1ª Guerra Mundial em Zurique e Nova Iorque por
artistas (poetas, pintores e músicos) refugiados da guerra;
Picabia, Parada amorosa
Módulo 7, História A 205
206. Ernest, O elefante Celebes
Dada deriva da palavra que significa os sons balbuciados pelos
bebés, foi encontrada por Tristan Tzara, abrindo o dicionário ao
acaso;
Módulo 7, História A 206
207. Haussmann, sombras
(rayograph), Cabeça
mecânica
O termo absurdo simboliza a intenção destes artistas:
Negar os conceitos de arte e de objeto, bem como as técnicas
artísticas tradicionais;
Pretendem anular o próprio conceito de arte;
A arte autêntica é a anti arte;
Módulo 7, História A 207
208. Picabia, carburador, criança
O dadaísmo é uma reação (também provocação) às sociedades
burguesas e capitalistas;
E aos valores éticos e culturais por elas criados;
Módulo 7, História A 208
209. Duchamp, Urinol
Reação provocada pela violência da guerra;
Proclamavam o vazio espiritual e o sentimento do absurdo que a
guerra instalara;
Proclamavam obsoleta a cultura tradicional;
Módulo 7, História A 209
210. Ball, poema fonético
Para construir uma nova sociedade era preciso destruir a antiga;
Afirmavam “destruir também é criar”;
Estas ideias apoiavam-se na filosofia pessimista de Schopenhauer,
no nas ideias de Nietszche e no Anarquismo;
Módulo 7, História A 210
211. Preconizavam:
Recriar a arte com recurso ao absurdo e incongruente;
Retorno do artista ao seu estatuto de artesão;
Ausência de compromisso entre a arte e o mercado;
Picabia, A máquina
roda depressa
Módulo 7, História A 211
212. Man Ray, prenda
Valorizar o subversivo, o irracional;
Os Dadaístas procuravam obter daqueles que os liam e dos que os
ouviam reacções negativas, através do insulto e da dessacralização
da ordem estabelecida;
Estavam unidos pela recusa dos valores e do modelo da cultura
tradicional;
Módulo 7, História A 212
214. Focos iniciais do Dadaísmo:
Zurique, em 1915 formou-se o Cabaret Voltaire, clube artístico e
cultural, onde nasceu a ideia do movimento;
Tristan Tzara (poeta e autor do manifesto dadaísta de 1919), Jean
Arp, Hugo Ball e Richard Hüsselbeck;
Nova Iorque, onde trabalharam Marcel Duchamp, Francis Picabia e
Man Ray (fotógrafo);
Este grupo colaborou no lançamento da Revista 291 que ajudou a
difundir os objetivos do dadaísmo;
Módulo 7, História A 214
216. O final da guerra levou à dispersão dos elementos do grupo e a
formação de novos núcleos:
Barcelona (Picabia e Duchamp);
Colónia (Max Ernest);
Hanover (Kurt Schwitters)
Paris (André Breton, Louis Aragon, Paul Éluard, etc.);
Módulo 7, História A 216
218. A partir de 1922 o grupo dispersou-se;
Alguns dadaístas passaram para o Surrealismo, corrente que o
Dadaísmo se considera percursora;
Principais características do Dadaísmo:
Temáticas provocatórias, explorando assuntos insólitos e
incongruentes, aparentemente sem sentido (nonsense), exploração
do absurdo;
Inspirou-se nas técnicas cubistas e inventou outras:
Na pintura, criaram as assemblage, mistura de colagens com objetos
encontrados (objects trouvés), fotomontagens, as merzbilders, as
frottages, os ready-made e os rayographs na fotografia;
Assemblage: termo criado por Jean Dubuffet, em 1953, que designa
obras de arte feitas de fragmentos de materiais, naturais ou não;
Módulo 7, História A 218
219. Duchamp, Roda de bicicleta
Ready-made: criado por Marcel Duchamp, e que consistia na
descontextualização de um objeto banal e conferir-lhe o estatuto de
obra de arte;
Módulo 7, História A 219
220. Object trouvé (objeto encontrado), que é um elemento
tridimensional, colado sobre a tela e combinado, por vezes, com
colagem;
Módulo 7, História A 220
221. Rayographs (fotografia
offcamera) de Man Ray, que são
fotografias executadas sem
utilização da máquina
fotográfica, ou seja, pela
sensibilização do papel
fotográfico com a luz, através do
contacto directo entre o papel
sensível e os objectos e
fotografias elaboradas;
Módulo 7, História A 221
222. Frotagge – técnica de criar um desenho colocando um pedaço de
papel sobre uma superfície áspera e esfregando com um lápis até
que o papel adquira a qualidade da superfície que está por baixo.
Módulo 7, História A 222
223. Os dadaístas contribuíram para
revolucionar os conceitos de
arte;
Atribuem um valor artístico a
um objeto que normalmente
não o tem;
Pretendem afirmar que o que
realmente determina o valor
estético de algo é um ato
mental;
Módulo 7, História A 223
224. Picabia, Retrato de uma
jovem americana em
estado de nudez, A Noiva
Pretenderam provocar o público, atacando os conceitos tradicionais;
É a arte do absurdo;
Contestam o conceito de arte chegando à própria negação;
Módulo 7, História A 224
225. Duchamp, Noiva despida
Promoveram debates e discussões em torno da necessidade de
renovação do conceito de arte e do ensino artístico;
Defendiam que os artistas deviam voltar à sua antiga condição
de artesão e contribuir de modo útil para o bem estar da
sociedade;
Módulo 7, História A 225
226. Influenciaram do ponto de vista conceptual, técnico e estéticos
noutros movimentos:
Surrealismo, Bauhaus, New Dada, Pop Art, Arte Conceptual, Arte
Pobre, Arte Comportamental;
Módulo 7, História A 226
227. Tanguy, Dias de Lentidão
Em parte decorrente do Dadaísmo, o Surrealismo constituiu
sobretudo um movimento de ideias que se estendeu a vários
campos de atividade;
Módulo 7, História A 227
Surrealismo
228. Literatura, André Breton foi o
principal teórico do movimento;
Artes plásticas, pela mão do seu
iniciador, Max Ernst;
Cinema, com Dalí e Buñuel;
Fotografia , onde se destacou Man
Ray;
Música com Erik Satie;
Módulo 7, História A 228
229. Iniciou-se em França, 1919, expandiu-se por toda a Europa e pela
América, fuga de artistas durante a Segunda Guerra Mundial;
Dali, Premonição
Módulo 7, História A 229
230. Ernest, Bosque Sombrio
O nome foi-lhe atribuído pelo poeta Apollinaire, em 1917, que
utilizou o termo a propósito do bailado Parade, de Erik Satie;
Módulo 7, História A 230
231. Surgiu, à semelhança do movimento Dada, como reacção à
cultura e à civilização ocidentais e a tudo o que elas invocassem
ou representassem, em particular o racionalismo e o
convencionalismo;
Miró, Jardim
Módulo 7, História A 231
232. Defenderam os valores da liberdade,
da irracionalidade, através de obras
que utilizaram o sonho, a metáfora, o
inverosímil e o insólito, contribuindo,
no seu entender, para a elevação do
espírito, separando-o da matéria;
Módulo 7, História A 232
233. Aplicam os ensinamentos de Freud e da psicanálise;
Estão ligados à esquerda e ao Marxismo, embora com a discordância
de alguns artistas, o que levou a divisões;
Módulo 7, História A 233
234. Dali, Seis Aparições de
Lenine sobre um piano
Afastam-se das normas e das convenções;
As bases teóricas assentam na publicação de 2 Manifestos do
Surrealismo (1924, 1929) e na revista La Revolucion Surréaliste;
Módulo 7, História A 234
235. “O Surrealismo é a auto emoção
psíquica pura, através da qual se
procura exprimir oralmente, por
escrito ou de qualquer outra
maneira, o verdadeiro
funcionamento da imaginação. É
o correr do pensamento
desligado de todo e qualquer
controlo elaborado pela razão e
independentemente de quaisquer
juízos estéticos ou morais”.
Módulo 7, História A 235
236. Ernest, Duas Irmãs
“O Surrealismo fundamenta-se na crença da realidade superior de
certas formas de associação até então descuradas, na
omnipotência do sonho e no jogo desinteressado das ideias.
Procura pôr de lado, para sempre, todos os outros mecanismos
psíquicos e propõe-se achar a solução dos problemas
fundamentais da vida”
André Breton
Módulo 7, História A 236
237. As obras deste movimento seriam executadas à margem da razão,
sem quaisquer moralismos sem preocupações estéticas
racionalizadas. A associação de ideias era feita sem a procura de
sentido e desencadeada livremente, segundo três técnicas básicas
que punham em prática o “automatismo psíquico”;
Magritte, Mania das
Grandezas
Módulo 7, História A 237
238. Escrever ou desenhar em estado semi hipnótico, sob a influência do
álcool, da fome ou da droga, que provocam alucinações;
As obras eram realizadas ou ditadas durante o sono, ou eram relatos
de sonhos;
Magritte, Universo
Desmascarado
Módulo 7, História A 238
239. A junção de escritas simultâneas de várias pessoas - perguntas e
respostas ou partes de uma mesma proposição, ignorando, umas, o
que as outras faziam, de modo a obterem efeitos surpreendentes ou
desconcertantes;
As suas obras são de uma extrema diversidade;
Módulo 7, História A 239
240. Utilizaram as técnicas herdadas do Dadaísmo: frottage,
assemblage, dripping, colagens, etc.;
Privilegiaram o mundo da magia, o sonho, tudo o que pusesse em
causa a racionalidade;
Outros utilizaram técnicas mais clássicas, ligadas ao figurativo:
Salvador Dalí (1904-1989); René Magritte (1898-1967); Yves
Tanguy (1900-1955); Paul Delvaux (1897-1994), Max Ernest (1891-
1976):
Módulo 7, História A 240
241. Dalí, Persistência da Memória,
Girafa Ardente,
Telefone Lagosta
Módulo 7, História A 241
245. Módulo 7, História A 245
Os caminhos da literatura
Tal como nas artes plásticas a literatura sofreu uma verdadeira
revolução e também aqui as tradições e valores foram postos em
causa;
Surgiram novos tipos de escrita;
Foi abandonado a descrição realista e ordenada da realidade;
Muitas obras literárias procuraram retratar a vida psicológica e
interior das personagens;
As obras literárias são dominadas pelo pessimismo, o desencanto
e a angústia;
246. Módulo 7, História A 246
Principais obras e artistas:
Ulisses, James Joyce;
Montanha Mágica, Thomas Mann;
Adeus às Armas, Ernest Hemingway
247. Módulo 7, História A 247
1.5. Portugal no primeiro pós-guerra
1.5.1 As dificuldades económicas e a instabilidade política e
social; A falência da Primeira República
O parlamentarismo da Primeira República Portuguesa originou um
clima de instabilidade política e governativa;
Entre 1910 e 1926, houve 7 eleições para o Parlamento, 8 para
Presidente da República e 45 governos!
248. Módulo 7, História A 248
O anticlericalismo violento dos republicanos levou à hostilidade da
Igreja Católica e da maioria do país, conservador e católico;
A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial agravou
as dificuldades económicas e o descontentamento social;
No início do século XX, a economia portuguesa continuava a
depender duma agricultura pobre e sem grandes
desenvolvimentos tecnológicos;
Os setores dos transportes e das comunicações tinham estagnado
e mantinham-se quase como os tinha deixado Fontes Pereira de
Melo;
249. Módulo 7, História A 249
A falta de bens de consumo levou ao racionamento e ao constante
aumento dos preços;
Os diversos governos da República foram emitindo mais moeda
agravando a inflação;
A produção industrial estagnou originando o aumento do défice da
balança de comercial de Portugal;
A dívida pública subiu;
O fim da guerra não melhorou a situação;
O custo de vida aumentou, a classe média e os operários são os
mais duramente afetados;
250. Módulo 7, História A 250
As classes médias sentiam-se traídas pela República, o seu poder
de compra em 1920 era cerca de metade do que tinha sido em
1910;
A taxa de desemprego era elevada;
A situação desesperada do operariado originou frequentes greves,
manifestações;
Alguns grupos mais extremista recorriam à violência;
251. Módulo 7, História A 251
Em 1915, o general Pimenta de Castro, dissolveu o Parlamento e
instaurou uma ditadura militar;
A participação de Portugal na guerra agravou a instabilidade política;
O major Sidónio Pais, em dezembro de 1917, destituiu o Presidente
da República, dissolveu o Congresso e fez-se eleger presidente em
abril de 1918, através de eleições diretas;
Autoproclamava-se o fundador de uma “República Nova”;
Apesar de ser visto por muitos como o “salvador da pátria”, foi
assassinado em dezembro de 1918;
252. Módulo 7, História A 252
Entre janeiro e fevereiro de 1919 houve guerra civil em Lisboa e no
Norte;
Os monárquicos proclamaram na cidade do Porto a “Monarquia do
Norte”;
Em março de 1919 é restabelecido o normal funcionamento das
instituições democráticas;
No entanto os diversos partidos republicanos continuam a
desentender-se. Entre 1919 e 1926 houve 26 governos;
Os atos de violência escalavam ;
253. Módulo 7, História A 253
A falência da Primeira República
A oposição conspirava contra a República:
A Igreja opunha-se ao ateísmo republicano. Em 1915, funda o
Centro Católico Português;
A alta burguesia (industrial, comercial e financeira) agita o tema da
ameaça bolchevista;
As classes médias sentem-se ameaçadas pelo caos económico e
social e temem a sua proletarização;
254. Módulo 7, História A 254
Em 28 de maio de 1926, o general Gomes da Costa, em Braga,
liderou um golpe de estado;
A Primeira República caiu, e com exceção do Partido Democrático e
de alguns sindicalistas ninguém a defendeu;
Foi instituído uma ditadura militar;
Portugal mergulhava numa longa ditadura que iria perdurar até
1974;
255. Módulo 7, História A 255
1.5.2 Tendências culturais: entre o Naturalismo e as vanguardas
Nos inícios do século XX em Portugal a criação artística e literária
estava dominada pelo naturalismo e evidenciava uma forte
resistência à mudança e à inovação;
A burguesia (compradora da cultura) tinha gostos pouco evoluídos
condicionando toda a produção cultural portuguesa;
Após a implantação da República surgiram alguns grupos de
intelectuais portugueses que pretendiam romper com o marasmo
da situação;
256. Módulo 7, História A 256
Estes movimentos ficaram conhecidos pelo nome de Modernismo;
Surgem revistas, são organizadas exposições, debates e conferências;
Continuou, no entanto, a faltar a adesão do público interessado nas
novidades culturais;
I Salão dos Humoristas (1912);
I Exposição dos Humoristas e Modernistas (1915), onde foi utilizada
pela 1ª vez a palavra Modernismo;
257. O primeiro modernismo – a revista Orpheu (1911-1918)
Publicação da revista Orpheu (1915), fundada por Mário de Sá-
Carneiro (1890-1916) e Fernando Pessoa (1888-1935) ao quais se
juntaram Almada Negreiros (1893-1970) e Santa-Rita (1889-1918);
Foram os principais responsáveis pela introdução do Modernismo
em Portugal;
Só foram publicados dois números;
Módulo 7, História A 257
258. Módulo 7, História A 258
Apesar da sua curta duração
esta revista desempenhou um
papel importante;
Promoveu novas formas
literárias e artística e
contestou o naturalismo;
Apesar de terminada a revista,
o movimento cultural
manteve-se vivo;
259. Módulo 7, História A 259
O segundo modernismo – a revista Presença (anos 20 e 30)
A revista Presença surgiu, em
Coimbra, em março de 1927 e foi
publicada até 1940;
Foi fundada por José Régio,
Branquinho da Fonseca e João
Gaspar Simões;
Seguiram a linha de pensamento
fundado pela revista Orpheu e
lutaram contra o academismo
literário, por uma crítica livre.
260. Módulo 7, História A 260
Nesta revista participaram nomes como Aquilino Ribeiro, Miguel
Torga e Ferreira de Castro entre outros;
A Presença defendeu a criação de uma literatura mais viva, livre,
oposta ao academismo e jornalismo rotineiro, primando pela crítica,
pela predominância do individual sobre o coletivo, do psicológico
sobre o social, da intuição sobre a razão. (wikipédia)
261. A partir de 1933 o governo criou o Secretariado de Propaganda
Nacional, mais tarde Secretariado Nacional de Informação,
Cultura Popular e Turismo (SNI) e o Estado passou a controlar
toda a produção intelectual (censura);
Módulo 7, História A 261
262. Surge a arte oficial do Estado sob o slogan “Deus, Pátria e
Família”;
Todas as outras correntes artísticas são censuradas;
Módulo 7, História A 262
263. Em Portugal o Naturalismo persiste, as primeiras expressões
modernistas manifestaram-se com António Carneiro (1872-1930)
e depois com a Primeira Geração Modernista;
O modernismo na Pintura
Primeira Geração Modernista:
Eduardo Viana (1881-1967);
Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918);
Guilherme Santa-Rita, Pintor (1889-1918);
Almada Negreiros (1893-1970);
José Pacheko (1885-1934);
Cristiano Cruz (1892-1951);
Módulo 7, História A 263
264. Agitaram o meio artístico português e contribuíram para a
renovação da pintura;
Acentuam-se as tendências para simplificar a linha, libertar a
composição da narrativa, desvalorizar a perspetiva;
Módulo 7, História A 264
265. Eduardo Viana, inicialmente foi
um pintor naturalista de cenas
de costumes, mas enveredou
pelo protocubismo cezanniano
em termos de forma;
Conheceu os Delaunay e
inspirou-se no orfismo;
Em quadros como “O Homem
das louças” e o nu parece juntar
os volumes cubistas com as
cores fauve e a influência do
orfismo;
Viana, O Homem das
louças, 1919Módulo 7, História A 265
267. Amadeo de Souza-Cardoso caracterizou-se pela experimentação de
várias correntes do Naturalismo ao Expressionismo e ao Cubo-
Futurismo;
É uma pintura que é uma reflexão plástica entre o Cubismo e o
Abstracionismo;
È uma mistura do Cubismo, Futurismo, Expressionismo,
Abstracionismo torna difícil a classificação das suas obras;
Souza-Cardoso, Casa de Manhufe
Módulo 7, História A 267
268. Souza-Cardoso, Cozinha de Manhufe, 1913
Viveu no estrangeiro, conheceu Modigliani. Picasso, Braque e o
casal Delaunay;
Participou em exposições em Paris, Berlim e Nova Iorque;
Módulo 7, História A 268
269. Souza-Cardoso, Coty
Uma pintura caracterizada por:
Geometrização das formas;
Planos multifacetados de cores
intensas;
Distorção da perspectiva;
Módulo 7, História A 269
270. Souza-Cardosos, A Ascensão do
Quadrado Verde, 1917, inacabada
Foi também um inovador pelo uso dos materiais (pasta de óleo,
areias), pelo recurso à colagem (fósforos, ganchos de cabelo,
estilhaços de espelhos , pela simulação cubista da introdução de
letras na pintura;
Sem raízes, sem corrente única, ele mesmo se considerava de
tudo um pouco, impressionista, cubista, futurista e
abstracionista. Era essencialmente autêntico e apaixonado pelo
movimento, pela velocidade, pela febre da vida moderna, como
se constata pelo seu percurso artístico.
Módulo 7, História A 270
271. Santa-Rita Pintor, A cabeça
Guilherme de Santa-Rita (Santa-
Rita Pintor) já em 1912 se dizia
pintor futurista considerado um
tipo fantástico e
insuportavelmente vaidoso,
reflexo da sua complexa
personalidade;
É difícil analisar a sua obra pois,
antes de morrer, mandou-a
destruir, havendo poucas
exceções, como a Cabeça;
Módulo 7, História A 271
272. Fotografia de Santa-
Rita Pintor e a revista
Portugal Futurista
Foi um agitador de ideias, um inovador no campo estético e o
organizador da revista Portugal Futurista, em 1917;
Declarava: “futurista declarado há só um, que sou eu Santa-Rita”;
Procurou a originalidade e uma linguagem pictórica que
exprimisse a simultaneidade dos estados de alma;
Módulo 7, História A 272
273. Almada Negreiros, mais novo que os anteriores, exerceu
importante papel na cena pública do nosso primeiro modernismo,
possuiu uma personalidade excêntrica, original;
Foi pintor, poeta, cenógrafo, bailarino, caricaturista, dinamizador
das revistas Orpheu e Portugal Futurista;
A sua pintura balança entre a Arte Nova e a Abstração a
Modernidade Futurista e as raízes portuguesas;
Almada Negreiros,
Autorretrato,
Autorretrato num grupo
Módulo 7, História A 273
274. Teve uma ação preponderante no movimento futurista em Portugal;
“Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX”,
“Manifesto Anti Dantas”;
Em 1925, com outros pintores (Eduardo Viana, José Pacheko (1885-
1934), Stuart Carvalhais (1887-1961) participa na decoração de
espaços modernos: Café A Brasileira, Bristol Club;
Almada Negreiros, Nu feminino, 1926
Módulo 7, História A 274
275. Nos anos 30 esteve em Madrid;
A partir de 1935, em Portugal, é cada vez mais conservador e
nacionalista;
Participa em várias obras como os vitrais da Igreja de Nossa Senhora
de Fátima, os frescos das gares marítimas de Alcântara, etc.;
Participa na Exposição do Mundo Português;
Módulo 7, História A 275
276. Muitos artistas emigraram, caso de Vieira da Silva, outros foram
lutando contra a ditadura;
Os movimentos de vanguarda desenvolvem-se com grandes
dificuldades e desconhecidos para a maioria da população;
Surgiram grupos ligados ao Expressionismo, Neorrealismo,
Surrealismo, Abstracionismo, etc.;
Foram oposição à ditadura, e procuraram desenvolver a vida
cultural portuguesa;
Vanguardistas nem sempre foram compreendidos pelo público;
Módulo 7, História A 276
278. Mário Eloy (1900-1951), viveu no estrangeiro, Paris e Berlim,
expôs ao lado de Picasso, Braque, Chagal, etc.;
A sua pintura realça a luz, a expressividade das cores, utiliza os
tons frios (azul, verde);
Foi a figura mais importante do expressionismo, nos últimos anos
aproximou-se do Surrealismo;
Mário Eloy, Autorretrato, 1932
Autorretrato, 1939
O poeta e os Anjos, 1948 Módulo 7, História A 278
279. O Neorrealismo, surgiu nos finais dos anos 30, o seu precursor foi
Abel Salazar;
Defendia a denúncia social;
“A arte deve exprimir a realidade viva e humana de uma época”,
Álvaro Cunhal (1913-2005);
Representavam o mundo do trabalho num sentido completamente
oposto à arte oficial portuguesa;
Era uma arte politizada, didática;
Módulo 7, História A 279
280. Principais autores neorrealistas:
Júlio Pomar (1926);
Marcelino Vespeira (1925-2002);
Moniz Pereira (1920-1988);
Fernando Azevedo (1923-2002);
Júlio Resende (1917), experimentou o neorrealismo mas sempre
se considerou expressionista;
Módulo 7, História A 280
282. As origens do Abstracionismo português encontram-se em Amadeo
de Souza Cardoso, Santa-Rita, Almada e sobretudo em Helena Vieira
da Silva (1908-1992) que emigrou e adquiriu a nacionalidade
francesa;
O seu abstracionismo tem profundidade, foi a síntese de
sensibilidades e estilos artísticos diversos: do pós-impressionismo
ao cubismo;
Foi uma pintora de metáforas;
Afirmava: “pinto lugares, mas vistos de muito longe”;
Módulo 7, História A 282
283. Vieira da Silva,
O atelier,
Jardins suspensos
Paris à noite
Módulo 7, História A 283
284. Franco, Estátua equestre de D. João IV,
Gonçalo Zarco, Semeador
O modernismo na escultura
Francisco Franco (1885-1955), expressionista, foi o escultor do
regime salazarista;
Módulo 7, História A 284
285. Maya, Família, 1929
Canto da Maya (1890-1981), marca expressiva, também foi um
escultor oficial do regime;
Módulo 7, História A 285
286. Almeida, Padrão dos Descobrimentos, 1940
Leopoldo de Almeida (1898-1975), a sua obra mais marcante,
histórica e nacionalista foi o “Padrão dos Descobrimentos”;
Módulo 7, História A 286
287. A arquitetura portuguesa, entre 1905-60, viveu várias tendências;
Uma delas foi a da formulação da casa portuguesa, recuperando
valores tradicionais e rurais;
Esta ideia foi defendida por Raul Lino (1879-1974);
Lino não criou propriamente uma estética mas uma filosofia da casa
portuguesa;
Módulo 7, História A 287
288. Outra das tendências foi a que seguiu os esquemas académicos
da arquitetura e da decoração do século XIX;
São exemplo a construção de prédios de arrendamento para a
classe média no Porto e Lisboa;
Muitas vezes construías por engenheiros sem grandes
preocupações estéticas;
Esta arquitetura também edificou bairros sociais e operários;
São de referir as “ilhas” do Porto e os “pátios” de Lisboa;
Módulo 7, História A 288
289. Foi nas escolas, bancos, hospitais, teatros, hotéis e fábricas que a
arquitetura melhor aplicou os seus ideais, sempre com mais
preocupações técnicas do que estéticas;
Principais arquitetos:
Adães Bermudes (1864-1948);
Marques da Silva (1869-1947);
Ventura Terra (1866-1919);
Módulo 7, História A 289