Síntese informativa sobre a primeira república - período entre 1910 e 1926. Aborda a situação política, económica e social nesse período da História de Portugal.
Tem como público alvo os alunos de História A, do 12.º ano de escolaridade.
Síntese informativa sobre a primeira república - período entre 1910 e 1926. Aborda a situação política, económica e social nesse período da História de Portugal.
Tem como público alvo os alunos de História A, do 12.º ano de escolaridade.
A civilização Industrial do Século XIX
O mundo Industrializado do Século XIX
Os contrastes e os antagonismos sociais
O caso Portugues
Os novos Modelos culturais
Por André Silva
D.Dinis 9ºc Nº3
Com os avanços tecnológicos do século XIX, da Segunda Revolução Industrial a Europa viu a necessidade de escoar mercadorias para novas regiões do Mundo. Com isso passaram a dominar política, economica e culturalmente a Ásia e a Afica no chamado Imperialismo. As diputas por áreas na Africa permitiram que os países europeus dividissem esse continente entre eles, é a chamada Partilha da Africa. Essas disputas também são uma das motivações para a Primeira Guerra Mundial.
Professora Daniela Baeta.
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
6 02 a sociedade industrial e urbana
1. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 2
A sociedade industrial e urbana
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
2. Módulo 6, História A 2
A explosão populacional; a expansão urbana; e o novo urbanismo;
migrações internas e emigração
Entre 1800 e 1914 a população mundial duplicou, há um
crescimento acentuado da população sobretudo nos países
industrializados, pelo que se fala de explosão demográfica;
A Europa representa 20% da população mundial em 1800 e 27,5%
em 1900;
A Ásia e África, neste período tiverem um crescimento de 33% a
Europa duplicou o número de habitantes;
Em 1900, a densidade populacional europeia era de 40 habitantes
por km2;
3. Módulo 6, História A 3
A vida em Londres no século XIX
http://www.youtube.com/watch?v=KlNzeoyAokE
4. Módulo 6, História A 4
Ainda teremos de somar a emigração europeia para a América,
África e Oceânia (Austrália e Nova Zelândia);
Por isso a explosão demográfica é uma explosão caucasiana, em
1900, um em cada quatro seres humanos era europeu;
No entanto na própria Europa o crescimento é desigual;
A Europa do Norte, industrializada, cresce a um ritmo muito
superior da Europa do Sul e Oriental;
Os países que têm uma maior taxa de crescimento são a Inglaterra
(78%) e a Alemanha (64%);
5. Módulo 6, História A 5
Novo modelo demográfico:
Diminuição da mortalidade (melhores cuidados médicos; maior
abundância de alimentos; progressos na higiene);
Diminuição da elevada natalidade;
Descida da idade do casamento;
Aumento da esperança média de vida;
Aumento da densidade populacional;
6. Módulo 6, História A 6
Na medicina difundiu-se a vacina contra a varíola, seguida do
aparecimento de outras; são realizadas operações com anestesia, e
são utilizados os desinfetantes;
Estão disponíveis mais alimentos em qualidade e variedade;
A higiene melhora a nível individual e a nível público (esgotos e
estações de tratamento de água potável, edifícios de tijolos,
substituindo os de madeira, difusão da utilização do sabão);
Aumenta, nos países industrializados, a esperança de vida, 50
anos no início do século XX (mais 15 anos que em 1850);
As taxas de natalidade mantiveram-se elevadas, decrescendo
significativamente após 1860;
7. Módulo 6, História A 7
Esta explosão demográfica levou ao renascimento das ideias de
Thomas Malthus (malthusianismo);
Foi nas classes mais abastadas que se iniciou o controlo voluntária
dos nascimentos que pouco a pouco se foi estendendo ao
proletariado;
A criança passa a ser o centro da família burguesa, há um
investimento social e afetivo na criança
8. Módulo 6, História A 8
A expansão urbana
Durante o século XIX, as cidades cresceram em número, em
superfície, em número de habitantes e em densidade
populacional, em especial nos países industrializados;
Na Europa em 1800 existiam 23 cidades com mais de cem mil
habitantes, em 1850 eram 42, em 1900 eram 135;
Em 1915, 15% das cidades têm mais de cem mil habitantes;
9. Módulo 6, História A 9
Nos EUA, o crescimento urbano é espetacular, em 1900,
Nova Iorque é a segunda maior cidade do mundo para no
início da Primeira Guerra Mundial, suplantar Londres;
Na Europa a taxa de crescimento urbano ultrapassou,
pela primeira vez em mil anos, o crescimento rural;
10. Módulo 6, História A 10
Causas do crescimento urbano:
O crescimento natural das populações;
Êxodo rural, as populações do campo são atraídas pelos melhores
salários nas fábricas e outras atividades urbanas;
Sobretudo na Inglaterra e Alemanha esta emigração rural é
esmagadora, a maior parte da população vive em cidades no início
da Primeira Guerra Mundial;
Estas migrações provocaram um acentuado recuo da população a
trabalhar no setor primário, e um aumento dos setores secundário
e terciário, a estrutura profissional modificava-se;
11. Módulo 6, História A 11
A imigração é outro fator de crescimento, a população
rural dos países mais atrasados emigra para as cidades
dos países mais desenvolvidos;
A cidade torna-se o símbolo do progresso, da riqueza, do
espetáculo, da cultura, do sucesso profissional, social e
pessoal;
Quem emigra para a cidade, procura não só emprego mas
também promoção social e busca a modernidade;
12. Módulo 6, História A 12
Os problemas da vida urbana:
As cidades não estavam preparadas para este crescimento
repentino;
Em primeiro lugar, para o recém-chegado, representa uma rutura
com o modo de vida no campo;
13. Módulo 6, História A 13
Problemas de circulação: sobrelotação dos centros urbanos e
mediocridade dos transportes públicos;
Problemas de falta de espaço e de habitação: o proletariado vivia
em bairros construídos no subúrbios, na maior parte das vezes
com condições insalubres, no centro constrói-se em altura, marca
dos centros urbanos norte-americanos;
14. Módulo 6, História A 14
Problemas de higiene e saúde pública: habitações mal construídas ,
sem saneamento; ruas sem pavimentação, sem iluminação;
Muitas vezes estes bairros operários eram assolados por epidemias
de cólera e tuberculose;
Problemas de abastecimento: de alimentos, água e combustíveis,
15. Módulo 6, História A 15
Problemas de desregulamento da vida social e
delinquência: a degradação da vida urbana levou a
surgirem problemas de alcoolismo, prostituição, filhos
ilegítimos, miséria, mendicidade, marginalidade,
criminalidade;
16. Módulo 6, História A 16
Para os moralistas a cidade era o símbolo da destruição dos valores
tradicionais;
Nas cidades organizavam-se manifestações, surgiam greves,
fermentavam as ideias revolucionárias entre a classe operária;
Punha-se em causa o domínio da burguesia;
17. Módulo 6, História A 17
Perante o avolumar destas problemáticas as autoridades urbanas e
os governos começaram a repensar a organização urbana;
Vai surgir um novo urbanismo pensado por engenheiros e
arquitetos;
Ao longo do século XIX, nas principais cidades do mundo
industrializado vão realizar-se profundas obras de renovação,
reordenamento e requalificação urbana;
18. Módulo 6, História A 18
As cidades tinham crescido, muitas vezes englobando as cidades
vizinhas mais pequenas;
19. Módulo 6, História A 19
O novo urbanismo desenvolve duas vertentes principais:
Criar espaços para a burguesia;
Proporcionar condições de habitação mais dignas aos operários;
Nas cidades europeias são iniciadas grandes obras nos centros
urbanos, é o local mais cuidado da cidade, é o espaço burguês, os
operários são relegados para os subúrbios;
20. Módulo 6, História A 20
Muralhas e edifícios antigos são derrubados para construir os
novos edifícios do orgulho burguês: bancos, Bolsas de Comércio,
grandes armazéns, mercados, edifícios municipais e
governamentais, teatros, estações ferroviárias, museus, cafés,
ópera, etc.;
21. Módulo 6, História A 21
Os centros das cidades americanas crescem em altura;
As mais famosas obras foram executadas em meados do século XIX,
em Paris, pelo barão Haussmann;
As zonas verdes são arranjadas, as ruas e passeios pavimentados,
são abertas grandes avenidas e praças facilitando a circulação e
racionalizando a cidade;
São construídos esgotos e é dada atenção ao fornecimento de água
potável e à iluminação pública das ruas;
23. Módulo 6, História A 23
Os bairros operários, nos subúrbios raramente foram alvo
dessa atenção urbanística e continuaram a ser habitações
com poucas condições de habitabilidade;
O crescimento urbano replicou as diferenças sociais, e ricos e
pobres foram segregados geograficamente nas cidades;
24. Módulo 6, História A 24
Migrações internas e emigração
No século XIX, a principal origem das migrações internas foi o campo,
porque a mecanização da agricultura tinha roubado empregos ou
porque a agricultura de subsistência não proporcionava rendimentos
suficientes;
O êxodo rural, sobretudo em Inglaterra e na Alemanha, foi o grande
responsável pelo crescimento urbano;
Os camponeses e camponesas procuravam nas cidades empregos nas
fábricas, caminhos de ferro, construção civil e nos serviço doméstico;
Para além destas emigrações definitivas também existiam migrações
sazonais, realizadas em determinadas alturas do ano em trabalhos
temporários;
25. Módulo 6, História A 25
Na Ásia os chineses emigraram para a América;
Na Europa também existiram vários movimentos populacionais;
Mas o grande contingente de emigração foi da Europa para o resto
do Mundo;
45 milhões de europeus emigraram ao longo do século XIX para a
América, (EUA, Canadá e América Latina), Oceânia (Austrália e Nova
Zelândia, África, Cáucaso (russos) ;
Dá-se uma explosão branca à escala global;
26. Módulo 6, História A 26
Quais as causas desta emigração em massa?
Pressão populacional: governos e sindicatos apoiavam as políticas
de emigração como forma de resolver o problema do emprego;
Problemas no mundo rural: nos países mais desenvolvidos os
trabalhadores rurais eram substituídos por máquinas e nos mais
atrasados persistiam as fomes provocadas por maus anos agrícolas
(fomes na Irlanda na década de 1840 levou à emigração de 1/7 da
sua população;
27. Módulo 6, História A 27
Problemas ligados à industrialização: uma industrialização rápida
(Inglaterra) produzia desemprego tecnológico, os homens eram
substituídos por máquinas, nos países mais atrasados, a
industrialização lenta não oferecia empregos em quantidade
suficiente;
Revolução dos transportes: embarateceu o preço das passagens,
nomeadamente nos barcos a vapor;
28. Módulo 6, História A 28
Idealização dos países de destino: Os EUA (receberam metade da
emigração) e o Brasil (principal destino da emigração portuguesa)
eram vistos como a terra das oportunidades, e onde existiam
possibilidades de enriquecimento e promoção social;
Fuga a perseguições políticas e religiosas: Europeus que fogem
devido a serem perseguidos pelas suas convicções políticas ou
religiosas. Movimentos revolucionários falhados na França (1848),
Polónia (1831,1863), Alemanha (1840, 1871).Perseguições aos
judeus russo, etc.;
29. Módulo 6, História A 29
Os ritmos e origens da emigração foram variando ao longo do
século XIX;
Até 1880 existiu uma forte emigração da Grã-Bretanha e Norte da
Europa;
A partir dessa data engrossou a corrente eslava, latina, alemã,
escandinava e balcânica;
Só a França não teve um grande contributo para esta emigração
europeia;
A emigração europeia foi uma válvula de escape para as múltiplas
tensões (sociais, económicas, políticas, religiosas) que se viviam no
Velho Continente;
30. Módulo 6, História A 30
A emigração portuguesa
Na década de 1870, cerca de 10 mil portugueses emigram
anualmente;
Na década 1880 esse número sobe para 18 mil;
A maior parte tinham como destino o Brasil, era a terra das
oportunidades, da possibilidade de enriquecer;
A lenta industrialização portuguesa não possibilitava empregos para
cobrir o crescimento demográfico;
No início do século XX cerca de 80% dos portugueses viviam no
campo;
31. Módulo 6, História A 31
No norte a pequena propriedade rural, onde se praticava uma
agricultura de subsistência não proporcionava lucros e no Sul havia
falta de trabalho por causa da concorrência dos cereais americanos;
A emigração portuguesa foi uma forma de fugir à fome e à
proletarização.
32. Módulo 6, História A 32
Unidade e diversidade na sociedade oitocentista
As revoluções liberais levaram ao progressivo fim da sociedade do
Antigo Regime, a sociedade de ordens é substituída por uma
sociedade de classes;
A igualdade dos cidadãos perante a lei leva ao fim dos privilégios da
nobreza e do clero;
Na sociedade de classes o que determina a posição social é a posse
de riqueza e de propriedades;
A sociedade de classes é mais aberta e a mobilidade social é
constante;
33. Módulo 6, História A 33
A sociedade do século XIX divide-se em dois grandes grupos:
Burguesia que domina mas também se divide em vários estatutos
sociais (alta, média, pequena burguesia);
Proletariado que providencia a força de trabalho;
Nesta sociedade é possível a um indivíduo de baixa condição social
alcançar o topo da hierarquia social;
34. Módulo 6, História A 34
A base do pensamento liberal assenta na ideia que a capacidade e
inteligência de cada um tornará possível a sua subida na escala
social;
Depois de alcançado o topo deveria assegurar-se a continuidade
através de estratégias que permitissem a permanência nos mais
altos escalões;
35. Módulo 6, História A 35
A alta burguesia empresarial e financeira é constituída pelos
empresários industriais, banqueiros, diretores das grandes
companhias de transportes e comunicações e proprietários de
grandes empresas de negócios;
Devido à concentração das atividades económicas a alta burguesia
domina o poder económico, controla os meios de produção e o
acesso às matérias-primas;
36. Módulo 6, História A 36
O poder tem tendência a manter-se num número reduzido de
famílias, surgem as dinastias burguesas, nos mais variados ramos
económicos:
França: Schneider, Peugeot, Périer;
Alemanha: Krupp, Fürstenberg, Rothschild;
Itália: Agnelli, Pirelli
EUA: Rockefeller
37. Módulo 6, História A 37
Ao poder económico a alta burguesia junta o poder político,
criando grupos de pressão (lobbies) ou participando diretamente
nas decisões políticas como deputados ou ministros;
Influenciam as tomadas de decisões dos governos de forma a
favorecerem os seus interesses;
Difundem as suas ideias na imprensa e jornais;
Através da publicidade lançam modas;
Influenciam o ensino;
Divulgam os seus valores de modo a influenciarem a opinião pública
de acordo com os seus interesses;
38. Módulo 6, História A 38
A alta burguesia vai desenvolver comportamentos e valores
próprios;
Em muitas atitudes vão imitar a antiga nobreza, adquirindo
propriedades, muitas vezes compradas à nobreza, nas cidades
mandam construir palácios;
Organizam festas, bailes, e outros sinais exteriores de riqueza;
Os seus filhos frequentam as melhores escolas;
Muitas vezes estabelecesse uma comunidade de interesses entre a
antiga aristocracia e a lata burguesias, e muitos casamentos são
realizados;
39. Módulo 6, História A 39
Outras vezes a alta burguesia era nobilitada pelos serviços
prestados;
Assiste-se a uma fusão de interesses entre a velha e a nova elite;
40. Módulo 6, História A 40
A burguesia foi lentamente desenvolvendo uma consciência de
classe, afirmando-se como um grupo autónomo com os seus
próprios valores e comportamentos;
O culto da ostentação e do luxo foi sendo substituído pela
valorização do trabalho, do estudo, da poupança, da moderação e
da prudência;
Estas são as virtudes burguesas;
Nelas a família assumia um papel relevante, e dá-se muita
importância à solidariedade familiar;
41. Módulo 6, História A 41
A maior parte pertence ao setor terciário das atividades
económicas;
Muitos provêm das classes mais baixas;
É um grupo conservador (contra todas as mudanças sociais e
económicas);
42. Módulo 6, História A 42
A burguesia distancia-se do culto da ociosidade das elites
aristocráticas e mostram a sua riqueza como fruto do trabalho, da
iniciativa e do esforço pessoal;
Atribuem a pobreza à preguiça, e à falta de empenho e talento;
Apontam como exemplos os casos de ascensão de pessoas de
origem humilde, os “self-made men” que também são o exemplo da
mobilidade social da nova sociedade;
43. Módulo 6, História A 43
As classes médias são constituídos por um numeroso e heterogéneo
grupo de pessoas;
Situam-se entre a alta burguesia e o proletariado;
Este grupo é constituído pelas pessoas que não executam trabalhos
manuais mas também não pertencem à alta burguesia;
44. Módulo 6, História A 44
O desenvolvimento do setor terciário fez engrossar este grupo;
A maior parte destas profissões vão ficar conhecidas como
“colarinhos brancos”, distinguindo-os dos trabalhadores que se
sujavam no exercício da sua profissão;
45. Módulo 6, História A 45
Pequenos empresários industriais que, apesar de afetados pelas
crises e pela concentração empresarial, não cessaram de crescer;
Profissões liberais todos os que trabalhavam por conta própria
(advogados, médicos, professores);
Empregados de escritórios e funcionários públicos que veem o seu
número crescer devido ao desenvolvimento dos serviços e do
Estado. Muitas vezes ganham menos que operários mas têm
estatuto social. É um tipo de emprego muito procurado;
46. Módulo 6, História A 46
Professores são cada vez mais numerosos. Transmitem os valores
da burguesia nas escolas. Profissão mal paga mas com prestígio;
Empregados comerciais todos os que trabalhavam no comércio;
Pessoas com rendimentos tais como proprietários, investidores na
Bolsa, etc.;
47. Módulo 6, História A 47
As classes médias, criam a sua consciência de classe, eram grandes
defensoras dos valores da burguesia;
Muitos deles tinham origens humildes e sonhavam subir na
sociedade, sobretudo tinham pavor de voltarem a ser proletários;
São conservadores e defensores da ordem e moral públicas;
48. Módulo 6, História A 48
Veem com desconfiança a contestação dos operários;
Cultivam a ordem, o estatuto, o respeito pelas hierarquias, a
importância da poupança, o respeito pelo trabalho;
Procuram pequenos luxos como comprar uma moradia, uma boa
escola para os filhos, idas ao teatros e à ópera, férias, etc.;
49. Módulo 6, História A 49
O respeito pela família é o pilar da moral burguesa;
Advogam uma moral austera (puritanismo) e o culto das aparências;
Na família burguesa o poder está no homem, as qualidades
domésticas na mulher a obediência nos filhos;
As festas da classe média decorriam em família (aniversários,
casamentos, etc.);
50. Módulo 6, História A 50
A condição operária: salários e modos de vida
A Revolução Industrial criou, nos escalões inferiores da sociedade,
um novo grupo social, o operariado;
O liberalismo económico, ao abster-se de intervencionar a vida
económica, deixou os operários nas mãos dos grandes industriais;
51. Módulo 6, História A 51
Os proletários não têm qualquer poder sobre a produção que
pertence à burguesia, os operários apenas possuem os seus filhos
(prole) e um salários pelo seu trabalho;
O salário não é regulamentado, e baixa ou sobe de acordo com os
interesses dos donos das indústrias;
Os operários viveram e trabalharam em condições muito precárias
e difíceis;
52. Módulo 6, História A 52
Os proletários que no século XIX afluíam às cidades eram o produto
da falta de empregos na agricultura e da ruína dos pequenos
proprietários rurais ou das atividades artesanais;
Chegavam às cidades sem qualquer preparação, foram uma mão de
obra não qualificada e foram explorados e sujeitos a grandes
arbitrariedades;
53. Módulo 6, História A 53
Os operários foram sujeitos a variadíssimos problemas:
Salários precários e baixos, completamente dependentes dos jogos
da oferta e da procura. Quando os lucros diminuíam ou a ganância
dos patrões era muita, os salários baixavam, muitas vezes abaixo do
limiar de sobrevivência;
Horários de trabalho que podiam chegar às 16 horas diárias;
Ausência de direito a férias, descanso semanal, subsídio de
desemprego, reforma ou doença;
Mão de obra infantil que recebia por vezes metade do salário dos
homens. As mulheres também tinham salários mais baixos;
54. Módulo 6, História A 54
O cinema
Os irmãos Lumière
http://www.youtube.com/watch?v=BO0EkMKfgJI
55. Módulo 6, História A 55
Ausência de redes de solidariedade. Oriundos do campo tinham de
sobreviver na cidade sem o apoio familiar;
Locais de trabalho sem condições mínimas;
Elevado risco de contrair doenças profissionais que levavam ao
despedimento;
Proibição de todos os tipos de manifestações ou reivindicações
(greve era proibida por lei);
56. Módulo 6, História A 56
Habitações sem condições de habitabilidade e muitas vezes
sobrelotadas;
Estavam sujeitos a uma alimentação pobre e desequilibrada;
Mal alimentados, sem tempo para descansar, habitando em bairros
insalubres eram muitas vezes vítimas de doenças, as epidemias de
cólera eram frequentes;
Perante este quadro de problemas e pobreza extremas os problemas
a ele associados eram frequentes: alcoolismo, prostituição,
criminalidade, mendicidade, etc.;
58. Módulo 6, História A 58
O movimento operários: associativismo e sindicalismo
Os primeiros movimentos contra estas duras condições de trabalho
e de vida foram espontâneas e desorganizadas;
Um dos primeiros foi liderado por Ned Ludd, em Inglaterra, entre
1811 e 1818. Foi o “luddismo”, era um movimento que levava os
operários a destruírem máquinas (mecanoclasta) que roubavam o
trabalho;
Outros movimentos semelhantes, bem como greves e outras
manifestações irromperam por toda a Europa;
59. Módulo 6, História A 59
As medidas de repressão foram extremamente duras: os operários
foram perseguidos, presos e até condenados à morte;
Esta violenta repressão levou os operários a organizarem as suas
lutas;
Esta organização assumiu , essencialmente, duas formas:
60. Módulo 6, História A 60
Associativismo – para substituir as tradicionais solidariedades
familiares, da igreja ou das confrarias, criaram-se associações de
socorros mútuos, ou mutualidades;
Os associados pagavam uma quota e eram apoiados em caso de
doença, morte, acidentes, desemprego, etc.;
Também foram criadas cooperativas que eram associações de tipo
económico;
61. Módulo 6, História A 61
Outra forma de organização do movimento operário foi o
sindicalismo;
Os sindicatos são organizações que agregam os trabalhadores de um
determinado ramo profissional, para protegerem os seus interesses;
Os sindicatos começaram por ser organizações clandestinas:
Lutavam pela melhoria das condições de trabalho através de
manifestações e greves;
62. Módulo 6, História A 62
A legalização dos sindicatos, a influência de doutrinas políticas
como o socialismo e o anarquismo levaram ao crescimento dos
sindicatos;
A partir de 1870-80, a força dos sindicatos cresce visivelmente;
Os sindicato britânicos, as Trade Unions, transformaram-se em
organizações de massas;
63. Módulo 6, História A 63
Nos países industrializados os sindicatos organizam-se e
multiplicavam-se;
Reivindicam o dia de trabalho de 8 horas, melhores salários, dia de
descanso semanal, indeminização em caso de acidente de
trabalho, etc.;
As lutas operárias foram muitas vezes reprimidas violentamente;
No dia 1 de maio de 1886, em Chicago (EUA) 500 mil trabalhadores
saíram às ruas, em manifestação pacífica, exigindo a redução da
jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a
manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar
dezenas de operários;
64. Módulo 6, História A 64
Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris,
decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos
Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os
trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de
oito horas;
As greves foram uma das melhores armas porque paravam a
produção e causavam diminuição dos lucros;
Fruto destas lutas as duras condições do trabalho forma-se
suavizando e os salários cresceram;
65. Módulo 6, História A 65
Os primeiros sindicatos a serem legalizados foram os britânicos;
No último quartel do século XIX, a legislação social nos países
industrializados evoluiu: foram publicadas leis que regulamentavam
o horário de trabalho, o repouso semanal, pensões (velhice,
doença, acidente);
66. Módulo 6, História A 66
As propostas socialistas de transformação revolucionária da
sociedade
As condições de miséria dos proletários levou vários pensadores a
refletirem sobre esta situação e a proporem medidas de intervir na
sociedade, criticavam a desumanidade do sistema capitalista e
propunham a diminuição das desigualdades sociais;
No século XIX surgem as teorias socialistas que se vão dividir em
dois campos teóricos diferentes;
67. Módulo 6, História A 67
Socialismo utópico – consistiu em propostas de reforma da
sociedade e alternativas ao sistema capitalista;
Propunham a criação de cooperativas de produção e consumo e
uma maior justiça social. As ideias começaram a surgir por volta de
1820;
Alguns dos principais pensadores foram: Robert Owen, Saint-
Simon, Charles Fourier, etc.;
68. Módulo 6, História A 68
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) foi um dos principais
pensadores;
Propôs a organização de cooperativas de produção e por
conseguinte a abolição da propriedade privada e do estado para
terminar com a “exploração do homem pelo homem”;
A proposta de Proudhon consista na criação de uma sociedade
igualitária de pequenos produtores associados em cooperativas que
seriam capazes de assegurar o bem-estar, sem luta de classes ou sem
a intervenção do Estado;
69. Módulo 6, História A 69
Socialismo científico (marxismo) – Karl Marx (1818-1883) e
Friederich Engels (1820-1895) publicaram em 1848, o Manifesto do
Partido Comunista;
Nesta obra defendem que a luta de classes, o verdadeiro motor da
História, atravessou todas as épocas históricas e propõem um
modo de atingir uma sociedade sem classes e sem Estado, o
comunismo;
A sociedade burguesa e capitalista será destruída pelo proletariado
que instaurará a ditadura do proletariado;
Nesta fase o estado deterá todos os meios de produção (fim da
propriedade privada) para construir uma sociedade sem classes e
sem exploração, onde o próprio Estado desaparecerá, o comunismo;
70. Módulo 6, História A 70
Segundo Karl Marx, o modo de produção capitalista assenta na
mais-valia;
O salário do trabalhador não corresponde ao valor do seu trabalho
mas apenas ao valor dos bens de que necessita para sobreviver. A
exploração do proletário é o lucro do capitalista;
Os explorados deveriam lutar contra os exploradores (luta de
classes);
Para Marx era necessário que o proletariado se organizasse em
partidos e sindicatos e conquistasse o poder político;
71. Módulo 6, História A 71
Marx apela ao internacionalismo proletários, é célebre a frase,
“Proletários de todos os países, uni-vos”, segundo ele a única forma
de lutar contra o capital internacional é os operários também se
organizarem internacionalmente;
Para coordenar a luta a nível internacional surgem as Associações
Internacionais de Trabalhadores ou Internacional Operária
(Internacionais);
Marx redigiu os estatutos da I Internacional (Londres, 1864;
Apoiou a Comuna de Paris (março de 1871) insurreição de
operários em Paris que, após dominar a capital francesa durante 40
dias, foi esmagada com enorme violência, mais de 20 mil revoltosos
foram executados;
72. Módulo 6, História A 72
Surgem partidos operários com a designação de socialistas ou
sociais-democratas;
Na Internacional surgem teses diferentes de Karl Marx;
Bakunine (1814-1876) criou o anarquismo, criticava no marxismo o
princípio da ditadura do proletariado e da supremacia do Estado e
preconizava a organização dos operários nos sindicatos e outras
associações;
Estes desacordos levaram ao fim da I Internacional em 1876;
73. Módulo 6, História A 73
A II Internacional (Paris, 1889) afastou os anarquistas, mas surgiu
outra tendência, o revisionismo de Bernstein (1850-1932) que
propunha uma evolução pacífica e gradual do capitalismo para o
socialismo, substituindo a luta de classes por uma colaboração
entre os partidos operários e os burgueses;
Na sequência desta nova proposta os partidos voltaram-se a dividir;
A II Internacional vai desaparecer em 1914 no início da I Guerra
Mundial;
74. Módulo 6, História A 74
Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
75. Módulo 6, História A 75
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 11, Areal Editores, 2014
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
2018/2019