Gestão de stocks é crucial para o desempenho e resultados de uma empresa. Deve-se determinar quanto encomendar, quando encomendar e a quantidade de stock de segurança para cada artigo. Constituir stocks traz vantagens como redução de preços e custos de transporte, mas também desvantagens como custos de posse e ruptura que podem levar à perda de clientes.
Gestão de stocks: decisões e custos cruciais para as empresas
1.
2. Gestão de stocks é uma área crucial da
administração das empresas, pois o
desempenho nesta área tem reflexos
imediatos nos resultados comerciais e
financeiros da empresa.
O objectivo da gestão de stocks envolve
a determinação de três decisões
principais:
quanto encomendar,
quando encomendar;
quantidade de stock de segurança que se
deve manter para que cada artigo
assegure um nível de serviço satisfatório
para o cliente.
3. Vantagens na constituição de
stocks
Factores mais relevantes que levam as organizações a
constituir stock
Podem-se constituir stocks com uma
finalidade especulativa, comprando-se os mesmos a
baixos preços para os vender a preços altos;
Para assegurar o consumo regular de um produto em caso
de a sua produção ser irregular;
Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-
se de uma redução do preço unitário;
Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas
quantidades, opta-se por encher os veículos de transporte
no intuito de economizar nos custos de transporte, o que
se traduz numa constituição de stock;
Armazenamento de produtos, se a produção for superior
ao consumo, em alturas de crise poderá contribuir para
evitar tensões sociais;
Beneficia-se da existência de stock, quando este evita o
incómodo de se fazer entregas ou compras demasiado
frequentes.
4. Desvantagens na constituição
de stocks
Principais inconvenientes na constituição
de stocks
Um dos inconvenientes diz respeito à própria
fragilidade de certos produtos, que não possuem
condições de serem mantidos em stock ou poderão
ser mantidos em períodos muito curtos;
Outro problema, diz respeito ao custo de posse
traduzido no facto de existir material não vendido
que vai acabar por imobilizar capital sem
acrescentar valor;
A ruptura apresenta-se como um enorme
inconveniente, visto que a ocorrência desta irá
provocar vendas perdidas e em casos extremos
poderá levar à perda de clientes.
5. Custos de stocks
Todos os stocks incorrem em custos. Estes
podem variar
substancialmente, mas tipicamente andam
à volta dos 20% do valor de aquisição ao
ano.
Os quatro tipos de custos analisados são:
Custos de Aquisição
Custos de Encomenda
Custos de Posse
Custos de Rotor
6. custos de posse de stock
Correspondem aos custos de manter em stock
uma unidade
de um determinado produto durante um
determinado período de tempo
Custos monetários directos (juros, custos de
seguros, impostos, quebras, roubos, renda do
armazém) e outros custos de funcionamento
do armazém tais como luz, mão-de-
obra, guardas.
Custo de oportunidade: resulta de ter o
capital investido em stocks em vez de o ter
investido noutra aplicação. O seu valor é igual
à maior taxa de juro
7. Custos de ruptura
Estes custos surgem quando não há material
disponível para fazer face ao(s) pedidodocliente.
Com isso, não só são gastas mais horas e trabalho
na elaboração de novos pedidos, como em casos
extremos poderá levar à perda do(s) cliente.
Embora estes sejam considerados os três principais
custos associados à gestão
de stocks, Plossl (1985, p. 22), refere ainda um
quarto grupo, designado por custo associado à
capacidade, que são os custos relacionados com
questões laborais como horas
extraordinárias, subcontratações, despedimentos, fo
rmações e períodos de inactividade por parte do
trabalhador.