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Gestão de stocks 
Trabalho realizado por: Rita Almeida e Rita Martins 9º8
O que são Stocks? 
Stocks são quantidades de matérias-primas em vias de fabrico ou transformação, de produtos 
acabados ou de produtos em trânsito que aparecem ao longo de toda a cadeia de abastecimento. 
As empresas constituem stocks por diversos motivos: para conseguirem efetuar o seu processo 
produtivo sem ruturas (e, portanto, sem parar de vender), para poderem comprar de forma mais 
económica (constituem stocks porque, ao adquirirem lotes grandes, cada produto fica unitariamente mais 
barato) e para obterem ganhos quando preveem uma subida nas cotações ou nos preços.
Tipos de Stocks 
• Stock corrente (também conhecido como stock cíclico ou do tamanho do lote) - é o stock adquirido e mantido às 
necessidades para que as encomendas possam ser feitas em lotes de modo a reduzir os custos de encomenda e de posse, 
obtendo descontos de quantidade. 
• Stock de segurança - é o stock mantido em reserva para prevenir as incertezas da oferta e da procura, de modo a evitar a 
rutura do stock. 
• Stock de antecipação (stock sazonal ou stock de estabilização) - é um stock acumulado para fazer face aos picos de procura 
sazonal, greves, períodos de encerramento para férias ou deficiências na capacidade de produção. 
• Stock em trânsito ou de produtos em curso de fabrico - é o stock posto em trânsito para compensar o tempo que o material 
leva a chegar como matéria-prima, a percorrer o processo de produção e que leva a entregar o produto acabado. 
Externamente, este stock encontra-se em camiões, navios e carruagens. 
• Stock de dissociação - é o stock acumulado entre atividades ou fases dependentes de forma a reduzir a necessidade de 
operações sincronizadas. Esta é uma forma de isolar uma fase do sistema das outras fases, havendo, portanto, maior 
independência entre diferentes fases. Por conseguinte, este stock serve de facilitador no sistema de fornecimento-produção-distribuição, 
protegendo-o de utilização/desgaste excessivo.
Custos de gestão de Stocks 
Nos custos de gestão de stocks temos três dos custos mais importantes e esses são: 
Custo de aprovisionamento – são relativos ao processo da encomenda, que tem custos associados à inspeção, à 
transferência do material encomendado e aos custos da produção. 
Custos de capital - São influenciados pelo nível de serviço que se pretende oferecer e apresentam uma parte 
significativa do custo total de posse de stock. Muitas vezes estima-se uma taxa que reflicta o custo de oportunidade 
do capital para avaliar o investimento em stock. 
Custos de posse - são os custos relacionados diretamente com a manutenção de stocks que poderão ser de impostos, 
deterioração, seguros, custos de capital, entre outros. 
Custos de rutura - são custos que surgem quando não existe material disponível para satisfazer pedido do cliente. Com 
isso, são gastas mais horas de trabalho para a elaboração de novos pedidos, bem como, pode levar à perda do cliente. 
Custos do espaço de armazenagem - Incluem todas as exigências de armazém das várias categorias de produto 
Por exemplo: espaço, estantes, armazéns, prateleiras etc. (São sobretudo custos fixos).
Custos com serviços - Referem-se ao custo do seguro dos produtos 
armazenados. 
Custos associados ao risco - Referem-se aos produtos de longo tempo 
(exemplo: amadurecimentos) e à possibilidade de danos físicos que 
impossibilitem a sua venda (exemplo: danos no manuseamento). Esta 
componente tem um peso muito elevado nos produtos hortofrutícolas 
frescos ou minimamente processados, aspecto que leva a que muitas 
vezes o seu preço inicial seja elevado de forma a cobrir reduções de 
preço, inevitáveis à medida que os produtos perdem capacidade de 
venda. 
Os custos indirectos relativos a questões logísticas prendem-se ao papel 
dos stocks dentro e ao longo da cadeia de abastecimento: 
Risco do negócio - Referem-se ao risco associado ao nível de stock ao 
longo de toda a cadeia de abastecimento – stock em excesso eleva os 
custos directos; stock insuficiente não permite satisfazer a procura 
(perda de vendas e redução do nível de serviço prestado). Há que 
encontrar um nível de stock que permita, por um lado, reduzir o 
investimento e, por outro, satisfazer o nível de serviço a clientes, 
minimizando o risco de perda de vendas; 
Custo de oportunidade - Refere-se ao custo associado ao investimento 
de capital em stock e não em outras alternativas; 
Aumentos incrementais na estrutura de custos - Custos que decorrem 
de aumentos de capacidade de armazenamento por via da 
manutenção de níveis de stock muito elevados.
Controlo de Stocks 
Controlo de Stocks é uma área muito importante de uma empresa. Pois pretende prever a quantidade que será necessário 
comprar no próximo pedido, para além de fornecer informações úteis sobre as vendas. O principal objetivo do controlo de 
stocks é otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios internos de uma empresa e minimizar as necessidades 
de capital investido. 
O stock de segurança é determinado diretamente através de previsões para proteção quando se atingem valores de procura 
superior ao esperado. As principais variáveis a ter em conta são a procura e o tempo de aprovisionamento para o prazo de 
entrega. Também é importante referir a relação exata entre o aumento de stocks e o stock de segurança: 
Aumento dos custos de rutura e dos níveis de serviço; 
Diminuição dos custos de posse; 
Maiores variações na procura; 
Maiores variações no prazo de entrega.
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  • 1. Gestão de stocks Trabalho realizado por: Rita Almeida e Rita Martins 9º8
  • 2. O que são Stocks? Stocks são quantidades de matérias-primas em vias de fabrico ou transformação, de produtos acabados ou de produtos em trânsito que aparecem ao longo de toda a cadeia de abastecimento. As empresas constituem stocks por diversos motivos: para conseguirem efetuar o seu processo produtivo sem ruturas (e, portanto, sem parar de vender), para poderem comprar de forma mais económica (constituem stocks porque, ao adquirirem lotes grandes, cada produto fica unitariamente mais barato) e para obterem ganhos quando preveem uma subida nas cotações ou nos preços.
  • 3. Tipos de Stocks • Stock corrente (também conhecido como stock cíclico ou do tamanho do lote) - é o stock adquirido e mantido às necessidades para que as encomendas possam ser feitas em lotes de modo a reduzir os custos de encomenda e de posse, obtendo descontos de quantidade. • Stock de segurança - é o stock mantido em reserva para prevenir as incertezas da oferta e da procura, de modo a evitar a rutura do stock. • Stock de antecipação (stock sazonal ou stock de estabilização) - é um stock acumulado para fazer face aos picos de procura sazonal, greves, períodos de encerramento para férias ou deficiências na capacidade de produção. • Stock em trânsito ou de produtos em curso de fabrico - é o stock posto em trânsito para compensar o tempo que o material leva a chegar como matéria-prima, a percorrer o processo de produção e que leva a entregar o produto acabado. Externamente, este stock encontra-se em camiões, navios e carruagens. • Stock de dissociação - é o stock acumulado entre atividades ou fases dependentes de forma a reduzir a necessidade de operações sincronizadas. Esta é uma forma de isolar uma fase do sistema das outras fases, havendo, portanto, maior independência entre diferentes fases. Por conseguinte, este stock serve de facilitador no sistema de fornecimento-produção-distribuição, protegendo-o de utilização/desgaste excessivo.
  • 4. Custos de gestão de Stocks Nos custos de gestão de stocks temos três dos custos mais importantes e esses são: Custo de aprovisionamento – são relativos ao processo da encomenda, que tem custos associados à inspeção, à transferência do material encomendado e aos custos da produção. Custos de capital - São influenciados pelo nível de serviço que se pretende oferecer e apresentam uma parte significativa do custo total de posse de stock. Muitas vezes estima-se uma taxa que reflicta o custo de oportunidade do capital para avaliar o investimento em stock. Custos de posse - são os custos relacionados diretamente com a manutenção de stocks que poderão ser de impostos, deterioração, seguros, custos de capital, entre outros. Custos de rutura - são custos que surgem quando não existe material disponível para satisfazer pedido do cliente. Com isso, são gastas mais horas de trabalho para a elaboração de novos pedidos, bem como, pode levar à perda do cliente. Custos do espaço de armazenagem - Incluem todas as exigências de armazém das várias categorias de produto Por exemplo: espaço, estantes, armazéns, prateleiras etc. (São sobretudo custos fixos).
  • 5. Custos com serviços - Referem-se ao custo do seguro dos produtos armazenados. Custos associados ao risco - Referem-se aos produtos de longo tempo (exemplo: amadurecimentos) e à possibilidade de danos físicos que impossibilitem a sua venda (exemplo: danos no manuseamento). Esta componente tem um peso muito elevado nos produtos hortofrutícolas frescos ou minimamente processados, aspecto que leva a que muitas vezes o seu preço inicial seja elevado de forma a cobrir reduções de preço, inevitáveis à medida que os produtos perdem capacidade de venda. Os custos indirectos relativos a questões logísticas prendem-se ao papel dos stocks dentro e ao longo da cadeia de abastecimento: Risco do negócio - Referem-se ao risco associado ao nível de stock ao longo de toda a cadeia de abastecimento – stock em excesso eleva os custos directos; stock insuficiente não permite satisfazer a procura (perda de vendas e redução do nível de serviço prestado). Há que encontrar um nível de stock que permita, por um lado, reduzir o investimento e, por outro, satisfazer o nível de serviço a clientes, minimizando o risco de perda de vendas; Custo de oportunidade - Refere-se ao custo associado ao investimento de capital em stock e não em outras alternativas; Aumentos incrementais na estrutura de custos - Custos que decorrem de aumentos de capacidade de armazenamento por via da manutenção de níveis de stock muito elevados.
  • 6. Controlo de Stocks Controlo de Stocks é uma área muito importante de uma empresa. Pois pretende prever a quantidade que será necessário comprar no próximo pedido, para além de fornecer informações úteis sobre as vendas. O principal objetivo do controlo de stocks é otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios internos de uma empresa e minimizar as necessidades de capital investido. O stock de segurança é determinado diretamente através de previsões para proteção quando se atingem valores de procura superior ao esperado. As principais variáveis a ter em conta são a procura e o tempo de aprovisionamento para o prazo de entrega. Também é importante referir a relação exata entre o aumento de stocks e o stock de segurança: Aumento dos custos de rutura e dos níveis de serviço; Diminuição dos custos de posse; Maiores variações na procura; Maiores variações no prazo de entrega.
  • 7. FIM